O Começo De Uma Era 2 escrita por Moça aleatoria, Undertaker


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Mais um capítulo com a nossa surprezinha e o tão esperado casamento!
Esse capítulo é bem tranquilo, na verdade! O romance domina nesse!
LEIAM AS NOTAS FINAIS, apesar de eu duvidar que tipo, quem não lê as finais também não leria as iniciais, né?
A tanto faz, o recado tá dado!



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Capítulo 17-

POV Simila

-Eu não acredito que realmente conseguiram arrumar tudo em tão pouco tempo. Mesmo que seja tudo simples e tudo, é realmente difícil...

-Ei, Peeta? –Eu agito a mão tentando chamar sua atenção. – Hey! Terra para Peeta!

Peeta finalmente desvia o olhar do canto da parede, no qual está concentrado e olhando fixamente a quase 15 minutos inteiros.

 -Hum? Ah sim, claro, hum rum. – ele balança a cabeça em afirmativa, embora eu não tenha lhe perguntado nada.

-Você estava ouvindo, por caso? – pergunto.

-Desculpe, não estava.- ele admite. – estava um pouco distraído, do que falava?

-Sobre o casamento, como tudo está sendo preparado rápido.- digo.

Estamos em nosso quarto, terminando de nos vestir para o casamento de Annie e Finnick, que já estaria acontecendo.

-No que estava pensando? – pergunto, curioso.

-Nada de mais, estava apenas desconcentrado. – ele diz e eu o avalio de cima a baixo, desconfiado.

-Mentira.

-Mentira?

-É, você está mentindo. – eu falo. – você é meu irmão e te conheço desde que nasceu, sei que aconteceu alguma coisa.

Ele suspira e fixa seu olhar no chão. Pelo movimento entendo que não quer falar sobre o assunto, sinceramente não quero forçar Peeta a falar sobre algo que não se sente a vontade. Mas ao mesmo tempo me preocupo com ele.

-Já disse que não é nada. – eu espero, esperançoso, por mais informações, que obviamente não vem.

-Tudo bem então. Se não quiser falar, não fale.

-Obrigado. – eu o olho com uma sobrancelha arqueada como se silenciosamente dissesse: Ha! Eu sabia que tinha algo errado! Mas não digo nada.- podemos ir?

-Claro, vamos.

Tudo estava lindo, simples, mas simplesmente perfeito.

Todo o salão foi decorado, algumas pessoas se revezavam para cantar, incluindo um grupo de crianças, todos se divertiam, todos sorriam e se cumprimentavam. É o primeiro dia realmente feliz nesse distrito, e é claro, haviam câmeras por todo o lugar, filmando tudo ao vivo.

-É tudo tão bonito.- Peeta comenta, mas dessa vez, é a minha vez de não prestar atenção, estou correndo os olhos por todo o salão, apenas a procura dela. –Acho que Finnick e Annie chegarão apenas mais tarde, Simila, se está procurando por eles.

-O que? Não eu só... Só estava procurando Delly. -confesso

-Acho que ela só vai chegar um pouco antes que a noiva, ela está ajudando Annie a se arrumar, lembra?

-Ah é. – eu falo, deixando trasparecer o desapontamento.

Peeta me olha um pouco confuso, como se tentasse decifrar algo. Então da um pequeno sorriso e desvia o olhar.

-O que foi?

-Nada, esqueça. –ele fala, e então acena para Prim a uma certa distancia.- Vamos falar com ela?

Nos vamos até Prim, Peeta conversa um pouco com ela, enquanto eu fingo ouvir e apenas aceno com a cabeça.

Não demora muito para que Annie e Finnick apareçam e a cerimonia tenha incio.

Annie usa um vestido branco todo bordado  e tem sua franja presa em quanto o resto de seu cabelo permanece solta. Finnick usa um paletó com uma gravata azul, que combina com os olhos de Annie.

-Você, Finnick Odair aceita Annie Cresta como sua esposa? –o cerimonialista pergunta.

-Eu aceito. – Finnick responde com os olhos rasos d’água, assim como Annie.

- E você, Annie Cresta, aceita Finnick Odair como seu marido?

-Aceito.

-Então os declaro marido e mulher.- ele fala.

Finnick pucha Annie pela cintura e com a outra mão segura afega seu cabelo e Annie tem suas mãos ao redor do pescoço de Finnick, os dois se beijam e toda a multidão aplaude.

