Goodbye escrita por Boobear


Capítulo 7
7º Dia - Não tenho tanta certeza, alls.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey!!! A sumida chegou! Apaguei logo minha oneshot Barefoot cinderella, mas só porque reescrevi, e ela já foi postada. Cidade do amor e UAUP serão respostadas do mesmo jeito, de acordo com as regras.
Lembrando que GDB também será editado.



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Desta vez, lá em Ally, tudo foi igual... Exceto uma coisa. Ela sonhara com Austin esta noite... Novamente, e nas outras chances ela não sonhou com este antes, apesar de não saber disto. Ela apenas se encarou no espelho novamente, melancólica, e já sabendo seu terrível destino.

But it flew away from her reach so, she ran away in her sleep...And dreamed of para-para-paradise, para-para-paradise, para-para-paradise...

Um certo loiro acordou relutantemente, pela sexta vez, se arrastou da cama, tomou seu café silenciosamente, vestiu seu casaco e saiu pela grande porta de madeira pura atrás de sua garota. Era engraçado o jeito que ele andara arrastando os pés, ao mesmo tempo era deprimente. Tudo que tentara, falhou. O jeito era apelar para algo mais simples, já que Trish lhe falou algo sobre uma crença de sua família sobre segundas chances. Precisava cumprir essa promessa e conseguir sua menina! – E era agora, ou nunca.

POV. Austin

Já imaginara que Ally iria matar aula – Resolvi matar também. Afinal, o que há de errado? É apenas uma vez. Vou leva-la para o filme que vi na bilheteria no dia em que fui com dez, claro, teríamos o assistido por completo se Trish não tivesse ligado para Dez. – Por causa de Ally, claro.

Quando todos estavam em suas respectivas salas, deslizei sorrateiramente até o pátio da escola, onde eu encontrei Ally, deitada na grama verde-limão embaixo de um velho carvalho que os garotos gostavam de ficar lá espionando, pois dava uma bela vista para a área onde as lideres de torcida costumam torcer – Não que eu tenha ido! Okay, talvez eu tenha subido lá umas cinco ou quatro vezes... Mas isso não vem ao caso!

“Aqui é calmo, não é?” Perguntei como quem não quer nada, me vendo deitado a seu lado, e olhando para a mesma infinita direção: O céu azul-bebê com belas nuvens brancas que mais pareciam algodão doce, como se pudéssemos esticar a mão e comer.

Apenas esperei a sua clichê reação: Um pulo de susto. E assim foi.

“Ora, A-Austin? O que está fa-fa-fazendo aqui?” Ela segurou o tórax, como quem diz (Pelo menos nos filmes de terror) – Você quer me matar?

Uh, não.

“Não fale assim, você está parecendo o professor Quirrel.” Tentei brincar, ela não pareceu feliz com isso.

“Eu nunca terminei Harry Potter.” Ela assobiou. Eu me lembro, havia levado Ally para ver Harry Potter e a pedra filosofal quando éramos pequenos... Ela nunca terminou?

“Um dia você terminará, eu prometo.” Consegui dizer. Engraçado como eu posso ser idiota. Tipo, chegar à garota e ir prometendo tudo.

“Não acho que esse dia vai chegar.” Ally fechou os olhos, isso realmente doía em mim, sempre doía... É como se cada chance fosse um pedaço de mim, isso! E sempre que eu perdia uma, eu me perdia. Acompanhei-a, fechando os olhos também, não havia como responde-la de qualquer maneira, eu sabia o que ia acontecer, mas não poderia relutar ou forçar qualquer coisa... É, vou tentar minha primeira opção mesmo.

“Ally, você vem comigo no cinema hoje?” Pedi timidamente, minha voz falhava um pouco, e vê-la observar as lindas nuvens, era tão bela... – Logo ela se virou para mim, curiosa, como se eu fosse maluco ou algo assim.

”Oi?” Ela me olhou de lado. Ué, eu estou com bafo ou algo assim?

“Podemos sair como amigos... Como os velhos tempos...” Tentei não tocar no assunto, mas mostrei confiança, olhando em seus olhos, mesmo assim estava com medo de uma má reação.

Ela apenas virou para mim, deitou sua cabeça na grama novamente, pois antes estaria apoiada com os cotovelos sobre a grama fresca que calmamente cheirava a limão fresco e hortelã. Não podia evitar, era tão cheiroso e calmante, acho que isso deu uma ajuda quando ela respondeu:

“Hum, tudo bem.” Sibilou em um sussurro, mordi o lábio inferior, estava super ansioso pelo o que poderia vir, já tentei de tudo. Mas ainda acho que esta não pode ser a certa... Ou pode? O que Ally precisa tanto? Vou descobrir isso, ah se vou. Salva-la é prioridade! Nem que eu precise repetir isso umas mil vezes.

“Obrigada Ally.” Respondi suavemente, minha voz parecia um pouco hesitante, minha ally de todas essas chances parecia bastante bipolar, pois uma hora ela me odeia e depois... Confunde a minha cabeça totalmente.

