De Volta Ao Reino Dos Gatos escrita por Milady Sara


Capítulo 6
Infiltrados


Notas iniciais do capítulo

Ó eu aki em mais um belo sábado!



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Os três foram sorrateiramente andando pelas laterais do palácio, até chegarem ao que parecia uma porta dos fundos. Muitos gatos saiam e entravam a todo instante, carregando todo tipo de coisa, comidas, flores, móveis... Vindos de uma pequena estrada de terra.

- O que é isso? – perguntou Seiko enquanto observavam a entrada de longe, encostados a parede da construção.

- A entrada dos empregados. – disse Barão. – Exatamente o que precisamos!

- Precisamos é? – disse Muta.

- Claro! É o único modo de entrarmos!

- Mas a essa altura o Regente já deu ordens para os guardas nos barrarem. – disse Seiko observando que havia dois guardas, um de cada lado do portão.

- Por isso precisamos de um disfarce. 

- E o que seria?

- Lembra que a princesa falou que a costureira ainda não tinha chegado? – os olhos de Seiko se iluminaram quando ela entendeu a ideia de Barão. – Vamos! – dizendo isso, correu seguido por Seiko e Muta para dentro da grama alta que envolvia o castelo.

Andaram um tempo até se verem de frente para a pequena estrada de terra. Esperaram por alguns minutos, até que ouviram o barulho de algo chegando. Na estrada de terra, apareceu uma pequena carroça, puxada não por cavalos, mas por um robusto gato, com uma velhinha sentada, e vários tecidos na parte de trás da carroça.

- Prepare-se Muta. – sussurrou Barão e quando o gato carregando a carroça passou pela frente deles, gritou: - Agora! – e ele e Muta avançaram, derrubando e brigando com o gato. A senhora ficou aturdida com tudo aquilo e Seiko foi até ela.

- Desculpe por isso Obaa-chan! – disse a garota ajudando a velha a descer da carroça. – Mas vamos precisar disso emprestado! – dizendo isso, tirou os óculos que a gata velha usava e colocou em si, assim como a fita métrica em seu pescoço. – Prometo que devolveremos mais tarde certo? Acredite é por uma boa causa!

- Tudo bem criança. – a senhora disse espremendo os olhos para enxergar. – Nunca quis fazer nada para aquela princesinha mimada mesmo... – Seiko riu enquanto Muta e Barão voltavam, com o outro gato caído. Muta segurou as alças da carroça enquanto Barão e Seiko subiram na mesma.

- Muito bem, para o palácio! – disse Barão e Muta começou a correr. Chegando ao portão, os guardas os olharam esquisito.

- Quem é você? – perguntaram para Seiko.

- A costureira. – ela disse sentando-se reta. – Vim terminar a roupa do noivo!

- Mas a costureira é uma velha! – Seiko olhou para o guarda de modo penetrante.

- Vai mesmo questionar as decisões da princesa? – os guardas se entreolharam e engoliram em seco.

- Mas quem é esse com você?

- Meu ajudante. Pode-se notar facilmente pelas roupas dele. – a garota disse ajeitando os óculos. Os guardas se entreolharam mais uma vez.

- Podem passar. – e assim eles fizeram.

- Bom trabalho! – comentou Barão quando os guardas não poderiam mais ouvir.

- Obrigada. – disse Seiko com um sorriso. Muta puxou a carroça até um local onde acontecia a descarga das coisas que eram trazidas, ali havia um trânsito muito maior de gatos. Todos apressados com os arranjos do casamento. Barão e Seiko desceram da carroça e Muta a soltou, pegando em seguida alguns grandes rolos de panos, e entregando uma pequena cesta com linhas, alfinetes e agulhas para Barão.

- Vamos logo. – disse Muta entrando no palácio. – Mas com cuidado! – os três andaram por algum tempo pelos corredores do palácio, pedindo informações às vezes para saber onde o noivo da princesa estava até encontrarem o quarto certo. Quando chegaram perto do mesmo, Seiko correu na frente dos outros e entrou de uma vez no quarto.

Passando pelas cortinas ela parou e olhou para uma figura vestida de terno que estava de costas no quarto.

- Noboru? – a figura se virou, e realmente era Noboru, mas como ela, ele tinha traços felinos.

- Seiko?! – ele disse surpreso e a garota correu se jogando em seus braços e ele a envolveu em um caloroso abraço. – Então eles realmente trouxeram você para cá!

- Hai! – ela tirou a cabeça do ombro dele e o olhou nos olhos. – Vim para tirar você daqui! – ele deu um sorriso fraco.

- Acho que isso não é possível. – disse levantando seu braço direito e mostrando que este estava preso em uma corrente, acoplada a uma grande bola de ferro, assim como sua perna esquerda. – Já tentei fugir algumas vezes e... Eles fizeram isso para eu não fazer de novo. Sem falar que os guardas sempre estão de olho em mim! Não... Não pode continuar aqui, você tem que ir embora! Se a princesa descobrir sobre nós...

- Ela já sabe. Até nos colocou para fora.

- Então você tem mesmo que ir! Ela não é a mais poderosa por aqui, mas tem muitos servos!

- Eu não vou sem você! Eu vim aqui para isso! Por isso trouxe eles comigo! – ela apontou para trás onde Barão e Muta estavam. – Barão e Muta podem ajudar! Ajudaram Haru-chan quando ela veio para cá!

- Haru já esteve aqui?

- Longa história. Agora temos que tirar você daqui!

- Não dá! Eles... – olhou para a porta onde todos olharam depois. Passos. – Venham, por aqui! – disse Noboru se arrastando para uma mesa com doces a alguns passos dali. – Escondam-se aqui em baixo! – ele disse levantando a toalha de mesa e os três se esconderam ali, Muta muito inclinado e com dificuldade. – Vieram para me levar para o banquete, assim que eu sair, fujam!

- Mas... – tentou dizer Seiko.

- Eu agradeço vocês terem vindo aqui por mim, mas... – ele disse tocando o rosto dela. – Não tem mais salvação para mim. Vão embora enquanto podem! – e baixou a toalha antes que Seiko pudesse replicar. Depois disso, ficaram quietos.

Ouviram alguém entrar no cômodo.

- Meu amor! – ouviram a voz da princesa Luna.

- Argh! Fique longe de mim! – disse Noboru.

- Espere... Seu terno não está pronto? A costureira não veio?

- Não, não veio. Pode desistir dessa história de casamento agora?

- Mas claro que não! Pouco importa sua roupa! Casaremos do mesmo jeito!

- Pela ultima vez, eu não gosto de você e não quero este casamento!

- Vai aprender a me amar querido. GUARDAS! Tragam meu noivo, vamos para o nosso banquete de casamento! – ouviram um tintilar de correntes e Noboru reclamar e depois silêncio, e saíram de baixo da mesa.

- Está tudo acabado... – disse Seiko com o rosto nas mãos.

- Não seja pessimista... – falou Muta.

- Se eu tivesse ido para a aula de canto ao invés de falar com Haru...

- Espere. – disse Barão interrompendo os devaneios da garota. – Aula de canto? Você sabe cantar? – Seiko assentiu.

- Sim, por quê?

- Tenho uma ideia! – disse o gato. – Ainda podemos salvar seu namorado!

- Mesmo?

- Sim! Só precisamos achar um certo lugar... E uma máscara.


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Notas finais do capítulo

*ironia* essa fic tá tão famosa q me dá orgulho ._.