-Eles são lindos juntos, não é? – ouço uma voz por trás de mim e dou um pulo de susto, o que faz tanto Peeta como Delly rirem.

-Oi Delly eu não tinha te visto. –digo.

-Cheguei faz pouco tempo, mas também, com uma casal tão lindo acho dificil pretar atenção em quarquer outra coisa. – ela fala com um sorriso sonhador exposto no rosto, instantaniamente sorrio também.

O bolo aparece, Peeta realmente caprichou nele, tem três andares e tem uma coloração azulada e vários detalhes feito com glace, lindo.

Uma música começou a tocar e todos começaram a dançar, o ritimo era animado e feliz, o que combinava com o evento.

Era muito fácil distinguir as pessoas pelo seu distrito da forma que dançavam. O distrito 4 tinha como costume uma dança mais rígida e clássica, o 13 mal dançava, já que geralmente não havia motivos para faze-lo, os poucos do 8 dançavam de forma desengonçada.

Mas o que se destacava era o distrito 12, que dançavam de forma alegre e divertida, dando passos típicos do distrito, o que significava passos rápidos e divertidos, pois já que fomos por muito tempo ignorados pela Capital, possuímos um jeito descontraído e informal.

Virou uma grande mistura, cada um com o seu jeito de dançar, e depois de um tempo, cada distrito passava a tentar imitar a dança do outro, o que gerava muitas risadas de todas as partes.

Então, entre muitas, comeca a tocar uma tipica do destrito 12. Peeta olha de relance para mim e Delly e se vira para Prim.

-Me concede a dança?- ele brinca, fazendo uma reverencia exagerada, a garota ri.

Então vão para a pista de dança, e começam se mexer de forma engrçada e desajeitada, rindo como duas crianças.

-Ahn, você quer dançar? –pergunto, sem graça.

-Claro.- Delly diz.

Nos vamos para a pista também, e começamos a dançar no estilo do 12, uma mistura mexer pernas, braços e rodopios da parte de Delly.

A música muda para uma mais clássica do 4, música lenta. Então eu e Delly acabamos por adaptar a dança.

-Delly eu queria lhe dizer uma coisa... – eu falo, a frase saio sem querer, por puro impulso.

-Pode falar. – ela diz, mas por algum motivo, ao olhar para seus olhos escuros eu perco totalmente a coragem.

-Tem algo que  eu quero lhe dizer a um tempo, eu.. eu...- eu vejo Finnick passar por perto de nos, indo sozinho em direção as bebidas (um dos poucos itens comestíveis disponibilizados por Coin) – espere um segundo, vou apenas parabenizar Finnick.

Eu saio, deixando uma Delly sozinha e confusa na pista de dança.

Eu me odeio por isso.

-Finnick! – eu chamo e ele se vira para mim.- Parabéns pelo casamento!

Ele se aproxima de mim e fala.

-Obrigado Simila, o que faz? – meu olhar corre pelo salão até encontrar Delly, que procurava por mim, desvio o olhar antes que se encontrasse com o meu.

Finnick observa o movimento e olha por cima do ombro para ver do que se trata. Em seguida sorri.

-Fugindo de Delly?- ele pergunta.

-Mais ou menos.- eu respondo. – É que.. eu só...

Finnick apenas ri de minha reação.

-Fica tranquilo, tenho certeza que ela tem uma queda por você tão grande quanto a sua por ela. – ele sussurra para mim.

-Eu não... Ela não... – eu gaguejo. –espera, o que? Sério?

-Mas só indo até ela para saber realmente. – ele diz em tom de desafio. – agora se me da licença, tenho uma esposa para acompanhar. – ele fala com um sorriso no rosto e então se vira de costas, e volta para a direção de Annie, que agora falava com Peeta.

Procuro novamente por Delly, nossos olhos se encontram no mesmo momento, e eu consigo formar um pequeno sorriso nervoso. Caminho até ela.

-O que aconteceu, Simila?- ele pergunta, e a música lenta continua a tocar, me deixando ainda mais nervoso.

-Me desculpe por fugir.- eu digo. – eu só fiquei nervoso.

-Eu notei- ela fala.- mas disse que queria me dizer algo.

-Eu quero...- digo, mesmo sem terminar a própria frase.

-Pode dizer Simila, sabe que pode confiar em mim pra qualquer coisa, eu... – em um ato de coragem repentino e improvisado, eu a pucho pela nuca e interrompo Delly com um beijo, um beijo delicado e simples. Um beijo roubado.

