A Loira Indomável escrita por Klaus Mikaelson, Lady Salvatore


Capítulo 11
Capítulo 11 - "O Baile de Outono"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal "saudações"... A quanto tempo, devem querer matar a gente por terem deixado vocês esperar tanto pelo Baile, desculpem a gente okay? mas vai valer a pena, eu acho.
O capítulo foi dividido em dois, a próxima parte vai ser postada o mais rápido possível, por favor comentem ali embaixo se gostaram :) Boa leitura e mais uma vez desculpa pela demora.



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Caroline observou a irmã embarcar no carro de Damon Salvatore, e quando viu a porta se fechar, sentiu um arrepio estranho e involuntário percorrendo seu corpo, ato que não passou despercebido aos olhos de seu acompanhante.

– Com frio? – Klaus pergunta, olhando-a preocupado.

– Não, não! É só um... Ah, deixa pra lá. – ela responde, sacudindo a cabeça levemente para espantar o pressentimento ruim que ameaçava dominá-la.

Mesmo achando o comportamento da garota um tanto estranho, Klaus deu de ombros, pois sabia que não adiantaria em nada discutir, e abriu porta do passageiro para que ela pudesse entrar e se acomodar, dando a volta e assumindo se lugar na direção em seguida.

O caminho até a escola foi silencioso, mas não de todo desagradável. Ele sentia-se feliz em, ao menos, tê-la ao seu lado, mesmo que Caroline parecesse perdida em seus pensamentos durante todo o trajeto.

Chegaram ao destino alguns minutos depois, e ao desembarcarem do carro, a garota pode avistar a irmã mais nova entrando no ginásio acompanhada por Damon.

– Vamos? – o rapaz loiro pergunta, parando ao seu lado e estendendo o braço para ela.

– Precisamos mesmo disso? – Caroline questiona, com uma careta. – Não podemos só entrar um ao lado do outro? Precisa mesmo ser de braços dados?

– Care – diz Klaus, girando os olhos, – vamos seguir as regras de etiqueta aqui, ok? Deixa de frescura e me dê logo esse braço pra que possamos entrar de uma vez!

– Tudo bem, tudo bem! Foi só uma sugestão... – a garota responde, após um suspiro.

Entraram no ginásio pouco mais de um minuto depois, o som contagiante do Jazz preenchendo o ambiente, e ao longe puderam avistar Kol passando as últimas instruções para o DJ. Ao vê-los se aproximando, o rapaz desceu do pequeno palco rapidamente e dirigiu-se até eles.

– Boa noite caros colegas! – Kol os cumprimenta sorridente. – Aliás, o que está achando do som, Caroline?

– Está perfeito! Só peça ao DJ para variar os estilos musicais um pouco, ok? Afinal, precisamos tentar agradar a maioria, não é?

– Sim senhora, General Forbes! – ele responde, batendo continência e levando um tapa no braço por isso logo em seguida. – Ai! Você tem a mão pesada, sabia?

– É o que dizem! – Caroline responde, com um sorriso.

– Pois estou confirmando! E bem, não precisa se preocupar, já deixei avisado para que os estilos sejam diversificados. Vai dar tudo certo, pode confiar.

– Se está dizendo...

– Bem... – era Klaus, tomando a palavra – Sabe dizer onde está o Elijah? Ele disse que viria, não é?

– Hein? – diz Kol confuso, desviando o olhar que dirigia à Sophie para encarar o amigo. – Ah.. ele estava numa das mesas daquele lado.

– Melhor ir até lá, não acha? – o loiro sugere, vendo o amigo acenar afirmativamente.

– Bem, enquanto vocês trazem Elijah para a luz, vou falar com a minha irmã. Até mais meninos. – diz Caroline, encaminhando-se para o outro lado do ginásio.

Klaus acompanhou a garota com o olhar por alguns instantes, e só depois juntou-se a Kol para ir de encontro ao outro amigo. Encontraram Elijah acompanhado por um copo de ponche pela metade, a testa encostada na mesa e os braços pendidos ao lado do corpo.

– Parece que alguém morreu e esqueceram de enterrar! – diz Klaus, aos risos.

– Estava mesmo sentindo um cheiro meio estranho... Deve ser por isso que havia alguns abutres sobrevoando o ginásio. – Kol completa, entrando na brincadeira.

– Fiquem quietos vocês dois! – Elijah resmunga, sem nem encará-los. – Um cara não pode curtir a própria fossa se fingindo de bêbado num baile da escola?

– Como você pretende se passar por bêbado se o ponche nem sequer é alcoólico? – pergunta Kol, olhando-o incrédulo.

– Usando meu dom para a interpretação! – ele responde, erguendo a cabeça apenas por alguns segundos, voltando a apoiá-la na mesa em seguida.

