A Ladra De Raios - Brittana escrita por Ju Peixe


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Boa noite! Ia postar mais cedo, mas não deu. Boa leitura e obrigada pelos comentários! Fico feliz que estejam gostando.



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Acordei sentindo um peso sobre meu corpo. Tentei me virar, mas não consegui. Abri os olhos com dificuldade e vi Santana sentada em cima de minha barriga, dando pequenos pulinhos. Grunhi alto e ela sorriu.

- Boa madrugada, Cabeça de Alga! Sabia que é um inferno acordar você? Meus deuses, dorme mais do que qualquer pessoa que eu já conheci! – ela disse sorridente.

Não pude evitar de abrir um sorriso para ela. Santana saiu de cima de mim e deitou ao meu lado na cama. Deitei-me de lado e fiquei observando seus traços delicados.

- Que horas são, Sabidinha? – perguntei fechando os olhos devagar.

- 04h45min. E nem pense em dormir de novo, Britt. Eu vou pular em cima de você até que saia dessa cama. – ela disse voltando para cima de minha barriga.

- Pode pular! Não me incomoda! – respondi.

Arrependi-me no mesmo instante. Santana me olhou com um sorriso malicioso nos lábios e colocou uma perna de cada lado do meu corpo, me imobilizando. Logo, começou a fazer cócegas em mim.

Contorci-me deliberadamente na cama, soltando gargalhadas. Santana ria de mim, enquanto segurava meus braços acima de minha cabeça com uma das mãos.

- Vai levantar, preguiçosa? – Ela perguntou, parando de me fazer cócegas.

- Ok, ok... Você venceu! Dê-me um minuto para me vestir. – respondi, já pegando minhas roupas.

Santana esticou-se na minha cama e ficou observando eu me trocar. Ela ainda mantinha o sorriso largo nos lábios, parecendo uma criança. Vesti-me e peguei minha mochila que já estava preparada desde ontem. A latina ficou séria no instante em que me viu pegar as minhas coisas para a missão. Sentei-me ao seu lado na cama e afastei uma mecha que caia em seus olhos escuros.

- O que há de errado, San? – perguntei calmamente.

- Nada... É só que... Nada não, Britt. Só me prometa que vai tentar ao máximo ficar longe de confusões. Por favor. – ela disse segurando meu queixo.

- Eu prometo... – Respondi abraçando seu pescoço.

Santana não me afastou. Apenas segurou na minha cintura e deitou a cabeça no meu ombro. Ficamos abraçadas por mais um tempo até que ela se afastou, levantando da cama e me estendendo a mão. Aceitei e segui-a para fora do chalé.

Subimos a colina que levava à entrada do acampamento e encontramos Finn e o Sr. Schue já nos esperando. Recebemos os cumprimentos, mais recomendações e um abraço de despedida. Estávamos prestes a entrar no carro que nos levaria até a rodoviária quando Sam chegou correndo.

- Britt... Eu... Queria... Te... Dar isto... – ele disse ofegante.

Abri a caixa e me deparei com um par de All Stars usados. Sam murmurou “voem” e os tênis criaram asas. Sorri e agradeci o presente.

- Então... Boa sorte pra vocês. – Sam falou antes de sair.

Santana fuzilou o rapaz com os olhos e eu ri da cara que ela fez. Finn ficou sério, apenas nos observando por alguns momentos e então seguimos para o carro. O Sr. Schue me deu a espada dourada que eu tinha usado várias vezes. Contracorrente era o nome dela. Agradeci mentalmente por poder usa-la, pois aparentemente era a única espada que ficava perfeita em minhas mãos.

Entramos no carro e Santana continuou emburrada. Mesmo assim não perdia a graça vê-la tão brava com alguma coisa. Eu estava no meio, então me inclinei em direção ao seu rosto.

- San! Por que tão emburrada? – perguntei.

- Eu não estou emburrada, Brittany. Deixa-me em paz. – ela respondeu secamente.

Ouu, me chamou pelo nome. Agora não tinha mais tanta graça. Pressionei minha mão em seu joelho até que ela virou para mim.

- O que foi? – perguntei afastando algumas mechas morenas de seus olhos – Que mania de usar o cabelo assim, não consigo ver seu rosto!

