O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Primeiramente, eu quero agradecer a jess que recomendou o começo de uma era e a Lizze que recomendou a 2, muito obrigada mesmo gente! Eu deveria ter postado antes, eu sei, já que recebi faz uns dois dias, mas realmente não deu tempo, ia postar ontem mais deu uma coisa errada atrás da outra. Então para aqueles que aproveitam o sábado para madrugar, bem, acabo de animar sua madrugada, e para os que virem esse capítulo amanha (o que eu acho mai provável), estou animando o seu domingo! Ou é o que eu espero né.
Bem o meu pc agora resolveu fazer as pazes comigo, portanto do nada, agora eu tenho novamente acentos! (mas eu continuo sendo horrível na hora de usar, mas detalhes a parte...)
Como novidade, eu fiz esse capítulo com a ajuda de uma amiga que não é a Jullia, é a Elisa, outra amiga minha, que fez as falas da Katniss e eu as do Peeta.
Admito, eu não sou romântica, então a Elisa me apareceu pra salvar o dia!
Ah e teremos um personagem novo também!
Enfim, vou parar de falar e deixar vocês lerem... Apesar de ainda achar que olhou pra essa nota enorme e disse: eu não vou ler isso! E pulou para a historia...
Enfim, boa leitura por que eu falo demais!



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Capítulo 24-

Eu entro pela porta do hospital do distrito, já com os olhos percorrendo toda a área do local, a procura do quarto de Katniss.

Antes de encontrá-la realmente, avisto um rosto conhecido, na sala de espera. Aceno coma a cabeça, Max faz o mesmo.

Max era uma pessoa interessante, mas também era ressentido e reservado, eu ainda me lembrava da vez que o conheci.

Flashback

Acabo de sair do quarto de Katniss, como sempre ela está dormindo, mas mesmo assim nunca deixo de visitá-la. Afinal, chegar que ela está bem, pelo menos fisicamente falando, me deixa aliviado, mas nunca dura muito, de forma que sempre volto para vê-la. Todos os dias.

Perto da saída de seu quarto, vejo duas pessoas conversando, reconheço apenas uma.

-Johanna? –eu pergunto, com um pouco de dúvida.

-Peeta, a quanto tempo hein? –ela tem os cabelos raspados curtos, e como Katniss, está muito magra. Mas ainda insiste em exibir o mesmo sorriso amargo e sarcástico de sempre, mesmo que agora possa ver em seus olhos algo de diferente.  – da última vez que te vi acho que lhe acertei na cabeça de jeito com um machado, não?

Ela não se dá o trabalho de apresentar o homem ao seu lado. Ele deve ter algo entre a minha idade e a de Johanna, o que não é uma diferença muito significativa.

Ele tem cabelos em um castanhos quase avermelhados e olhos verdes profundos e indiferentes.

Sou o primeiro a tomar algum partido.

-Prazer, Peeta.

-Mendax. -ele fala.

-Mendax? Nunca ouvi esse nome antes, vem de qual distrito?

-Ah eu sei, é muito estranho mesmo. Me chame de Max. -ele fala. -sou do 8, na verdade.

-Eu nunca te vi por aqui antes. -eu digo.

-Isso é porque Mendax fazia companhia para mim e Katniss na Capital. –Johanna fala. -costumava ficar na cela de frente para minha.

-Fui capturado durante a guerra. – ele disse secamente, então se vira para Johanna. – e pare de me chamar de Mendax, odeio esse nome.

Johanna ri sarcástica.

-E porque você acha que eu uso ele? -Max da de ombros, mas não antes de dirigir a Johanna um olhar medonho, mas logo o desviu, voltando a me encarar. Eu faço uma anotação mental nunca chamar Max pelo nome inteiro. Ele não aprecia muito feliz com Johanna, mas a garota nunca se deixava intimidar, nem mesmo no massacre, ela lutava sem medo com caras armados com duas vezes o tamanho dela e ainda saia na melhor! Achava difícil que ela se intimidasse com um cara magricela como Max.

