LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Jade West

Acordei com o barulho de meu celular tocando, Beck acordou logo depois.

– Jade! – A voz da minha mãe soou assim que atendi. Droga! – Jade, onde você está? Não dormiu de novo em casa, quero você agora mesmo aqui... – Antes que ela continuasse, simplesmente desliguei o telefone. Não gosto de ouvir reclamações assim que acordo.

– Você desligou na cara da sua mãe? – Beck perguntou pasmo.

– Não tem problema, e não enche, Oliver. – Falei levantando-me da cama e indo tomar meu banho. Tínhamos passado mais uma noite juntos e às vezes me esquecia de que minha mãe agora morava comigo e eu deveria tomar mais cuidado, mas ficar perto de Beck era tão intenso que me fazia esquecer-se de todos meus afazeres e deveres. Às vezes pareço tão apaixonada que me enojo de mim mesma, mas sabe... É bom sentir tudo isso. Melhor eu parar, odeio ficar assim! A culpa é do Oliver. Argh!

– Jade! Já vai? – Beck perguntou assim que me viu arrumada.

– Sim! – Respondi simplesmente. Sentiam-me desconfortável. Em outros tempos, eu nem ligaria para o que minha mãe pensava de mim ou dos lugares que eu frequentava, mas sabe... Agora ela está grávida, e se eu fosse ela, também não gostaria de ver minha filha dormindo no RV de um garoto enquanto eu estivesse morrendo de preocupações. Não que eu iria demonstrar preocupação, mas sabe... Até entendo! Lá vem eu de novo, pensando em ter filhos, Beck fala tanto sobre isso, que agora o assunto ficou na minha mente. Affs!

– Não ganho nem um beijo? – Perguntou com aqueles olhinhos de menino pidão. Ele merecia vários beijos e principalmente por ter feito tudo aquilo ontem. Foi lindo, mas... Eu não quero ficar falando sobre isso.

– Nem devia, mas... – Falei aproximando-me dele para que me beijasse. Seus lábios rapidamente se encontraram aos meus e o gosto da sua boca era tão viciante que eu sentia que se ficasse lá mais um pouco, isso acabaria se intensificando mais do que devia. – Chega, Oliver. Tenho que ir. – Interrompi o beijo e saí de seu RV, ele sorriu bobo pra mim. Seu jeito crianção me irritava ás vezes, mas era lindo como ele sempre estava sorrindo e de bom-humor mesmo diante de situações de aperto. Fui pra casa e ao abrir a porta vi a figura de minha mãe sentada no sofá.

– Jadelyn West... – Eu odeio quando ela me chama assim. Argh! – Onde você estava?

– No RV do Beck. – As palavras saíram involuntariamente da minha boca, eu nem ia dizer isso. Afinal, eu não devia satisfações á ela, devia? E também, minha mãe tinha cara de que já sabia de tudo. – Quer dizer...

– Não precisa mentir... – Ela suspirou. – Eu sei que estava com o Beck e você mesma já admitiu isso, mas filha, você tem que se cuidar. Não quero que fique andando por ai, dormindo fora de casa, mesmo que Beck seja um ótimo namorado pra você, eu acho que devíamos ter aquela conversa... Sobre proteção e...

– Nem comece! Eu odeio lição de moral, papos educativos ou qualquer coisa sobre esse assunto, principalmente com você. – Interrompi mal-humorada antes que ela começasse com a aula de educação sexual. Tinha coisa pior?

– Tudo bem! Você já deve ter uma vida sexual ativa... – Quando minha mãe disse isso, senti minhas bochechas arderem tanto quanto uma queimadura na pele, eu odeio corar, odeio! Mas... Ela não pode ficar falando da minha vida com o Beck. Isso é tolamente idiota! – Mas entenda, como mãe, peço que se cuide e... Como já fez 18 anos, eu permito que saía de casa e durma... Hum... No RV de seu namorado, mas... Não todas as noites. Ficar fazendo esse tipo de coisa toda hora pode ser ruim, acredite eu sei e... – Eu não acredito que ela tá dizendo isso! Minha mãe, além de falar sobre sexo comigo, ainda me dá dicas de que... Ela e o papai... Argh! Prefiro nem pensar.

– Isso me dá nojo. Velhos não deviam namorar. – Ainda acho que estou tendo paciência demais com ela. Sara fez uma careta pra mim e depois sorriu. Argh!

– Em todo caso, fique em casa esses dias. Seu pai vai chegar hoje porque temos que discutir algumas coisas sobre o David. – Falou e ergui as sobrancelhas. David? Quem é esse? Sara olhou pra barriga me dando pistas. Eu não seria a melhor irmã no mundo, mas se esse bebê quisesse, eu seria a melhor amiga dele. Mas mantenhamos isso em segredo, ok?

– Ótimo! Ter o papai aqui era tudo que mais queria... – Minha ironia escorria pela boca. - Preciso ir pra escola, cuide do David e me deixe em paz, não quero mais falar sobre isso. – Decretei subindo as escadas.

– Como quiser, querida. Boa aula pra você! – Desejou animadamente. Odeio esse seu jeito animado com tudo, isso me faz lembrar Beck e é por isso que eu não consigo odiar tanto essa mulher a ponto de deixar de falar com ela. Argh! E de novo ela se assemelha a Beck. Ufs! Quanto cheguei á HA recebi uma mensagem, era do loiro.

“Estou com problemas, me encontra na Biblioteca, AGORA!”

Seu tom mandão é irritante, mas fazer o que? Affs! Cheguei a Biblioteca e só ele estava lá, me sentei em um dos sofás e encarei a figura loira e deprimida na minha frente.

– E então? Não me fez vir aqui apenas pra ficar encarando sua cara de tristeza, né? – Perguntei não ligando muito.

– O meu problema é sério... Digamos que eu precise de uma opinião feminina sobre o caso. Suponha que você diga que ama alguém e se essa pessoa não responde com um “eu te amo” de volta, o que você faria? – Perguntou fitando o chão.

– Eu cortaria a pessoa em pedaços ou a xingaria até a morte. – Respondi firme, essa pessoa não mereceria meu amor. Tem que ser muito bom pra ganhar o amor de Jade West, não é pra qualquer um. Que o Beck não escute isso, do jeito que ele se acha ás vezes, é bem capaz de se tornar o Senhor Certinho e Convencido. Idiota!

