Egoistic Love escrita por Stefany01


Capítulo 1
One-shot - Egoistic Love


Notas iniciais do capítulo

Chaos! ^^

Novamente... Feliz aniversário, Lyv (AivyL), desejo muito yaoi pra você e todo esse blá-blá-blá todo XD

Bem, espero que gostem.



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Egoistic Love

(Yuura's POV)

– Yuura! – ouvi Shun me chamar, claramente portando um sorriso. Franzi o cenho.

– Qual é a da vez, Shun? – ergui os olhos para encará-lo, e lá estava seu largo sorriso infantil.

– Adivinha, adivinha! – ele cantarolou enquanto rodopiava. Revirei os olhos para sua infantilidade.

– Se eu soubesse, não teria lhe perguntado. – murmurei a meia voz, voltando a encarar meu livro.

– Assim não tem graça, Yuura! – ele choramingou se jogando sobre mim, fazendo meu livro cair no chão. Bufei enquanto sentia meu coração vacilar uma batida.

– Shun-chan, não faça nada estúpido. Estou tentando ler. – resmunguei me soltando de seus braços e me abaixando para pegar o livro.

– Ah, mas aí não tem graça! Chato! Nem sei por que estamos aqui se nem ao menos conversamos... – ele continuou reclamando, mas comecei a ignorá-lo.

Para falar a verdade, também não sei o que estamos fazendo aqui, mas não importa muito. Foi ele quem convidou, eu só vim. Onde? Bem, na casa dele...

– Yuuuuuuuuraaaaaaaaa! – ele exclamou reclamando e eu voltei a atenção pra ele – Você tem que parar de me ignorar!

– Você fala muito. – justifiquei – Mas fale logo antes que eu desista e saia daqui.

– Ah? – ele parou pensativo – Ah é! – riu – Bem, é que eu recebi um convite da Enma para sair! – seus olhos brilhavam contentes e eu senti um aperto no peito – Você acha que eu deveria aceitar?

– O que eu tenho a ver com seus relacionamentos? – respondi rispidamente entre dentes – Você me chamou aqui só por isso?

– Ah?! Mas eu quero que me ajude...! – ele choramingou, enquanto agarrava meus braços e me puxava do sofá, fazendo com que eu me levantasse e batesse contra seu corpo.

Aquele corpo pequeno e frágil... a pele clara... os olhos castanhos brilhando... os cabelos ruivos curtos... e o cheiro doce...

– Solte-me Shun. – sibilei no limiar de meu autocontrole.

– Me ajude a escolher uma roupa, Yuura... – ele pediu me encarando com olhos pidões e eu simplesmente não me agüentei.

Larguei o livro e agarrei seu queixo, erguendo seu rosto para minha direção. Inclinei-me, abaixando o rosto para alcançar o seu, colando nossos lábios. Antes que ele pudesse reagir, levei a outra mão à sua nuca e puxei mais para perto, tentando forçar passagem para sua boca.

Ele gemeu entre o beijo, abrindo espaço para mim e pousou as mãos em meus ombros, me retribuindo. Fiquei surpreso, mas deixaria isso para depois do beijo, no momento eu só queria desfrutar de sua boca... Aquele gosto doce viciante... Os movimentos enlouquecedores, o calor se alastrando por nossos corpos...

Soltei seu queixo para puxá-lo pela cintura, tentando nos aproximar ainda mais, como se fosse possível, e ele agarrou os fios de minha nuca, repuxando as mechas negras com força para trás. Não me afastei, e ele mordeu meu lábio, me fazendo dar um tempo para ele respirar.

– Y-Yuura... – ele ofegou, corado e com os olhos nublados – O-O que está fazendo...?

– Você precisa perguntar? – abafei um riso mordendo o lábio inferior – Eu estou te beijando.

Ele ficou ainda mais vermelho e mordeu o lábio, abaixando os olhos, envergonhado.

– Mas... P-Por que me... B-Beijou? – ele perguntou gaguejando. Ri.

– Por que se beija alguém? – sorri de canto e beijei sua testa – Eu gosto de você, Shun-chan...

