Estávamos nos despedindo de todos. Depois de uma refeição com Oda Nobunaga, tínhamos que voltar ao futuro, afinal, precisamos continuar correndo atrás das onze forças. Tenma e os outros estavam conversando com Tasuke e seus amigos. Eu estava observando pela última vez aquele cenário. Iria sentir falta daquilo tudo. Foi aqui que encontramos uma das onze forças e foi aqui que cresci, que aprendi mais, que aperfeiçoei meu futebol.

Estava andando um pouco pela vila, até avistar Okatsu-san. Ela parecia deprimida e cabisbaixa. Creio que sei o motivo.

– Okatsu-san! – A chamei, aproximando-me dela.

– S-Shindou-kun...! O que está fazendo aqui? Tem que ir embora, não é? – Ela falou sorrindo fraco.

– Não iria embora sem me despedir de você... – Falei, sorrindo fraco pra ela.

– Shindou-kun... Tem mesmo que ir? – Okatsu-san perguntou de cabeça baixa.

– Eu preciso ir... Senão, a história irá se alterar... Vai ficar uma bagunça... – Falei olhando para ela.

– Tem razão... No que eu estava pensando? – Ela falou sorrindo.

– Okatsu-san... – Não sabia o que falar. Eu também estava triste.

– Tudo bem... Olha! Fiz isso pra você! – Ela entregou-me uma vasilhinha vermelha com um enfeitezinho em cima.

– O que é isso? – Perguntei curioso.

– Sur-pre-sa! Só poderá abrir quando tiver embarcado na máquina do tempo que vocês vieram! – Ela falou sorrindo tristemente.

– Tudo bem... Okatsu-san, vou indo... O pessoal deve estar me esperando... Vamos? – Falei e estendi minha mão para ela.

– V-vamos... – Ela respondeu e corou um pouco.

Quando chegamos lá, o pessoal já estava entediado de tanto me esperar. Despedi-me dos demais e, antes de subir a caravana relâmpago, fui até Okatsu-san novamente.

– Bom... Acho que isso é um adeus... – Falei um pouco triste.

– Hai... Vou sentir sua falta Shindou-kun... – Ela falou. Parecia estar segurando as lágrimas.

– Também vou sentir a sua... Obrigado pelo presente... – Falei, olhando pra vasilhinha.

– D-de nada... Espero que goste...! – Okatsu-san falou sorrindo.

– Garanto que irei amar... Adeus Okatsu-san...! – Falei.

Depois que falei, dei um pequeno beijo em sua bochecha e subi correndo a caravana relâmpago. Não queria deixa-la aqui, mas, para o bem da história, preciso fazer isso.

Enquanto estávamos voltando para o futuro, olhei para a vasilhinha que ela tinha me dado. Quando a abri, senti minhas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Não acredito que é isso. Ela tinha feito um pouco daquele tofú branco que só ela conseguia fazer.

Isso me deixou mais triste ainda. Triste porque não poderei ficar com ela, porque sou do futuro e tenho que ir embora, porque não posso ama-la. Adeus Okatsu-san, espero que encontre um homem que realmente te mereça.