– Então acha que a Tori vai terminar comigo? – Perguntou desesperado.

– O que? Você que não respondeu “eu te amo” pra Tori? – Perguntei confusa e ao mesmo tempo risonha. Se fosse mesmo com ela, seria engraçado a Tori sobrando nessa declaração. A sua pergunta tinha sido tão inesperada que nem saquei que ele falava dele mesmo e da idiota da Vega.

– Pode ser... Ela tá animada demais hoje porque teve um encontro com Mason e ela conheceu o Kojeezy e recebeu a noticia de que ele vai ouvir apresentações de cada um daqui e se a música for boa ele irá comprá-la e produzi-la, então ou ela tá animada por causa disso, ou ela tá animada porque vai se ver livre de mim. – Pareceu ainda mais desesperado. Porque ele ficaria tão desesperado quando pode se livrar da Vega tão fácil?

– A minha opinião é... Depois que ela te dar um pé, procure uma garota melhor. – Falei me levantando dali.

– Então, você não vai me ajudar? – Perguntou pegando no meu braço.

– Quer saber de uma coisa... – Eu já tava ficando estressada com todo esse ar de melancolia e drama. Soltei suas mãos do meu braço e respirei fundo. - A Tori parece bem demais com você e por mais que me doía e me dê alergia dizer isso... Vocês se merecem e mais, Tori não te trocaria agora que ela conseguiu. Deixa ela curtir isso da música e depois vocês conversam com calma e caso você diga a alguém que eu te ajudei com problemas amorosos, eu juro que te amo, Smith. E ai sim, seu namoro acaba. – O ameacei saindo dali. Antes de sair vi seu sorriso aparecer em seu rosto. Zac idiota! Ufs!

– Hey Jade você já viu o novo App do Pera Store? – Perguntou Sinjin. Neguei. – Quer ver? – Perguntou chegando mais perto, seu cheiro me enjoando. Eca!

– Não com você. – Quase gritei e ele saiu correndo. Desci as escadas e avistei Cat, Robbie e Beck fitando o Pera Fone. – Vocês estão vendo o novo App do Pera Store? – Perguntei já crendo que era isso, já que um monte de gente tava vendo isso e eu também queria saber o que era, já que até agora só sabia o nome.

– Sim, dar pra Zoom de qualquer ângulo. – Respondeu Robbie. Cat ficou surpresa ao ver uma foto da HA, mas precisamente do Café Asphalt. – Sim, o PeraMap tirou essa foto há três meses atrás.

– Do espaço. – Completou Beck. Interessante! Cat olhou para o teto da escola e acenou do seu jeito bobo de sempre.

– Cat, nós estamos dentro. – Adverti e ela parou. Idiota!

– Ei, não é a gente? – Perguntou Beck olhando para uma mesa na foto do PeraMap. – Oh meu Deus, esses somos nós.

– Oh sim, essas são minhas botas. – Afirmei, legal eu tava me vendo!

– Você pode dar um Zoom na direção da Jade? – Perguntou Beck e fiquei sem entender. Robbie fez o que ele pediu e... Oh meu Deus! Era uma foto minha coçando o nariz do lado de fora, e parecia que eu estava... Ah não, ninguém iria acreditar nisso, né? Todos olharam pra mim de maneira desconfiada. O que? Eles não...

– Não, não, não. Eu, eu, não... – Tentei, mas as palavras não se completavam.

– Estava cutucando o nariz. – Disse Cat em voz alta.

– CAT! – Gritei e ela pareceu desesperada. Qual é? Eu não tava sabe... Fazendo isso, eu não estava! – Eu não estava cutucando o meu nariz, eu estava coçando do lado de fora, assim... – Expliquei mostrando pra eles. Beck assentiu, ainda bem que ele acreditava em mim!

– Desse ângulo parece que você está cutucan... – Tentou Robbie.

– Não diga isso! – Quase gritei. Robbie estúpido, e se alguém ouvisse?! – Ok! Não contem isso pra ninguém...

– Nós não vamos. – Disse Beck.

– Prometemos. – Concordou Robbie.

– Você diz sobre cutucar seu nariz? – Perguntou Cat.

– CAT! – Gritei novamente. O que ela tinha na cabeça? Ninguém podia saber, mesmo que eu não tenha cutucado meu nariz, isso é vergonhoso! – Eu falei sobre isso!

– Tá! – Assentiu. E desci irritada as escadas, mas escutei risinhos e gargalhadas, mandei um olhar sério para os bobões a minha frente, eles ficaram sérios. Ótimo! Não tem graça, não tem motivo pra rirem, eu não fiz aquilo. Saí dali antes que eu matasse alguém, eu odiaria ver a minha foto sendo acessada por todo mundo, minha fama de má acabaria e eu ganharia a fama de limpa meleca ou algo assim. Idiotas! Comprei café e fui para minhas aulas de Canto e Estudo Cientifico. Ao sair de lá, avistei Beck saindo de sua sala. Tudo estava bem, ele me deu uma carona.

– Você não vai acreditar na conversa que minha mãe e eu tivemos... Foi constrangedora. – Comecei a puxar assunto.

– Sobre o que vocês falaram? – Perguntou calmamente.

– Sobre você e eu e nossas relações amorosas e profundamente... Hum... Sexuais. – Alertei esperando sua reação. Beck freou o carro fazendo meu corpo ser empurrado pra frente, sorte que estávamos com sinto de segurança.

– Vocês, o que? – Ele estava pasmo.

– Você sabe... Minha mãe meio que acabou me autorizando a dormir no seu RV algumas vezes... – Dei a melhor noticia. – Pelo menos isso salvou o papo.

– Eu já disse que amo a minha sogra? – Perguntou ligando o carro de novo e dirigindo.

– Não se empolgue, Oliver. – Reclamei.

– Mas espera! – E ele freia de novo. Revirei os olhos irritada e lhe mandei um olhar de: “o que é agora?”. – Com que cara eu vou olhar pra Sara agora? Já que ela sabe que nós... Já... Entende? – Perguntou preocupado.

