Jade West

Acordei já irritada. E não... Eu não estava irritada com o Oliver, e eu nem consigo explicar por que. Caramba! Ele tentou beijar á Tori, mas seu pedido de desculpas parecia tão franco e sincero. Nem sei o que deu em mim pra aceitá-lo de volta como amigo, sem nenhuma se quer intenção dele, apenas paz. Ás vezes ainda me pergunto por que sempre aceito o pedido de desculpas do Oliver. Algumas lembranças me vieram à mente.

~~ Flashback On

– O que está fazendo aqui? – Perguntou curioso.

– Esperando um taxi, Oliver! – Falei brava. Afinal, usei seu sobrenome, só falávamos assim um com o outro, quando estávamos bravos ou em ocasiões quentes.

– Entra ai, West, precisamos conversar. – Disse apontando com o olhar pra o outro acento no carro.

– Só vou porque eu quero. E me leve pra peça. – Disse entrando no carro. Ele o ligou e fomos em direção ao Teatro Smith.

– Desculpe, por tudo! Não devia dizer que você estava atuando comigo, sei que era mentira, até porque eu sou o único que consegue amolecer esse coraçãozinho aqui. – Falou tocando em meu coração e quebrando o silêncio que estava presente. Ri de canto.

– Você é um idiota, Oliver! – Falei batendo em seu ombro.

– Desculpe! Eu sou mesmo muito idiota, por machucar você! – Disse parando o carro de frente ao teatro Smith. – De agora em diante eu vou sempre falar o que estou sentindo, não vou esconder nenhum sentimento relativo a você! Me perdoa? – Perguntou pegando uma mecha de meus cabelos e brincando com elas.

– Não sei por que vivo te desculpando. – Disse sorrindo, mas ao mesmo tempo frustrada. Nunca conseguia ficar brigada com ele por muito tempo, não sabia o porquê, mas ele conseguia me afetar de uma maneira extremamente boa.

– Porque você me ama. E eu te amo muito!

~~ Flashback Off

Ai está à resposta para as minhas perguntas, porque eu o amo, era isso que me impedia de ficar de mal dele, de ficar bem depois de uma discussão com ele. Eu odeio amá-lo. Odeio quando as pessoas vivem filosofando quando dizem que o amor e o ódio andam juntos. Odeio isso, porque acima de tudo eu odeio o Oliver. Eu o odeio, mas o ódio acaba quando admito pra mim mesma que o amo, e é isso que eu odeio. Argh! Me arrumei, vesti qualquer roupa que achei, peguei um café com dois açucares na cozinha e fui pra HA. Estava um tumulto enorme nos corredores.

– O que está acontecendo? – Perguntei irritada.

– Respondendo sua pergunta... O Beck quer fazer um filme... – Zac apareceu atrás de mim.

– E? – O que isso tinha de mais?

– E daí que... Algumas meninas querem fazer os testes para os papéis do filme. – Nossa! Olhei pra grande fila de meninas que enchia os corredores. Idiotas!

– Calma meninas! Eu já disse... Não vão ser abertos testes para esse filme, é uma ideia nova e tudo está planejado em minha cabeça. Todo mundo estará convidado para assistir, mas as pessoas que vão fazer os papéis já estão aqui. – Disse o Oliver colando um papel na parede. – Hey Jade, oi Zac. – Nos cumprimentou saindo dali. O que? Ele e Zac estão se falando? Arqueei a sobrancelha para o loiro.

– Meio que conversamos. Está tudo bem. – Disse simplesmente. Ok! Não vou perguntar o que eles conversaram. – Olha! Seu nome tá na lista. – Disse apontando para a mesma colada na parede. O que? Entrei no meio de um monte de garotas idiotas e avistei meu nome, o de Cat e o de Tori na lista. O nome do filme era Esquadrão das Loiras? Tinha que ser coisa do Oliver! Fui pra minha aula de Música e depois de Espanhol. Almocei e só então fui para a gravação do filme. Afinal sempre ajudávamos uns aos outros em peças. Eu praticamente ajudava quando queria já que ninguém me forçava a nada, mas... Eu não iria desistir do meu papel no filme do Oliver pra qualquer garota boboca ficar com ele.

– Tudo bem meninas, eu não ganhei papel no filme, mas... Se alguém tiver alguma sugestão pra me dar do que eu posso fazer pra ajudar, eu aceito. – Disse Robbie. Que patético!