Mesmo que ele manteasse o rosto calmo, seus olhos são penetrantes, sérios e rígidos, de forma que chegava a ser assustadora e que me fazia achar que com certeza tinha algo de errado comigo, pasta de dente na boca ou talvez um inseto no cabelo, resisti ao instinto de olhar para trás para ver se realmente era comigo.

-Então, o que fazem aqui? –eu pergunto. Afinal, para mim, Katniss permanecia aqui apenas pelo problema do baço e pela situação de sua memória, que havia acontecido apenas com ela, um caso isolado. Que eu saiba, ninguém mais havia tido as mesmas reações que ela, não imaginava o porquê de mais algum resgatado da Capital estaria aqui.

-Pediram para que fizéssemos alguns exames. -Johanna responde. -para ter certeza que o probleminha da sua esposa era realmente exclusividade dela. Por sorte nossa, parece que é.

-E além do mais, -Max completa. -não parecem confiar muito em recém torturados e perturbados para andar livremente pelo distrito. Então estamos por aqui, por hora.

Eu suspiro, sei bem do que Max falava, em meus primeiros dias por aqui também passei por isso. E como o caso deles e bem mais sério que o meu, e o tipo de “problemas” e “perturbações” deles seriam maiores que os meus também. Não estou muito surpreso com as privações de Johanna e Max.

-Entendo. -digo por fim.

-Enfim. -Johanna fala, com um suspiro.  -como vai a Katniss?

A pergunta de Johanna me surpreende um pouco, ela nunca se deu muito bem com Katniss, e muito menos se importou. Pelo que me lembro, Johanna não tinha o costume de se importar muito com os outros. Mas acho que alguns meses na tortura com Katniss a cela ao lado lhe renderam algum tipo de ligação.

-O de sempre. -eu digo. -sempre dormindo, ainda fraca, mas fisicamente melhorando.

-Ela realmente não se lembra de nada? -ela pergunta.

-Muito pouco. -confesso. –mal se lembra de mim direito.

Ela me olha com um olhar diferente, parecia o mesmo olhar com o qual ela me examinara no dia que Katniss sofreu o aborto. Quase como pena.

Quando acho que Johanna abriria a boca para dizer algo que eu poderia classificar como comovente, ela se vira de lado, literalmente dando de ombros.

-Aquela desmiolada só arranja problema, não é possível. -ela fala, revirando os olhos no mesmo tom sarcástico de costume, enquanto morde a unha (ou o que restou dela), distraidamente.

-Preciso mesmo ir, até logo Johanna, prazer em lhe conhecer Max. -eu digo, e ambos apenas acenam com a cabeça em quanto entro no hospital, deixando Max e Johanna para trás.

Agora a situação era contraria, ao entrar no hospital eu avistava Max, dessa vez sozinho, sem Johanna. Eu não parei para falar com ele.

Sinceramente? Com a pressa e curiosidade que me guiavam até a porta do quanto de Katniss, eu não teria desviado meu caminho nem se um deus grego aparecesse do nada vestindo uma túnica de guerra completa e me parasse no corredor.

Já estava de frente para a porta, levei a mão para a maçaneta e ela permaneceu lá por uns 10 segundos, como se repentinamente me esquecesse como se abre uma porta, até que finalmente a abri.

Katniss estava acordada, como a vi apenas uma vez desde o resgate. Eu sorrio de lado, apenas por poder vê-la bem ali, sentada em sua cama. Mesmo que fosse uma cama de hospital, mesmo com as agulhas que espetavam a sua pele, e mesmo que mal soubesse quem eu era.

-Oi Kat, você queria falar comigo? -eu digo.

 -Oi Peeta. -ela fala, e pelo seu tom, que eu conhecia muito bem, posso adivinhar o quanto ela parece completamente perdida. Em relação a como agir, em relação a como falar. -Eu gostaria de poder falar com você sobre algo, eu ando meio confusa e tem algo que eu gostaria de falar com você ...

 -Algo? Tipo o que? –eu pergunto, ainda alienado sobre o assunto, e me sentando na cadeira a seu lado.