– Vai olhar com a mesma de sempre, deixa de coisa, Oliver. Agora dirige porque se eu soubesse que iria chegar em casa de madrugada eu teria pegado um táxi. – Debochei, ele riu voltando com seu humor de antes. Beck fez o que eu pedi e rapidamente chegamos a minha casa.

– Boa noite, minha West. – Disse sorrindo bobo pra mim com aquele brilho nos olhos que só faltava-me cegar-me com tanta intensidade.

– Boa noite, Oliver. – Respondi erguendo-me através da janela e inclinando-me para beijá-lo, Beck me deu um selinho e não entendi porque ele não prosseguiu.

– Sabe que a visão está linda daqui. – Disse fitando meus seios no decote da blusa com uma cara tão safada quanto meus pensamentos sobre ele na hora H. Safado, idiota!

– Vá se ferrar, Oliver. – Quase gritei e ele riu gostosamente.

– Bons sonhos comigo, amor. – Disse ainda mais convencido, ele não tinha jeito mesmo! Entrei em casa e avistei meu pai sentado no sofá com a cabeça de minha mãe apoiada em seu ombro esquerdo, aquela era uma cena incomum de se ver. Ele me lançou um sorriso e apenas subi as escadas. Dormi tão rapidamente quanto a velocidade que me deitei na cama, e parece que o Oliver tinha me jogado uma praga, porque realmente eu sonhei com ele. Acordei, me arrumei e fui pra HA com meu próprio carro, logo que desci as escadas avistei Tori deitada na mesma com a aparência de cansada e ela parecia dormir. Meu Deus, obrigada! Ergui minhas mãos para o alto agradecendo uma bela oportunidade de zoar a Vega. Sorri largamente com isso e cheguei perto dela já tendo uma ideia do que fazer. Peguei um apito na minha bolsa e o soprei, Tori rolou as escadas com tamanho susto, isso era bom demais!

– O que houve? Eu estava dormindo? – Perguntou desorientada enquanto ainda sentava no chão. A cena tinha sido no mínimo, engraçada.

– Você estava. – Falei sorrindo de leve.

– Eu escutei um barulho alto. – Disse totalmente tonta devido ao cansaço.

– Não foi nada. – Falei naturalmente enquanto guardava o apito de volta na bolsa. – Então, porque você está dormindo nas escadas? – Perguntei mesmo sem querer saber o motivo. Tinha que ter uma boa explicação pra que ela ficasse com tanto sono a ponto de dormir na escada e me deixar zoá-la, ou vai ver só era minha sorte mesmo.

– Porque André ficou na minha casa na noite passada tocando piano até às 4 horas da manhã... – Começou a explicação idiota que eu já previa. Apenas saí dali e fui em direção ao meu armário. – Eu ainda não terminei de falar.

– Eu não quero escutar! – Falei não dando a mínima para seus problemas. Se a Vega não tivesse conseguido dormir apenas porque tinha terminado com o Smith, eu precisava saber disso, mas se ela está assim por causa do André, então não me interessa. Continuei a mexer no meu armário, até que algumas pessoas ficaram rindo. Porque elas estão rindo?

– Ei Jade! Eu vi o tweet, que dizia que você estava cutucando o seu nariz... Sabe... Cutucando o NARIIIZ! – Um cara negro com o cabelo meio pra cima chegou com mais dois caras. O que um deles tinha falado? OH MEU DEUS! ELES NÃO FIZERAM ISSO! NÃO, MESMO! Bati a porta do armário depois de ouvir mais risinhos e quando avistei Cat e Beck perto da máquina de refrigerante, caminhei até lá, extremamente irritada. Ah eles não sabiam com quem tinham se metido!

– EI! – Gritei e Beck tentou falar alguma coisa, mas logo o interrompi. Eles não podiam ter feito isso comigo, eu vou acabar coma vida deles. Ah se vou! – Quem contou? – Perguntei logo de cara. Cat perguntou sobre o que eu estava falando. Ah faça-me o favor! - Sobre mim... Sobre mim cutucando meu nariz no PeraMaps. – Expliquei perdendo á paciência.

– Eu não contei nada! – Disse Beck. Ótimo! Nele eu acredito, mas ainda irei matar um.

– Eu falei para as pessoas não verem... – Disse Cat. Ótimo!

– Deve ter sido o Robbie... – Comecei, mas espera! O que foi que ela disse? – O que você quis dizer com “disse para não olharem”? – Meu tom de voz estava ficando mortal.

– Eu twittei no The Slap. – Cat respondeu tranquilamente.

– O que você twittou? - Perguntei chegando mais perto dela. Que seja alguma coisa que a livre de apanhar, porque eu juro que a mato se ela tiver feito alguma coisa.

– Só... – Cat começou a ler. – Por favor, não vá ao PeraMaps, não olhe o mapa da Hollywood Arts. Se você olhar, não dê Zoom na Jade. P.S: Ela não está cutucando o nariz... – Eu enxergava apenas minha mão arrancando fio por fio do cabelo ruivo da Cat, minha mente ainda estava em choque. Não consigo acreditar que ela tenha feito isso! – Eu fui bem clara. – Completou. Não consegui aguentar mais, simplesmente dei mais passos a frente para arrancar a cabeça da Cat. Beck me segurou firme enquanto eu me debatia e gritava, o que ele tá fazendo? Ele tem que me soltar pra eu matar a Cat!

– Corra! Só, corra rápido e pra bem longe. – Disse Beck ainda me segurando. Isso não tava mesmo acontecendo! Eu tinha perdido a minha fama por causa de uma foto vista de outro ângulo? Era isso mesmo que tava acontecendo?

– Ei Jade, sou um cara que cutuca o nariz, estou aqui pra dizer, tudo fica melhor. – Disse Sinjin aparecendo atrás de nós. Eca! Agora eu estou no mesmo patamar que o Sinjin, só era o que faltava. Mas a Cat me paga, me paga! Gritei mais forte e me debati duplamente, Cat correu e irei pegar ela. Ah se vou! Beck ainda me segurava firme com ajuda de seus braços fortes. Desgraçado!

