Jeremy dirigia tranquilamente pelas ruas nova-iorquinas. Ele e Elena estavam um pouco mais tranqüilos, já que agora ela estava fora de perigo. Pelo menos por enquanto, Jeremy pensava. Ele sabia que Stefan logo descobriria que foi ele por isso teria que deixar Elena em um lugar seguro e voltar para a mansão de Stefan.

- Você está tão calada... – Jeremy observou à morena.

- Humpf! – ela suspirou por um longo tempo. – É que eu já não agüento mais isso... Ter que viver fugindo e sempre correr perigo... Sinto-me uma donzela frágil e que sempre corre perigo!

- Mas você é uma donzela frágil e que corre perigo, Elena. – ele disse a fazendo sorrir.

- É eu sei... – ela disse sorridente. – E isso me deixa irritada! Não gosto de ser um peso para as pessoas...

- Você não é um peso pra nós... – Jeremy diz a olhando gentilmente. - Todos nós gostamos muito de você, Elena... - Elena o encara, e ele sorri corado de um jeito fofo. Elena ao reparar nisso apenas sorri meigamente. – Opa! Chegamos!

- Quer lugar é esse? – Elena pergunta ao ver um grande prédio a sua frente.

- É onde você vai ficar... Temporariamente! – Jeremy explica após ver a expressão confusa de Elena. – Tenho que avisar ao pessoal que você está aqui, mas não sei como... Por isso você terá que ficar aqui enquanto eu resolvo as coisas... Vamos entrar?!

- Okey! – ela suspira concordando.

Jeremy sai do rapidamente do carro e pega Elena no colo já que a mesma está machucada. Ele entra no hotel e logo avista uma senhora na recepção.

- Uma suíte, por favor. – ele pede educadamente a senhora que sorri gentilmente.

- Claro! – ela diz sorridente entregando a chave. – Lua de mel?

- N-Não! Que isso... Somos apenas amigos. – Jeremy disse corado, fazendo Elena achar o “apenas” muito suspeito.

- Oh desculpe! – a senhora disse envergonhada. – Mas o que houve com a jovem?! Ela está machucada?

- Sim, eu caí da escada e machuquei meu pé... Mas não foi nada grave! – Elena disse meiga.

- Espero que melhore! – a senhora disse simpática.

- Obrigada! – Elena agradeceu.

Jeremy levou Elena para o quarto meio sem jeito ainda por causa do que a senhora havia falado. Abriu a porta e a colocou sobre a cama devagar para não machucá-la.

- Fique aqui quietinha e não se levante por nada nesse mundo. – ele alertou seriamente. – Infelizmente terei que voltar para a mansão, Stefan não pode descobrir que te ajudei se não ele me mata.

Elena arregalou os olhos. Como assim ele teria que voltar? Ele era louco?

- Você é louco? Não pode voltar para lá. – ela ralhou.

- Calma, eu tenho que ir, se não ficará na cara que eu te ajudei. – ele disse. – Ou eu vou ou ele me mata... Qual prefere?

Elena bufou sendo vencida: - Tudo bem, mas tenha cuidado! Stefan não é nada confiável! – ela disse.

- Eu sei! – ele sorriu para ela. – Eu irei me cuidar sim, não se preocupe... Bem eu tenho que ir, já é tarde!

- Certo então Jeremy... Te vejo depois? – ela perguntou sorrindo.

- Claro, talvez amanhã eu apareça por aqui... – ele sorriu. - Ah! A propósito você pode pedir o que quiser... Já paguei três diárias suas... Aqui está o dinheiro para você pedir alguma coisa. 

Elena pegou o maço de dólares que Jeremy havia lhe entregado e sorriu.

- Obrigada Jeremy, você é um ótimo amigo. – ela disse sorridente o fazendo sorrir.

- Já vou indo então... Tchau Lena. – ele disse dando um beijo demorado em sua testa.

Quando Jeremy ia saindo Elena o puxou pelo pulso.

- Espere... – ela disse o fazendo parar. – Eu quero agradecer por tudo que você fez por mim Jer... Você é realmente muito especial para mim. – ela disse o fazendo sorrir largamente.

- Você também é... – ele sorriu. - Cuide-se Lena!

