Ruína Pokémon escrita por Ayslan Melo


Capítulo 6
Capítulo 06 - O Retorno Amargo


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, o livro continuará a ser postado no site da fic, que eu criei, o link está abaixo, mas pretendo sempre avisar por aqui quando ele estiver pronto.

Como minha vida forasteira está muito complicado, meu PC queimou a placa mãe e meu tablet quebrou a tela, não estou com muito tempo para realizar nenhuma atividade da fic, mas ela não será esquecida, pode até demorar, como demorou para eu dar sinais de vida, mas ela está em produção, o capítulo 6 já está finalizando, sendo postado apenas uma parte, mas vocês irão gostar bastante dele, tenho certeza!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/339113/chapter/6

Todos se encontrariam naquelas primeiras luzes lançadas pelo sol naquela manhã. O dia já vinha começado quente, como o calor presente muitas vezes durante as tardes que caiam na vila Serena. Ian acordou em sua cama, com o Charmeleon deitado sobre ele, os dois estavam entrelaçados assim como ficam duas crianças durante uma festa de pijamas. Muitas vezes a mãe de Ian, Paola, chegava no quarto e reclamava com os dois, desde o tempo em que o Charmeleon ainda era um Charmander. Duas vezes não foi a reclamação de Paola que havia acordado os dois, mas sim a cama de Ian em chamas, causada pela cauda do Charmander. Desde então ele conseguiu aprimorar uma técnica de controle de suas chamas, quase a extinguindo totalmente de sua calda para poder ficar na cama com o Ian, mas havia se acostumada também a ficar no seu próprio lugar, próximo à janela, o que pela manhã o recarregava e deixava seus poderes bem mais elevados, fato que o impulsionou a evoluir durante um dos dias de comemoração do nascimento de Ian.

Os dois se aprontaram e seguiram para tomar o café da manhã, durante a descida até a cozinha, escutaram um barulho vindo do porão, mas deveria ser o pai de Ian, Wilson, arrumando suas ultimas coisas para levar em sua viagem. Ian se via muito chateado por ter que validar a expedição e mais chateado ainda por não poder fazer parte dela. Os dois haviam discutido na noite anterior, após Ian dar sua sentença, com a condição que ele também deveria estar no grupo, mas Wilson utilizou bons argumentos e deixou bem explicado que aquele era um grupo formado por pessoas que já deram muito pela sua vila e não se importariam de dar a vida, e não aceitariam ninguém  que ainda tivesse muito o que viver, menos ainda a figura do Pastor, um líder, que principalmente nesse momento, toda a vila estava precisando que estivesse presente, e já que ele havia sido escolhido pelo próprio Celebi, assim deveria se portar, como o Pastor e cuidar de toda a vila.

    O café da manhã já estava sobre a mesa, a mãe de Ian parecia que havia saído para coletar algumas ervas e frutas, mas o Jigglypuff lá estava para servir aos dois. Ian e Charmeleon estavam bem mais elétricos hoje, fosse pelo calor do dia que deixava o Charmeleon mais animado ou fosse a eminente saída de um grupo bastante importante para os limites da vila. Os dois trocavam os alimentos que Jigglypuff havia colocado em seus pratos e estavam brincando de uma pequena guerra de comida, que não cessou pelos olhares recrimináveis deste, mas sim pela chegada de Wilson e do Alakazam, que fez com que uma fatia de bolo planasse pelo ar e descesse calmamente sob o prato do Charmeleon.

    - Agradeço por não ser sua mãe a entrar na cozinha, não é Ian, você sabe o que ela acha sobre essa brincadeira dos dois. E você também Charmeleon - Wilson sentou-se na cadeira, sua voz séria utilizada no dia anterior havia desaparecido após a conversa que os dois tiveram ao chegar em casa e ele lançou um olhar, ora de recriminação, ora de diversão pela guerra que tantas vezes foi motivo de confusão na manhã da casa dos Fauster. Esse tempo infelizmente para ele estava acabando, mas ele orava a Celebi que o protegesse e o fizesse ter a oportunidade de retornar a essa "louca" rotina. 