– Tenha calma, acalme-se. Tudo vai ficar bem, vai ficar bem, ok? Ok?! – Ele me perguntava enquanto eu deixava meu corpo cair pra baixo sobre o dele. Nós permanecemos abraçados ainda de joelhos, enquanto ele alisava meus cabelos. Aquilo com certeza me acalmava, mas não a ponto de desistir de matar a Cat. Beck finalmente me soltou e corri. Ele veio atrás de mim e me segurou novamente. – Vamos resolver isso, você vai ver, não vai ficar assim, vou falar com Robbie, com Sinjin, com quem entende de todas essas coisas de programas do PeraMaps e vamos ver o que podemos fazer com essas fotos. Só, por favor, não tente matar a Cat, você me promete? – Perguntou com sua voz totalmente tranquilizadora. Assenti com a cabeça. – Jade!

– O que te faz pensar que eu não possa estar prometendo e depois descumprir a promessa? – Perguntei cruzando os braços.

– Minha confiança em você! – Disse tocando de leve minha barriga e sorrindo, e ele se foi. Até procurei a direção que a Cat foi, mas a confiança de Beck estava na minha cabeça o tempo todo. Maldita palavra, maldito Beck, maldita confiança! Segui para minhas aulas de História e Geografia, as pessoas ainda riam de mim, mas amarrei a cueca de um garoto na escada e pararam com a zoação um pouquinho. Não almocei e fui pra casa, não queria ficar mais na escola. As pessoas não sentiam mais medo de mim, isso era terrível, o pior é que mesmo que eu tivesse achado a Cat, eu nem poderia fazer nada graças a Beck. Mas, ela vai ver, amanhã irei bolar uma coisa que ela odiará assim como odeio que uma foto minha fique exposta desse jeito. Idiota! Dormi rapidamente e acordei determinada á fazer com que essa história de foto, sumisse de vez. Tomei banho, me arrumei e fui para HA, ignorando o meu pai e minha mãe, quer dizer, eu até dei um “Oi!” pra ela, mas foi breve, quanto á ele, bem... Acho que nossa relação deve continuar a mesma. Meu objetivo principal agora é excluir aquela porcaria de foto da internet, ninguém vai ficar me zoando, repito... Ninguém!

– Oi Jade! – A voz de Cat soava triste, ótimo! Porque eu odiaria vê-la feliz enquanto eu estava nessa situação. – Ainda está brava? – Cat me conhecia há tanto tempo, e mesmo assim fazia perguntas idiotas sobre minha pessoa. É claro que eu estava brava!

– Cat! Me diga! Qual a comida que você mais odeia nessa vida? - Pedi com um sorriso bem falso.

– Han... Eu odeio ervilhas, elas são verdes e geladas. – Disse brincando com seus próprios cabelos. Ai como ela é idiota!

– Ótimo! Vá ao trailer do Festus e peça pra ele lhe dar uma vasilha grande de ervilhas, depois leve até mim, tudo bem? – Perguntei ainda com um sorriso falso. “Kay” foi sua última palavra antes de sair cantarolando. Cheguei á sala do Sikowitz, estavam lá apenas Beck e Sinjin.

– Oi amor, Sinjin vai excluir a foto do PeraMaps e Robbie disse que ia ajudar a tirar a outra foto para botarem no lugar, o que acha? – Perguntou Beck vindo até mim com a esperança de que eu lhe desse um selinho. Não o fiz e ele se sentou. Beck entendia que primeiro eu queria tirar a foto e depois, ai sim, eu teria tempo pra qualquer outra coisa. Cat chegou com a vasilha de ervilhas e sorri malvada.

– AGORA COMA AS ERVILHAS! – Gritei e ela foi se sentar começando a comer bem devagar. Era bom ver a cara dela sofrendo enquanto comia aquilo. Sinjin narrava cada passo que fazia enquanto tentava excluir a foto. Eu caminhava de lá pra cá impaciente. Aquilo estava ficando irritante. – Você vai tirar a minha foto ou não? – Perguntei irritada, que droga!

– Você tem que parar de ser grossa com as pessoas. – Disse Beck. Droga!

– É o Sinjin, ele não é uma pessoa. – Falei tocando em uma mecha do cabelo dele, eca! Parecia musgo, e acredito que ele todo era desse jeito!

– Eu posso parar de comer agora? – Perguntou Cat.

– NÃO! Você vai comer todas essas ervilhas. – Retruquei.

– Eu odeio ervilhas! – Disse.

– E eu odeio que você tenha contado para todos verem minha foto... – Expliquei.

– De você cutucando o nariz? – Perguntou Beck.

– NÃO DIGA ISSO! – Gritei. O que ele quer? Me irritar?

– O que vai ajudar se eu comer ervilhas? – Perguntou Cat.

– Vai fazer você se sentir miserável. – Falei mortalmente. Cat disse que minha lógica era estranha. Quem liga? Ela continuou comendo ervilhas. Robbie chegou à sala falando ao telefone sobre a foto no PeraMaps. – Então?

– O amigo do meu pai manda todas as fotos para o PeraMaps. Ele vai tirar uma nova foto da Hollywood Arts... – Explicou Robbie. Beck perguntou quando ela ia ser tirada. – Amanhã a tarde ás 4:40h.

– Ok! Então o plano é... – Tentei, mas quando olhei pra Cat ela estava colocando grande parte das ervilhas no bolso de sua camisa. – CAT! NÃO BOTE ERVILHAS NO SEU BOLSO! – Gritei e ela se assustou jogando as ervilhas para o alto. Depois que falei isso, ela continuou a comer. Beck perguntou sobre o plano. – Amanhã ás 4:40h da tarde eu vou ir lá fora posar para foto, desta vez vou parecer bonita. E ninguém vai lembrar da minha foto antiga...

– De você cutucando o nariz? – Perguntou Robbie.

– Robbie! – O alertei antes que ele recebesse um soco sem saber do motivo.

– A foto está excluída. – Disse Sinjin. – Você vai me pagar em dinheiro, pizza, ou abraços? – Perguntou estranhamente. Abraços? Mas que...

– Robbie abrace ele. – Falei calmamente, Robbie tentou falar algo. – ABRACE ELE! – Gritei e Robbie correu pra abraçar o Sinjin. Eu adoro ver as pessoas fazendo o que eu quero, mas confesso que a cena foi bem estranha! – Ótimo! Vem Cat, vamos almoçar e quero checar pra ver se você vai continuar comendo ervilhas. – Falei e ela veio atrás de mim e de Beck com uma cara não muito boa enquanto segurava a vasilha. Chegamos ao Asphalt Café e vimos o casal mais chato de toda escola conversando. Sentamos e Beck e Cat até falaram “oi”, mas eles não prestaram atenção.

