Adorable Socks escrita por Equinox


Capítulo 1
Socks Are So Stupid;


Notas iniciais do capítulo

Oh, Well, espero que gostem...



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Todos os dias, antes de ir a escola, a mãe pedia-lhe que pusesse meias, mas ele sempre as tirava antes de sair de casa, pois era vergonhoso andar com meias tão esquisitas quanto as que sua mãe lhe comprava.

A escola era onde se conseguia algum status e meias como aquelas contribuiriam para um belo lugar na área dos esquisitões, mas ele fugia disso, queria ser comum para ser diferente e isso jamais fez sentindo algum, era apenas uma filosofia adolescente.



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Era algo quase corriqueiro, esperar que o vestiário se esvaziasse para que pudesse tomar banho. Algum motivo especial para isto? Não muito, mas ao mesmo tempo, sim, bastante. O garoto não achava tão comum observar e ser observado por garotos de sua idade — e de qualquer idade — Por quê? Porque não conseguiria conter-se caso achasse algum dos meninos atraente sem roupa. Sim, ele gostava de garotos, mas só pôde aceitar este fato depois de varias sessões de recuperações heterossexuais falhas. As meninas não lhe deixavam nem um pouco excitado, então desistiu delas.



Após a aula de educação física, sentou-se no banco esperando que o tempo passasse, e este passou.


Passeou pelos corredores estabelecidos por armários e parou frente ao seu abrindo-o após ter usado sua ultra-secreta combinação. Despiu-se por completo e pôs suas roupas dentro do armário, encontrando as roupas com as quais voltaria para casa.


Foi até os chuveiros e ligou um deles para que pudesse dar fim a seu calor. Era tão bom ficar ali, desfrutar do silêncio e não correr o risco de sofrer algum acidente constrangedor.


Ao cessar do banho, o mesmo enxugou-se em sua toalha azul a enrolar-se na mesma, andou pelos corredores e antes de chegar a seu armário pisou em algo macio. Os olhos verdes depararam-se com uma meia, mas não uma meia qualquer, uma meia tão esquisita quanto as que sua mãe lhe comprava. O que ela estaria fazendo ali? Segurou-a na mão e decidiu guardá-la na mochila. Sim, isso é bem estranho.


Em casa, deitado em sua cama, Dimitry observava à meia, havia sido tão estranho ela ter aparecido do nada, quem usaria uma meia daquelas? Sorriu ao pensar. Um outro ponto que rapidamente lhe intrigou foi o fato de que aquela meia poderia pertencer a alguém que estava a lhe observar em pleno banho. Por que alguém faria isto? Era o que ele queria saber.


Dimitry sorriu um pouco, pensando que talvez tivesse uma admiradora secreta, ou melhor, um admirador secreto, ou pervertido secreto. Guardou a meia em sua gaveta junto com seus pensamentos, mas um único ele não haveria de guardar, pois o iria usar.

Achar o dono, ou dona, da meia.



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No dia seguinte, na escola, decidiu que ficaria atento a qualquer olhar mais apaixonado sobre si, mas foi em vão, pois todos o olhavam comumente, nada fora do normal, então passou para o plano B. O vestiário. Esperou que o segundo dia semanal para aula de educação física chegasse.


Então, era quinta feira, todos os garotos permaneciam vestiário a dentro, exceto Dimitry. Quando todos saíram chegou sua vez. Adentrou o banheiro e trancou a porta retirando a chave dali. Se alguém o queria espiar, deveria estar dentro do vestiário, a aguardá-lo, estudando seus movimentos dentro do mesmo.


Andou silenciosamente até que ouviu o barulho de algo caindo, parecia um celular. Dimitry correu ágil para fonte do ruído e encontrou um garoto a pegar seu celular do chão.


— Ei, você. O que está fazendo aqui? — o garoto ergueu o rosto milimetricamente revelando seus olhinhos opacos.


— Eu... eu... — levantou-se rápido fazendo menção de correr, mas foi impedido pelo outro que o agarrou a cintura, colando seus corpos perigosamente. — Me solta! — gritou exasperado.