-Não sei muito bem, a Johanna me disse algo que... Eu não sei bem. –ela balança a cabeça, como se tentasse colocar pensamentos em ordem, sem olhar para mim, ela encara a parede.

-Johanna? o que ela tem a ver om isso?

- Ela... – a frase morre em sua boca, como e então troca a frase, como se não soubesse como elaborar a primeira, partindo para uma pergunta mais direta, que sempre fora o seu forte. - Enfim, quero saber, o que ouve na arena?

-Na arena? –eu digo ainda confuso, Katniss volta seu olhar cinzento e confuso para mim.

-É. - ela responde.

 -O que a Johanna te disse, exatamente? –sim, eu praticamente já tinha adivinhado que que se tratava, mas sinceramente, gostaria de confirmar antes que tomar como certeza.

-Ela falou que tinha acontecido alguma coisa, mas ela não me explicou nada, tinha dito algo sobre eu desmaiar acho. – ela fala, novamente desviando olhar, mas voltando a fixa-lo em mim novamente depois de poucos segundos, e então continuar. -Pensei que talvez você pudesse me ajudar.

Eu suspiro, não haveria outra saída.

-Não se lembra de nada do massacre, não é mesmo? -eu pergunto, mesmo que eu realmente, no fundo, pensasse que ela ainda se lembrasse disso.

-Peeta, eu me lembro que estávamos lá, lutamos, matamos, quase morremos várias vezes, mas só. –ela diz. –como uma ideia geral de um todo.

-Por um lado eu acho que eu realmente torcia para você não se lembrar disso. -Faço uma pausa, é minha vez de não olha-la nos olhos, apenas encaro minha mãos, que estão juntas e entrelaçadas e si mesmas, pousadas sobre o joelho.- Quer realmente saber?

-Eu quero. Por favor me conte o que aconteceu. -seu tom era tão suplicante que eu poderia ver em seus olhos mesmo sem encara-los o quanto desesperada por respostas estava.

Tomo coragem, e lhe dou a notícia de uma vez.

-Você estava gravida quando foi pra arena, Katniss, nos íamos ter um filho ou filha mas... Mas você teve um aborto espontâneo na arena.

Subo os olhos para seu encontro, me obrigando a encarar os olhos cinzas rasos de agua assim como os meus, mas os delas cheios de confusão e pânico, o mesmo tipo de pânico que vi em seu rosto na hora do próprio aborto.

- Mas eu... - ela não termina a frase, morre em sua boca.

-Haviam bestantes atrás de nos, você correu demais, se esforçou demais e... -eu tento explicar, mas ela me encara.

 -Como eu posso me esquecer de um filho? -ela cobre o rosto com as mãos, estão tremulas, seu corpo inteiro treme.

Eu detenho o impulso de levantar e abraça-la, beija-la e dizer que ficará tudo bem. Mas eu não faço, primeiro por que não seria certo, posso até ser seu marido, mas ela não se lembra, não gostaria de deixa-la ainda mais desconfortável. Segundo porque não faria nada que talvez ela não se sentisse a vontade, com ou sem memória, eu respeito isso. Mesmo que me parta o coração vê-la naquele estado, e conhecendo Katniss como eu conheço, sei que a dor que ela suprime é, pelo menos, 3 vezes maior do que ela demostra.

-Eu não sei... - admito, agora também tremendo. – Eu... Você desmaiou depois daquilo, só voltei a vê-la acordada no distrito 13.

 Mesmo que eu saiba que a pergunta foi mais para si mesma do que para mim, eu a respondo.

 -Como eu posso me esquecer? como eu posso me esquecer Peeta? - Agora ela direciona precisamente para mim a pergunta, como se não conseguisse aceitar a situação.

Ela tira as mãos de frente do rosto e posso veros olhos manchados d´água, contornados de vermelho, mas mesmo assim continuando confusos. Ela volta a me encarar, e noto que ela segura um soluço, que provavelmente daria início a mais montes de agua caso o soltasse.