– Eu tenho... – Ele sorriu assim que falei. – Você pode ser o garoto da água. Toda vez que gritarmos a palavra água, você aparece como um escravo segurando algumas garrafas, que tal? – Dei um mínimo sorriso. Beck riu.

– Tudo bem garotas. Por favor, coloquem a peruca. Será um curta, então ninguém vai ficar usando isso por muito tempo. – Disse Oliver sentando na cadeira de diretor. Que grande babaca!

– Eu posso ser o mestre das perucas. – Disse Robbie. Isso ficou meio gay! Cat começou a rir e ele a ajeitar todas as perucas. Gravamos as primeiras cenas e depois fui pra casa. Cat apareceu logo depois.

– HEY JADE! HAHA! – Disse assim que abri a porta. Ela me abraçou. Droga!

– Cat o que está fazendo aqui? Eu não te chamei. – Falei a verdade.

– Somos amigas, não preciso de convite. HAHA! – Ai Deus!

– Não, mas eu odeio suas visitas inesperadas. – Menti coçando o nariz, mas ela não sabia disso.

– Mentira sua! O Beck me disse que você sempre coça o nariz quando mente, igual agora. HAHA! Espera! Você não podia saber que eu sei... – Ela pareceu triste. Droga de Beck! – Já sei! Esqueça tudo. – Falou acenando com suas mãos na frente do meu rosto igual á uma lesa.

– SENTA AI! – Gritei e ela correu para o sofá.

– Mandona... – Sussurrou, mas pude ouvir.

– CALADA! – Gritei e ela colocou um filme qualquer.

– Jade! Você não pode ficar gritando com suas amigas assim. – Disse minha mãe subindo para seu quarto. Bufei irritada.

– Oi Senhora West. – Cumprimentou Cat, minha mãe apenas fez o mesmo. Assistimos a droga de um filme de terror que nem dava medo nem nada, mas não parecia que Cat pensava a mesma coisa. Já que ela colocava a almofada no rosto e dava gritinhos toda vez que o monstro aparecia. Eu ri disso, era engraçado vê-la com medo.

– Eu marquei encontro com o monstro do filme daqui á alguns minutos. Já, já ele aparece. – Falei malvada.

– Vou embora! AAAHHHH! – Gritou como uma criança acuada. Cat saiu da minha casa aos berros e correndo. Belo jeito de expulsar uma amiga. Fui dormir rapidamente e acordei no outro dia, me arrumei e fui pra HA, mais para a gravação do filme.

– AÇÃO! – Gritou Beck depois que estávamos todas prontas. Tori abriu a porta e começou a atuar.

– AAHH! Aconteceu um roubo. – Disse Tori apontando para o papagaio que era da avó de André.

– Eles ainda podem estar aqui. – Atuei também.

– Bananas! – Foi à vez da Cat. Apenas atuamos apontando as bananas para algum lugar, minha personagem era burra o suficiente para apontar sua banana para ela mesma. Não sei por que eu sou a burra, devia ser a Cat. – Chequem o local. - Tori e Cat checaram o armário e a mesa.

– No meio do cômodo. Essa área aqui e aqui em volta. Essa seção toda que estou indicando com gestos de mão, está livre. – Falei fazendo o que Beck pediu.

– Tawni, você tá segurando sua banana ao contrário. – Disse Tori.

– Tem certeza? Porque eu entendi que a banana... OH! – Cai no chão depois de “supostamente” ter atirado contra mim mesma com a banana. Filme idiota! Tori e Cat continuavam atuando enquanto eu apenas fingia estar morta.

– Cat! Cat! A próxima fala é a sua. – Avisou Beck, Cat disse que era a do pássaro. – Não, a gente põe a fala do pássaro depois. – Explicou Beck.

– Ah tá bom, eu espero. – Disse Cat. Como alguém pode ser tão burra?

– CORTA! – Gritou Beck. Pelo amor!

– Porque eu to fazendo a garota burra? – Perguntei ainda não entendendo. Ele apenas fez sinal para que eu me calasse. Idiota!

– NÃO TOCA NELE! – Gritou André depois que Tori foi tentar brincar com o pássaro.

– Precisa disso? – Perguntou Beck depois que Tori gritou. Qual é? É um pássaro!

