De Volta Ao Reino Dos Gatos escrita por Milady Sara


Capítulo 2
Ilustres visitas


Notas iniciais do capítulo

Eu n aguento ver minha fic só com um cap ;-;
Precisava postar!!!
Agr só sábado msm u-u



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Seiko levou um tempo para convencer Noboru que estava bem, mas ele insistiu em leva-la até a porta de casa.

– Tem certeza que está bem? – ele perguntou enquanto ela passava a chave na porta.

– Absoluta. – ela lhe deu um selinho e entrou. – Melhor do que nunca!

– Tem certeza mesmo?

– Sayonara! – ela cantarolou fechando a porta e suspirou de alívio. Olhou para a casa e viu o ambiente vazio. Seus pais já tinham ido. – Voltei... – ela disse depois de tirar os sapatos e entrar na casa. Já estava acostumada a ficar sozinha, mas sempre era muito desagradável.

Subiu para seu quarto, trocou de roupa e se jogou na cama. Não conseguia parar de pensar na gata e em como esta falara com ela. Tinha quase certeza que havia ficado louca, mas... Parecia muito real.

Desceu e preparou seu jantar, nada demais, somente um prato de rámen e um pouco de chá. Sentou-se a mesa com o prato a sua frente. Parou um segundo e olhou ao redor, observando a casa. Inevitavelmente aquela sensação desconfortável voltou e ela soltou um suspiro.

– Itadakimasu... – sussurrou fracamente e começou a comer, mas antes de conseguir colocar o macarrão na boca seu celular tocou. Ela colocou os hashis na mesa e pegou o telefone. – Mochi-mochi?

– Seiko! Você está bem? – disse quase gritando a voz do outro lado da linha.

– Huh? Hiromi-chan?

– Inoue me ligou e falou sobre o que você fez! Fiquei tão preocupada!

– Ele o quê?!

– Tem certeza de que está bem? Eu ia ligar para os seus pais, mas...

– O quê?! Não, não! Você nem ao menos tem o número deles.

– Eu ia ligar para o escritório onde eles trabalham e pedir...

– Não! Fique calma! Eu estou bem, fiquei só um pouco... Atordoada na hora, mas tudo bem.

– Hm... Se é assim então tudo bem. – Seiko respirou aliviada. – Sabe... Isso me lembra de algo que aconteceu comigo e a Haru há algum tempo...

– Huh? Você e a Haru-chan?

– É! Estávamos voltando para casa e ela salvou um gato de ser atropelado por um caminhão! Acho que ela também bateu com a cabeça... Depois ela ficou dizendo coisas sobre o gato ter agradecido ela ou algo assim. – Seiko ficou paralisada.

– O-o gato falou com ela?

– Sim, sim, foi o que ela disse, mas você sabe como é a Haru! Doidinha de pedra! Oyasumi!

– Oyasumi... – em seguida Hiromi desligou o telefone. – Será... Hm... Não, não! – ela disse sacudindo a cabeça e voltando para a mesa. – Estou só um pouco tonta ainda... Melhor jantar e ir dormir e amanhã vou estar nova em folha! – dito isso comeu seu rámen, lavou o prato, escovou os dentes, vestiu sua camisola e foi para a cama. – Amanhã vou estar melhor com certeza! – disse com um bocejo deitando e em pouco tempo dormiu.

Mais tarde naquela noite, Seiko acordou com os miados dos gatos da rua. Era normal um gato ou outro miar durante e a noite ou dois brigarem, mas eram muito mais miados. Parecia que todos os gatos por perto estavam fazendo uma espécie de coro.

Seiko tirou as cobertas de cima de si, afastou as cortinas da janela e se debruçou ali para olhar. Havia entres seis e dez gatos reunidos entre as casas olhando para a direita. Seiko cerrou os olhos e olhou naquela mesma direção. Não conseguia ver muita coisa, somente algumas luzes azuis, talvez cinco ou seis, e uma leve e suave canção, que foi ficando mais alta.

Quando as luzes chegaram mais perto sua boca foi se abrindo. Era como uma comitiva de gatos. Haviam gatos segurando lanternas feitas de vidro azul que davam aquele tom as luzes. Os gatos andavam sobre as duas patas como se fossem humanos e tivessem feito aquilo durante toda a vida.

Um gato segurava a lanterna e era seguido por duas fileiras de gatos com talvez vinte daquelas criaturinhas, e o padrão se repetia muitas vezes.

