Sonhadora escrita por Caroline Barboza


Capítulo 17
Capítulo 17- Confusões,aflição...


Notas iniciais do capítulo

"São tempos difíceis para os sonhadores"

Oi leitores como estão? Queria agradecer mais uma vez pelos comentários :)
Me perdoem mas eu vou ter que ficar um tempo sem postar, meu pc quebrou e essa semana eu estou cheia de provas :( por favor n deixem de acompanhar, assim que eu puder posto o próximo capítulo...
Xoxo^^



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“Se eu não me despedir agora ,eu não vou conseguir.”


(Ironias do Amor)



Pov Fernanda-






Descemos as escadas, indo em direção ao jardim. A escola estava toda escura, provavelmente todos estavam dormindo. Assim que chegamos, ao poucos a diretora se aproxima.









–Não acredito.










–O que foi?

–Essa é a...





–É sim- digo confirmando- essa é a Alice.

–Pobrezinha, como pode morrer assim? logo agora que a sua mãe iria leva-la para casa.

Pois é, pobrezinha- repito em tom de ironia em minha mente.





–E esses dois, meu Deus. O que será que deve ter acontecido?





–Eu não sei... Eu não estava conseguindo dormir, eu resolvi vir aqui no jardim tomar um ar fresco e me assustei ao vê-los caído no chão.





–Eu não sei o que fazer,,, vou ligar para a polícia.





Assenti com a cabeça e fui em direção ao banco, me sento respirando fundo, até agora o plano estava tomando o rumo certo. Pelo menos... era o que eu achava.





Ouço uma voz familiar, olho para trás e me assusto ao ver a mãe de Alice. Por uns míseros segundos ela realmente parecia ser uma mãe triste, mas tudo era fingimento.

–Oh Meu Deus, minha filhinha não, como isso foi acontecer?- a falsidade era tanta que já estava embrulhando o meu estômago. Sento em um banco mais próximo das duas, eu precisava ouvir essa conversa.





–Nós não sabemos, quando eu cheguei aqui, eles já estavam caídos, eu chamei a polícia e logo logo eles poderão esclarecer o que houve.





Ela fica mais alguns minutos ´´chorando`` e então finalmente consigo ouvir a sirene da polícia, Eram 4 policiais ao todo e ambos estavam analisando o local. Vocês com certeza devem estar se perguntando, como vocês conseguiram sujar o local todo de sangue? Isso é simples, Tudo fica mais fácil quando se trabalha em uma enfermaria. E aqueles sangues para doação, foram fundamentais para boa parte do plano.





–Eu sei que não é uma boa hora, mas onde a senhora pretende enterrar a Alice? É que eu queria fazer uma missa em nome dos três e...





–Oh, eu não pensei nisso, mas agora que você está falando eu tive uma ideia que...





–Que ideia?





–A senhora sabe que o meu marido, o pai da Alice, ele está internado na fila á espera de um transplante de coração...





–É eu fiquei sabendo.

Ah não, me diga que ela não está pensando em fazer isso,...Chego um pouco mais perto das duas, eu não podia perder uma única sequer palavra.





–Bom... eu estava pesando,.. foi uma perda muito grande a minha filha morrer, mas talvez isso tenha um lado bom.







Meu Deus... como ela podia ser tão fria a dizer isso? Tá certo que a Alice não morreu de verdade... mas só eu sei disso,









–Um lado bom, e que lado seria?









–Eu acho que depois de hoje eu não aguentaria perder mas ninguém por isso estou pensando na possibilidade de doar o coração de Alice para o pai.









Pois é, ela pensou nisso. Eu não podia acreditar, como ela podia ser tão Fria? Eu tinha que ter pensado nessa possibilidade... que Droga! Agora Alice iria morrer, e por minha causa. Essa ´´morte `` repentina foi a deixa que ela precisava, e eu a entreguei de bandeja. Eu sou uma idiota!







–É, pensando por esse lado...





–Além do mais, acho que esse é o certo a fazer, a Alice sempre foi tão apegada ao pai, se ela estivesse viva acho que ficaria feliz em saber que está salvando a sua vida.




–Acho que você tem razão.


Ah Claro, a Alice tomou um remédio para fingir que morreu porque ela com certeza queria doar o coração para o pai-digo em tom de ironia em minha mente. Eu não posso acreditar, a diretora não podia deixar...


–Será que você pode ficar aqui com os policiais e responder o que eles perguntaram? Eu preciso ligar para os pais dos outros meninos




–Claro, eu fico aqui.




Assim que a diretora sai, levanto do banco ainda meio chocada com tudo o que aconteceu. Eu precisava ajudar a Alice, mas não sabia como. Vou até o meu quarto, coloco algumas mudas de roupas e dinheiro em uma mochila e desço para falar com a diretora.



–Clarisse, posso ir para o hospital onde a Alice vai?- digo após ter entrado em sua sala e ter sentado em uma cadeira em frente a sua mesa.



–Mas Fernanda porque você quer fazer isso?


–É que eu quero me despedir dela antes do transplantes.

Ops, falei demais. Desvio o olhar torcendo para que ela não tenha ouvido a primeira parte, mas eu me enganei.


–Mas, como você soube disso?




Pense, Pense Fernanda, pense, Por que eu não consigo pensar em uma desculpa? Só uma...





–Er... é que eu estava indo falar com a senhora e eu acabei escutando.


Ela fica um tempo pensando e então finalmente responde.

–Tudo bem, você pode ir.

Isso, Consegui! Pelo menos eu iria para o hospital. Desço com a minha mochila até o jardim. Faço a minha cara mais falsa do mundo e vou falar com a mãe de Alice.


–Oi- ela diz assim que chego em sua frente.




–Olá, você é a mãe da Alice não é?- Finjo que não sei




–Sou sim e você quem é?


–Prazer, Fernanda, eu era a amiga da Alice.

–Ah... deve está sendo difícil para você.

–Pois é, eu nunca pensei que isso iria acontecer- Eu nunca tinha mentido tanto na minha vida.

–Quando vai ser o enterro dela?

–Oh quanto a isso, eu não vou enterra-la ainda. É que o pai está internado esperando um transplante de coração. A Alice era muito apegada a ele, e acho que doar o coração para ele era o que ela mais queria e com certeza ela iria ficar feliz ao saber que estava salvando a sua vida.

Confesso que se eu não conhecesse Alice nem a sua história eu teria acreditado. Aquela mulher era muito boa em mentir.

Ouço alguém me chamando, olho para trás e não pude acreditar em quem eu estava vendo.















































































































































































































































































































































































































































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Notas finais do capítulo

Eu não sou louco. Minha realidade é apenas diferente da sua.
(Alice no País das Maravilhas)