Depois de uma quase briga, Ulquiorra começava a não se aproximar mais de Yoko. Não queria que ela perturbasse a sua mente. Mas tudo mudou depois de alguns dias.

Ulquiorra estava no jardim, observando Orihime brincar com Szayel e Grimmjow.

- A pestinha corre, hein?! Perguntou Grimmjow, que já estava totalmente cansado.

- O que esperava? Ela é uma criança, Grimmjow! Disse Szayel, que também estava cansado. Até que ele sentiu algo pendurado no seu pescoço. Era Orihime, que se divertia.

- Vocês não podem parar! É a regra da brincadeira! Vamos brincar! Dizia Orihime. Ela saiu correndo, esperando que eles viessem atrás dela.

- Eu só vou fazer duas perguntas! Primeiro, por que o rei não teve um menino?! E segundo, por que essa menina não cresce logo?! Perguntava Grimmjow.

- É só ter mais um pouco de paciência! O aniversário dela está chegando! Explicou Szayel.

- O Ulquiorra tem sorte. A Orihime nunca o convida para correr atrás dela e é a gente que faz a parte difícil! Reclamou Grimmjow.

- Nisso você tem razão. Disse Szayel.

- Estou cansada. Podemos brincar de outra coisa? Perguntou Orihime.

- Se não for de boneca, podemos sim. Disse Grimmjow.

- Tá bom! Vamos brincar de esconder! E foram brincar.

Ulquiorra observava todos os passos de Orihime. Como guardião, ele não pode perdê-la de vista. Até que escutou alguém se aproximar...

- Oi, Ulquiorra Schiffer! Era Yoko. Ulquiorra não falou nada. Nem encarava. Vai fazer voto do silencio comigo de novo, não vai? Eu entendo. Eu mereço... Mas eu quero me desculpar...

- Vai embora. Disse Ulquiorra com voz fria e séria.

- Desculpa pelo o que eu disse! Eu não queria magoá-lo daquele jeito! Eu sei que sou muito cruel com você, mas é que eu sou descontrolada e estou arrependida! Yoko declarava o quanto estava triste pelo o que fez, mas ele não aceitava. Ulquiorra... O seu pescoço ainda dói? Eu apertei muito forte? Foi sem querer! A mulher de cabelos negros tentava se desculpar de todas as maneiras, mas ele ignorava. De repente, lágrimas surgiram nos olhos de Yoko, demonstrando tamanho arrependimento.

Ulquiorra ignorava. Não queria ser enganado e mal tratado outra vez. Continuou observando Orihime e Yoko fez o mesmo. Quando as lágrimas já se secaram, ela falou:

Eu tenho visões, sabe? E eu vi você com ela... No futuro.

- Hum?

Ela será uma mulher muito bonita quando crescer. Os sentimentos dela por você serão mais fortes do que hoje em dia. Como você não envelhece, continuará bonito e jovem para ficar com ela.

- Achei que odiasse a minha aparência. Comentou Ulquiorra, lembrando no que Yoko disse dias atrás.

Tem razão. Eu odeio. Mas combina tanto com você que eu acabei me acostumando. Disse Yoko, sorrindo.

Depois dessas palavras, Yoko deu um forte abraço em Ulquiorra, que estranhou na hora. Não correspondeu. Continuou com as mãos no bolso.

Com licença, irmão. Sussurrou Yoko. E desfez o abraço. Quando ela se virou para sair, Ulquiorra perguntou.

- O que você disse?

Hum? O que?

- Você me chamou de irmão.

Que bobagem, Ulquiorra! E ela saiu.

Ulquiorra ficou confuso. Como uma mulher que lhe tratou mal antes pode falar coisas que lhe deixam tão confuso? Ele ficou com várias dúvidas. Quem é essa Yoko? De onde ela veio? E se perguntava principalmente: Por que ela te chamou de irmão? Ulquiorra não sabia quem ela é, mas prometeu que ia descobrir.