– Ai meu... O que é isso? – conforme a comitiva se aproximava os gatos da rua corriam até ela, mas não chegavam a tocar os outros gatos. Somente miavam, rosnavam e moviam as patas em direção a eles, mas sem encostar. Logo, alguns gatos, também em duas patas, com pelos preto e branco, como pequenos seguranças, começaram a agarrar os gatos que rosnavam pelo pescoço e os jogar para as casas, em seguida voltaram para um ponto central que Seiko não conseguia ver e repetiam o processo.

Sem conseguir acreditar em seus olhos, ela desceu correndo as escadas e saiu para o quintal sem se preocupar em colocar sapatos. A comitiva que parecia ser composta por mais de cinquenta gatos estava passando pela frente de sua casa e ela não podia acreditar nos muitos gatos andando sobre as patas traseiras.

Deu um passo para fora, sem encostar nas criaturas e ao olhar para o lado, viu quase no final da grande fileira de gatos uma espécie de carrinho de mão de madeira, com um gato grande deitado nele e levado por dois gatos maiores que os outros e visivelmente mais fortes, e um segurando uma espécie de guarda-sol, era ali que os “gatos seguranças” se concentravam.

Aquele carrinho de mão chegou mais perto a cada segundo e Seiko pôde ver que haviam outros gatos em volta dele. Quando este parou na sua frente, ela quase congelou, andou para trás e se encostou a porta de casa. O gato grande e gordo com pelos arrepiados e uma espécie de pedra redonda na testa estava sentado em uma espreguiçadeira feita no carrinho de mão. Ao seu lado havia um gato cor de caramelo e um gato cinza, que usava um tipo de roupa grande, parecia um ministro até, e usava pequenos óculos do tipo que se equilibra no nariz.

Quando o carrinho parou ali, o gato com o guarda-sol o abriu, e o com roupas, estava segurando um pequeno livro, se postou na frente dela.

– Er... Pode chegar mais perto senhorita? – o gato perguntou educadamente. Seiko andou devagar até a rua, seus pelos da nuca arrepiaram quando ela pisou no concreto gelado. – Muito bem. – o gato pigarreou. – Deixe-me apresenta-la, aquele que está neste momento governando o País dos Gatos, que é nosso ex-rei, o Regente! – o gato no carrinho abriu os olhos. Ele era vesgo.

– Odeio ser chamado assim... – resmungou o Regente.

– A gata que a senhorita salvou hoje era nada mais nada menos que a Princesa Luna, filha do Regente, e irmã mais nova de nosso rei Lune. – ele se virou e Seiko pôde ver a gata que salvara em pé do lado do pai, usando finos tecidos nas patas dianteiras. Ela tinha um sorriso no rosto e acenou para Seiko que acenou de volta timidamente. - Por falta da presença do rei neste momento, e o fato do Regente estar cuidando de nossos assuntos, este veio lhe agradecer pessoalmente.

– Huh? – Seiko olhou para o gato no carinho. Este respirou profundamente.

– Arigatou. – ele disse simplesmente.

– Er... Ah! – Seiko foi surpreendida quando o gato cor de caramelo e manchas marrons levantou um pedaço de papel enrolado com uma fita dourada para ela.

– Está é sua programação. – explicou o gato de óculos. A garota pegou timidamente o papel.

– A partir de amanhã a senhorita será agraciada com muitos presentes! – explicou o gato cor de caramelo.

– Presentes... ? Bem... Arigatou... – disse a garota timidamente. E olhando para o lado, viu uma banda de gatos, que deveriam estar anteriormente entoando a música que ela ouvira. Mas, a frente deles, havia uma espécie de gaiola, com uma pessoa deitada dormindo ali, de costas para ela. – O que é isso?

– Huh? Ah! Esse é o noivo da Princesa! – explicou o gato de óculos.

– Mas... Ele não é uma pessoa?

– Sim. Por quê?

– Er... Nada, nada.

– Bye. – disse o Regente. A música voltou a tocar, e os gatos a caminhar. Conforme a comitiva andou, a gaiola passou na frente de Seiko por alguns instantes e ela pôde jurar que era Noboru quem estava ali, mas não conseguiu falar nada, nem se mover. Assim que a comitiva passou, Seiko correu para seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Como está?
Legal?
Merda?
Devo desistir de ser escritora?
Mandem reviews!!!!