Eu me separo de Delly e vejo seu rosto cheio de surpresa, e por um momento, penso ter colocado tudo a perder quando Delly permanece em silencio.

-Eu sinto muito.- eu digo.- Não devia ter feito isso, eu...

Eu já me virava para ir em bora quando ela me pucha pela gola da camisa. Primeiramente penso que ela me daria um tapa, mas na verdade, quando me dei conta, Delly estava me beijando.

Dessa vez mais demorado e mais intenso, o suficiente para me deixar sem ar e surpreso.

-Não se desculpe. – ela fala, ainda me segurando pela gola da camiseta.

Eu sorrio para ela, e ela sorri para mim.

-E a propósito, obrigado por não me bater.

-E a propósito, obrigada pelo beijo.

-Disponha. – eu digo, então novamente, eu a beijo.

POV Peeta.

Eu nem faço ideia de quanto tempo essa festa está durando, mas com certeza ninguém quer parar de festejar. O clima e descontraído e amigável, todos dançamos e rimos juntos, como uma união de distritos.

Pessoas dos Distritos 4, 8, 12 e 13, juntos, compartilhando danças e costumes, era algo muito interessante e raro de se ver, e as várias câmeras espalhadas pelo salão transmitindo imagens ao vivo pela TV tentava capturar momentos de todas as maneiras possíveis.

Além dos nossos, também dançamos músicas dos demais distritos, eram todos os tipo de música, com exceção as da Capital.

Finnick e Annie mal desgrudavam as mãos durante e festa, com algumas raras exceções. Eram um casal maravilhoso, vitimas de tantas tragédias e de tantos milagres.

-Como vai Peeta? – Beetee pergunta, se aproximando de mim, que agora estou parado, apoiando as costas na parede.

-Exausto, acho que nunca dancei tanto antes.

-Não  haviam motivos para os quias comemorar.

-Tem razão. – eu digo. – você se divertindo?

-Claro. – ele sorri. – Me divirto apenas de imaginar a cara do Snow ao ver isso.

-Ver vitoriosos se casando e o povo dos distritos dançando juntos e compartilhando variedades, ironico.- digo. – é claro que não perdi a oportunidade se faze-lo nos ver felizes.

-Acho que as câmeras tiveram um ótimo uso dessa vez.

-Mas acho que eu também já mal de aguento em pé. –digo. – vou para o quarto.

-Tudo bem.

-Você viu Simila?

-Acho que foi para o quarto a um tempo.

-Estranho, disse que iria me esperar. Enfim, vejo se o encontro por lá. Até mais Beetee.

Eu me despeço e ando em direção ao meu  próprio quarto, cansado, porem satisfeito. Com certeza o casamento serviu para aliviar o stress e a desperança de muita gente, inclusive eu mesmo.

Pessoas realmente felizes são raras, e tais sorrisos devem ser preservados. E por muito tempo por aqui, muitos sorrirão ao se lembrarem dessa festa.

Chego na porta do quarto, está destrancada, de modo que sei que Simila esta lá dentro, uma fez que a trancamos ates de sair.

-Simila, você não... –paro a frase no meio, mal fecho a boca de surpresa pela cena que encontro no quarto. Vejo Delly com as costas encostadas na parede enquanto tem as pernas ao redor de Simila, que a beija apaixonadamente. – Meu Deus! Inversão de papéis!

Delly escorrega devota para o chão e Simila a desencosta da parede, ambos estão parecendo dois pimentões de tão vermlhos.

-Eu acho que já vou indo. –Delly anuncia poucos segundos antes de passar correndo por Simila e por mim, saindo do quarto.

Eu olho para Simila com as sobrancelhas arqueadas.

-Então, como foi o resto da festa? –ele pergunta tentando mudar de assunto.

-Pelo visto menos animada que a de voces.- eu falo rindo. –Ironico.

-O que é ironico? –ele pergunta.

-Bem, eu já perdi as contas de quantas vezes voce flagrou eu e Katniss...

-Realmente foram varias. – ele me interrompe.

-...e é bom inverter os papeis para variar. –eu prossigo, ignorando sua intromissão. – gostou da sensação de ser interrompido?

Digo ironico

-Não muito, obrigado.

-Mas enfim, sério? VocÊ e Delly? De uma hora para a outra, de repente? –eu pergunto.

