Psychotic Girl escrita por Sweet Lolita


Capítulo 6
Capítulo VI - Testemunhas


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa tarde, aqui está mais um novo capítulo e hoje ele é um pouco maior. Ia ser maior do que isso, mas aí eu fiquei com preguiça de escrever.
Agradecimentos: Obrigada por lerem e comentarem a fic LilyCarstairs, Misaki Hane e nycole. Muito obrigada por favoritar a fic nycole!



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Sophie estava em sala de aula, ela mal prestava atenção no que o professor bigodudo dizia, estava pensativa enquanto observava a chuva cair além da janela. As nuvens escuras, a neblina que se formava lá fora, o tempo frio, tudo trazia uma atmosfera deprimente a escola, como se a cidade inteira estivesse em luto pela morte do prefeito e sua família. Estavam todos tristes e horrorizados pela morte de Prudence e Abigail, o prefeito havia sido dado como desaparecido, o que apavorada toda a população. Sophie era a única que se mostrava indiferente, afinal, não havia o que temer. Ela sabia quem foram os assassinos.

   - Muito bem alunos, estão liberados para o intervalo. - anunciou o professor - Por hoje é só.

 Sophie levantou-se e recolheu seus objetos. A garota foi até seu armário guardar seus pertences e depois encontrou-se com suas colegas na cantina do colégio.

   - Viram o que aconteceu com a família do prefeito? - começou Sabrina.

   - Quem não viu? Houve um incêndio! Um incêndio! E foi o maior na história da cidade! - disse Louise alarmada.

   - Foi uma pena mesmo... - lamentou Verona.

   - Eu discordo. - intrometeu-se Sophie - Eles morreram por merecer, porcos imundos.

   - Credo Sophie, como pode dizer isso? - Verona ficou horrorizada.

   - Depois de tudo de ruim que ele fez, ainda vão defender aquele homem e sua família?! - Sophie irritou-se.

   - Mas assassiná-los de forma tão cruel... - Sabrina estremeceu.

 Sophie riu secamente.

   - Esse assunto é aborrecedor, me deem licença. - disse Sophie.

 Sophie levantou-se do banco de pedra e começou a andar sem rumo, olhou ao redor procurando pelo garoto encapuzado e o encontrou num banco de pedra distante da cantina, mais próximo da mata. Sophie aproximou-se do garoto e ficou de frente a ele.

   - Como devo te chamar no colégio? - perguntou com um tom de sarcasmo na voz.

   - Me chame de Jeff mesmo, não tem problema algum. - Jeff sorriu - Mas não esperava que viesse falar comigo no colégio.

   - E eu não esperava vê-lo no colégio. - rebateu.

   - Foi apenas para me aproximar de você. - justificou - E também, havia me esquecido de como o colegial é divertido.

 Sophie revirou os olhos.

   - E o que faremos com as gêmeas? - perguntou Jeff.

 Sophie espantou-se por um momento, não era uma hora adequada e nem estavam em um local adequado para falarem sobre suas vítimas. Sophie olhou ao redor, para certificar-se de que não havia ninguém espiando, percebeu suas colegas a encarando a distancia.

   - Não precisa se preocupar, estamos muito distantes dos outros, e ninguém vira aqui. - tranquilizou Jeff.

   - Está falando das gêmeas que conversavam com Abigail na WebCam? - perguntou Sophie.

   - Exatamente. - respondeu - Elas te viram, são testemunhas. Então não podemos deixá-las vivas, você deveria ter sido mais cautelosa.

 Sophie riu.

   - Não mesmo, fiz aquilo propositalmente. Já estava pensando em matá-las, não apenas mais vermes que sujam este mundo, exatamente por isso deixei que elas me vissem, quero que elas saibam que serão as próximas. - explicou.

   - Entendo. - disse Jeff - Você gosta de matar pessoas, mas mata apenas aquelas que julga serem ruins para disfarçar seu desejo por sangue. Você não quer se passar pela vilã dessa história toda.

   - Talvez esteja certo. - respondeu - Mas isso não importa, importa?

   - É, realmente não importa. - Jeff deu de ombros.

   - Dor física não é o suficiente, quero que nossas vítimas sofram psicologicamente. Quero que saibam que irão morrer, quero que sintam medo, se apavorem, desesperem. - falou - Afinal, a sentimento pior do que o medo? Saber que irá morrer?

   - Tenho orgulho de você, Sophie. - disse Jeff - Foi uma sábia escolha deixar que vivesse aquele dia em que vim te matar.

