Until The End escrita por Lady Wolf


Capítulo 10
A Humilde Mansão dos Russel


Notas iniciais do capítulo

Sim minhas amoras, vocês não estão sonhando! Eu postei capítulo!!! Aproveitem e lá embaixo eu justifico tudo pra vocês, Ok?! Desculpem qualquer erro aí é que o tempo é curto e a sapucaí é grande..



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POV Elizabeth

Os meses que seguiram passaram incrivelmente devagar. Eu e Sev não voltamos a praticar, pois era raro estarmos a sós, mesmo sendo da mesma casa e do mesmo ano e nas poucas ocasiões em que isso ocorria, sempre havia algo mais importante para fazermos.

Na manhã de 23 de dezembro, nós três tomamos o café da manhã rapidamente. Lílian foi até seu dormitório para apanhar o malão e eu e Sev fizemos o mesmo. Encontramo-nos no saguão principal, no qual Filch conferia os alunos que iriam passar o Natal em casa ou em Hogwarts. Saímos do castelo em direção à estação de Hogsmead. Embarcamos e sentamos na última cabine. A viagem ocorrera sem problemas. Nenhum sinal de James, Pedro, Sirius ou Remus, ou “marotos”, como já eram conhecidos na escola. Aquilo me deixava furiosa. Poucos meses de aulas e os quatro já estavam famosos por aprontarem todas. As aulas com a Grifinória eram verdadeiros pandemônios. E o pior era que, apesar de tudo, os professores os adoravam.

Finalmente chegamos. Desembarcamos e logo avistei meu pai. Corri para abraçá-lo e sem querer, acabei deixando meus amigos para trás. Quando percebi, voltei para apanhá-los.

—Papai, esta é Lílian Evans.

—Olá, mocinha! Como vai? Já lhe disseram que a senhorita tem olhos muito bonitos?

—Obrigada, Sr. Russel, o senhor é muito gentil, é um prazer conhecê-lo.

—Ora, vamos. Me chame de Camilo, ou de tio, sei lá. Qualquer coisa, menos Senhor.

Lílian soltou um risinho e concordou.

—E este aqui é Severus Snape, papai. – Ele se acanhou e chegou um pouco para trás.

            POV Snape.

O pai de Liza era um homem magro, cabelos ralos castanhos, um par de óculos bem grandes lhe acentuavam os olhos um pouco esverdeados. Liza apresentou-me a ele, mas eu estava um pouco envergonhando e recuei um pouco.

— Ah, meu jovem! – O jeito que ele falava era muitíssimo parecido com o da filha, mas as semelhanças entre os dois findavam ali. – Você é que é o garoto que gosta de poções, certo?! Eu com a sua idade já era apaixonado por esta arte. Enquanto estiver um aqui, posso lhe ensinar alguma coisa. O que acha?

—S-seria ótimo, Senhor, obrigada.

—Ahrg! De novo esse senhor! Eu sou muito jovem pra ser chamado de senhor, sabiam?!

Ele nos levou para um carro e começou a dirigir normalmente. Eu esperava que a qualquer momento iríamos atravessar alguma passagem ou coisa do tipo, porém paramos 20 min. depois num condomínio de luxo, conhecido inclusive no mundo trouxa. Não resisti e tive que perguntar:

—Liza, mas aqui não é um condomínio trouxa? – Sussurrei no ouvido dela, enquanto atravessávamos o pátio, após deixarmos o carro no estacionamento.

—É um lugar misto, na verdade. Os proprietários são trouxas, se não me engano. Porém há vários bruxos por aqui.

—É logo ali, meninos.

Sr. Russel apontou para uma casa bem grande, uma pequena mansão, no final de uma rua, rodeada por outras casas parecidas com ela. A fachada era coberta por pedras acinzentadas.

—Bem-vindos, sintam-se em casa, vamos buscar seus pais amanhã Lílian. Liza vá mostrar onde seus amigos deverão ficar. Depois desçam para o jantar. Minha esposa está empolgada para conhecê-los.

Acenamos e seguimos Liza pela escadaria enorme que ficava no saguão magnífico em que estávamos tudo ali era grandioso. Um lustre repleto de cristais pendia do teto, as poltronas eram vermelhas, pude ver uma pequena coleção de garrafas de diversas bebidas no barzinho. Os móveis eram escuros em contraste com as paredes alvíssimas.