-Eu estou tão surpreso quanto você. –ele fala.- eu não sei, simplesmente tive uma descarga de coragem e a beijei.

-Simila romântico, essa é novidade.

-Cala a boca.

Eu rio de Simila tentando irrita-lo, da mesma forma que ele sempre tentava faze-lo quando tinha oportunidade, uma simples brincadeira entre irmãos, que é legal apenas para o meu lado. O que torna tudo mais engraçado e divertido.

-Cala a boca.- ele repete, mas também rindo.

Ele me da um pequeno empurrão de lado, fraco, sem a intenção de machucar. Mas meu pé prende no lençol jogado no chão, e minha perna mecânica trava, caio no chão com tudo.

-Meu Deus, Peeta desculpe. –ele fala.

-Só me ajude a levantar. –eu digo, fingindo ma cara de dor que eu na verdade não sentia, já planejando a minha “vingança” pelo tombo.

Na verdade, eu juro eu não imaginava que Simila realmente fosse cair nessa, mas ele estende a mão para que eu me levante, e eu a pego, e o pucho para baixo.

Simila cai quase por cima de mim.

-Idiota. –ele fala, mas assim como eu, já está rolando de rir ainda no chão.

-Eu não imaginava que você realmente fosse cair nessa. –eu rio também.

-Você me assustou, pensava que tinha se machucado. –ele fala, ainda rindo, e se levantando. -eu esqueço que tem uma perna mecânica as vezes.

-Está tudo bem, estamos quites. E foi mal também, não resisti a brincadeira, apenas para manter o clima descontraído.- eu digo, me levantando também. – mas acho melhor dormimos, estou exausto.

-Eu também. –ele admite. – foi um dia e tanto.

-Tem razão.

Nos vamos nos deitar, e antes de dormir, repasso o dia em minha mente. O reencontro com minha mãe, o bolo, a festa, o casamento e o flagra.

Muita coisa aconteceu de uma vez, muito para digerir. Simila e Delly juntos, sempre brincavam e se irritavam, era mais do que claro que daria nisso. Não faço ideia de como não notei antes.

O casamento foi lindo, o bolo encantou muita gente, as músicas fizeram surgir muitas risadas, mas o melhor foram os noivos, tão radiantes, tão felizes. Eu nunca havia visto Finnick tão feliz, e ele tinha de fato motivos de sobras para tal.

Eu sei que isso não muda muita coisa, sei que do mesmo jeito continuamos a ter as mesmas chances de sair bem dessa guerra quanto tínhamos desde o inicio. Mas o importante é ter esperança, e mante-las até o ultimo momento.

E o único jeito de seguir em frente é ignorar até onde da os momentos ruins e guardar os bons a sete chaves, para que nunca desapareçam de nossas memorias, para que esses nos mantenham bem e com alguma sanidade para que possamos lutar e vencer, e então, acabar de uma vez com tanta destruição.

É nisso que eu acredito, e é para isso que eu torço. Afinal se não tivermos esperanças o que nos resta? Simplesmente desistir... Existem horas, muitas delas, que eu penso que eu penso que desistir seria uma decisão mais simples, menos dolorosa talvez. Mas são em dias como o de hoje que me faz lembrar que a vida pode ser boa em meia de tanta destruição.

E são nos dias ruins, onde a vida mais parece ser um pesadelo, que devemos nos lembrar dos dias bons. Porque são eles que nos mantem vivos.


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Notas finais do capítulo

1ª coisa: Eu sei, eu sei, o capítulo não ficou tão concentrado no Finnick e na Annie, eu mesma queria ter me concentrado mais no casal mas sinceramente, não sou romântica o suficiente para tal (casamentos são muito tocantes! Principalmente o desses dois!)
2ª coisa: esse final, da brincadeira do Peeta e do Simila, eu não resisti, t-i-v-e que colocar! Porque, na verdade, isso já aconteceu comigo e com a Jullia! Eu fazia o papel do Peeta na história (a má notícia, é que a criatura caio em cima de mim, mas ok.)
3ª coisa: ALGUÉM AI TA SHIPANDO SIMELLY (Simila mais Delly)?
4ª coisa: como sempre, comentem, por favor! Digam se gostaram do novo casal, e também do mais antigo! Recomendem! E saibam, eu AMO responder comentários (indireta!)
Até o capítulo 18 gente! Com uma revelação importante!