Pov Haven

Ever piorava a cada dia. Fazia mais de um mês desde que Damen me chamou para vim para Londres e dar uma olhada nela. Nós achamos melhor ela ficar aqui, ela estava fraca demais. Algo estava envenenando – a. Ela estava fraca, pálida e mal conseguia ficar de pé. Ela não saia da cama e ficava com um soro pingando ambrosia no seu braço. Damen não saia do seu lado, não se sabia o futuro dela. Eu e Jude trouxemos todo o nosso material de pesquisa para a casa dela e procurávamos dia e noite por uma cura. A Ever não estava reagindo a nenhum tratamento e ela estava definhando rápido. Ás vezes enquanto fazia pesquisa, podia ver Damen conversando com ela, a consolando. Ele também estava apavorado. A única coisa que encontramos foi que ela estava sofrendo de algum tipo de envenenamento que só melhoraria se encontrássemos o antídoto. Eu e Jude estávamos pensando em sair pelo mundo em busca de respostas, mas em uma noite eu encontrei algo no livro das sombras, o mais antigo e mais perigoso livro de magia negra.

   - Damen, venha rápido. – Eu gritei. Ele e Jude apareceram minutos depois.

   - O que foi? – ambos disseram ao mesmo tempo.

  - Acho que encontrei alguma coisa. Ever está com um envenenamento na alma, extremamente perigoso. Existe um antídoto, mas nunca ninguém o encontrou. Olhe isso. – eu apontei um artigo que estava no meio do livro:

‘ Existe um lugar na Irlanda chamado Glendalough, segundo algumas                lendas, esse lugar esconde passagens e lugares místicos, para o aprendizado desse tipo de magia e seus respectivos antídotos. Durante muito tempo, viajantes e protetores tentaram provar ou até mesmo desmentir boatos de que lá existisse uma fonte com uma água feita pelos deuses, que era tão poderosa que acabaria com todo tipo de veneno, poderia até mesmo de volta as pessoas que já morreram. Ninguém nunca conseguiu provar a sua existência, o mais próximo que os historiadores puderam chegar foi que essa fonte ficaria em um lugar que dividiria a vida da morte.”

   - Vocês entenderam? O antídoto está em algum lugar da Irlanda. – eu era a única com esperanças, os outros dois pareciam confusos.

  - O que você espera que nós façamos? Vamos até lá e procuramos por uma fonte mágica que curará a Ever? Isso não parece um pouco fantasioso demais? – Damen estava com cara de um pai que acabara de perder sua família.

 - É a nossa única esperança. Pelo estado no qual a Ever se encontra, eu garanto que se não encontrarmos um antídoto, ela não durará mais do que dois meses.

  - Ela está certa. Vamos fazer isso pela Ever, vamos Damen. – Jude não parecia muito esperançoso, mas como eu ele queria que tudo isso acabasse logo.

   - Está bem. Vamos Jude. Arrume nossas coisas e partiremos pela manhã. Haven, ache tudo o que você puder sobre Glendalough. Eu vou ficar com Ever essa noite e sairemos bem cedo. – Damen estava com medo, e eu nunca o tinha visto assim.

POV Damen

   - Ever? – eu falei assim que entrei no seu quarto.

- Damen? Eu estou acordada. – Vê – la assim estava me destruindo e ela precisava mais do que tudo daquele antídoto, mas eu não queria deixa – la. Eu troquei o líquido do seu soro e sentei na beira da cama.

- O que foi. – ela perguntou tentando sentar.

- Não se esforse. – eu indiquei para que ela se deitasse de novo. – Ever, Jude e eu iremos partir amanhã para procurar um antídoto para você.

- Para onde vocês vão?

- Para algum lugar da Irlanda, nós não vamos descansar até você melhorar. Eu vou voltar e quero ver você forte.

- Damen não me deixe.

- Eu não vou te deixar.

- Eu vou morrer Damen. Eu sei disso. Cada segundo que vocês estrão lá será em vão. Eu sinto que não vou aguentar muito. Não me deixe, eu não quero morrer sozinha. – ela estava chorando muito.

 - Você não vai morrer Ever. Eu te proíbo de me deixar.  Eu vou encontrar o antídoto para você e você irá ficar boa. – Eu deitei ao seu lado e beijei o topo da sua cabeça.

 - Eu te amo. – ela sussurrou.

 - Eu te amo mais. – Eu deixei ela deitava com a cabeça no meu peito e virei o rosto para ela não saber que eu estava chorando.