- Você também Jer! – ela disse o fazendo sorrir e sair logo em seguida. 

Elena observa o quarto aconchegante e simples se lembrando do seu próprio quarto. Como ela sentia falta de casa, mas precisamente de Maria que era mais que uma mãe para ela, ela era uma amiga com quem sempre poderia contar. Ela suspirou por um longo tempo e resolveu descansar.

...

1h depois...

Damon jogou alguns papeis no chão com raiva e em seguida seu próprio computador. A raiva estava estampada em seu rosto. Nem ele e nem Caroline haviam achado absolutamente nada que pudessem ajudar na busca de Elena. Stefan sabia ser cauteloso e discreto quando queria, e agora eles não sabiam o que fazer para achá-la.

- O que faremos agora, Damon? – Caroline pergunta após o ataque de nervos de Damon.

- Eu não sei, Caroline... Não sei! – ele suspirou cansado. – Mas vamos achá-la aonde quer que ela esteja... Vamos achá-la.

De repente um celular começa a tocar e uma melodia melosa começar a soar.

- Caroline, atende logo... Esse toque é irritante. – Matt resmunga.

Fazia um tempo que o celular da loira tocava, mas a mesma ignorava, pois estava mais preocupada com a sua amiga do quem quer que seja que a ligasse.

- Nik, pega o celular pra mim? – ela pediu manhosa, fazendo o loiro se derreter e pegar o telefone para ela.

- Claro sweet! – ele sorriu pegando o celular. Caroline sabia muito bem como manipular as pessoas e Niklaus era muito mais fácil ainda, já que o loiro tinha uma queda por ela. – Aqui está!

- Obrigada, Nikzinho! – ela disse de um jeito manhoso pegando o telefone e em seguida passando as mãos no peitoral de Niklaus que suspirou.

- Sempre ao seu dispor, coração! – ele disse bobo.

- Quem era Caroline? – Matt perguntou curioso.

- Deixe-me ver... – ela disse e quando viu quem era arregalou os olhos. – OH. MEU. DEUS.

- O que houve Care? – Matt perguntou assustado.

- Jeremy... – ela murmurou.

- O que tem ele? – Damon perguntou interessado.

- Ele quem ligou... – ela disse.

- Droga Caroline, porque você não atendeu antes... – Damon ralhou. - Agora perdemos a chance de perguntar onde Elena está!

- Desculpa Damon, eu não sabia... – ela sussurrou.

- Baka... – Damon murmurou. - Okey Caroline... Apenas retorne a ligação!

- Certo! – ela disse e retornou a ligação. – Não tá dando certo, só cai na caixa postal

- Espere um momento... Talvez ele esteja tentando ligar! – Matt disse sensato.

- Verdade! – Niklaus concordou.

Caroline esperou um momento e logo seu telefone começou a tocar novamente.

- Care?! – ele disse após Caroline atender.

- Jer? Onde você está? Você está bem? E a Elena? Como ela tá? – Caroline jogou a bomba de perguntas no irmão o deixando aflito.

- Caroline não tenho tempo para explicar tudo detalhadamente... Apenas me escute, entendido? – ele disse apressado.

- Tudo bem Jer, mas o que está acontecendo? – ela pergunta aflita fazendo Damon se levantar do sofá apreensivo.

- Caroline eu me aliei ao Stefan para... – ele dizia, mas foi interrompido pela irmã.

- O QUÊ? VOCÊ NOS TRAIU? – ela ralhou com o irmão, porém antes que ele respondesse Damon tirou o telefone de suas mãos.

- Não é nada disso que você está pensando Care... Eu... – ele tentava se justificar, mas Damon o interrompeu de novo.

- Jeremy eu não quero explicações, quero apenas saber onde Elena está... – Damon foi curto e grosso. – Estamos aqui nos Estados Unidos, apenas me confirme onde ela se encontra...

- Damon... Elena e eu fugimos... – ele disse rapidamente.

- O QUÊ? Você fugiu com a minha mulher? – Damon disse irritado sem ao menos perceber o que ele falava. – Você só pode está pedindo pra morrer.

