Mi Mundo escrita por hungerpotter


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu queria agradecer a todos vocês que estão lendo, acompanhando, comentando! Enfim, eu não seria nada sem vocês. Em minha opinião, esse capitulo é tipo.. awnt... Mas, infelizmente, eu não consegui colocar Leonetta. Se divirtam!



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Pov. Violetta

Quando entrei na sala, meu pai estava sentado no sofá. Ele me secou com os olhos por um momento e eu disse:

- Não adianta você me olhar assim, papai. Não é certo o que você está fazendo.

- Não é certo o que eu estou fazendo? Violetta, você não sabe da metade das coisas que estão acontecendo. – Meu pai estava de pé e já tinha perdido o controle. Mais uma vez, estávamos brigando, só que agora eu não deixaria esta discussão se estender.

- Você está certo, papai. Eu não sei nem da metade do que está acontecendo, por que ninguém nunca me conta nada, não é mesmo. Eu sou sempre a última as saber das coisas.

Eu estava cansada disso. Estava subindo as escadas, em direção ao meu quarto, quando meu pai me alcançou e disse:

- Desculpa Violetta, mas não esta sendo fácil para mim, nem um pouco.

- Eu não entendo papai, por que você dificulta tanto as coisas?

- Por que você acha que o único culpado disso tudo sou eu?

- Porque você só está enxergando um lado da história. Você não entende o que a Angie está sentindo, não entende pelo o que ela está passando. Para você, ela só está negando os sentimentos dela, por egoísmo. Mas não é isso.

- Então, o que é Violetta?

Olhei nos olhos do meu pai e reuni toda a coragem que eu tinha, para dizer-lhe o que eu sabia a algum tempo.

- Pela mamãe. Angie está fazendo isso pela mamãe, papai. Porque antes de te amar, ou, antes mesmo de me amar, ela amava a mamãe. E esse é o motivo, pelo qual ela sofre tanto em aceitar que te ama.

Pov. Angie

Acordei atrasada. Tinha 20 minutos para chegar ao Studio. Por que Pablo não tinha vindo me buscar? Fui para o banho. Por mais que eu quisesse demorar, tomei um banho rápido, por causa da falta de tempo.

Não estava um dia bonito, o céu estava coberto de nuvens e eu tinha certeza que mais tarde iria chover. Quando cheguei na cozinha, minha mãe estava arrumando a mesa com o café da manhã.

- Bom dia!

- Bom dia, mamãe. – falei tentando disfarçar um sorriso. – Você não precisava se preocupar com isso. Eu estou atrasada.

- Senta filha.

- Mas, mamãe...

- Pablo passou aqui mais cedo e ele disse que Antonio te deu o dia de folga. Vai ser melhor para você...

- Voltar a minha vida, mamãe. Eu não vou parar a minha vida por uma coisa tão...

- Angie... – ela falou docemente.

- Obrigada por tudo – levantei pegando uma torrada e dando um beijo em sua bochecha, - mas eu vou voltar a viver a minha vida.

Sai de casa comendo minha torrada. Eu não quis pegar meu carro, então fui andando para o Studio. Cheguei 15 minutos atrasada. Todos os alunos estavam em suas respectivas salas, contudo, quando entrei na minha sala, meus alunos não estavam lá.

Estava indo atrás do Pablo, quando vi Camila, vindo em minha direção.

- Angie? – ela disse surpresa.

- Camila! Onde vocês estão? Nós temos aula agora.

- Sim, eu sei Angie, mas ontem Pablo nos avisou que você não viria e que era para nós irmos a aula do Gregório ou do Beto.

- Faz um favor para mim? – Ela concordou com a cabeça. – Avisa que quem perdeu a primeira aula comigo, pode repor no segundo horário, se quiser.

- Claro. Ãh... Angie – ela começou a falar, meio incerta. – Você está bem?

Tentei sorrir e respondi:

- Estou sim, obrigada.

Enquanto Camila ia andando em direção a sala de dança eu fui em direção ao escritório de Pablo. Ele estava sentado atrás da mesa, todo atrapalhado com os papéis.

- Angie? -  Ele exclamou surpreso e veio em minha direção.  Ele abriu os braços e eu o abracei. – Angélica, não te avisou?

-Sim, ela me avisou. Mas eu preciso voltar a viver a minha vida. Não é qualquer coisinha...

- Angie? – Antonio exclamou entrando na sala. – Pensei que você não viesse hoje.

- Trabalho em primeiro lugar. Antonio, me desculpe por ontem. Eu devia ter avisado, ou...

