A Nightmare Becomes True escrita por LilyCarstairs


Capítulo 4
Capítulo 4 - What Are You Saying Old Lady?


Notas iniciais do capítulo

Obrigada aos leitores que acompanham. E não seja um leitor fantasma, deixe reviews. Assim eu sei que alguém acompanha. Se ninguém acompanha não há motivos para continuar. Né?
~

Para quem não sabe, na capa são:

Parte superior: Susana, Summer e Lívia. Respectivamente.

Parte inferior: Will e Nico. Respectivamente.

~

Espero que gostem do capítulo e boa leitura! ♥



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Quando finalmente pousamos, conseguimos nos livrar da senhora dos mil e um gatos. Porém, já sabíamos mais sobre gatos do que gostaríamos. Era uma senhora simpática, mas tinha uma séria obseção por seus gatos de estimação. Que, segundo ela, eram mais de vinte.

Nico pelas primeiras horas da viagem estava com cara de quem ia começar a bater a cabeça no acento da frente até morrer. Depois, ele e a senhora bateram um longo e interessado papo sobre a melhor raça de gatos.

– Bela discussão. – comentei, enquanto saiamos do avião. – Uma pena que a senhora ganhou.

– Cale a boca, Summer. – ele disse, tentando parecer sério, mas sorria. – O que você ouviu lá, fica lá.

Quando todos nós estávamos reunidos novamente, discutimos como prosseguir. Chegamos a um aeroporto em Kentucky, mas o que fazer a seguir? Depois de algumas sugestões babacas (em sua maioria, vindas de Lívia), decidimos que pegaríamos algum carro ou van, assim não colocaríamos em risco os mortais, caso algum monstro aparecesse.

Fiquei responsável por pegar esse transporte, junto com Lívia. Eu, filha do deus dos ladrões e ela, a garotinha cheia de chantagens.

– Que tal aquele? – perguntei, apontando para um van azul marinho. Grande o bastante para todos nós ficarmos confortáveis, mas não grande demais para a polícia desconfiar. Susana era maior de idade, e Lívia estava em seus dezesseis anos. Poderíamos inventar uma mentira plausível quanto a três menores atrás da van.

– Parece confortável. – ela concordou.

Uma mulher, aparentemente simpática estava sentada ao volante, prestes a sair. Conseguimos impedir, entrando na frente do carro. Quase me senti culpada por estar prestes a roubar a simpática moça.

– Olá, belo carro. – a voz da Lívia mudou, parecia mais doce. O rosto da mulher mudou de simpático para confuso. – Eu gostaria muito de pegar seu carro emprestado. – Lívia abriu a porta da van e a mulher desceu. Seu rosto estava mais confuso que nunca.

– Diga que ela não nos viu, não vai procurar pela van e que ela não precisa se preocupar. – sussurrei para Lívia.

– Como é seu nome, bela dama? – Lívia perguntou à moça.

– Anna. – ela respondeu.

– Anna. – repetiu Lívia. – É um belo nome, para uma bela dama. – cutuquei Lívia para ela andar logo, não tínhamos o dia todo. – Então, Anna, você vai me emprestar sua van, não vai procurar por ela, vai esquecer-se de que nos viu. – ela parecia muito, muito confusa. – Mas tudo vai ficar bem com você. – a expressão da mulher suavizou. - Você vai pegar seus pertences do carro, pegar um ônibus ou o que for necessário e chegará segura ao seu destino. Muito obrigada, Anna. – a moça começou a andar para fora do estacionamento e sumiu.

– Quem diria que você tem alguma educação e vocábulo. – sorri debochadamente e entrei na parte traseira da van. Procurando por coisas uteis.

Encontrei alguns pacotes de salgadinho e papeis de escritório. Talvez um dia a moça recupere o van, então resolvi deixar os papeis lá.

Lívia chamou todos e partimos em direção ao centro do estado. Não sabíamos muito bem para onde ir, então Lívia nos mandou até a cidade de Campbellsburg, que tem menos de mil habitantes. A primeira coisa que notei: Chamamos muita atenção. Eles olhavam discretamente, mas claramente estranhavam as novas pessoas.

A segunda coisa que notei foi que o ar era mais puro que nos lugares em que já estive. E a terceira é que a gasolina da van estava acabando. Paramos em um posto qualquer. Will ficou no carro com Lívia para abastecerem, o que me deixou chateada, admito. Susana ficou com os alimentos, e Nico e eu, ficamos de conseguir um lugar para passar a noite, que chegava.

– Pra onde nós vamos? – perguntei.

– Vamos perguntar para alguma idosa, elas sempre sabem das coisas. – ele disse. Assim que avistou uma idosa, pediu informação. Ele estava certo, ela nos disse um hotel baratinho. Virando a rua.

Andamos até lá e parecia um bom e arrumado lugar para passar uma noite. E era muito barato. Consegui reserva de apenas um quarto, o único disponível. Com três camas, não sei se de casado ou solteiro. Teríamos de nos apertar ou dormir no chão. Decidi que eu dormiria no chão. Foi muito fácil reservar. Eles não fizeram muita questão de documentações.