Chegando ao segundo andar, Liza abriu a 2ª porta à esquerda. Não pude deixar de notar que a mesma fora entalhada com uma enorme serpente.

—Lílian, esse aqui é o meu quarto, mandei colocar mais uma cama. – O quarto dela era bem diferente do resto da casa. Era grande, porém muito escuro, todas as paredes, eram pretas, com exceção da que ficava em frente à porta, que era verde e com textura. Os móveis deveriam ter vindo do Brasil, pois a madeira era vermelha. Na parede em cima de uma das camas só se via uma coisa: Elizabeth. Muitas, muitas fotos, de todos os tamanhos, jeitos, em todos os lugares. Ao lado da janela, uma poltrona verde claro, ao lado da mesma, uma cama exatamente igual a de Liza se encontrava. A diferença é que a primeira trazia um lençol verde e prata com um “S” brotado, e a segunda, vermelha com um “G” em dourado.

—Mas se você preferir ficar num quarto separado ou em outro junto com seus pais, não tem problema, é só dizer.

—Não, está ótimo assim! Obrigada! Não queria dar trabalho a vocês.

—Trabalho nenhum Lily. Agora Sev, meu pai acha que não é de bom tom que você durma conosco. – Ela fez uma careta pro lado, como se dissesse “que besteira”- Então, mandei prepararem um quarto pra você ao lado do nosso. Venham ver,

Saímos daquele quarto fomos para o que seria “meu”. Era, no geral, parecido com o das meninas, porém os móveis eram pretos e a cabeceira da cama era de metal. O papel de parede era uma arte em preto e cinza, combinando com os lençóis e fronhas prateados.

—É vem simples, na verdade. Não sabia como decorá-lo, mas qualquer coisa que queria mudar é só falar.

—Ficou perfeito Liza, obrigada.

—Ah, que isso, gente. agora, vocês vão querer descansar um pouco ou querem jantar?

—Vamos jantar Liza?!

—É – completei. Estava morrendo de fome.

Lavamos as mãos e descemos para a sala de jantar, que também não deixava a desejar em questões de grandiosidade. Uma grande mesa, na qual caberiam umas20 pessoas tranquilamente encontrava-se no centro e ainda sobrava muito espaço nas laterais para estantes, criados mudos e pequenas adegas. Era engraçado, a casa não parecia tão grande assim vista de fora. Sentamos numa ponta, fazendo companhia ao Senhor e a Sra. Russel.

—Entam vocês ser ao amiges de Elizza, sejam muit bem vindes a nosso larrr.

—Obrigado – dissemos eu e Lílian juntos. Tudo que Liza não tinha do pai, ela tinha da mãe. Os mesmos olhos violetas, o mesmo sorriso, o mesmo jeito, tudo. Inclusive a habilidade metamorfomaga, pude deduzir.

—Meu nome é Carrrmen Russel, espero que estejam se sentindo em casa.

O jantar foi muito agradável. Sr. Russel era muito engraçado ao contar suas histórias dos tempos de Hogwarts. Agradeci a eles pela hospitalidade e me recolhi junto de Lílian e Liza para os quartos

Acordei bem cedo no outro dia, tinha tido uma noite extremamente agradável, o sono viera assim que encostei no travesseiro. No canto do quarto havia um pequeno banheiro. Fui até lá, tomei um banho, pus minhas roupas e me sentei na cama para ler um livro. Ainda eram 6 horas e, como eu não sabia a que horas o café seria servido, achei melhor esperar pelo menor sinal de movimento lá embaixo. Para minha surpresa, não passou meia hora e alguém bateu de leve na porta e a abriu. Minhas duas amigas riram um pouquinho e Liza cochichou “Tudo bem, ele já está acordado”.

—Dá licença, Sev? - As duas entraram e se sentaram do meu lado.

—Dormiu bem?- A ruiva perguntou.

—Sim. Muito bem, aliás.

—Mamãe pediu para avisar que o café já vai ser servido. Estão só aguardando os pais de Lily.

—Petúnia vem? – perguntei.

—Vem sim, Sev...

Não pude segurar um “Aff”. Detestava a irmã de Lílian e ela também não fazia nenhum esforço para ser agradável comigo.

—Sei que vocês não se suportam. Mas por favor, não causem encrenca. Ela é minha irmã, e eu ainda não esqueci o que você fez.

