Corria em alta velocidade com a garota no colo tomando o máximo de cuidado para que a mesma não se machucasse mais. Após sair daquele lugar horrível, adentrou em uma floresta e correu mais alguns minutos desviando das arvores no caminho até avistar uma pequena cabana presente em uma clareira.
Diminuiu o passo até a entrada da mesma e abriu a porta num ponta pé sobressaltando a pessoa que estava no sofá da sala lendo um livro.

... Isso lá é maneira de se entrar em casa seu ... - parou de falar ao ver que o outro carregava uma garota desmaiada, completamente ferida, com as roupas rasgadas. Pelo que via o estado da mesma era grave.

... Preciso da sua ajuda Zeref! - falava enquanto adentrava na sala e colocava delicadamente a maga sobre o sofá que o outro ocupava anteriormente. - Sei que não é do seu feitio usar magias de cura, mas se não fizermos nada ela morrerá!

Zeref olhava a expressão preocupada do outro, o que era algo raro de ver. Normalmente ele era arrogante, frio e insensível, o que fazia suas atitudes serem estranhas de mais e milhões de perguntas surgiam na mente do mago, mas antes de ter suas perguntas respondidas teria que salvar a jovem a sua frente.
Aproximou-se desta ajoelhando ao seu lado para então pousar suas mãos sobre o corpo dela, fazendo uma pequena esfera verde brilhar curando aos poucos seus machucados mais graves para depois cuidar dos superficiais. Aos poucos sentia o corpo no sofá relaxar aos seus toques e sua respiração começar a normalizar.

Zeref : Preciso que busque roupas limpas e comida enquanto cuido dela, seu estado está ficando mais estável e quando acordar provavelmente teremos que alimenta-la e vesti-la adequadamente. - Falava calmamente em meio a suspiros cansados, realmente não gostava de usar aquele tipo de magia - Além do que me deve uma serie de respostas, como o que aconteceu a esta jovem, e porque você está tão interessado nela. - Virou a cabeça olhando para a figura encostada na parede. Sua expressão não era visível por baixo do capuz, mas Zeref sabia que ele se encontrava aliviado por saber que a garota estava melhor.

Ele apenas acenou com a cabeça e se retirou para buscar o que lhe havia sido solicitado. Enquanto isso Zeref terminava de curar as feridas da jovem, agora era questão de tempo até que a mesma acordasse então a cobriu com seu sobretudo e se retirou da casa sentando abaixo de uma arvore que havia em frente a esta e voltando a leitura do seu livro.


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Lucy POV



Natsu: Sua lixo! Suma das nossas vistas! - Ele dizia enquanto olhava para mim com nojo e ódio, sentia meu coração doer a cada palavra que ele dizia, lagrimas caiam dos meus olhos e eu me mantinha imóvel, sentada no chão olhando para ele sem entender nada.

Lucy: Natsu, por...porque .... não diga isso. - Eu não entendia, não sabia porque eu estava sendo tratada assim.

Lisanna: Olha, a fraca começou a chorar pra ver se sentirmos pena dela! hahahaha - Ela ria ao lado de Natsu, que também ria ao ouvir o comentário da albina.

Eu estava abismada, o que diabos estava acontecendo? Porque ,,,, porque .... sentia meu coração despedaçando. Doía .... e muito.

Erza: Já não era hora desse verme sair de nossas vidas! - Erza apareceu do lado de Natsu e Lisanna e após ela, todos os membros da guilda estavam a minha frente, rindo e me xingando.

Eu não aguentava mais, queria sumir, desaparecer, mas minhas pernas não se moviam e eu continuava lá chorando e olhando aqueles que um dia chamei de amigos, família.

Gray: Princesinha de merda, suma de nossas vidas lixo! - Após Gray terminar de falar, todos estavam com pedras nas mãos e começaram a joga-las em mim, me fazendo encolher o máximo que pude para evitar os ataques. Eu chorava alto agora, um choro de dor e agonia, e ao longe podia ver Mira, Juvia, Laxus e Gazell me olhando com semblantes tristes, eles choravam por mim.

Natsu: Morra ! -Dizendo isso ele colocou a pedra que tinha na mão em chamas e mirou direto no meu coração. Ele iria acertar com certeza, eu não tinha forças pra me defender.... eu era fraca....

Fraca.....

Lucy: NÃO !!!!! - Levantei num sobressalto colocando a mão no peito onde teoricamente a pedra teria me atingido. Havia sido um sonho, eu levei um mão aos cabelos e a outra limpava minhas lagrimas, lembrando então que a realidade não havia sido tão diferente daquilo. As lagrimas não paravam de cair.

De repente sinto uma mão afagar minha cabeça e um peso afundar um pouco o local que eu estava sentada. Só então eu começava a raciocinar. Eu não estava morta, eu havia sido salva? Levanto meus olhos e percebo estar numa sala pequena e arrumada, com moveis de madeira, era tudo aconchegante, o local cheirava a pinheiros e orvalhos.

... : Se sente melhor? - ouço uma voz grave ao meu lado e me viro em sua direção. Eu definitivamente não conhecia a pessoa sentada ao meu lado. Ele era belo, incrivelmente belo, tinha os cabelos compridos e bagunçados na raiz era de um tom quase preto e ia mudando de cor até chegar as pontas, que tinham uma coloração que ficava entre o roxo e o azul, seus olhos eram cinzas, mas brilhavam como prata, seu rosto tinham traços finos, mas não lembravam uma garota de forma alguma, pelo contrario ele exalava um ar másculo e protetor, quando percebi que fitava o homem ao invés de responder a sua pergunta coro violentamente e viro o rosto na outra direção.

Lucy: De..desculpe, estou melhor sim o-o-brigado. - Senti o outro rir levemente do meu constrangimento, me virei para ele para reclamar quando o mesmo muda sua expressão para uma mais séria.

... : Posso lhe perguntar o que te aconteceu? Quem eram as pessoas que a atacaram? - Ele me olhava profundamente e eu senti meu corpo ficar tenso e as lagrimas voltarem aos meus olhos caindo livremente. Ele passou os braços ao meu redor me confortando e fazendo leves caricias em minhas costas. Aquilo era realmente tranquilizador, naquele momento senti que podia confiar nesse estranho e decidi lhe contar tudo. Ele ouviu pacientemente e senti ele ficar tenso quando descobriu que quem me atacara foram meus próprios nakamanas, se é que deveria chama-los assim a partir de agora.

Ele ainda manteve o abraço até eu parar de chorar, eu me sentia mais leve após ter lhe contado tudo, apesar de me sentir incrivelmente vazia também. Me livrei do abraço e olhei em seus olhos, afinal eu tinha perguntas martelando em minha mente.

Lucy: Foi você quem me salvou? - Ele acenou com a cabeça.

...: Eu a trouxe e um amigo cuidou de suas feridas. - Ele falava com calma e eu olhei pra baixo brincando com meus dedos.

Lucy: Obrigado. Posso saber seu nome? - Voltei a fita-lo e ele olhava pra cima, parecia estar pensando se era uma boa ideia ou não me responder. Ficamos assim por um tempo, no mais absoluto silencio, eu já tinha desistido de minha pergunta quando ele finalmente olha pra mim e eu paraliso ao ouvir sua resposta.

...: Acnologia, meu nome é Acnologia.