-Ele... ela... simplesmente morreu antes mesmo de nascer? –ela pergunta com os olhos lotados de dor.

Não posso resistir ao impulso de segurar sua mão, colocando entre as minhas. Ela não parece se importar, apenas a agarra forte com as mãos tremulas e frias, tentando conforta-la, tentando de alguma forma acalma-la.

Ficamos um tempo sem falar nada, até que ela parece se acalmar na medida do possível. Então eu me forço a soltar sua mão.

 -Às vezes, eu gostaria de também não lembrar de coisas como essa, as cenas daquela arena ainda atormentam meus sonhos, quase toda a noite. –eu admito tentando manter a voz firme e calma, um de nós precisaria manter a calma. -sinceramente acho que é bom que você não se lembre de cenas como essa.

-E as cenas que não vi, que a minha imaginação cria, me atormentarão eternamente pela dúvida, e pela incerteza de ter ou não acontecido.

-Você pode mal se lembrar de mim, mas eu estarei aqui, sempre que precisar de ajuda para qualquer coisa, se ficar confusa sobre qualquer coisa, por favor me chame, tudo bem? É só me chamar, e eu virei sem pensar duas vezes

-Me lembro de algumas coisas...- ela fala, fechando os olhos, e deixando mais algumas lagrimas caindo. Com sobrancelhas franzidas, como se tentasse recordar de algo.  -como eu me lembro daquele pão, uma das poucas cenas que tenho na mente.

-Do... do pão? -digo.

-É, me lembro que me deu o pão quando eu era pequena... Eu sou... Muito grata por aquele dia. -ela fala brindo os olhos vermelhos. -gostaria que soubesse.

-Ah sim, quando éramos crianças. -o então a compreensão chega em mim. -não precisa agradecer.

-E obrigada também por... Por me tirar de lá. -ela fala com uma certa dor na voz. –se não fossem por vocês, naquela hora... eu...

-está tudo bem. -eu tento acalma-la, pois vejo que Katniss começa a tremer. -não precisa agradecer por nada. Está tudo bem, você está bem, é o que importa.

Ela não diz nada, por um momento fixa seus olhos nos meus em uma mistura de gratidão e culpa.

-Peeta, quando você começou a gostar de mim? – ela pergunta com uma pontada de curiosidade na voz, como se alguém se apaixonar perdidamente por ela fosse algo complemente impossível. Ah, se ela soubesse... -Quero dizer, somos casados, não né? Como isso aconteceu?

Deixo escapar involuntariamente um sorriso de lado, com a lembrança.

-Bem, eu sou apaixonado por você desde sempre... Eu tinha 5 anos quando te vi pela primeira vez, e amo você desde aquele dia. – vejo Katniss ficar vermelha e desviar o olhar por um momento. Assim como fez quando contei essa mesma história pela primeira vez, na caverna da arena. -mas eu só disse isso na arena, na primeira. Você se lembra dela?

-Vão muito bem, apesar de ser um pouco mais clara do que o massacre, só me lembro de ir lá com você, algumas lutas, alguns tributos acho, dela no geral apenas.

-Eu disse na entrevista. –eu explico. -no começo você penava que fosse pela audiência mas... Bem, no meio dos jogos nós nos encontramos na arena. Você me encontrou para ser exato. Aquela foi a primeira vez de muitas que você salvou minha vida, eu tinha sido ferido na perna, estava quase morrendo e você me ajudou. Se estou vivo hoje é por sua causa, Katniss

-Tenho certeza que você faria o mesmo, posso não me lembrar, mas posso adivinhar o tanto de vezes que você deve ter salvo a minha também, não é mesmo? -ela fala, e me examina por um instante. -não consigo imaginar como uma pessoa tão boa c doce como você pode realmente gostar de mim.

Eu não consigo conter um sorriso de lado, balanço a cabeça levemente em negativa. Ela realmente não tem ideia do que está falando. Penso.

-Você não tem ideia do quanto eu te amo, Kat. -eu digo.

-Eu acho que não tenho, mas afinal mesmo sem memória você não desistiu de mim.