– Deixe de palhaçada, seu besta! – diz Klaus, dando um tapa na cabeça dele e sentando-se em seguida, sendo acompanhado por Kol – Se ficar com esse drama todo, não vai convencer menina nenhuma de que você é um bom par para uma dança.

– E quem disse que eu quero dançar? – Elijah resmunga.

– Cara... você parece uma velhinha reclamona! Quer fazer o favor de sentar direito e agir feito gente? – era Kol, dando uma cotovelada no amigo.

– Isso doeu, seu babaca! – o outro retruca, finalmente recobrando a compostura.

– Se sua mãe tivesse te visto desse jeito, teria doído bem mais, acredite!

– Tem razão cara! – diz Elijah, encarando Kol com uma expressão assustada – D. Marguerite teria me arrastado pelos cabelos por todo salão!

– E eu aplaudiria de pé! – diz Klaus, aos risos.

– Que belo amigo, não?

– Para de reclamar Elijah! Porque não usa todo seu charme natural e convida a Meredith pra dançar? – o loiro sugere, acenando discretamente na direção da garota de cabelos castanhos e cacheados e rosto delicado, parada próxima à mesa das bebidas, balançando-se ao som do Jazz que ecoava pelo ginásio.

– E se ela disser que não?

– Se ela disser que não, sorria, dê-lhe as costas e se afogue na tigela do ponche em seguida! – diz Kol, sem conseguir conter as risadas.

– Vocês são os piores amigos que alguém poderia sonhar em ter, sabia? – Elijah resmunga.

– Vou provar que está errado! Levantem-se os dois e vão atrás da Meredith e da Caroline. Vou lhes dar a oportunidade que estão precisando.

– Do que está falando, Kol? – Klaus pergunta, confuso.

– Música lenta e garotas bonitas! Vão logo! – o rapaz responde, dirigindo-se até a mesa do DJ.

Mesmo ainda um pouco confusos, Elijah e Klaus puseram-se de pé e seguiram em direções opostas. O moreno foi até onde estava Meredith, apresentando-se e convidando-a para dançar, pedido que foi atendido prontamente, seguido de um tímido sorriso, enquanto o loiro seguiu até Caroline, que bufava irritada ao lado da irmã, já cansada das piadinhas sem graça vindas de Damon e seus amigos.

Klaus parou na frente da garota, estendendo a mão para ela, que mesmo relutante de início, acabou por aceitar seu convite com um sorriso sincero nos lábios.

Ao som dos primeiros acordes da nova música, que como Kol prometera, era mais lenta e romântica, o rapaz puxou Caroline delicadamente para mais perto de si, fazendo-a deslizar pelo salão.

– Não sabia que sabia dançar. E nem que dançava tão bem! – diz Caroline, encantada.

– Foi minha mãe quem me ensinou. Ela era... – diz ele, sem de fato concluir a frase, a voz não passando de um sussurro nas últimas palavras.

– Hei, por que parou? – ela pergunta, encarando-o – Você nunca falou de seus pais. Aconteceu alguma coisa?

– Bem, é uma longa história! E não é nenhum pouco adequada para uma noite como esta, em que devemos nos divertir. Talvez outro dia, está bem?

Caroline assentiu em silêncio sorrindo para ele, mesmo que sua mente estivesse gritando, pedindo para que descobrisse o que ele estava escondendo dela.

Continuaram dançando em silêncio, apenas aproveitando o fato de estarem ali, juntos. Ao fim da música, Klaus trouxe a garota para mais perto dele, unindo seus lábios ao dela num beijo singelo.

– Nã... Não Klaus, não posso... – diz Caroline, afastando-o e correndo para fora do ginásio.

– Caroline! – ele grita, tentando correr atrás dela, mas sendo impedido pelos casais que voltavam a dançar.

**********

Enquanto isso, Damon tentava convencer Sophie a deixarem o baile e curtir um momento um pouco mais... romântico, digamos assim.

– Vamos lá Soph! Esse baile está um tédio, só toca essas músicas velhas... Onde estão as batidas eletrônicas? – ele pergunta, fazendo cara de cachorro pidão.

– Mas Jazz é legal Damon! Deixe de ser ranzinza, sim?

– Gatinha, por favor! Preparei uma surpresa pra você, sabe? Não vai ser ingrata ao ponto de recusar meu convite e jogar todo o meu esforço pelo ralo, não é?

– Que tipo de surpresa? Olha... Caroline vai pirar se notar que eu não estou aqui, entende? E vai armar a terceira guerra mundial depois. – a garota responde, após um longo suspiro.