“Pelo o que?” Perguntou.

“Por tudo.” Respondi, mesmo que ela não entendesse o porquê.

Talvez, seja hoje.

(V/N: Mudando o estilo de escrita.)

[...]

Acabamos indo para a aula de Física juntos, (Não fomos ao refeitório almoçar) no meio do caminho Ally batia os dentes um pouco. – Apesar de estarmos no verão. Coloquei meu casaco sobre seus ombros, ela parecia hesitante em aceitar, então acrescentei:

– Fique com ele, estou com calor. – Apenas recebi um aceno de cabeça como resposta.

Chegando a sala, recebemos alguns olhares que fizeram Ally olhar para mim desesperada. Soltei um olhar ameaçador para alguns e passei os braços pela sua cintura fina, literalmente fina. Evitei responder dez, que fazia perguntas frenéticas todo o tempo.

[...]

A aula de Física teve as mesmas besteiras de sempre, Ally enterrara da cabeça no meio dos braços e eu fiz o mesmo – estávamos conversando quase silenciosamente, por meio de suspiros e sorrisos.

Diferentemente dos outros dias, (Será que a mudança das ações influencia o resto?) recebi um puxão no meu braço que me separara de Ally bruscamente. Era kira, que estava toda sorrisos e covinhas.

– Kira olha, eu estou ocupa...

– Babyy, não me diga que não teremos nossa noite hoje? – Ela me agarrou pela gola da camisa.

– Não kira.

– Como assim “não”? Ninguém diz não para mim, baby. – Ela sorriu maliciosamente, oh, droga.

– Saia do meu caminho, só isso! – Me livrei dos braços dela.

– Você vai ver, AUSTIN MOON! – Ela gritou. Apenas ignorei e segui em frente, segurando a mão de Ally novamente.

– O que houve ali? – Ela me perguntou, na verdade, sussurrando tão baixinho quanto sua voz poderia.

– A Kira só fala besteira, deixemos pra lá, okay? – A abracei protetoramente, ela não respondeu, mas levo isso como um ‘sim’.

[...] [No cinema]

– E-Eu escolher? M-Mas...

– Sim, ou veremos um filme que eu estava vendo com dez antes de você... – Parei bruscamente, sem querer mencionar aquilo.

– Antes de... Eu....? – Ela ergueu a cabeça, desconfiada, engoli em seco, não poderia contar... Ela acharia que eu sou maluco.

– Você? Não! Eu quis dizer trish, sim, ela ligou para dez no cinema e eles ficaram batendo papo por horaaas! - Fiz um circulo com as mãos de uma maneira idiota, espero que ela tenha caído. Céus...

– Hum, Okay. Que tal v-vermos e-esse ro-romance? – A voz dela vacilou, engoli em seco novamente, sentindo uma dor esquisita no estomago, será que estaria passando mal... novamente?

– Você está bem, Ally? – Pedi, segurando sua mão, ela trombou para o lado e balançou a cabeça. – Sim, estou b-bem...

Não tenho tanta certeza quanto você, Alls...

I Love u so, i Love u so, goodbye, i Love u soo...

E assim foi, mais uma vez, outra noite...

Ally murmurava umas coisas, e consegui vê-la enfiar uns comprimidos goela abaixo com um copo de coca-cola que comprei para nós, e antes do filme terminar, minha garotinha mais uma vez... Mais uma vez me deixou... Eu estava tentando deixa-la aqui, comigo. Como eu queria poder mudar o nosso passado, como eu queria ter dado mais atenção para aquela menina extrovertida de antes!

Espera... Comprimidos... Talvez seja isso que esteja no meu caminho!

Preciso ir a casa dela, descobrir o que era...

When she was just a girl... She expected the world...

Depois de tantos pêsames dados pelas pessoas ao meu redor, tudo aquilo de Ally ir para uma ambulância, ouvir aquele nome “Suicídio”, me davam um nó na garganta.

Após várias ligações repetitivas, mais choro, lamentações, eu continuava me sentindo triste. É este o destino que é para mim? Serei preso a esta mesma linha do tempo pra sempre? O Destino da minha garotinha é... Simplesmente morrer? E se esses doze dias passarem e tudo ficar a mesma coisa?

Suicide silence in the darkness, goodbye my love, bye, i’m gone...

Depois de ir a casa dela, não descobri nada sobre aqueles comprimidos, é isso, então? Eu deixarei ela morrer no próximo dia?

Talvez essa seja a solução?

Novamente cheguei em casa, saudei minha mãe cansadamente, e me joguei em cima da cama de qualquer jeito, sem tentar pensar em nada, não adormeci, apenas fiquei acordado até o sol clarear da mesma cor sem graça de sempre, do meu mesmo tempo, das mesmas nuvens brancas sem graças de sempre.

"Podemos flutuar nas nuvens, quando simplesmente morremos.”


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