-Eu nunca vou desistir de você. Sabe, um certo dia, eu lhe fiz uma promessa, quando você pediu para que eu ficasse com você e eu disse ...

- Sempre. – ela me interrompe, completando a frase baixinho, em murmúrio a resposta.

-Sempre. -eu repto. -você se lembra...

Eu já tenho um sorriso formado no rosto, ela sorri também, mesmo que em meio de algumas lagrimas secas. É a primeira vez que a vejo sorrir desde... Sinceramente? Mal consigo me lembrar, mas é perfeito, um sorriso sincero digno da perfeição.

-Eu me lembro desse dia... Mas está muito confuso –ela admite. -tenho algumas lembranças. Mas são tão confusas, é mais ou menos como tentar recordar um sonho que teve ainda criança.

 -Vamos fazer assim então, você me diz uma lembrança sua, alguma que lhe deixe confusa, e eu responderei como real ou não real. Tudo bem?

-Tudo bem. – ela fala, então volta a fechar os olhos e se concentrar em alguma lembrança.- sua cor favorita é laranja?

Ela diz com uma certa incerteza, eu apenas sorrio.

-Isso. – respondo.

-Como os cabelos da Effie, durante o massacre... Real ou não real?

Sorrio mais uma vez, solto um suspiro, Katniss abre os olhos e arqueia uma sobrancelha, claramente esperando um resposta.

-Você me perguntou exatamente isso quando me fez essa pergunta pela primeira vez, mas na verdade, é laranja mais como o pôr do sol. -digo. -e em parte real também, os cabelos da Effie estavam laranja florescente no massacre.

Ela dá outro sorriso, então volta a pensar em alguma lembrança. Ela abre a boca uma, duas, até que na terceira ela prossegue com a frase.

-Por acaso foi a Rue quem te esfaqueou? -ela pergunta.

Eu não posso conter um sorriso, a imagem da pequena Rue me esfaqueando violentamente chega a ser um pouco engraçada, e ao mesmo tempo drástica, vendo o terrível fim que se deu a garotinha.

-Não real. Rue era do distrito 11, foi sua aliada. Cato, o carreirista do 2, me acertou na perna com a espada.

-Acho que me lembro vagamente dele. -ela acena com a cabeça. -ele foi morto por bestantes?

-Real. Bestantes que assustadoramente se pareciam muito com os tributos mortos.

-Você se feriu com os bestantes?

-Real também.

-Foi grave? -ela fala com uma certa preocupação na voz.

Eu deixo escapar um suspiro.

-Sim.

-Mas casou danos sérios? Quero dizer, ficou tudo bem, certo?

 -Foi sério, tiveram que amputar na Capital. -digo erguendo a barra da calça, deixando exposta parte da perna falsa.

 -Como isso aconteceu? Isso foi por minha causa, não é?

-Não real, não é sua culpa, não diga isso. O problema é que foi a mesma perna que cato tinha me esfaqueado. Eu estava bem até aquela hora, você tinha me curado. Mas está tudo bem, eles colocaram a protose, não é nada de mais

-Mas...

-Kat, é sério, não é nada de mais, juro que não é. E por favor pare de se culpar por que eu juro que estou começando a me sentir culpado por perder a perna. –digo tentando brincar, ela deixa escapar um lindo sorriso, porem vacilante, desvia o olhar rapidamente para o chão mas logo volta a me encarar.

-Uma das coisas que eu mais amo em você é o seu sorriso, nunca sorria com muita frequência, sabe. Mas quando fazia eu nunca podia resistir ao impulso de sorrir também.

Ela sorri mais uma vez, e dessa vez também fica vermelha. Ah, não há no mundo nada mais glorioso do que vê-la sorrir, ainda mais para mim. Se ela soubesse o quanto fica linda vermelha... Ela deveria saber.

-Pelo jeito, você consegue me tirar vários sorrisos. -ela admite, sem me encarar.

-O direito de lhe arrancar sorrisos são de poucos, me sinto honrado de poder fazer parte deles. -eu digo e ela sorri novamente, agora um pouco mais segura, e volta a me encarar com o olhar cinzento.

