Audaciosos - Interativa escrita por Norrie


Capítulo 7
Discussão de Regulamento


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpas eternas pela demora. Fiquei de castigo de novo ¬¬' (Sou divergente e não posso ser controlada!!). Brincadeira gente, foi só uma notinha baixa e tals... Bom, mas aqui estou de novo! Espero que não morram com esse cap. Pelo menos não antes de deixarem os reviews >;D
Ok, deixando a maldade de lado, espero que gostem!
Até o/
Ps:. E ah, podem ir dar uma olhada nos cap anteriores ;) Theo ta na área!



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Nathaniel, Corinne, Cassy e Delillah se alinharam atrás da mureta, aguardando o salto dos outros iniciados.

Corinne choramingava, com a mão no quadril. Nathan apenas fazia o possível para sustentá-la. Cassy o mesmo. Já Delillah, por outro lado, parecia aterrorizada.

E se ele estiver lá embaixo? – Ela repreendia a si mesma, limpando o tempo inteiro as palmas suadas das mãos na calça de linho simples cinza. – E se eu entrar em pânico quando vê-lo? E se...

Ela cambaleou para o lado, se apoiando no ombro vago de Cassy. Estava exposta sua tontura.

– Você está bem? – Cassy indagou, preocupada. Delillah apenas assentiu, enxugando novamente o suor das mãos na calça. – Tem certeza? Está pálida.

– Tenho certeza, só não gosto muito de altura. – Ela mentiu.

– Vocês aí atrás! Estão esperando pelo quê? – Max gritou, encaminhando poucos iniciados restantes até a mureta. – Venham antes que fiquem sem-facção!

Todos trocaram olhares nervosos. Nenhum deles tinha medo de altura realmente, mas seria complicado deixar Corinne naquele estado pular. Max fez uma careta quando eles se aproximaram.

– O que foi que houve com ela? – Perguntou tomando o peso de seu corpo para ele e livrando os ombros de Nathan e Cassy.

– Caiu de mau jeito, senhor. – Cassy respondeu, cruzando os braços.

– Não vai dar para pular, então.

– Não! – Corinne berrou, com os olhos fumegando. – Eu consigo fazer isso.

– Mal consegue andar, como vai pular de um prédio de sete andares? – Nathan interferiu, mas a garota cerrou o rosto, balançando-o negativamente.

Estava desesperada.

– Não posso ser uma sem-facção!

– E nem um cadáver! – Nathan berrou de volta, com as veias do pescoço se ressaltando. Cassy empurrou seu peito com destreza, reprimindo-o para não perder o controle.

– Olha, há um regulamento neste complexo e tenho que segui-lo. Se não pular, não é mais um de nós. – Max remexeu o ombro, para apoiar melhor Corinne que chorava inocentemente. Ali, olhando-a de longe parecia apenas uma menininha medrosa da Amizade, mas de perto se via sua determinação nada inocente. Apesar da encenação, ela era forte. Mesmo repreendida pelo machucado.

Uma audaciosa.

– Quem liga para porcaria de regulamento? Aqui é a Audácia! Mande essas regras para o inferno! – Nathan estava avançando contra Max, mas Cassy sempre conseguia afasta-lo.

Delillah nem ligava para o que estava acontecendo, apenas encarava o enorme buraco aberto pelo concreto.

Ele está lá embaixo.

Max rosnou, com superioridade.

– Escuta aqui, moleque, eu trabalho aqui desde quando você usava fraldas. E não vai ser você que mudará o conceito desta facção.

Nathan avançou de novo, e desta vez Cassy não conseguiu detê-lo. O garoto cravou o dedo indicador no espaço entre as sobrancelhas do negro, o ameaçando. Os outros iniciados pararam de pular para presenciar a cena.

– Escuta aqui você... – Ele começou, mas uma onda de choque o interrompeu.

– Ela pode não pular.

Todos se viraram e se depararam com um rapaz alto, de cabelos negros curtos e de olhos azul escuro. Vestia um moletom preto de capuz aberto até metade do tórax e calças jeans. Tinha uma postura rebelde e penetrante. Liderança.

– O quê você pensa que está fazendo aqui? – Max sibila – Seu lugar é lá embaixo. Deveria estar recepcionando os iniciados.

– Ah, eu estava mesmo. – O rapaz cruzou os braços – Mas aí eles pararam de aparecer e vim saber o que estava acontecendo.

– Pararam de...? – Max olhou em volta e notou que grande parte dos iniciados ainda estava ali, assistindo a discussão entre ele e Nathan. – Ah. O quê vocês estão esperando suas lesmas? Pulem!

Os iniciados se acotovelavam até a mureta, seguindo as ordens do líder.

– Espera um pouco, você disse que Corinne pode não pular e continuar sendo uma iniciada? – Pergunta Cassy, esperançosa.

– Disse.

– Mas disse errado. – Max retrucou, irritado. – Pensei que conhecesse as regras direito, garoto.

– Pois é, pensei o mesmo de você. – O rapaz caminha lentamente na direção de Corinne que substituiu o desespero por uma fagulha iluminada de esperança nos olhos. – Mas as regras dizem que os iniciados tem que chegar até o complexo. Não há nenhuma especificação de como.

– Há especificação sim, foi por isso que cavamos este buraco enorme ali embaixo. Ou você acha que estávamos apenas nos divertindo em uma festa de pás?

– Primeiro: Não existe nós. Quem fez todo o trabalho pesado foi o pessoal da Erudição. Segundo: Não existe especificação no protocolo escrito, então as fendas no documento podem perfeitamente apelar para os que estão machucados. E terceiro e mais importante: Não existe festa sem bolo.

Max fecha a cara, derrotado e encara o rapaz. Corinne ri emocionada e todos os envolvidos na discussão a segue.

– Tudo bem. – Max murmura. – Tudo bem! Leve ela logo antes que eu mude de ideia.

O rapaz se aproxima e toma a garota no colo, trilhando um atalho em uma escada de incêndio do prédio até o subterrâneo, seguido por Nathan, Cassy e Delillah.

– Cara, aquilo foi incrível! – Nathan explode, rindo descontroladamente. – A gente nem sabe como te agradecer.

– Um obrigado já é o suficiente.

– Obrigado! - Todos dizem em uníssono e sorrindo vitoriosos.

Eles serpenteiam por túneis pouco iluminados e chegam até uma plataforma lotada de gente. Uma rede forra o fundo da enorme cratera. Eles passam pela multidão, provavelmente seguindo até uma provável enfermaria. Delillah segura a respiração, temendo encontrar o rosto que tanto a atormenta. Ao invés disso, só vê desconhecidos.

Suspira quando entram em um túnel fora da plataforma.

– E qual é o seu nome? – Corinne pergunta, ainda fraquejando pela dor, mas sem apagar o sorriso doce.

O rapaz sorri de canto e empurra uma porta de metal com um chute. Uma mulher de cabelo tingido de verde os acolhe e coloca a mesma em uma maca, analisando a gravidade do machucado.

– Podem me chamar de Quatro.


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