– Vocês conhecem a regra, podem pegar o pássaro da minha avó para aparecer no seu filme estudantil, mas ninguém vai tocar nele. – Avisou André. Nossa! Tori tentou argumentar, mas ele não deixou.

– A peruca tá me machucando. – Disse Cat. Tori ia ajeitar, mas Robbie a impediu.

– Quem é o mestre das perucas desse filme? – Perguntou sendo patético, apenas respondemos que era ele. Garoto patético! – Isso mesmo, e só o mestre que toca nas perucas. - Tori assentiu e Robbie começou a ajeitar a peruca da Cat. André foi cuidar do pássaro. Affs! Mas quando o Lerry, o pássaro, foi voar para o dedo de André, ele apenas saiu do set.

– LERRY VOCÊ ERROU O DEDO! LERRY! FICA AI! NÃO SAI DAÍ! O PAPAI TÁ INDO! VEM CÁ FILHO! – Gritou André saindo correndo atrás do maldito pássaro.

– Acho que é melhor parar por hoje. – Disse Beck e apenas ia saindo dali.

– Ah escuta! Vocês não querem comer Sushi no Nozu? – Perguntou Tori.

– Eu não quero, mas eu vou. – Falei cruzando os braços, Cat assentiu animada como sempre.

– Lembrem! O Robbie tem que tirar a nossa peruca. – Disse Cat.

– Ou... A gente podia ir no Nozu com as perucas. – Sugeriu Vega.

– Por quê? – Perguntei desinteressada. Quem seria o demente que iria fantasiado para um restaurante?

– Você nunca imaginou como seria ser loira? – Perguntou Tori.

– Não. – Neguei, qual é? Isso é idiotice! E eu sempre gostei de ser morena.

– Eu já imaginei, e também imaginei porque limonada é uma bebida e primeiros socorros é pra ferida. – Disse Cat. Quem pensaria assim? – Tipo e se uma pessoa com sede se machucar, você tem que aplicar os primeiros socorros primeiro e depois a limonada, ou, primeiro a limonada e depois os primeiros socorros? Limonada... HAHA! – Minha cabeça parou, essa é uma observação e tanto... E muito idiota também. Tá! Agora eu tenho a confirmação de que a Cat é um ser de outro planeta. Ela começou a rir histericamente.

– Então Sushi? – Perguntou Tori.

– Vamos embora! – Falei saindo dali o mais rápido possível. Alguém pode endoidar se ficar perto da Cat por muito tempo. Chegamos ao Nozu.

– Isso é tão legal! Somos loiras. UAL! Parecemos princesas... – Ai meu Deus!

– Podia ser a princesa que é envenenada? – Perguntei fazendo piada. Sério! Ela era muito tonta. Cat perguntou por que ela estava tão feliz por ser loira.

– Porque os caras adoram garotas loiras, principalmente com olhos azuis. Olha só! Essa noite vamos ter... Tratamento especial. – Disse gesticulando com as mãos. Não sei como ainda vim pra cá com a Tori, parece que ela consegue ficar mais insuportável do que a Cat.

– Meu irmão recebe tratamento especial... De médicos especiais... – Disse Cat. Posso imaginar! – O tribunal que mandou. – Ri de canto. Essa família é pirada. Um garçom nos trouxe água. Tori começou a insinuar coisas.

– Que foi? – Perguntei sem entender.

– Ele trouxe água pra gente, viram o que as loiras conseguem? Coisas grátis. – Revirei os olhos. Por favor! Ela acha que vai ficar menos feia se usar peruca loira? – Xin, xin, yeah, yeah.

– Ah! É uma noite mágica. – Falei bebendo a água. Cat perguntou se Tori precisava ir ao banheiro. Tori negou.

– Oh! Eu que preciso... Eu vou lá e já volto. – É engraçado ver como a Cat pensa. Gosto de pensar que ela não é burra, apenas pensa de outro jeito.

– Às vezes me pergunto quem é mais inteligente, a Cat ou uma poça de lama... – Falei e Tori riu. Nossa comida finalmente chegou, fiquei olhando os cantos do restaurante, é bem mais interessante do que ficar encarando a Vega. – Ei a Cat sentou com um cara. – Avisei observando a mesa. Ih ele é bonito!

– Haaaannn... Viu o que o cabelo loiro faz por uma garota? – Meu Deus! Gemi desapontada comigo mesmo. Porque aceitei vir pra cá? Alguém chamou Tori, até que ele não era feio. – UAL! E ai? – O cara pediu o molho, apenas observei como a Vega ia ser tapada pra paquerar um garoto. – Own. Ele quer pegar nosso molho shoyo... – E o que isso tem demais?