- Não é isso Damon... Eu me aliei a Stefan para salvar Elena depois, e consegui... Acabei de deixá-la em um hotel perto do Central Park, vá para lá e a traga de volta... – Jeremy disse aflito temendo por Elena.

- Certo... – Damon disse. – E você está aonde Jeremy?

- Eu estou voltando... – ele responde.

- Voltando prá onde? – o moreno pergunta.

- Para onde Stefan está, ele não pode descobrir que soltei Elena... Se não ele ou os capangas dele me matam! – ele respondeu assustando Damon. Ele devia muito ao seu amigo agora.

- Obrigado! – o moreno murmurou.

- O quê? – Jeremy se espantou. – Por quê?

- Por que você fez o que eu deveria ter feito... Salvá-la. – Damon suspirou. – Obrigado!

- Er... De nada! – Jeremy responde sem jeito. – Mas agora se apresse... Não sei se Stefan pode descobrir onde Elena esteja.

- Certo, me dê o endereço do hotel. – pediu.

- Anote aí!

...

- O quê? – Caroline gritou. – Jeremy é louco?

- Ele disse que se não fizer isso Stefan ou os capangas dele pode matá-lo. – Damon respondeu.

- Esse garoto só pode estar louco. – ela disse nervosa. – E se acontecer algo com ele? E se Stefan o ferir?

- Não vai acontecer nada com ele, Caroline. – Damon respondeu.

- Como você sabe? Afinal de contas você nem se importa mesmo! – ela disse sem pensar.

- É claro que eu me importo caramba... Ele é meu amigo! – Damon ralha com a loira saindo de casa a procura de Elena.

- Calma sweet! – Niklaus disse a abraçando.

- Como calma Nik? Meu irmão pode ser morto... E ele é a minha única família! – a loira chora abraçada ao loiro. Niklaus apenas acaricia seus cabelos.

...

Damon corre pelas ruas de New York burlando todos os semáforos e regras de transito. O moreno apenas se importava com uma coisa... Sua Elena. Que agora estava a “salva” na pensão que Jeremy havia a hospedado. Logo ele chegou ao local e saiu quase voando do carro rumo a recepção.

- Bom dia... Posso ajudá-lo! – a senhora diz doce.

- Sim, você pode... – Damon diz apressado. – Onde fica o quarto de Elena Forbes?

Damon ficou furioso com Jeremy ao saber que ele registrou Elena com o seu sobrenome em vez do dele, mas o moreno deu a desculpa que por estarem procurando por Elena, ela não podia ser apresentada como Gilbert. Damon mesmo irritado teve que concordar com o moreno, mas disse que ele podia colocar o Salvatore.

- A senhorita Forbes está no quarto 340 B. – a senhora disse simpática como sempre. – Subindo as escadas à direita, a terceira porta a esquerda é a do quarto dela.  

- Obrigado! – ele disse já subindo sem esperar a resposta da senhora.

Ele pulava os degraus rapidamente, pois estava ansioso para reencontrar Elena. Assim que chegou em frente ao quarto bateu na porta com certa força.

- Elena?! – ele chamou rouco. – Elena?!

- Damon? – ele escutou a voz sonolenta de Elena atrás da porta.

- Sim, sou eu... Abra a porta! – ele pediu.

- É você mesmo? – ela perguntou novamente desconfiada.

- Sim Lenhinha sou eu... – ele disse.

- Definitivamente não é o Damon... – ela brincou.

- E por quê? – ele perguntou confuso.

- Por que o Damon não me chamaria de Leninha... – ela disse fazendo Damon abaixar a cabeça. Ele sabia que era muito frio com ela e nunca foi de demonstrar afeto. Ele se sentia culpado. Tudo isso era culpa do desgraçado do Stefan.

- Mas sou eu Elena... Eu juro! – ele disse seriamente.

- Agora sim é o Damon que eu conheço. – ela disse destrancando a porta.

Era isso? Elena tinha uma imagem assim dele? Um cara frio e que não liga para os sentimentos de ninguém. Damon se perguntava. E lá no fundo ele sabia que a resposta era sim, e que não só ela o via assim, mas todos também tinham. Assim que Elena abriu a porta ele se esqueceu de tudo, até mesmo do que ele estava fazendo ali. Elena estava apenas com uma camiseta grande e um shortinho que Jeremy comprou as pressas em um mercado pelo caminho.