-Eu mal sei direito quem você é Peeta, mas como eu gostaria de me lembrar. –ela fica um tempo em silencio, então abre a boca uma, duas vezes, até que fala, com a voz meio vacilante. -Peeta, sobre nos... Eu não sei, eu não tenho...

Ela começa a dizer, e já tenho uma noção de onde ela quer chegar, eu a interrompo.

-Gostaria que soubesse que eu não vou te obrigar a nada, mas também não vou, e nem nunca irei desistir de você.

-Espero que não, você me ajuda muito. –ela admite. -obrigada por tudo, mesmo.

-Sempre que precisar de ajuda, é só me chamar. –eu digo, dando outro sorriso, ela me acompanha. –Sabe, apesar de tudo, acho que tenho sorrido mais hoje com você hoje do que sorri nos últimos meses sem você.

-Eu também. -por um momento, vejo a pequena alegria proporcionada por nosso primeiro momento real juntos desde a arena se esvaindo rapidamente aos olhos de Katniss e sei que ela segura uma lagrima. Provavelmente tendo em suas cabeças umas das poucas lembranças que guarda consigo e que são as únicas que ela realmente gostaria de esquecer. –mas acho não é tão difícil assim ser melhor do que... Aquilo.

-Me desculpe. -eu digo, ela me olha confusa.

-Pelo que?

-Por ter tocado no assunto e ... Por não poder ter ido te resgatar antes. –eu digo. -sinto muito, eu...

As palavras morrem em minha boca, que continua aberta com a esperança que talvez algum som voltasse a sair dela. Mas nada sai.

-Não é culpa sua. -ela fala.

-Você não sabe. -eu retruco.

-Posso até estar sendo indulgente, mas eu realmente não acho que você tenha qualquer culpa. -ela fala, com o rosto sério. -posso estar me precipitando, uma vez que, de acordo com as minhas lembranças que restaram, eu não o conheço direito. Mas não é necessário falar com você por mais de 10 minutos para perceber o quanto você não é culpado nessa história.

Eu fico em silencio por um momento, com seus olhos sobre os meus.

-Não acredito que eu seja uma pessoa indulgente. –ela diz.

-Não é. -eu concordo. -mas de qualquer maneira eu prometi te proteger e não consegui. Acredite ou não nisso, eu só quero lhe pedir desculpas.

-Venha cá. -ela disse, com um sorriso doce nos lábios.

Eu sentei-me na beirada de sua cama, com cuidado, para que não a apertasse demais na mesma. Ela estava sentada também.

Katniss estendeu os braços, e eu a abracei.

-Só... Fique por perto, ok? –ela fala. -e pode se considerar desculpado.

-Prometo. -garanti.

Ela me abraçava pelo pescoço, e mesmo que fosse apenas um abraço amigável, não pude deixar de me sentir eternamente grato pelo mesmo.

Então enterro meu rosto em seus cabelos, e desejando ficar ali eternamente, apenas desejando congelar aquele momento e viver ali para sempre, mesmo que eu saiba que não posso. Mas afinal, ela estava ali, estava bem e agora me queria por perto. Podia até não se lembrar de mim como se marido, mas me queria por perto.

O que mais eu poderia querer?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Esperavam mais? Esperavam menos?
O que acharam??? Eu fiquei duvidosa nesse por que é um capítulo importante e tal e eu não sou romântica, droga! Mas felizmente eu tenho a Elisa!
Ah e se caso eu tenha errado na gramatica, trocado, ou "comido" letras avisem que eu já conserto!
Então, formamos uma boa dupla? Gostaram do Max, nosso personagem novo? Gostaram do nome da criatura?
Bem agora temos dois personagens importantes completamente novos, o Simila e o Mendax! Dois nomes ridículos... Tenho até pena dos nomes dos filhos meus e dos da Jullia...
Comentem respondendo as perguntas e deixe sua opinião, critica, elogio, mas cometem! E até o 25!