– Que coisa... – Falei a incentivando a continuar a cena patética que com certeza viria pela frente.

– Qual seu nome coisinha linda? – Perguntou Tori. O cara respondeu. – Bom... Rysse, se quiser ficar com a gente, as loiras...

– Meu Deus! – Eu não acredito que ela tá dizendo isso. Um cara grosso apareceu e começou a gritar com o garoto.

– VOCÊ VAI NOS EMPRESTAR O SHOYO OU NÃO? – Berrou o cara pra Tori. Sorri, ela era patética até na paquera!

– Awn... Claro... Toma! – Disse tentando amenizar as coisas. – Olha é de baixo sódio.

– E você lá é alguma médica. – Disse o cara pegando o molho e saindo dali. Essa deve ter sido a melhor cena da minha vida. Acabamos de comer e eu deixei Tori e Cat lá mesmo, eu até esperaria a Cat terminar de conversar com o garoto, mas eu não queria dar carona pra Vega. Então me lembrei que Cat adora andar de ônibus, ela diz que gosta de ver pessoas feias. Meio que faz sentido! Então fui pra casa. Dormi rapidamente e acordei de manhã cedo. Me arrumei, vi minha mãe arrumando a casa e fui pra HA. Encontrei o loiro perto do seu armário.

– Advinha o que eu ouvi hoje? – Dei de ombros. – Parece que o James, um dos caras populares e idiotas daqui da escola terminou o namoro dele e quer chamar a Tori pra sair porque achou que ela fica linda loira. – Levantei a sobrancelha pra ele.

– Ele devia estar louco. Quem acharia a Tori bonita quando está loira? – Perguntei pra mim mesmo. Pessoas estúpidas!

– É! Quem acharia... – Confirmou meio nervoso.

– Você tá bem? – Perguntei desconfiada. O sinal tocou. – Tenho que ir. – Falei apenas saindo dali e indo para o ultimo dia de filmagens do curta do Beck.

– Vamos retomar as filmagens a partir da cena em que as loiras apontam as armas para o pássaro. – Disse Beck, apenas me deitei no chão como estava na cena anterior. – AÇÃO! – Gritou e Cat e Tori começaram a atuar. Depois da cena de luta ouvi Tori ligando para o suposto chefe das loiras, em poucos minutos Beck apareceu na porta do set.

– Olá minhas meninas. – Falou atuando. Engraçado! Essa cena não estava no roteiro, apenas continuei me fingindo de morta e ouvindo o que eles falavam.

– O nosso mestre tem um remédio pra ressuscitar as idiotas... Quer dizer... As agentes deles. – Disse Cat. O que? Senti alguém se aproximar. Levemente senti o perfume de Beck bater de encontro a minha face e seus lábios tocaram nos meus tão rapidamente que nem pude sentir o gosto de seus lábios. Ele tinha me dado um selinho? Levantei depressa e Tori e Cat sorriam pra mim. Eu estava vermelha com toda certeza, eu queria matar o Oliver, como ele ousa? Do nada Cat e Tori também caíram no chão. Espera! O que tá acontecendo? Beck apenas olhou pra mim quase que implorando. Apenas peguei minha banana e apontei pra mim mesma. Depois disso apenas cai no chão.

– CORTA! Ótimo meninas, parabéns. – Disse Beck e todos foram liberados. Só ficamos nós dois na sala.

– O que você pensa que fez ali? – Perguntei muito brava, ele não pode simplesmente me beijar desse jeito, mesmo que tenha sido tão rápido!

– Fazia parte do filme, Jade. Se eu te falasse você não deixaria... Apenas Cat e Tori sabiam de tudo e também sabíamos que você ia cooperar no final em nome do filme. – Eu odeio quando ele acerta o que eu faço!

– E porque eu? – Eu estava atordoada, ele tinha me beijado! Isso não podia ter acontecido!