Encontramos-nos novamente no posto, mostrei a eles o hotel e fomos conhecer nosso quarto. Paredes simples rústicas, um pequeno armário e um banheiro. Duas camas de solteiro e uma de casal. Combinamos que Susana e Lívia dormiriam na cama de casal. Will e Nico nas camas de solteiro. E eu dormiria em um colchão no chão.

– Não, Summer. Posso dormir no chão. – Nico protestou até se dar por vencido.

Will apenas chegou e deitou na cama perto da parede. Dormiu em menos de dois minutos.

Susana e Lívia deitaram também. Arrumei-me no colchão e deitei. Era bem confortável para ser o chão. Nico sentou-se em sua cama e olhou para mim.

– Durma na cama, Summer. – ele disse, em tom de ordem. – É sério.

– Estou bem aqui no chão. – falei, me aconchegando no colchão. – Vá dormir.

– Não estou com sono. – ele disse, mas deitou-se.

Não sei quanto tempo depois, eu ainda estava acordada. Não entendi o motivo de estar acordada, mas era chato ficar sozinha e em silencio. O quarto era levemente iluminado por um pequeno lampião do outro lado da parede.

– Nico? – chamei baixinho. – Está dormindo?

– Estou. – ele respondeu. Olhei em sua direção e vi que ele levantou um pouco e se apoiava em um dos braços. – Não consegue dormir? – perguntou.

– Não. – respondi.

– Nem eu. – ele disse. – No que pensa? – perguntou.

– Em nada. Apenas que quero dormir, mas não consigo. – admiti. – E você?

– No porque estou nessa missão. – disse. - E porque você veio se colocar em risco. – acrescentou.

– O que quer dizer? – levantei uma sobrancelha.

– Não quero que se machuque. – ele disse. – Agora durma. – deitou-se novamente e cobriu o rosto.

Pensei naquilo por um tempo e dormi. Acordei com a voz de Nico me chamando, falando que tínhamos problemas. Abri os olhos e dei um pulo, segurando a adaga que fica comigo o tempo todo.

– Calma, vai acordar todo mundo. – ele sussurrou. Olhei em volta e notei que não dormi mais que uma hora. Ainda estava escuro e todos dormiam.

– O que foi então? – sussurrei de volta.

– Ouvi barulhos estranhos vindos de algum lugar lá embaixo. – ele disse. – Não queria ir sozinho. – acrescentou, e logo depois pareceu surpreso. Há-há, ele estava com medo.

Saímos em silencio do quarto, descemos as escadas e demos de cara com uma harpia. Ninguém estava no andar de baixo. Silencio total. Até a harpia nos ver. Ela investiu.

Caramba, até em cidades pequenas essas coisas aparecem? Corremos em direção oposto a coisa. Lancei minha adaga que acertou uma das asas da coisa, abrindo um buraco e deixando-a furiosa. Peguei uma cadeira e lancei em sua direção. Ela caiu para trás. Nico investiu contra ela e não entendi o que aconteceu. Só vi lampejos da espada de Nico, das asas da harpia... E finalmente, ela se foi. Deixando uma tremenda bagunça.

Trocamos olhares e saímos correndo para o andar onde ficava nosso quarto. Nico estava sujo e com um pequeno corte. Eu deveria estar apenas bagunçadinha, já que ele salvou minha vida e não lutei. Duas vezes salva por ele desde o começo da missão, mas que droga.

Quando viramos o corredor, batemos de frente com uma senhora. A senhora dos gatos.

– O que faz aqui? – Nico perguntou desconfiado.

– Eu sou a faxineira daqui, garotinho. – ela sorriu.

– O que? – eu estava confusa.

– Vocês estão na direção correta. A garota os guia corretamente. – ela deu uma pausa, e quando tentamos perguntar, ela levantou a mão. – E vocês, jovens, ainda podem salvar a missão de vocês. Juntos. Pois o amor ainda existe, não desistam. – ela deu um último sorriso e virou o corredor.

Nico e eu nos entreolhamos e seguimos a velinha, mas ela não estava mais lá.

– O que ela quis dizer? – perguntei. Nico parecia constrangido, e não o culpo. A moça nos chamou de casal, o que realmente não éramos.

– Vamos voltar. – ele disse.

Abrimos a porta do quarto e demos de cara com Will.

– Onde estavam? Ouvi barulhos e... – ele olhou de um para o outro confuso.

Ah, que maravilha, era só o que eu precisava agora. Passei direto pelo Will e fui para minha cama. Ainda estava brava com ele e não queria confusão agora. Nico entrou e deitou em sua cama em silencio. Will fez o mesmo.

Pouco antes de eu me deitar, vi um pequeno bilhete rosa. Abri e li:

Uma profecia, dois culpados, três enganados, quatro inocentes, cinco campistas.

Abra os olhos. Nem tudo é o que parece. Culpados são inocentes e inocentes te enganam. Mantenha-se firme quando o caminho ficar entre sombras e luz. E não esqueça: o amor existe e pode salvar essa confusão.

E era tudo o que o bilhete continha. E agora eu estava mais confusa do que nunca.


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Notas finais do capítulo

Campbellsburg é realmente uma cidade de Kentucky. Uma pequena cidade de lá. Enfim, só pra vocês saberem. q

~

Pediram-me para eu dar alguma pista sobre a profecia. Espero que entendam, mas não podia ficar muito na cara se não estragava. D:'

~

Até o próximo capítulo. Xoxo.



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