—O que foi que ele fez?

Lílian me olhou com reprovação, mas não resisti.

         —Eu... Eu li uma carta que ela mandou à Dumbledore, pedindo a ele que a admitisse em Hogwarts- tive que morder o lábio para não rir, Liza também ficou tentada, mas Lily nos fuzilou com o olhar.

     Resolvemos descer e ficamos no saguão de entrada jogando xadrez de bruxo, eu perdi para Elizabeth ganhei de Lílian, que por sua vez derrotou Liza.

               Bastante tempo depois, aparataram ali dentro, um bruxo e três trouxas. Uma mulher alta com uma saia florida até os joelhos e uma blusa branca de mangas curtas. Ao lado dela, um homem um pouco mais alto que a mulher, com um suéter de lã e três mochilas, sorrindo, tentando controlar a sensação de enjoo. Por fim ela, parecendo uma girafa, com aquele pescoço enorme. O coque que usava lhe aumentava ainda mais o queixo e o pescoço e arrebitava o nariz. Olhava para tudo com uma expressão mista de nojo e medo. Petúnia era detestável, uma trouxa, com todas as letras. O Senhor e a Sra. Evans eram muito admiráveis e sempre me acolheram quando precisei.

             —Mamãe, papai, Túnia! - Lily saltou do sofá e foi ao encontro do abraço deles. Eu e Liza fomos andando discretamente atrás. Acabando a sessão “nossa, que saudade”, ela se virou para Liza.

              —Essa é Elizabeth, minha amiga.

              —Ah, é um prazer conhecer nossa anfitriã.

              —O prazer é nosso, fico muito feliz em recebê-los aqui.

             —Oh, olá Severus! Como vai? – A mãe de Lílian chegou perto de mim e me deu um beijo estalado na bochecha.

             —Vou muito bem, Srª. Evans. Está encantadora!

             —Obrigada, você é um doce!

             —O coffe já está serrrvide! – Srª. Russel apareceu e também cumprimentou os Evans.

  A comida estava deliciosa. Petúnia não falava uma palavra, mal beliscava umas torradas, olhava fixamente para os cabelos azuis de Liza. Depois, fomos todos para o saguão jogar conversa fora. Quando os adultos quiseram conversar sozinhos, mandaram Liza nos mostrar as redondezas. Ela, por educação, chamou Petúnia, que é claro, recusou.

Saímos e fomos andar pelo condomínio, passamos um bom tempo andando pelas casas, quando o dum da tarde se aproximava, sentamos num parquinho para descansar, enquanto me balançava numa gangorra, pude jurar que vi Petúnia olhar esquiva para nós e depois se esconder num arbusto.

             —Sua irmã não parece muito confortável aqui. – Começou Liza.

             —Ah, é normal, ela tem muito medo de magia, acha que somos aberrações. Aposto como ela deve ter chorado para ficar na casa dos Dursley. - respondeu um pouco cabisbaixa.

             —Ela não tirou os olhos do seu cabelo, Liza. – comentei um pouco zombeteiro.

             —He!He! Eu notei, acho que esse azulão é um pouco demais para ela. Além de que hoje tem a desta do meu aniversário e a ceia de Natal. – Fez a mesma expressão de esforço e aos poucos seu cabelo foi ficando escorrido e preto, encolheu-os até a cintura e deixou uma franjinha na altura das sobrancelhas. – É melhor ficar um pouco mais normal. O que acharam?

             —Ficou linda!- Disse Lily.

—Ficou mesmo... Mas agora sim, você parece uma senhora Ranhosa. – Nós dois rimos, Lílian, no entanto continuou séria.

—Odeio saber que aqueles caras infernizam vocês assim.

—Hey, Lily, não liga não, em breve eu e Sev vamos dar um jeito nisso, né? – ela deu uma piscadela pra mim – Aliás, é melhor entrarmos, daqui a pouco começam a chegar uns adiantadinhos.

Voltamos para a casa, onde dona Carmem mandou-nos arrumar para a festa.

Subimos, mas nossa pequena anfitriã, no entanto, nos pediu para esperar no corredor. Entrou no quaro e voltou com dois pacotes, um relativamente grande em relação ao primeiro.

—Feliz Natal pra vocês, minhas amoras. – ela disse, entregando o maior embrulho para mim, e o menor para Lily – espero que gostem, não aceito devoluções.