– Você tinha me perguntando antes porque você fazia a garota burra. Porque era exatamente a garota burra que eu tinha que beijar. Não me sinto bem beijando a Cat, ela é como uma irmã e foi bastante estranho ter que beijá-la no filme do Dale Squires. E quanto a Tori... Bom... Eu não queria beijá-la. – Abri um sorriso quase involuntário. Ele não queria beijá-la, isso era ótimo! – Só foi um beijo técnico, Jade. Na verdade só foi um selinho, um selinho totalmente técnico. – Disse me dando um ultimo sorriso e saindo dali. Meu sorriso de canto foi desmanchando aos poucos. Ele tinha me beijado, eu sei, foi só um selinho. Mas pra ele era profissional, pra ele tanto faz se ele tinha me beijado ou não. Era como se eu fosse qualquer garota que atua desta escola. Podia ser qualquer uma. Eu já tinha sido a namorada dele. Mas que droga! Mas se ele prefere assim, eu que não irei discutir com ele. Só queria paz e ele também, então eu o daria paz. Fui pra minha aula de canto e depois peguei meu notebook, indo para o Asphalt Café. Avistei Tori, Robbie e Cat na mesma mesa, apenas me sentei e Tori me mandou um “Olá!”.

– Que, que você quer? – Perguntei naturalmente. Só porque eu me sento, quer dizer que eu tenho que falar mesmo com ela e com todos? Tori argumentou dizendo que fui eu que sentei aqui. – É sorte sua. – Entrei no The Slap.

– To tão chateada. – Disse Cat. Meu Deus ela nunca tá chateada, isso só acontece quando...

– Tentou brincar de pirata com ela? – Perguntei para o Robbie, isso sempre acontecia com a Cat depois que eles brincavam disso. Robbie negou.

– A Cat tá mal, porque ela e o Evan se deram super bem ontem, mas... Ele acha que ela é loira de olhos azuis. – Explicou Tori. Ai droga! É mesmo! O novo namoradinho da Cat.

– Contou pra ele que você tava de peruca? – Perguntei. Cat disse que tinha se esquecido e que estava insegura por ele talvez não gostar de ruivas. Tori e Robbie disseram que ela tava bancando a boba. – Qual o nome dele? – Perguntei interessada. Cat disse que era Evan, mas que não sabia o sobrenome e que rimava com Snifh.

– Han... Poderia ser Smith? – Perguntou Tori. Quantos Smith tem nesse mundo em?

– É isso! Nossa tava tirando meu sono! – Disse Cat. Meu Deus!

– Onde é que ele estuda? – Perguntei entrando no Splash Face e buscando pelo nome do Evan Smith. Cat respondeu em Braewood. Continuei procurando e Cat se lamentando.

– JÁ CHEGA! – Gritou Robbie jogando a garrafa de água. – Catherine Valentine, eu não vou ficar aqui sentado e ouvir você falando mal de si mesma, você é adorável. Qualquer cara teria sorte igual queijo de sair com você. – Nossa!

– Obrigada Robbie, é muito gentil. Mas você não sabe como os garotos pensam. – Disse Cat. É verdade! Ele é um mané e praticamente não se qualifica pra “garoto”, enfim, a Cat tá certa. Robbie saiu irritado. Apenas entrei na página no Evan e comecei a dar uma olhada lá.

– Jade fala pra Cat que quando esse garoto vir seu lindo cabelo ruivo hoje ele vai gostar dela mais ainda. – Disse Tori. Só que tem um problema!

– Ah não vai dar. – Ela perguntou por quê. – To olhando a página do Splash Face do Evan e olhando as fotos das ex-namoradas dele... Loira, loira, loira... Ah loira feia... – Falei animada. Ver gente feia é legal! – É... Loira... O cachorro de olhos azuis dele com pelo loiro. Eu acho que o Evan gosta de loiras.

– Ah Cat! Isso não significa nada. Do que ele gosta de não gosta? – Perguntou Tori.

– Gosta de sushi, vídeo games, garotas loiras com olhos azuis... – Eu adoro provar que a Vega tá errada. É legal! Tori perguntou sobre o que ele não gosta. – Gente que finge ser o que não é. – Acho que isso definiu bem a situação.

– Oh não, me empresta a roupa de baixo de novo. – Disse Cat e Tori apenas lhe deu uma roupa de baixo florida e grande. Que coisa estranha! Zac chegou se sentando á mesa.

– Oi! – Disse Vega.

– Não seja chata. – Eu ri. – Porque a ruiva tá chorando?

– Preciso de um abraço masculino. – Falou Cat abraçando Zac e jogando a roupa de baixo na mesa.