   - Sim, claro que foi. - concordou.

   - Sabe, ontem depois que fui embora, eu dei uma olhada na casa das gêmeas. - começou Jeff - Descobri que a casa delas não tem janelas, e que elas moram apenas com a mãe.

 Sophie sorriu maliciosamente.

   - Já tive uma ideia do que devemos fazer. - anunciou.

   - Eu esperava por isso...

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 Os alunos estavam todos saindo do colégio Jordan Cross. Agora, estavam quase todos reunidos na entrada do colégio, aguardando por seus pais ou caronas, ou senão estavam indo embora a pé. Sophie estava na escadaria com suas colegas, como sempre.

   - O que foi aquilo hein, Sophie? - perguntou Sabrina - Você tá voltando a ser esquisita como quando era criança...

   - Sabrina! - repreendeu Louise.

   - Não, tudo bem. - Sophie deu de ombros - Ela está certa, eu estava muito esquisita, é que com esse assassinato da família do prefeito... Não estou de bom humor.

   - Compreendemos. - Louise sorriu.

 Se havia alguém pela qual Sophie desejaria não matar - além de seus pais - era Louise, no período em que Sophie visitava o psiquiatra Louise apareceu na cidade, e desde então sempre apoiou e ajudou Sophie, sendo a amiga e irmã para todos os momentos. 

   - Mas é serio, por que estava conversando com aquele garoto esquisito? - perguntou Verona.

   - Ah, isso... - Sophie tentou pensar em uma mentira - Somos parceiros na aula de francês, estávamos apenas discutindo sobre a aula.

   - Ah, aquela aula particular de francês? - perguntou Sabrina.

   - Sim, essa mesma. - respondeu Sophie, sorrindo para parecer mais normal.

 Jeff apareceu, com a cabeça abaixada e encapuzada, ocultando seu rosto, como sempre. Ele passou próximo a Sophie e esbarrou na garota. Por fora, Sophie tentava se conter e parecer normal, mas por dentro, tudo ao seu redor havia desaparecido, dando lugar ao cenário negro de sua mente, e ela sorria malignamente. A garota sabia o que aquilo significava. Sophie abaixou a cabeça, deixando com que seu cabelo caísse sobre seu rosto, para ocultar seu sorriso diabólico pela qual não conseguia esconder. 

   - Está tudo bem, Sophie? - perguntou Verona.

 Sophie respirou fundo e se recompôs, voltando a olhar para suas colegas com um olhar deprimente.

   - Não, estou passando mal. - mentiu, levando a mão a testa - Vou pra casa descansar um pouco.

   - Tudo bem, melhoras, Sophie. - disse Louise.

   - Obrigada. - Sophie sorriu inocentemente. 

 Sophie deu as costas as suas colegas e caminhou de volta a sua casa. Chegando em casa, a garota presenciou um momento raro, sua mãe e seu pais já estavam em casa. Rebecca estava na cozinha, preparando o almoço para a família, enquanto Joseph estava sentado no sofá, ouvindo o noticiário na televisão e lendo o jornal, em ambos noticiava sobre os assassinatos da noite anterior. Sophie foi direto ao seu quarto e lá se trancou, deixou a mochila encostada na parede, próxima a porta e desmoronou em sua cama. Ela ficou fitando o teto branco enquanto o cheiro da comida invadia o quarto, parecia estrogonofe de frango, antigamente, se ela sentisse esse cheiro seu estômago roncaria, mas agora, isso tampouco lhe importava. Sophie estava pensando a respeito do plano que havia elaborado para assassinar as gêmeas, que eram amigas de Abigail. A imagem muda dela compartilhando suas ideias com Jeff voltou a sua mente, ela estava confiante de que seu plano funcionaria.

   - Sophie, venha almoçar! - chamou Rebecca.

 Sophie suspirou desanimada e levantou-se da cama. A garota destrancou a porta e foi até o primeiro andar, almoçar junto de sua família, Joseph e Rebecca conversavam sobre os assassinatos da noite anterior, enquanto a garota prefira manter-se calada, apenas ouvindo tudo. 