- E do que importa se vê meu rosto ou não? Vá conversar com o Finn! – ela disse afastando a minha mão.

Suspirei chateada. Ela sequer me dizia o que eu havia feito de errado! Mas não me dei por vencida. Deitei minha cabeça em seu ombro e busquei sua mão, entrelaçando nossos dedos. Ela suspirou pesadamente e escondeu a mão de mim.

- Eu me importo... – murmurei.

- O quê? Com o quê, Brittany? – ela perguntou desviando o olhar finalmente para mim.

- Se eu vejo o seu rosto... É bonita, San. E eu gosto de você, não quero que fique magoada comigo... Me diz o que eu fiz de errado, poxa! – respondi com um olhar tristonho.

Ela abriu um sorriso bobo para mim e puxou meu rosto de maneira que conseguisse olhar em meus olhos.

- Por que gosta de mim? – ela perguntou.

- Tem como não gostar? – retruquei – Você é amável, engraçada, divertida... É tudo de bom que tem nesse mundo. Só... Não deixa todo mundo ver o enorme coração que você tem. Eu acho que é uma forma de se proteger, mas eu te enxergo mesmo por trás de todas as suas camadas. Você é a minha melhor amiga, San. E eu não quero que fique convencida agora, mas é verdade. E eu gosto muito de ficar com você. Me faz feliz.

Ela sorriu e me abraçou. Pousei meus lábios em sua bochecha e deixei um beijo. Ela ruborizou de leve e voltou a interagir normalmente comigo e Finn até chegarmos à rodoviária.

Não ficamos muito tempo esperando o ônibus, então sentamos juntos na parte de trás. Eu observava os passageiros e conversava com meus dois amigos, até que vi três senhoras entrarem e sentarem na frente. Finn logo torceu o nariz, mas achamos que não devia ser nada de mais, e logo o ônibus partiu. A careta do meu melhor amigo não saiu de seu rosto, então Santana arregalou os olhos.

- As Fúrias! – ela murmurou, agarrando a mochila.

Pegou um boné laranja berrante e colocou na minha cabeça. Ia contestar, mas logo meu corpo desapareceu. Finn e San agarraram nossas coisas e me despacharam para a saída. As três velhas levantaram e começaram a caminhar em nossa direção. Eu já estava ao lado do motorista, me perguntando como eu pararia o ônibus quando ouvi os chicotes das fúrias estalarem perto dos meus amigos.

- Onde ele está? – sibilou uma delas.

Não pude pensar duas vezes. Elas me queriam, e para me conseguir estavam dispostas a ferir os dois. Agarrei a direção do motorista e virei com força.

- UOU! – ele gritou, antes do ônibus dar uma guinada e ser lançado contra árvores, derrubando a maior parte dos passageiros. Todos desceram apavorados, menos San, Finn, eu e as Fúrias que tentavam se levantar.

Busquei minha caneta no meu bolso e destampei-a, trazendo Contracorrente para os corredores. Os olhares das fúrias se direcionaram para mim, e eu engoli em seco ao ver seus chicotes.

Elas avançaram sobre mim, mas consegui me defender de suas chicotadas. Santana avançou em uma delas e puxou uma adaga da cintura, tentando golpeá-las. Finn avançou em uma das fúrias também, segurando desajeitadamente uma pequena espada.

A fúria ex-professora de matemática chicoteou o rosto de Santana, derrubando a latina no chão. Senti uma fúria enorme tomar conta de meu corpo e me joguei contra ela, golpeando seu corpo e assistindo enquanto ela se transformava em pó. As outras duas avançaram novamente sobre mim, mas minha lâmina cortou o corpo de mais uma delas e também a deixou em cinzas. A terceira fúria me olhou apavorada quando corri em sua direção e saiu voando para longe do ônibus. Agachei-me ao lado de San e pedi que Finn a pegasse no colo. Ele obedeceu e saímos do ônibus, que já estava em chamas. O motorista nos olhou incrédulo e começou a gritar e a apontar para nós. Saímos correndo dali o mais rápido possível. Arrumamos confusão demais para uma noite. 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?



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