Lily abriu o dela primeiro, era um pequeno colar dourado com pingente de Lírio.

—Não precisava Liza, não mesmo. É muito lindo, obrigada!

—Que bom que gostou! Agora abra o seu Sev, espero que não ache de mau gosto da minha parte, mas é que não resisti.

Rasguei o embrulho e encontrei lá dentro um par de capas negras e dois ternos completos. Tratei logo de colocar uma por cima da roupa que eu estava,

—Ah, muito melhor- exclamou Elizabeth – Sabe, Sev, eu sei o quanto você detesta essas roupas trouxas, então pensei em te dar algo que lhe caísse melhor.·.

Olhei no espelho e percebi a diferença, estava com um ar mais sério, masculino. Eu tinha realmente gostado do presente, afinal, por mais que eu não ligasse para minha aparência, aquelas roupas eram nojentas, herdadas do meu pai e dos outros filhos que teve com outras mulheres. Só saí para comprar roupas uma única vez, quando estava indo para Hogwarts.

—Muito obrigado Liza – dei um abraço muito forte nela – deixe-me pegar seus presentes.

—Eu também- completou Lily.

—Não acredito que vocês foram se importar comigo...

Entrei no quarto, abri o malão e peguei os embrulhos.

—Não repara, por favor – eu disse, já no corredor. – esse é o de Aniversário – entreguei um pacote fino para Elizabeth. Ela abriu e seus olhos brilharam.

—Sev, isso é o que estou pensando?

—Sei lá ué, não leio pensamento não.

—Engraçadinho... É um álbum original da copa de Quadribol de 1934! Como conseguiu?

—Era da minha mãe, pedi a ela, que ficou muito feliz em passar pra você, depois que contei o quanto gosta de quadribol.

—Isso não tem preço, Severus, muito obrigada!

—Que isso, não foi nada. Agora o de Natal, é só uma lembrancinha.

Ela abriu e viu a pequena pulseira com várias rosas, pedi para minha mãe que comprasse algo do tipo para ela.

—Que linda Sev! Já disse que não precisava se preocupar.

—Faço questão. Esse aqui é o seu Lílian.

 Ela pegou o embrulho e me deu um abraço. Senti o perfume que ela ganhara de Elizabeth. Era tão bom senti-la perto de mim.

—Obrigada – me deu um beijo na bochecha e começou a abrir o pacote. Ficou admirada com o exemplar dos contos de “Bedle, o Bárbaro”, quando era bem pequeno, antes de meu pai descobrir sobre o mundo bruxo, pouco depois de minha irmã nascer, liam essas histórias para mim, Lily não as conhecia, pois são contos bruxos, diferentes dos que as crianças trouxas costumam ouvir.

—Deixe-me entregar o de vocês – ela disse – são bem simples na verdade, mas são com muito carinho...

Abri o meu e encontrei um guia sobre poções. Fiquei satisfeito, pois é o livro que usaríamos no próximo ano, sendo assim, eu não precisaria comprá-lo.

—O seu Liza. – ela encontrou dois grandes livros de feitiços, mas não dos que usamos na escola, eram um pouco mais avançados.

—Obrigada! Adorei.

Nos abraçamos e ouvimos D. Carmem gritar lá de baixo:

—Crianças, se aprrressem! Já está na hora!

—Vamos, Lily. Até daqui a pouco, Sev!

—Até.

Entrei no quarto e fui me trocar.


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Notas finais do capítulo

Então, eu NÃO abandonei a fic, e nem pretendo fazê-lo. Me desculpem de verdade por isso, mas eu vou ter que pedir a vocês um pouco mais de paciência com essa história. Estou sem pagar internet, por que meu pai tá com problemas e não tá podendo trabalhar, e como é ele que sustenta a casa já viu, né?!Tivemos que fazer cortes... Eu bem que disse que comida não era prioridade, que era melhor do que ficar sem net...mas não colou aqui em casa :p Enfim, estou numa lan house (eca, odeio lan houses :p ) e mesmo assim só por que tenho trabalho de escola pra fazer... Peço por favor que vocês que gostam não deixem de acompanhar, por que assim que a situação se reestabelecer por aqui, eu volto com o número de postagens normal... Não deixe de comentar que assim que eu puder, respondo (desculpa de verdade pra galera que comentou e eu respondi só agora).
Beijocas salpicadas com salpicão! >



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