– E-Eh...? Mas... Eu... S-Sou um homem... – ele murmurou corado sem erguer os olhos – Eu... Não consigo... V-Vê-lo assim...

– Ótimo. – respondi lhe soltando – Eu não irei mais lhe incomodar.

– O que... Quer dizer com isso? – ele ergueu o olhar assustado.

– Estou dizendo que não irei lhe incomodar, é tão difícil assim entender? Eu não lhe tocarei novamente, Shun. – respondi revirando os olhos, mas senti meu peito se apertar ainda mais com a rejeição – Você não precisará mais se preocupar com isso.

– Você... Vai se afastar...? – ele sussurrou de olhos arregalados

– Sim. Ou mudou de ideia e deseja ser meu? – sorri cinicamente – Sua decisão é muito fraca, Shun-chan...

– N-Não... – ele desviou o olhar, assustado e receoso – E-Eu... – e silenciou-se.

– Certo... Adeus, Hiroshi. – me despedi, usando seu sobrenome primeira vez desde que o conheci.

Voltei-me para a porta, saindo rapidamente da casa, sentindo meus lábios formigarem com a lembrança do toque de seus familiares... Mas sacudi a cabeça, afastando esses pensamentos inapropriados para o momento. Ele me rejeitou. Eu não devo pensar nele. Só devo ir em frente.

Mesmo que isso me doa.



Um mês depois eu fiquei sabendo que ele rompeu o namoro com a Enma. Bem feito. Parece que ela esteve traindo ele desde o início. Ele mereceu... Não deveria nem tentar olhar para outro... Ninguém seria bom o suficiente para ele...



Revirei os olhos e cuspi o chiclete no chão. Eu ainda não conseguira esquecê-lo. Não importa com quantas pessoas eu fique, sempre me lembrarei do único momento em que o tive. Ainda era assombrado pelas lembranças daquela tarde onde ele me rejeitou após um beijo onde ele me retribuiu de maneira tão necessitada quanto...

Afinal, eu ainda era um besta apaixonado. E era somente por esse motivo que eu estava parado ali, em frente à sua escola, esperando ele passar pelos portões. Porque eu ainda era apaixonado por ele.

– Y-Yuu... A-Ah... Nara-san... – ouvi sua voz gaguejar lentamente – E-Eu... P-Poderia me acompanhar? – ele perguntou timidamente enquanto eu lhe encarava.

Ele havia me chamado. Pediu para conversar comigo após as aulas, e ali estava eu. Parado esperando por suas palavras.

Sem esboçar qualquer reação, mas sentindo o peito encolher, o segui pelo caminho até sua casa. O mesmo lugar onde tive um beijo seu. O lugar onde ele pretendia falar-me que ia sair com a garota por quem sempre foi apaixonado. E o lugar onde ele me rejeitou.

– O que deseja afinal, Hiroshi? – perguntei sem entrar em sua casa quando ele abriu a porta e deu-me licença para passar.

– Entre, por favor... – ele pediu educadamente e em voz baixa, escondendo algo que não saberia dizer o que era.

– Não é necessário. Fale aqui mesmo. – eu estalei a língua. Quão inocente aquele garoto poderia ser?

– Se assim prefere... – ele suspirou antes de se virar para mim e encostar a porta atrás de si – Yuura... Eu descobri que gosto de você.

Arqueei uma sobrancelha, lhe encarando sem acreditar.

– Eu não aguento passar tanto tempo sem lhe ver... Todos os dias sua imagem me assaltava a mente, o fantasma de seu sorriso me impedia de dormir todas as noites. E a expressão fria que me mostrou quando se despediu. – ele respondeu em voz firme, mas um pouco corado – E aquele beijo. Aquele beijo foi o único capaz de fazer meu coração saltar tão rapidamente. Achei que fosse pelo fato de ter sido meu primeiro beijo, mas não importava quantos beijos eu trocasse com a Enma, quantos toques ela deixasse eu lhe dar... Nunca senti nada como o que senti quando você me tocou.