– Então o André está dormindo na sua casa, e tocando piano até 4h da manhã e você não o expulsa? – Perguntou Zac quase gritando.

– Ele estava dormindo no quarto de hóspedes, ele até comeu a torta da nossa família, e eu o expulsei da minha casa porque não tava aguentando mais. – Tori tentava. Beck e eu nos olhamos, isso era no mínimo esquisito, o fato dos dois brigarem. Acho que até mais esquisito do que o abraço do Sinjin e do Robbie.

– Então hoje ele vai a sua casa, enquanto sua mãe e seu pai viajaram e só vai estar a Trina lá, e vocês vão ficar sozinhos, “compondo” uma música enquanto eu tenho que ficar em casa e aceitar isso? – Revidou Zac. Nossa! O que deu no loiro?

– Mas qual é o problema? Ele é só meu amigo! Você deveria me apoiar já que não me ama. – Revidou Tori com a voz um pouco mais fraca. Isso não tava ficando divertido! Eu sabia da história do “eu te amo” entre os dois, só não sabia que o clima tava assim.

– Olá pessoal! – Zac pareceu perceber a nossa presença agora, apenas sorri pra ele, enquanto Beck e Cat ficavam calados.

– Então... Vocês já tiveram sua primeira briga? – Perguntei sorrindo malvada. Tori revirou os olhos e Beck me deu um pequeno chute por debaixo da mesa.

– Não, Jade... Não tivemos. – Zac disse com sua voz um pouco mais normal.

– Tivemos sim. – Revidou Tori.

– NÃO TIVEMOS, NÃO! – Gritou Zac.

– Obrigada Jade por fazer termos nossa primeira briga. – Tori sorriu falsamente pra mim enquanto eu a olhava divertida. – Vou me acalmar e vou fazer a melhor música com o André, hoje à noite. – Disse antes de sair dali.

– AMANHÃ A GENTE CONVERSA! – Zac gritou pra que ela pudesse escutar já que Tori tinha quase corrido dali. – Oh droga! – Exclamou quando se virou e deu de cara com o André, os dois se esbarraram.

– Cara! O que você tem? Tá com problemas? – Perguntou André sempre calmo.

– Ah eu tenho problemas, o meu problema é o fato de você não arranjar logo uma namorada, pra que eu possa ficar tranquilo. – Disse Zac saindo dali as pressas.

– A culpa não é minha, tá bom? – Perguntou André se sentando à mesa.

– Qual as novidades? – Perguntou Beck.

– Nenhuma, só que minha tia Zilda vai chegar amanhã à tarde depois da apresentação de Tori e eu para o Kojeezy. Tenho que ir pegar ela no aeroporto, mesmo que eu torça pra que ela fique onde está, é cara... Eu não gosto dela. E olha que eu gosto de muita gente, mas ela me força a comer ervilha, tem coisa pior do que isso? – Disse André e sorri malvada, enquanto olhávamos pra Cat que estava acabando de comer as ervilhas da vasilha.

– Ótimo Cat, já pode ir. – Falei e ela saiu correndo. Depois que acabamos de almoçar, fui pra casa com meu carro mesmo. Tinha dito a Beck que preferia ficar longe da casa dele por um tempo, pelo menos até meu pai sair da minha casa. E foi o que eu fiz. Cheguei a casa, dormi rápido e acordei disposta a tirar aquela foto. As pessoas não me zoavam mais, também nem tinha mais o que zoar, a foto foi excluída e eu já tinha separado uma ótima roupa pra tirar aquela nova foto, há se tinha. Postei no The Slap.

“Pronta pra tirar a minha melhor foto!”

Humor: Disposta.

Cheguei á HA e fui até o Asphalt Café, Beck, Sinjin, Robbie e Cat estavam lá. Ótimo!

– Oi amor, você está linda. – Disse Beck e lhe dei um selinho.

– Esse é o objetivo. – Falei andando de um lado para o outro enquanto Sinjin preparava a contagem. Sinjin disse que iria acontecer daqui á 40 segundos. Larguei minha bolsa no chão e fiquei lá parada.

– Vire para esse lado para ficar num bom ângulo. – Disse Robbie me virando para o outro lado.

– Bem aqui? – Perguntei calmamente. Robbie assentiu, ele estava tocando nos meus ombros. – Tire as mãos dos meus ombros. – Ordenei e ele as tirou de lá.

– A foto será tirada em 17 segundos. – Alertou Beck.

– Bom, ninguém fale comigo. – Falei olhando pra cima e colocando as mãos na cintura. Eu sairia bem, muito bem, a foto ia ficar brilhante. Aumentei o sorriso, mesmo não mostrando meus dentes, aquilo já seria exagerado.

– 14, 13, 12,11... – Começou Beck.

– 12! – Interrompeu Cat ainda penteando seu porco de pelúcia.

– 8,7... – Recomeçou Beck.

– 8! – Interrompeu Cat outra vez.

– Cat! – Beck chamou sua atenção e ela parou. Arrumei meu cabelo e continuei com a pose. – 3,2... – Continuou Beck, mas fui surpreendida por Robbie que agarrou no meu pescoço me fazendo cair na mesa, com ele por cima de mim. Nossos rostos ficaram colados, sua boca quase tocando a minha e só ouvi Beck falar... – AGORA! – O que Robbie estava fazendo? Oh meu Deus, a foto!

– NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO! – Gritei com toda força, ele não podia ter feito isso! Empurrei Robbie, aquele lerdo, o que ele fez? – PORQUE VOCÊ ME AGARROU? SEU IDIOTA! ESTUPIDO! – Comecei a xingá-lo e bater em seu peito, assim que ele saiu de cima de mim.

– Acho melhor eu tentar entrar na conta do PeraMaps de novo. – Disse Sinjin.

– Você tentou beijar a Jade? – Perguntou Cat chocada.

– Não! Eu... Eu... Não, eu não fiz isso, eu tava tentando matar uma abelha e... Eu... Eu tropecei... Jade me desculpe. – Tentava Robbie desesperado.