– Isso é o que eu to pensando? – Perguntou Zac pegando a peça. – Nossa! É sua Cat? É tão...

– É da Tori! – Falei fazendo-a corar. Tori apenas pegou a roupa de baixo das mãos de Zac.

– NÃO É GRANDE! – Gritou Tori.

– Eu ia dizer meiga... – Disse Zac. O que? Ele tá falando isso mesmo? Ok! O Zac é estranho! Beck sempre preferiu as de renda e também as pequenas. Affs, eu tenho que parar de ligar cada coisa que eu encontro ao Beck. – Sabe das novas? – Tori negou. – Parece que James Rich vai te chamar pra sair, aquele babaca...

– O que? James Rich, um dos caras mais populares daqui? Nossa! E você sabe quando? – Perguntou Tori animada.

– Deixa de ser boboca. Ele é um idiota. – Disse Zac. Concordo!

– O que? Também não sirvo pra ele? – Perguntou Tori extremamente irritada, ela saiu dali com a Cat. Apenas olhei com a sobrancelha arqueada pra Zac. Ele apenas saiu dali também. Fui pra casa e me arrumei pra assistir ao curta. Chegando ao teatro Caixa Preta, tudo estava quase pronto. Tinha até algumas meninas assanhadas gritando por Beck lá. Apenas fiquei com Cat e Tori atrás das cortinas pra ajudar Cat. Cat foi se arrumar e apenas sobrou Tori e eu.

– Você fica encarregada de ajudar à ruiva hoje, eu preciso ver esse filme. – Falei não dando muita importância. Tori assentiu. Saímos de trás das cortinas e tentamos procurar o tal Evan. – Já viu o garoto da Cat? – Perguntei olhando pra o Beck sendo paparicado por algumas meninas de Northridge. Tori apontou para o garoto. – Ah, ela vai encontrar ele aqui? – Perguntei tendo quase certeza.

– Vai! E eu te garanto, que quando ele vir ela como ela é de verdade, ele vai ficar ainda mais maluco do que ele... – Tentou Tori.

– WOW, WOW! – Olhei pra uma Cat de peruca loira e de lentes azuis indo cumprimentar o tal Evan. Tori pareceu desapontada. Droga Cat! Odeio mentiras! Odeio concordar com a Vega, mas ela estava certa dessa vez, apesar de que eu nunca ia ficar dando conselhos pra Cat o tempo todo. Tori avistou Robbie com o cinto de ajeitar as perucas e foi reclamar com ele por ter ajudado a Cat, eu apenas fiquei observando os dois pombinhos que pareciam felizes. O filme finalmente começou e já estávamos na cena final, onde as três loiras entram no escritório. Nossa! Eu tava atuando muito bem. Ri da minha própria atuação junto com as outras pessoas. O Beck conseguia ter ideias muito boas, mesmo que eu as critique, eu gosto!

– LERRY! LERRY! QUE SORTE! PAREM O FILME, PAREM O FILME! – Gritou André, apenas olhei e o pássaro estava em cima da peruca da Cat. Sinjin deu pausa e nossa se o pássaro arrancar a peruca, tudo está acabado. – Cat não se mexe! - Cat apenas saiu da sala com o pássaro na peruca dela. – CAT, EU FALEI PRA VOCÊ NÃO SE MEXER. Ô primo Lerry nossa avó precisa de você. – André foi correndo atrás dela. Robbie e Tori também. Eu até iria, mas eu precisava ver uma coisa primeiro. O filme continuou e vi a cena em que Beck se aproximava de mim enquanto eu estava de olhos fechados, ele tinha um brilho diferente no olhar. Ele selou nossos lábios e foi como se eu sentisse os seus lábios encostando-se aos meus. Pena que não poderia acontecer de novo como nas filmagens. Mas eu sabia deduzir o que queria dizer aquele brilho no seu olhar, ele ainda gostava de mim, não tinha sido apenas um beijo técnico, tinha sido um beijo real e se ele pudesse ele continuaria com o beijo. Eu o queria mais que tudo! E eu sabia que ele também me queria, mas eu não iria convencê-lo disso, ele tinha que se convencer, e ele faria sem que eu fizesse nada. Fui pra casa depois que o filme terminou, todos tinham o aplaudido e eu também. Ele seria o meu Beck, só meu assim como antes.

~~ Flashback On

– Porque eu não te vi o dia todo? - Perguntei interessada.