– Deixa disso Sophie! – era Damon, levemente irritado. – Sua irmã deve estar ocupada demais se agarrando com aquele babaca do Mikaelson pra sequer notar que você não estará aqui. Venha, vamos logo! – completa, puxando-a pelo pulso, sem muita gentileza, para fora do ginásio.

Chegaram ao carro dele minutos depois,e antes de embarcarem, o rapaz fez com que a garota ficasse de costas contra o carro e, em seguida, tirou um cartãozinho vermelho do bolso interno do paletó, balançando-o em frente ao rosto de Sophie.

– O que... O que é isso, Damon? – ela pergunta, sendo tomada por um pressentimento estranho, o rosto da cor de uma cereja.

– O que lhe parece? – diz ele, revirando os olhos. – Oras, vamos lá Sophie! Não me diga que nunca viu o cartão de reserva de um quarto de motel?

– Mo... Motel?

– Sim doçura! O melhor quarto do “Francis Marion” será nosso pelo resto da noite.

– Eu não acho uma boa ideia, Damon. Que... Quero voltar pro ginásio, se não se importa. – Sophie responde, a voz um pouco mais alta do que um sussurro.

– O que? Só pode estar brincando, não é? Você tem noção do quanto custa uma reserva na melhor suíte? – ele pergunta num rosnado, agarrando o braço dela com força. – Não, não... Nós não vamos voltar para o baile antes de eu pegar o que é meu! – completa, puxando-a consigo em direção ao bosque que ficava atrás do colégio, sem dar ouvidos às reclamações da garota.

************

Quando enfim conseguiu passar por toda a multidão que dançava animadamente, Klaus pode notar Kol vindo em sua direção.

– O que houve? – o moreno pergunta, preocupado com a expressão que via no rosto do amigo.

– Eu a beijei e ela... Ela simplesmente fugiu! – ele responde, passando as mãos pelos cabelos nervosamente. – Tenho de encontrá-la.

– Quer ajuda? – Kol questiona, seguindo com Klaus para fora do ginásio.

– E quanto à Sophie? Não queria provar à ela que era um partido melhor do que o babaca do Damon?

– Sim, mas...

– Então faça isso. Corra atrás do que quer garoto! E bem, se por acaso Caroline voltar, ligue no meu celular, ok? – o loiro responde, dando um tapinha no ombro do amigo e saindo para a noite fria sem nem ao menos dar chance para Kol responder alguma coisa.

*********

Caroline sentara-se numa das mesas que ficava no pátio da escola, não muito distante da entrada do ginásio, tentando recolocar seus pensamentos e sentimentos em ordem. Lógico que o beijo pegara-a um tanto desprevenida, mas havia gostado da sensação de ter os lábios de Klaus junto aos seus. Só não conseguia entender o que a fizera sair correndo daquela maneira, afinal, ele não se parecia em nada com Tyler. Muito pelo contrário, era seu exato oposto. Mas a aproximação despertara nela aquele velho medo de se deixar levar e acabar se machucando, e essa era uma dor que ela pagaria para não vivenciar outra vez.

Após alguns instantes, pode ouvir alguém se aproximando, e ao erguer o rosto para ver de quem se tratava, uma onda de nojo a tomou.

– O que está fazendo aqui? Quero ficar sozinha, se não se importa!

– Qual é, Caroline? – era Tyler, que mesmo sob o olhar reprovador dela, continuou se aproximando. – Houve um tempo em que ficar grudada em mim era o seu maior desejo, não? – completa, afagando os cabelos dela.

– Saia de perto de mim. – ela resmunga, tentando afastá-lo, sem sucesso. – Sai da minha frente, seu imbecil! – e agora ela o socava, mas ele permanecia irredutível.

– Só quando eu conseguir o que estou querendo desde que voltei para essa porcaria de cidade! – diz ele, segurando-a pelos braços e trazendo-a para perto de si em seguida, tomando os lábios dela com certa violência, num beijo forçado, sentindo a garota se debater sob seu meio abraço.

– Caroline? – era Klaus, parado a apenas alguns metros deles, observando a cena completamente desnorteado.

– Klaus... – Caroline sussurra ao vê-lo ali, quando enfim Tyler a liberou. – Eu.. eu posso... – mas ele nem lhe deu a chance de terminar, voltando-se em direção ao ginásio e correndo para lá. – Seu completo idiota! Viu o que você fez? – ela esbraveja, voltando-se para Tyler. – Seu filho da mãe desgraçado! – completa, acertando um soco no nariz do rapaz e um chute entre as pernas em seguida, correndo para longe dele o mais rápido que pode.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Eai gostaram? Não acharam que o Klaus e a Caroline iam se beijar e iam viver felizes para sempre né? ASUAHUHUAHSUA
Obrigado por lerem e comentem por favor...