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 Carther e Samantha eram gêmeas idênticas, ruivas com os olhos castanhos e pele tão clara quanto à neve. Eram egoístas, vaidosas e superficiais, assim como Abigail, porém, eram menos inocentes e ingênuas. Aproximaram-se de Abigail apenas por status e para extorquir dinheiro da adolescente, elas pisavam naqueles que não estavam na mesma classe social e financeira que elas, traficavam drogas e se prostituíam por diversão, o dinheiro arrecadado era usado para festas particulares em sua casa. Assim como as duas adolescentes - de dezessete anos - colaboravam com o contrabando de pele de animais. A mãe delas, Olívia Gunter, estava no topo do mercado da moda como uma grande estilista, diante da mídia, uma mulher poderosa e elegante. Mas quando não estava no rumo das câmeras e flashes, era a escrava de suas filhas e apanhava de seu namorado. Deve estar imaginando que não havia motivos para Olívia ser morta, certo? Bem, mas não era assim que Sophie a via, apesar de não sujar o mundo, ela não contribuía em nada para melhorá-lo, e o que dava mais motivos a jovem assassina, era que Olívia era quem havia trago ao mundo vermes como suas filhas e não havia as educado direito. 

 Olívia estava praticando seu hobby secreto: pintura. Sim, a mulher adorava pintar, paisagens, pessoas, sonhos e animais, para ela não havia nada melhor. Era o que a fazia esquecer-se de todos os seus problemas. Ela estava calma e tranquila enquanto pintava uma leoa e seus filhotes, até que chegaram suas duas filhas e jogaram água em sua bela pintura.

   - Olívia, deixa de ser vagabunda! - gritou Samantha.

   - Onde está o suco que pedimos?! - perguntou Carther.

 Olívia virou-se para as filhas, encarando sempre o chão.

   - Perdoem-me, filhas, eu esqueci. - justificou.

   - Ah, esqueceu? Você esqueceu?! - gritou Carther - Lembra-se de que temos de nos prostituir para pagar as suas dívidas do passado e o seu namorado?!

   - Ah, se bem que não podemos reclamar do namorado, ele é bem gostoso. - disse Samantha.

 As gêmeas riram, e Olívia estava prestes a chorar, ela não entendia como as filhas poderiam ser tão arrogantes com a própria mãe. Assim como ela não entendia o por que de não fazer nada, talvez fosse porque ela era covarde ou porque amava demais suas filhas para enfrentá-las.

   - Vocês se prostituem porque querem! Eu consigo dinheiro o suficiente para sustentar todas nós! - Olívia as enfrentou, encarando-as em seus olhos.

 As gêmeas se entreolharam. Samantha pegou um pincel próximo ali e o enfiou com força no olho de Olívia, o perfurando. Olívia começou a gritar enquanto seu olho esquerdo sangrava, ela levou a mão ao olho.

   - O que dissemos sobre olhas nos nossos olhos? - perguntou Samantha friamente.

   - Você nos deve respeito, velha. - rosnou Carther.

 As gêmeas deram as costas à mãe e saíram do quarto. Ninguém havia percebido Sophie escondida dentro do armário de tecidos de Olívia, a garota estava enojada com a cena que acabara de ver.

   - Vermes desprezíveis... - sussurrou a garota.

 Sophie saiu de dentro do armário e ficou observando Olívia encolhida no chão e chorando. Até que a mulher percebeu a presença da garota e lentamente virou seu rosto para ela, Olívia espantou-se ao perceber a faca nas mãos da jovem.

   - N-Não, por favor... O que pretende fazer com isso?! - suplicou apavorada - Tenha piedade!

 Olívia passou a chorar mais desesperadamente.

   - Shh... - sussurrou Sophie levando o indicador aos lábios - Irei te fazer um favor, e acabar com todo o seu sofrimento.

 Olívia acalmou-se e fechou os olhos para não assistir a própria morte. Sophie sentia pena da pobre mulher, pena e desprezo, por tal motivo iria matá-la rapidamente. Sophie apertou os dedos que seguravam a faca e então levou a lâmina até o peito da mulher, atravessando seu coração. Depois de ter certeza de que Olívia estava morta, Sophie retirou a faca, a lâmina estava coberta por sangue, o que fez com que suas pupilas dilatassem e seus olhos brilhassem. Sophie lambeu a lâmina para que sentisse o gosto metálico do sangue, e só parou ao ver a lâmina limpa.