– Porque pensei que estivesse com raiva de mim... Você me chutou pra fora da sua casa. – Explicou, deu um pouco de pena dele.

– Me desculpe amor... Eu só tava estressada. – Revelei. – Eu te amo! – Falei e ele arregalou os olhos. Eu não falava isso com frequência, mas hoje eu estava incrivelmente sentimental.

– Eu quero me casar com você! – Disse me fazendo arregalar os olhos, enquanto ele saía do carro, já de frente a minha casa.

– Agora? – Perguntei surpresa.

– Não! Um dia. Mas até lá vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo. – Disse me dando um beijo na bochecha e encostando-me ao carro.

– Você... Já... Faz! – Falei pausadamente entre gemidos, ele beijava meu pescoço. – Beck hoje não, num dá! – Disse mandando aquele olhar de: “Hoje não, mas depois te recompenso”.

– Está me devendo uma West! – Falou dando um ultimo beijo em meu pescoço. – E eu vou cobrar. – Falou me agarrando e me beijando, seu corpo imprensava o meu no carro de novo, eu gemi, ele sorriu de canto ainda me beijando, sua língua dançava literalmente em minha boca. Separamos-nos ofegantes, não por falta de ar, mas pelo calor que estava subindo e a temperatura do lugar. – Também te amo!

~~ Flashback Off

Zac Smith

Tinham me contado que a Cat estava triste, a culpa era da Tori. Tinha que ser! Garota idiota! James idiota! Soube que o Robbie tentou animar à ruivinha, mas falhou, então agora era a minha vez de tentar.

– Cat? – A chamei, mas a ruiva sentada na cadeira do Teatro Caixa Preta não respondeu. Ajoelhei-me na frente dela e a olhei nos olhos. Robbie que também estava lá apenas me olhou curioso. Eu odeio esse garoto! – Vou ser direto! Sabe por que eu namorei você?

– Por quê? – Perguntou triste.

– Porque você era ruiva, apenas por isso. E também porque você queria ser ruiva e não apenas pra me agradar, você queria ser ruiva porque você quis. Então é isso, se você fosse loira pra fazer minhas vontades eu odiaria e mandaria você pastar no primeiro momento que eu encontrasse. – Avistei Robbie abrindo a boca pra reclamar.

– Obrigada Zac, você é o melhor amigo do mundo. – Disse me dando um beijo na bochecha e saindo dali risonha.

– Psicologia inversa... Já tentou? – Perguntei e o garoto apenas saiu frustrado. Saí dali e fui pra casa da Tori, ela atendeu a campainha toda arrumada. Pra onde ela ia desse jeito? – Vim aqui apenas pra passar na sua cara que foi culpa sua a Cat ter ficado triste.

– Eu sei! Ela meio que disse que queria que meu final de semana fosse ruim, e já tá sendo. O James tá vindo pra cá e eu to me sentindo culpada pelo que fiz com a Cat. – O que?

– O James? Aqui? Você tá brincando né? – Perguntei entrando em sua casa, pois ainda estávamos parados na porta.

– Não! Eu posso sair com quem eu quero. – Falou como se realmente pudesse.

– Ele é um idiota! E você também é se for sair mesmo com ele. – Rebati. – E só pra você saber, eu que resolvi o problema com a Cat porque você é incapaz de fazer isso. E eu também posso ficar com quem eu quiser. – Droga! Ela me deixa estressado.

– Ah é? Tipo quem? – Perguntou já vermelha de raiva. Odeio essa garota!

– Tipo... A Cat... Não a Cat não... – Droga! – A Jade... Não a Jade também não... – Mas que droga! Quem eu beijo? – Já sei... A Meredith.

– Mas a Meredith não tá aqui, então você não pode ficar com ninguém... – Me provocou.

– Tori você viu meu... – Disse Trina chegando á sala. – Oi Zac! Não sabia que você vinha... Se não eu tinha me arrumado melhor e feito um jantar pra você.

– Não precisa! Você está linda assim mesmo... – Falei indo até á Trina. Dei um ultimo olhar pra Tori. – Não posso ficar mesmo com ninguém? – Perguntei sarcasticamente á Tori. Depois apenas agi por impulso, pra irritá-la. Mostrá-la que eu estava certo e ela não. Apenas passei minhas mãos em volta da cintura de Trina e a puxei contra meu corpo. Pois é... Eu a beijei e ela retribuiu.