But... I Love You escrita por Gisa


Capítulo 2
Capítulo 2 - Presente




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Ronald estava vindo na minha direção. Depois de quase engolí-lo com os olhos, é claro que ele notou a minha presença. Será que ele me reconheceu? Será que ele ainda lembrava de mim? Será que ele sabia o que eu sentia por ele?

Continuei olhando para qualquer outro canto, menos pra ele. O som de seus passos foi aumentando mais e mais. Meu coração batia tão fortemente que só faltava sair pulando pra fora do meu corpo. Tudo isso me fez sentir uma tontura enorme, uma fraqueza... Foi quando senti alguém tocar no meu ombro. Mas não consegui olhar... Simplesmente perdi as forças, meus olhos foram se fechando involuntariamente e, por fim, fiquei estendida no chão, desacordada.

Cerca de uma hora depois eu acordei. Quando abri os olhos, percebi que estava deitada numa maca, num pequeno quarto muito semelhante ao de um hospital. Foi quando ouvi alguém parecer falar comigo:

– Ah, você acordou. Está tudo bem? Como se sente? - Quando olhei a minha direita, avistei uma mulher que aparentava ser uma enfermeira. Sua pele era branquinha, lábios rosados e olhos verde-azulados. O cabelo, castanho escuro, estava preso embaixo do chapeuzinho que as enfermeiras costumam usar.

– Ahn... - Eu estava confusa. Me lembrava de tudo o que me aconteceu antes de adormecer, mas estava tudo meio que embaralhado. - Onde... Eu estou?

– Na enfermaria, você desmaiou na entrada da escola. - Ela faz um breve pausa para olhar uns papéis. - Hm... Você é Melody Park, certo?

– Sim.

– Certo... Bom, você deve ter desmaiado por causa da ansiedade, é normal. Está se sentindo melhor agora? Se estiver já pode ir para a sua sala.

– Tudo bem... Então, eu já vou indo... Obrigada, senhora...

– Manson, Lise Manson.

– Certo, obrigada.

Eu saí me levantei e fui para o corredor. Olhei no mural para ver qual a minha sala. Depois saí andando a procura dela.

Cheguei na porta e parei. Comecei a pensar que Ronald poderia estar dentro daquela mesma sala. E assim eu passaria o resto do ano com ele praticamente do meu lado, me observando, e eu o observando também. Fiquei com receio de entrar. A ansiedade tomou conta de mim. Bati na porta. Segundos depois alguém a abriu. Era uma mulher, aparentava ter uns 45 anos, usava óculos e estava com o cabelo feito um rabo-de-cavalo. Baixinha e forte, ela me olhava de cima abaixo por cima dos óculos.

– Você é a enferma?

– ... Não sou enferma, só passei mal devido a ansiedade.

– Que seja, está melhor?

– Estou sim.

– Que bom. Venha, entre e sente-se.

Entrei na sala. Os outros alunos iam me acompanhando com os olhos e, conforme eu fui andando, pude notar vários cochichos ao meu respeito.

A professora continuou a aula. Observei a sala, olhei aluno por aluno. Ronald não estava lá. Senti um alívio, mas de certa forma também senti decepção.

O intervalo chegou. Quando desci as escadas o avistei, conversando com outros garotos. De novo ele me avistou, mas dessa vez não virei o rosto. Fiz a idiotice de sorrir para ele. Quem virou o rosto e fingiu que não viu dessa vez foi ele.

E foi assim que eu percebi que ele tinha me notado, e que, provavelmente, ele se lembrava de mim. Me arrependi de ter sorrido pra ele. Era óbvio que ele não iria retribuir.

Depois de tudo isso, tentei ser discreta. Não olhei mais pra ele, e na hora de ir pra casa eu sequer o procurei.

... Mas pensei nele o dia todo.


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