 Sophie passou por cima do corpo da mulher, indo até o corredor. Ela ouviu um som de água, então decidiu ir até o banheiro. Lá estava Samantha de roupão, preparando-se para tomar banho e ao lado da banheira havia um grande espelho. Sophie entrou sorrateiramente no banheiro, quando Samantha foi retirar os brincos os deixou cair dentro da banheira. A adolescente abaixou para pegá-lo e ao levantar-se viu Sophie no reflexo do espelho, logo atrás dela. Samantha começou a gritar, Sophie arrancou o brinco que estava em sua outra orelha, contando-a e enfiou o brinco no pescoço da jovem. Em seguida, Sophie a jogou dentro da banheira e começou a afogá-la enquanto batia a cabeça da jovem com força no fundo da banheira. A garota ficou admirada ao ver o vermelho do sangue de Samantha tingir a água transparente. Quando Samantha parou de lutar e Sophie percebeu uma quantidade significativa de sangue na água, retirou o cadáver da jovem da banheira e o arrastou para fora do banheiro, até o corredor.

 Carther passava pelo corredor quando viu Sophie, ela apavorou-se e paralisou no mesmo lugar. A lembrança do grito de Abigail e logo depois uma garota saindo do banheiro voltou a sua mente. Ao ver que Sophie arrastada o corpo já morto de sua irmã, Carther não pode se conter, começou a gritar e saiu correndo. Sophie começou a rir devido à reação da outra gêmea. Carther correu pelos corredores, indo até a porta principal no fim do corredor principal até que viu Jeff no fim do corredor, ele sorria malignamente e a encarava, a fim de amedrontá-la. Carther gritou novamente e voltou a correr pela casa. Houve um impacto em que algo atingiu Carther e a jovem caiu ao chão, ela ficou tonta por alguns segundos, mas voltou a si quando percebeu que o que havia a atingido era o cadáver de Samantha. Carther começou a rastejar pelo carpete da sala quando viu a pessoa que havia a atingido com o cadáver de Samantha - Sophie. Carther viu-se encurralada por Jeff e Sophie, mas Jeff a alcançou primeiro.

   - Shhh... Vá dormir. - ordenou o assassino, logo em seguida chutando o rosto da jovem, a deixando inconsciente. 

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 Um tempo depois, Carther acordou, suas bochechas e seus lábios doíam, ela tentou levar as mãos até o rosto para senti-lo, até perceber que estava amarrada. Ela assustou-se ao ver que a dupla de assassinos estava sentada no carpete, a observando.

   - Volte a dormir. - ordenou Jeff.

 Carther começou a se contorcer, na tentativa de se livrar das cordas. Sem sucesso. Então ela começou a chorar desesperada.

   - Ah, mas que droga! Por que ninguém me obedece?! - reclamou Jeff - Volte a dormir!

 Sophie começou a rir sadicamente do sofrimento da jovem.

   - Eu já disse pra você ir dormir. - repetiu Jeff.

 Carther insistiu em desobedecê-lo, o aborrecendo.

   - Está bem, então faremos algo mais divertido. - disse Jeff.

 Sophie levantou-se e caminhou até estar atrás do sofá onde Carther estava deitada. Sophie abaixou-se e quando se levantou tinha uma coroa feita de pele humana em mãos, Carther apavorou-se e reconheceu aquela pele como a pele de sua irmã. Carther tentou gritar, mas não conseguia abrir sua boca. Sophie colocou-se sentada no braço do sofá, Jeff entregou a sua parceira um rolo de linha e uma agulha e Sophie começou a costurar a coroa de pele na cabeça de Carther, ela se contorcia, gemia e chorava de dor, enquanto os outros dois apenas se divertiram. Quando Sophie acabou de costurar a coroa, voltou a estar atrás do sofá e pegou um espelho.

   - Olhe como você está linda! - disse Sophie irônica.

 Sophie se colocou a frente da jovem e fez com que ela se olhasse no espelho, suas bochechas haviam sido cortadas em um sorriso monstruoso semelhante ao de Jeff e todo o sorriso havia sido costurado.

   - Eu queria costurar sua boca e ele queria cortar um sorriso, então fizemos os dois. - disse Sophie.

 Carther apenas se desesperou mais, enquanto Sophie fingiu estar triste com a reação dela. Jeff pegou Carther e a arrastou até a reserva no meio da mata, enquanto Sophie arrastava Samantha e Olívia. No meio das árvores, os dois esquartejaram e retiraram os órgãos de Samantha e Olívia e os espalharam pelos galos das árvores, Cather apenas assistia a tudo. Até que chegou a vez da jovem. Ela foi esquartejada viva e teve seus órgãos retirados e espalhados assim como os do resto de sua família.

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Quando amanhecia, os policiais encontraram os corpos da família Gunter na reserva ambiental.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, muito obrigada por ler mais este capítulo. Não se esqueça de deixar reviews, por favor. Até o próximo, beijos!
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