– Pegue seu celular agora e convença alguém a tirar outra foto. – Meu olhar e minha voz assumiu o tom mortal novamente. Robbie abaixou a cabeça e ele e Sinjin começaram a trabalhar para removerem a foto. Senti as mãos de Cat me puxando pra longe dali. O que ela tava fazendo?

– Como você pôde beijar o Robbie? – Perguntou irritada. O que tava havendo com ela?

– EU não beijei aquele lerdo, ele que me agarrou. Qual o seu problema? – Perguntei. Ah! Eu estava irritada, muito, muito irritada!

– Você sabe que eu gosto dele, e mesmo assim o beijou. – Cat parecia uma criança que tinha acabado de perder o doce. Eu estava completamente surpresa e irritada com sua atitude, mas eu a entendia, ela gostava do Robbie. Mesmo ele sendo um insuportável, babaca, idiota e tantas outras coisas ruins, mas ela gostava dele mesmo, assim. Os dois eram complicados, mas também quem é que não era?

– Eu não acredito que vou fazer isso... – Falei olhando pra o chão. Puxei Cat e a abracei. Foi um abraço confortável e cheio de sentimentos, ela é minha melhor amiga, e por mais que a gente tenha discutido milhares de vezes por seu jeito bobo de ser, eu nunca tinha a abraçado por livre e espontânea vontade, não desse jeito pelo menos, e aquilo me surpreendeu e a ela também. Cat me apertava com toda sua força e eu nem sentia nada, ela era tão pequena. – Eu não beijei o Robbie. Acredita em mim agora? – Perguntei a soltando. Cat sorriu como uma criança boba e veio me abraçar de novo, mas simplesmente a empurrei. – Não, Cat! Isso não vai acontecer toda hora. – Recuperei minha pose e saí dali, mesmo assim. Cat ainda sorria.

– Pronto, Jade, o Sinjin removeu a última foto e o Robbie ligou para o Sr. Ferberg, e ele vai tirar outra foto, mas disse que ia ser a última. A foto saí em cinco minutos. – Alertou Beck.

– Ótimo! Cat me arrume cordas. – Falei e Cat saiu pra buscar.

– Hey gente! O que estão fazendo? – Perguntou Beck fitando Tori e Zac vindo de direções opostas.

– Nada! – Disseram em uníssono. Acho que eles ainda estão brigados um com o outro!

– A Cat me contou no corredor que vão tirar a foto para o PeraMaps agora. – Disse Zac.

– Vai ser legal! E ai André, quer participar da foto para o PeraMaps? – Perguntou Beck.

– Não dá, tenho um encontro, só voltei pra pegar meu celular. – Explicou André chegando perto de nós.

– Um encontro? Até que fim arrumou uma namorada, Harris? – Provocou Zac. Isso era divertido!

– Sim, encontrei uma garota no aeroporto agora pouco quando fui desembarcar minha tia Zilda, ela não vai vir e a garota vai morar aqui em Los Angeles mesmo. – Disse André com seu jeito animado. Que bom pra ele então! Zac ficou calado. Cat chegou com as cordas e amarrei o Robbie na mesa para que ele não tentasse me agarrar de novo. Fiquei em um local afastado.

– 15 segundos! – Alertou Sinjin. Ele começou a contagem. Ótimo! Todos ficaram em suas posições, André ficou por lá mesmo. Robbie estava amarrado. Cat com seu porco de pelúcia. Tori e Zac se abraçaram. Eca! E quando coloquei minhas mãos na cintura, senti alguém segurá-la. Beck se posicionou atrás de mim, e virou meu pescoço de leve pra que eu lhe fitasse. O brilho nos seus olhos era tão grande que até me perdi na contagem. – Agora! – Disse Sinjin e Beck me beijou. Um beijou calmo e leve com suas mãos em volta da minha cintura, apertando meu corpo contra o dele. Aquilo estava tão bom, era o beijo perfeito. Ele desgrudou nossos lábios e me fitou sorrindo, não aguentei e sorri de volta pra ele. – Venham ver como ficou a foto. – Disse Sinjin e nos aproximamos do notebook. A foto tinha ficado perfeita. Beck e eu nos beijando. É! Isso apagaria de vez as outras.

– A foto ficou ótima. – Falei.

– Claro, você é linda. Não é possível que a foto saía feia. – Disse Beck e sorri.

– Na verdade, nas outras duas últimas fotos a Jade saiu estranha. Uma ela estava cutucando o nariz e na outra... – Disse Sinjin.

– NÃO FALA ISSO! – Gritei e ele saiu correndo. Ótimo!

– Alguém pode me desamarrar? – Perguntou Robbie.

– Não! Só se você quiser, Cat. – Falei e Cat saiu com seu porco. É! Ela estava bem brava com o quase beijo. Isso era engraçado!

– Ei gatinho, porque você tá demorando tanto? – Perguntou uma voz feminina ao fundo. Uma garota chegou perto de nós, seu cabelo era legal.

– Ashley? Você é a garota com quem André vai ter um encontro? – Perguntou Zac. Eu ri, então essa era a Ashley? Isso ia ser engraçado.

– ZAAAAC! – A garota gritou e se enroscou no pescoço do loiro. Nossa!

– Vem! Tenho que te levar pra um lugar. – Disse Beck puxando-me pela mão, assenti e deixei os dois irmãos lá se abraçando, ou sei lá o que. Entramos no carro de Beck e chegamos ao ponto final do nosso passeio. Beck tinha me trazido a um parque de diversões? Franzi a testa e arqueei a sobrancelha pra ele. - Que é? É romântico! – Continuei com a mesma expressão. – Lembra quando fui ajudar á Tori com o Clube do Gorila? Você disse que íamos para um parque de diversão com a Cat e o Zac quando eles namoravam, então como eu não fui, pensei que podíamos ir agora. O que acha? – Aquilo me surpreendeu. Porque ele tinha lembrado repentinamente disso agora? Apenas sorri, a ideia me agradava. Descemos do carro, compramos a entrada para o parque, brincamos em diversos brinquedos assustadores, que rodavam, giravam as pessoas de cabeça pra baixo. Entramos na casa do terror, que em minha opinião era muito boa, exceto que faltavam mais monstros assustadores. Comemos, rimos. Ganhei presentes pra Beck ao em vez de ele ganhá-los pra mim, mas quem liga? Agora estávamos no ponto mais chato e alto do parque. A roda-gigante, eu odeio esse brinquedo, mas a companhia de Beck já me fazia voar nas nuvens. Affs! Não acredito que pensei isso! – Gostou do passeio?