Ele agarrou minha mão e levou ao seu peito, sobre o coração. Eu sentia os batimentos tão desenfreados quanto os meus. Sorri abaixando o olhar para seus lábios. Inclinei-me para frente, e ele ficou na ponta dos pés para ajudar.

Entrelacei o outro braço em sua cintura e ele segurou-se em meu pescoço com a mão livre. Sorrindo, nossos lábios se tocaram. Os movimentos foram mais calmos que da primeira vez, as línguas se encontrando docemente, conhecendo o interior da boca alheia com carinho.

Seu coração batia ainda mais forte, e eu sentia o meu fazer o mesmo. Desgrudei minha mão de seu peito e ele permitiu, passando o outro braço atrás de meu pescoço também. Levei a mão agora desocupada à maçaneta da porta, abrindo caminho para passarmos.

Sem pararmos o beijo, entramos na casa, fechando a porta de qualquer maneira, cambaleando até o sofá para termos mais privacidade.

Ele mordiscou meu lábio inferior, puxando com mais força após algum tempo, num pedido mudo por ar. E eu lhe permiti, afastando nossos rostos.

No meio de toda aquela confusão, caímos no sofá, e ele estava deitado por baixo de mim, os braços ainda em meu pescoço e minhas mãos agarrando sua cintura possessivamente.

– Você sabe que, no momento em que tomou a iniciativa de se declarar, você deixou de ter liberdade, não sabe? – sussurrei contra seu rosto, respirando com dificuldade – Você nunca mais poderá deixar alguém lhe tocar. Você será para sempre meu... Somente meu...

– Eu sei. – ele sorriu amavelmente, mas com uma pitada de malícia – Eu não planejava outra coisa. Serei seu pela eternidade... Mas se você ousar olhar para outro, nunca mais terá a capacidade de ver algo...

Sorri em resposta, voltando a tomar seus lábios em um beijo necessitado. Muito mais necessitado que o anterior.

– Eu te amo, Shun-chan. – murmurei deslizando os lábios por seu rosto, formando um caminho de beijos.

– E eu te amo, Yuura... – ele ofegou – Então... Deixe que eu seja seu... Para hoje e sempre...

Sorri e beijei seu pescoço com suavidade.

– Seu desejo é uma ordem... Você será meu... – voltei a colar nossos lábios e sorri ao senti-lo me abraçar.

Eu iria sempre estar com ele. Eu seria o único a ter a permissão de tocá-lo, e ele seria o único a ocupar minha visão. Éramos dois egoístas, e não poderíamos dividir o outro com ninguém. Então seja meu, beije somente a mim, esteja sempre em meus braços, deixe-me ouvir sua voz.

Meu amor é tão puro quanto negro. Eu sempre irei amá-lo, mas isso acarretará nas maiores conseqüências. Tão puro é que, em contrapartida, tão negro é seu companheiro. E eu o amo de mais para não ser assim tão puro...

Então... Seu destino está traçado...

Você conhecerá seu companheiro...?


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Notas finais do capítulo

Sobre os personagens:

Nara Yuura, 19 anos. Cabelo negro até a cintura, olhos de um tom castanho bem escuro, pele clara. Alto, possui 1,80m e tem um corpo não muito trabalhado. Faz faculdade, e conheceu o Shun quando ainda era seu senpai na escola - no momento, ele mais falta à aula do que vai.

Hiroshi Shun, 16 anos. Cabelo ruivo repicado nos ombros, olhos castanhos claros, pele clara. Baixo, com cerca de 1,60m e corpo um tanto feminino. Está no colegial ainda, e foi o kouhai do Yuura durante alguns anos antes do mais velho se formar.

Caso tenham alguma curiosidade pela garota...

Hanai Enma, 17 anos. Cabelo castanho claro caindo no quadril, olhos claros e pele clara. Um pouco mais baixa que o Shun, e uma garota que costuma variar os "namorados". É da mesma sala que o Shun.

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Bem, mereço reviews? Por favor? *-*

Espero que tenham gostado. Me avisem se encontrarem qualquer erro, ou se algo ficou muito confuso, ok?

Ciao, ciao! o/

Bacio! ;*



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