    Momentos depois Paola também se reuniu com eles e os seis habitantes da casa tiveram um feliz, divertido e inspirado café da manhã, com muitas boas lembranças e promessas para o retorno da expedição. Ian, uma vez ou outra, tentava lançar indiretas para o pai ficar e ele partir em seu lugar, mas todas as investidas acabaram não surtindo efeito. Um dos últimos momentos onde somente a família estava reunida foi “fechado” com a promessa de Wilson que Ian receberia um presente único e muito especial assim que ele retorna-se. Quando Ian começou a indagar sobre o conteúdo de tal presente, foi interrompido então pelo bater da porta, que revelou a entrada dos outros expedicionários e seus familiares e companheiros a casa da família Fauster.

    Wilson e Alakazam se retiraram para o quarto para pegar seus materiais e partir com o grupo, Paola e Jigglypuff ficaram na cozinha arrumando os pratos, enquanto Ian e Charmeleon ficaram na sala para receber a todos que chegavam.

    Entre os que já estavam entrando ele viu Elisa, que juntamente com sua Chansey, exalavam uma beleza muito característica delas, uma beleza singular e natural, regada unicamente de simplicidade. Elas estavam com bolsas nas costas, com alguns cantis a mostra, amarrados ao lado desta e um “colchão” para cada uma, confeccionado com caules de plantas resistentes que promoviam a diminuição do desconforto de dormir no chão. O cabelo de Elisa estava amarrado no estilo rabo de cavalo e ela usava uma jardineira com camisa branca, pronta para qualquer tipo de desafio que pudesse ocorrer. Ao seu lado, sua Chansey demonstrava um semblante calmo e pacificador, como sempre era possível sentir aproximando-se dela. As duas cumprimentaram de forma cordial o Pastor e sentaram ao seu comando para esperar o restante do grupo, que chegava intercalado. Não demorou muito para todos estarem presentes.

    Peter Mentow e seu Zubat chegaram seguidos por Rose Reodor, seu Venonat e seu filho Markus com sua Tangela, estes dos últimos com os olhos ainda marejados e vermelhos da possível despedida que haviam tido anteriormente, com Markus sendo consolado pelo amigo quando este passou.

    Anthony MacFree e Ilana, juntamente com o Vaporeon e o Eevee, foram os últimos a chegarem, passando por Ian e causando um espanto para o garoto, pois Anthony, que sempre foi bem reservado em relação a ele e um pouco ranzinza, passou por ele o afagando no ombro, como a um amigo que há muito não era visto, fato que também trouxe um pouco de surpresa a sua filha. Paola e Jigglypuff já estavam na sala quando Ian fechou a porta após a entrada dos quatro, servindo sucos de frutas cítricas, com biscoitos deliciosos e socializando com todos.

    - Vamos, vocês tem que estar bem alimentados para o começo dessa caminhada de vocês. Não quero que ninguém tenha que retornar a vila por estar passando mal no primeiro dia. – Ela começou a falar quando Rose tentou recusar o suco e os biscoitos, a fazendo se entupir de comida.

    Ilana se aproximou de Ian e começou a conversar suas frivolidades de sempre, como  o ciúme sem razão dela por Markus e Melany ou como foi difícil encontrar a roupa certa para se despedir do pai. Já não aguentando a conversa e vendo que o amigo estava em um clima que precisava de ajuda, ele desvencilha-se dela e vai até Markus, o consolar.

    - Cara, você tem que ficar mais tranquilo, sua mãe irá retornar como todo mundo, você vai ver. Te dou quinze dias para eles já estarem em casa novamente – Ele se sentou ao lado do amigo, agradecido por Ilana não o seguir. Porém as palavras de Ian pareciam que o estavam trazendo novamente os sentimentos a tona, o deixando com os olhos marejados e uma pequena lágrima escorria do seu rosto. A Tangela ao seu lado tentava consolar o seu companheiro, mas parecia ser um caso perdido.