– Não, idiota! – Falei involuntariamente querendo expulsar o último pensamento de garota apaixonada da minha mente. – Não, quer dizer... Você é um idiota, mas... Até que isso não é ruim. – Falei rindo e ele sorriu de volta. Eu estava com minha cabeça apoiada em seu ombro. A roda-gigante tinha parado com nós lá em cima, o vento batia nos nossos cabelos, os fazendo voar, e eu tinha o Beck. Tudo era bastante legal! Acho que meus pensamentos estão voltando ao lugar.

– Jade... Eu... Não posso deixar de imaginar como será nossa vida de casados. Você entrando de branco na igreja... – Comecei a rir com isso. – Tudo bem... Você entrando com um vestido de qualquer outra cor que não seja branco... – Nós rimos. - Mesmo depois de casados, ainda vou continuar te amando, porque você consegue ser eterna... Eterna pra mim... Minha eterna e única Jade... – E ele me beijou. E era como se tivéssemos no inicio do namoro, mas sabe... Acho que toda essa paixão, atenção e carinho de inicio de namoro, não iriam acabar, acho que no fundo, sempre vamos ter isso, como se sempre fosse nosso inicio de namoro.

Zac Smith

– Ash! Como você cresceu. – Falei para a loira bonita na minha frente. Nem acredito que ela está aqui, isso é demais! Ashley ainda me abraçava com ternura e saudade.

– Nem acredito que você é amigo do André. Então... Papai me falou tanto sobre sua namorada, vivia dando elogios e dizendo como era grato por você ter escolhido uma moça legal e bonita. Então, pensei que fosse aquela ali, mas já vi que aquela garota tem dono. – Disse apontando para Beck e Jade indo para algum lugar. Era estranho a ouvir falando de nosso pai e sobre o que ele falava de mim. Na verdade, meu pai conhecia Tori de vista, mas eu não tinha propriamente apresentado-a como minha namorada, eu fiz isso com a Cat e não quero que meu namoro com Tori tenha o mesmo fim.

– Não! Ash, essa é a Tori. Minha namorada. – Falei e abracei Tori de lado que sorriu tímida. Ashley a puxou logo para um abraço apertado. Com certeza, minha irmã não se parecia nada comigo, nadinha mesmo!

– Então... Você vai sair com o André? – Perguntei estreitando os olhos pra ele. Ash era minha irmãzinha, ele não pode sair pegando o que é meu por ai. Se eu não tivesse com todas essas coisas na minha cabeça, acredito que eu teria caçado o Harris, pra saber se ele é o cara certo pra minha irmã. Talvez eu tivesse exagerando, fosse apenas um encontro, mas ela é minha irmã. Tenho que cuidar ela!

– É! Tivemos uma conversa bem longa no aeroporto e quando ele disse que estudava aqui, pensei logo em você. Então resolvi sair com ele, sabia que ele adora música? Eu componho. Isso é tão legal! – Falou animada dando pulinhos e batendo as mãos como uma criança. Acreditem, foi uma infância difícil ao lado da Ash, ela adorava que eu brincasse com suas bonecas, na verdade, eu arrancava as cabeças delas. Enfim... Não dava muito certo. – Te vejo em casa. Beijos! – Disse me dando um beijo na bochecha e saindo, ela sempre gostou de contato físico. Olhei para Tori, ela tava com uma carinha tão tristinha.

– Tenho que ir. – Falei lhe dando um beijo na bochecha e saindo dali. Droga! Me sinto péssimo! Fui pra casa e ouvi todos os comentários positivos da Ash em relação ao André. Ashley me contou seus problemas e eu contei os meus. – Então, você não a ama? – Perguntou pela milésima vez.

– Amo, mas só que eu não sabia se a... Espera! – O que foi que eu falei?

– Você admitiu. Você gosta dela, gosta tanto que se preocupa com qualquer coisa que ela faça. Você a ama meu caro jovem, escute a Ashley aqui, sendo diretora da empresa de Cupidos afiliada com a empresa de Relacionamentos. Você a ama. – Disse rindo e se jogando em cima de mim no sofá com um sorriso bobo. – Porque isso é tão difícil?

– EU não sei. Eu não sei mais, tem razão Ash, não é difícil. – Me levantei do sofá, fazendo com que ela sorrisse mais ainda.

– Pelo que você me disse. A Tori é bem chegada ao André, então você faz seu papel de namorado e eu faço o André gostar de mim. Você já viu o muque dele? Nossa Senhora! – Falava enquanto pensava alto. Pelo amor de Deus! – Enfim... Cuide da Tori e eu do André, um dá ajuda pra o outro, ok mano? Agora vai lá atrás da sua namorada, a beije e diga que a ama. VAI ZAC! CORRE! VAI BEIJAR ELA, RAPAZ. – Ashley continuava gritando feito uma louca, isso já era de madrugada, ela podia ter acordado alguém. Peguei as chaves do carro e saí, mas voltei, abri a porta e ela continuava pulando animada.

– Ashley! Pare de ler livros românticos, você tá ficando louca. – Falei e ela simplesmente jogou a almofada na minha cara. Depois disso eu saí dali e fui á casa de Tori. Não iria simplesmente tocar a campainha, já era tarde. Subi pela árvore que tinha na parte de trás da casa, escalei a mesma e entrei pela janela. Ouvi alguém roncando. A Tori não ronca, ou será que ronca? Olhei para um monte de pôsteres de garotos sem camisas, para os troféus e coisas bregas de zebras. Isso não era o quarto da Tori. Saí pela porta antes que acordasse Trina, entrei no quarto de Tori, dava pra ouvir o barulho do chuveiro. Seu notebook estava jogado em cima da cama, o fitei, e tinha várias fotos minha lá, ela tava na minha página de fotos do The Slap. Será que ela tava pensando em mim enquanto eu pensava nela lá na minha casa? Ouvi um grito abafado. Fitei a porta do banheiro e Tori estava enrolada na toalha com o corpo um pouco molhado e o cabelo também. – Oi!