— Não. Não até dizer-me o que fazia neste vestiário. — o garoto ficou mudo e sem reação. Dimitry, por outro lado, ficou a segurar o outro com apenas um braço, para que pudesse com o outro mexer em seu bolso traseiro. — Isto é seu? — demonstrou a meia ao menor que apenas abaixou a cabeça. — Vou considerar isso como um sim. — riu. — Você anda me espionando, não anda? Por acaso estava tirando fotos? — brincou, mas percebeu que a respiração do outro alterou-se quando ele mencionou a palavra “fotos”. — Você bateu fotos minhas tomando banho? — gritou tomando o celular do garoto em mãos e largando-o em seguida.


— Não, por favor, não mexa no meu celular.


— Calado!


Começou a visualizar o celular rapidamente surpreendendo-se. Não havia fotos suas sem roupa, mas fotos suas em aula, no intervalo e jogando basquete.


— Por que tem fotos minhas? Por que andou me espionando?


Como se não fosse obvio.


— Por favor, me deixe sair, eu prometo que não faço mais, por favor... — baixou vista sentindo-se envergonhando, permitindo a algumas lagrimas deixarem seus olhos.


— Por que está chorando? — sorriu aproximando-se do garoto. — Eu acho fofo... — o menor ergueu o rosto com os olhos marejados e agora arregalados. — E bom, você é lindo e seus lábios... — aproximou-se ainda mais do garoto e lhe sussurrou ao pé do ouvido. — ...parecem extremamente apetitosos.


Agarrou a cintura do menor e lhe surpreendeu com um beijo.


Foi tão intenso quando seus maxilares começaram a mover-se, enquanto as mãos repousas na cintura e as que passaram a repousar sobre os ombros apertaram suas correspondentes regiões. Era um beijo calmo que progredia a cada instante.


Quando separaram-se, ambos os lábios estavam vermelhos e com um pouco de saliva que haviam misturado durante o beijo.


— Qual seu nome? — indagou mesmo ofegante.— Qual seu nome? — indagou mesmo ofegante.


— Heinz.


— Ah...Heinz, quer ir a minha casa pegar sua meia?

— Sim...

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Quatro anos depois...


Ele cravava as unhas naquelas coxas brancas e macias, enquanto podia senti-lo inteiro por dentro. Beijou o pescoço do namorado que ofegava arranhando suas costas e gritando seu nome alto.


— Heinz, se continuar assim a vizinha vai reclamar de novo... — sussurrou no ouvido do menor que corou. — Você não existe... — mordeu o pescoço que já estava sem espaço para novas marcas, com certeza seria debochado pelos amigos ao verem aquilo, mas não era relevante, pois só o que importava era estar sentindo-se bem.


— Dimi... eu vou...


— Então vamos juntos...


A sensação de êxtase final estava sendo aproveitada por ambos. Eles aninharam-se na cama completamente suados e sujos.


— Já posso tirá-las? — o menor perguntou erguendo um pouco queixo para observar o maior.


— Não, roce-as um pouco na minha panturrilha.


— Dimi... — o maior riu. — Elas pinicam.


— Estou brincando.


Heinz retirou as meias e as jogou em qualquer lugar do quarto.


— Você gastou sua fantasia com um par de meias velhas. Não vai poder me obrigar a nada depois.


— Eu sei, mas esse fetiche veio pouco depois de ter paro pra pensar em como nos conhecemos. Tudo graças a uma meia ridícula.


— Não fale assim dela, pois se não fosse por ela eu jamais teria tido coragem de falar com você.


— Mas você não falou, só ficou pedindo, por favor... — riu, aquilo estava se tornando um habito. — Mas sabe de uma coisa?


— O quê?


— Eu fiquei encantado com aquele adolescente magro e branquinho de touca preta todo envergonhado a minha frente. Você fez meu coração aquecer como nunca antes. — beijou a testa do namorado e sussurrou.

— Eu te amo esquisitão de meias adoráveis.


— Eu também te amo, idiota.





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Notas finais do capítulo

Alguém leu essa estupidez?



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