    - Eu sei, tenho certeza que eles retornarão... mas não é isso Ian... não tem só haver com a minha mãe... estou preocupado com sua ida sim, claro... mas estou muito triste pelas atitudes de quem fica... – Durante toda a conversa ele fica suspirando muito e limpando as lágrimas que aos poucos insistem em cair do seu rosto, falando a ultima frase com um olhar penetrante para Ilana, que de costas não percebe a investia, o que não demorou mais que um segundo para Ian entender o problema que ele vinha passando.

    Markus sempre foi um garoto mais alto que Ian e com mais massa muscular, mas o que ele tinha de autoridade dada pela aparência, ele transbordava ainda mais de paixão em seu coração. Markus era muito sentimental, suas decisões eram tomadas basicamente pelo coração, com muitas vezes a razão sendo simplesmente esquecida que existe. Suas decepções o levavam a um estado de tristeza intensa por muito tempo, e as tentativas com Ilana para que o relacionamento dos dois continuasse, acabaram o deixando muito magoado, principalmente pelo sentimento de ciúmes que a garota criou contra Melany, uma grande amiga dos garotos que os via como irmãos, e jamais havia demonstrado qualquer interesse em qualquer um dos dois.

    - Cara, entenda uma coisa. A Ilana é uma ótima pessoa, mas o ciúme dela não só está piorando com o tempo, está se tornando doentio. Antes era algo até legal de ver, algo que parecia saudável, mas hoje em dia, qualquer um percebe que isso só irá causar problemas para vocês dois. Eu, particularmente, fico feliz que vocês acabaram. – A ultima discussão do casal ocorreu na comemoração do dia do nascimento de Markus, onde Ilana convidou Ian e Melany para uma festa em uma fazendo próxima da vila, porém a comemoração estava ocorrendo na casa de Markus, o que fez com que os dois não comparecessem.

    Ela diversas vezes tentou explicar, dizendo que havia feito isso para que Melany deixasse Markus em paz, deixando o caminho livre para a felicidade dos dois e se relacionando com Ian isso seria ainda mais tranquilizante para ela. A desculpa não foi aceita por Markus e no final da festa, os dois tiveram uma grande discussão e acabaram o relacionamento que durava anos, o que trouxe para Markus a sensação de culpa, pela falha que ocorreu no relacionamento, e o deixou muito deprimido por várias luas, o que só começou a melhorar depois da ação do tempo.

    Markus escutou as palavras do amigo e confirmou com a cabeça, o que fez com que Ian ficasse em dúvida se o seu amigo o havia entendido ou estava apenas realizando um reflexo corporal quando alguém fala com você. Antes que qualquer outra palavra fosse dita, todos começaram a se levantar e Ian percebeu que seu pai e o Alakazam estavam no meio de todos, ambos também com mochilas nas costas. As mochilas eram bem semelhantes em conteúdo com as carregadas por todos, sendo adaptadas a cada corpo dos Pokémons.

    - Aguarde meu retorno, que o melhor presente do mundo eu vou te dar – Wilson deu um abraço em Ian, enquanto todos se despediam mais uma vez dos seus amigos e familiares. Paola e Jigglypuff, que estavam se mostrando forte até o momento, não se aguentaram e caíram em lágrimas, o que já estava acontecendo com todos dentro da sala.

    Todos saíram para o pátio da casa, e alguns dos cidadãos da vila também estavam lá para desejar boa sorte a todos que estavam se arriscando na busca pelo Celebi e consertar os problemas que vinha acontecendo. O sol da manhã ainda estava baixo do sol, mas seus raios caíram sobre todos, como se o próprio céu estivesse abençoando o grupo que se retirava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

http://ruinapok.webnode.com/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ruína Pokémon" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.