– Oi? O que tá fazendo aqui? – Perguntou fechando o notebook e me encarando.

– Eu... Eu... Han... Eu estive pensando e... – Minhas mãos começaram a suar. Fiquei nervoso de repente. Droga! – Olha! De repente, eu parei de ser o antigo Zac, eu parei de implicar com as coisas que você faz, porque tudo que você faz eu adoro, eu adoro seu jeito, eu adoro tudo em você... Seus risos, suas manias que ainda não sei se são muitas, mas adoro o fato de você ficar nervosa e morder os lábios cada vez que me vê... – Dei uma breve pausa. Tori parou imediatamente de morder os lábios, já que estava fazendo isso agora. – Eu adoro seus olhos e o modo como eles brilham mais quando me veem, você deve pensar que estou me achando demais, ou algo assim, mas não estou, sejamos sinceros. Eu não percebo, mas sei que lhe dou vários sinais de que te amo. E por mais que eu não tenha admitido isso antes, foi o suor nas mãos, o embrulho no estômago, as vontades de te agarrar que me fizeram acreditar que te amo. E mesmo assim se isso não bastar... É melhor eu te dizer o que deveria ter dito bem antes. Me desculpe Tori, eu te amo. – Despejei toda a verdade que conhecia sobre mim. O sorriso de Tori aumentou e ela correu pra me abraçar. Suas mãos vieram para meu pescoço e ela passou seus pés pela minha cintura, mas antes que ela me abraçasse, pelo movimento que ela fez, sua toalha caiu. E pude ver de leve, a visão dela nua de costas. Caramba! Como esse lugar ficou quente!

– Meu Deus! Zac fecha os olhos. – Quase gritou de tão nervosa. Fiz o que ela pediu e quando abri lentamente os olhos ainda pude vê-la de costas colocando a toalha. Caramba! Tori virou pra mim tão vermelha que parecia que ia sair um quilo de tomates de dentro da sua cara.

– Olha! Se isso te deixar melhor, eu fico no mesmo estado que você. – Falei não me controlando e tirando a blusa. Rapidamente abri os botões da calça e a tirei. Fiquei só de cueca. Tori tinha a expressão mais chocada possível. – Eu não aguento mais esperar por isso e você? – Perguntei lhe fitando sério. Ela abriu a boca pra falar algo, mas as palavras não saíram. Tori veio até mim e me beijou, esse sinal foi o que eu precisei pra seguir em frente. Minhas mãos voaram pra base de sua coluna e as delas para o meu pescoço. Nos separamos. – Desculpe se esse não é melhor jeito pra fazer isso. Eu sei que você queria rosas, incensos e tudo que você tem direito.

– Eu tenho você, o que mais preciso pra ser perfeito? – Perguntou-me com aqueles olhos castanhos brilhando de excitação com as minhas palavras. Bastou isso para que meu corpo respondesse por mim. Eu estava totalmente apaixonado por ela e mais que isso, eu estava a amando. Essa era a melhor sensação de toda minha vida.

– Tem razão! Você me tem, como não ser perfeito, né? – Perguntei não tirando o humor da relação, ela riu, a empurrei de leve na cama e caí sobre ela. – Agora você vai poder ver o raio. – Falei rindo enquanto ela arregalava os olhos. Desci de leve minha cueca Box preta e fiz sinal pra que ela olhasse. – Olha! Não é nada do que você pensa. – Falei e ela olhou, minha tatuagem de raio era na coxa, perto da virilha, não era lá, como acho que ela imaginava. Eu não ia mostrar minhas partes íntimas pra um tatuador, só se fosse uma tatuadora gata, mas agora não posso pensar nisso, sou um rapaz comprometido, então sem chances de fazer esses tipos de tatuagens. Tori riu acho que do seu próprio pensamento. Eu tinha lhe dito aquilo sobre a tatuagem para provocá-la, e consegui. A imaginação dela fez pensar que era outra coisa, ri disso. – O que eu quis dizer com a frase de antes disso, é que vai ser perfeito de todo jeito se for com você, vai ser perfeito pra mim... – Retirei de leve sua toalha. – Tomara que seja perfeito pra você também... – Falei a beijando. Minha língua pôde sentir sua boca completamente, enquanto minhas mãos, sentiam seus seios, pois eu os apertava. Desci meus beijos para seu pescoço. Tori se controlava para não soltar gritinhos mais altos. Seus gemidos eram abafados. Oh Deus! Como isso é bom! – Eu te amo, você é a única garota que consegue me provocar desse jeito... – Retirei minha cueca, enquanto ainda dava beijinhos por seu pescoço. – Viu? Desse jeito mesmo... – Tori gemeu um pouco mais forte e estremeci por dentro. – Você confia em mim? – Perguntei pegando o preservativo e o colocando. Depois me pus em cima dela de novo.

– Cl... Cla... Claro! – Gaguejou. Mais um sinal de que ela estava louca por mim. Oba!

– Sou louco por você, não se esqueça disso. – Falei enquanto nos tornava apenas um. Tori soltou um grito abafado e comecei lentamente com os movimentos. Nossa! Como isso é demais! Ufs! Dessa vez, aprofundei os movimentos, mais e mais, puxei as pernas de Tori pra que elas ficassem enganchadas em minha cintura, comecei de novo com os movimentos, os aumentando sempre que podia até que depois de alguns minutos não consegui suportar mais, explodi de uma só vez juntamente com Tori. Cansado me pus do seu lado na cama, ela ainda respirava forte, Tori me abraçou firme e levantei da cama, pegando um lençol em seu guarda roupa, nos cobri e voltei a abraçá-la. Dei um leve beijo em sua testa, cheirei seus cabelos e fiquei acariciando seu braço.

– Eu te amo, Zac! – Ouvi antes de ela dormir. Sorri com isso, eu a amava e era exatamente isso que importava. Eu estaria sempre aqui quando ela precisasse, não me via em outro lugar se não perto dela. Porque era isso que se sentia quando se amava. Pois é, Tori Vega, agora eu sabia o que era o amor.