- Que trajes são esses Elena? Você estava assim na frente de Jeremy? – ele perguntou enciumado fazendo Elena sorrir meiga.

- Claro que não Damon, assim que ele saiu, eu me troquei... – a morena responde.

- Acho bom! – ele resmunga.

- Você veio aqui para resmungar ou para me levar pra casa? – ela perguntou.

- Verdade... Desculpa! – ele pediu sem jeito a fazendo o encarar incrédula. – O quê?

- Nada...

- Vamos então... – ele diz a puxando pela mão.

- Espere! Eu não consigo andar... – ela fala sem jeito com medo do que Damon poderia fazer.

- O quê? Como se machucou Elena? – ele perguntou a pegando no colo.

- Quando o capanga de Stefan me seqüestrou ele me jogou de mal jeito no carro e machuquei a perna e quando Jeremy pediu para pular a janela...

- Pular a janela? Ele é louco? Ele vai ver só! – Damon disse irritado.

- Não você entendeu errado... E não foi culpa dele, Damon! Ele apenas me ajudou. – ela o defendeu fazendo Damon resmungar. – Quando eu desci pela escada que estava apoiada na janela eu pisei de mal jeito e cai torcendo o pé...

- Mas a culpa é dele por ter essas idéias malucas. – o moreno resmungou.

- É, mas se ele não tivesse tido essa idéia eu ainda estaria lá... – a morena responde.- E eu estava com medo do que Stefan poderia fazer comigo... Quando ele saiu, ele disse que voltava e sorriu de um jeito estranho... Não gostei!

- Se ele ousasse encostar-se a você ele morreria na hora! – Damon disse descendo as escadas.

- Mas não encostou... Ainda bem! – ela suspirou encostando-se ao peito do moreno o abraçando pelo pescoço. Ela sentia falta do calor dele e ele do seu perfume de flores... Na verdade eles sentiam falta de tudo um no outro.

- Já vai embora, Elena? - a senhora disse ao ver a morena sendo carregada pelo homem.

- Sim, eu estou indo para casa. – ela diz e sorri olhando para Damon que sorri de lado.

- Ele é seu namorado? – a senhora perguntou sorridente fazendo a morena corar. “Namorados? Longe disso...” ela pensou. – Pensei que fosse aquele que a trouxe no colo de manhã...

Damon ficou sem expressão. Que história é essa do Forbes carregar a sua Elena? Ah mais se aquele moleque ia pagar, Damon pensava. Sua expressão irritada não passou despercebida pela senhora.

- Oh desculpe mais uma vez... – a senhora pediu corada. – De manhã eu pensei que estavam até de lua de mel e... Desculpa de novo.

Damon estava soltando fumaça, como assim sua Elena e aquele moleque em lua de mel? Não mesmo... O moreno não ia deixar ninguém chegar perto de sua Eleninha... Não mesmo.

- Tudo bem... – Elena disse constrangida pela senhora.

Damon saiu emburrado rumo ao seu carro colocando Elena delicadamente no banco e seguiu para seu lugar. Ligou o carro e seguiu rumo a sua casa de cara fechada. Elena tenta beija-lo, mas o moreno se esquiva com raiva.

- Está com ciúmes? – ela pergunta marota.

- Não! – ele diz seco.

- Sério mesmo que você vai ficar com raiva de mim? – ela disse incrédula.

- Não estou com raiva. – ele responde.

- Está sim! – ela afirma.

- Não estou!

- Está!

- JÁ DISSE QUE NÃO ESTOU COM RAIVA PORRA! – Damon grita com Elena a fazendo ficar chocada. O que deu nele afinal?

- Desculpa! – ela murmura com lagrimas nos olhos. Damon ao ver sua expressão sente seu coração parar uma batida. Havia mais uma vez mostrado que era aquele cara “mal” que todo mundo detestava.

- Elena me desc... – ele dizia mas a morena o interrompeu.

- Tudo bem Damon, já estou acostumada. – ela sorriu triste fazendo o moreno se sentir mal.

“Droga Damon, você não dá uma dentro...” – ele pensou irritado.

Continua...