- Não se preocupe, com isso – ele disse carinhosamente. – Mas, você não quer mesmo voltar para casa?

- Não, não Antonio.  Obrigada, mas agora eu preciso ir preparar a aula.

Pov. Violetta

Estávamos ensaiando uma versão acústica de Juntos Somos Más, quando Camila interrompeu a aula.

- Licença Beto.

- Aaaah! – o professor gritou jogando todas as partituras para cima. – Você me assustou.

- Desculpa. É que a Angie pediu para avisar que, quem perdeu a primeira aula com ela hoje, poderia substituir fazendo a segunda aula.

Cochichos se espalharam pela sala. Olhei para o teclado, onde Leon estava me observando com atenção.

- Gente, gente silêncio! Vocês estão meio agitados, nós continuaremos a aula amanhã. - Beto se levantou e derrubou duas cadeiras que estavam por perto.

Depois que perceberam que Beto estava falando sério os alunos foram guardando os instrumentos e saindo da sala.

- Pode deixar – Leon falou pegando o violão da minha mão. Ele guardou o violão e parou na frente da cadeira que eu estava sentada. – O que foi?

- É que...

Nessa hora escutamos alguma coisa caindo. Beto estava sentado em sua mesa, todo atrapalhado com um pandeiro e um baixo. Leon  estendeu a mão e eu entendi o que ele estava sugerindo. Aceitei e saímos juntos da sala.

- Amor, o que houve?

- Eu tentei conversar com o papai, só que ele ficou bravo comigo.

- Mas a Angie voltou. Isso é um bom sinal, não é?

- Eu não sei. Da ultima vez que a vi, ela estava tão atordoada. Ela não queria falar comigo e depois, nem Pablo, nem minha avó me ligaram e eu não tenho a mínima ideia de como ela está.

- Calma pequena – Leon parou na minha frente e envolveu suas mãos na minha cintura. – Antônio não deixaria que Angie ficasse trabalhando, se ela não estivesse bem. E você conhece o Pablo, se alguma coisa estivesse acontecendo ele chamaria o corpo de bombeiro par levá-la.

Eu sorri.

- Só você consegue fazer eu me sentir assim – falei passando a mão em seus cabelos.

- Você é a única que me faz sentir, assim – ele me beijou intensamente. Teria ficado horas beijando Leon se um certo alguém, não tivesse incomodado.

- Violet! – Ludmila falava sorrindo, da sua forma mais cruel.

- O que você quer Ludmila? – Agora Leon estava do meu lado e sua mão, se repousava na minha cintura.

- Ai Violet, eu não quero te trazer problemas, mas olha quem vem ai. – Ela não tirava esse sorriso irônico da cara.

- Papai? O que você está fazendo aqui? – Leon soltou minha cintura rapidamente, porém em vão. Meu pai nem se importou comigo. Estava indo em direção a sala dos professores, quando deu um encontrão no Pablo.

- German, o que você está fazendo aqui? – Pablo perguntou com um misto de raiva e curiosidade.

Pov. Angie.

- Muito bem Nathy! Sua técnica foi incrível! Parabéns. – Por mais que eu tentasse, o clima na sala estava muito pesado. Não tinham muitos alunos na classe, mas todos aqueles olhos, me olhavam como se em qualquer momento eu fosse passar mal. – Olha, eu não sei o que falaram, mas a única coisa que eu preciso agora é que vocês cantem. Certo? Esqueçam o resto, apenas cantem.

Eu me posicionei no teclado e comecei a tocar a melodia que Violetta havia escrito há algumas semanas atrás. Comecei a cantar.

Hay algo que tal vez deba decirte...

Es algo que te hace muy, muy bien

Fran, Cami, Nathy, Maxi, Napo e Broduey continuaram com a música.

Se siente tan real está en tu mente

Y dime si eres, Quien tu quieres ser

Tómame la mano ven aquí,
el resto lo hara tu corazón,
No hay nada que no puedas conseguir,
Si vuelas alto...

Hay mil sueños de colores…

Quando eles começaram a cantar o refrão, comecei a cantar junto.

No hay mejores, ni peores,
Solo amor, amor, amor y mil canciones, Oh.
Ya no hay razas, ni razones,
No hay mejores, ni peores,


Solo amor, amor, amor y mil opciones,
De ser mejor...

Do nada, eles pararam de cantar e olharam para a porta, que estava atrás de mim. Olhei para trás e avistei a última pessoa que imaginava  estar no Studio 21.

- Com licença, você está atrapalhando a minha aula – me aproximei da porta para fechá-la, porém ele se meteu no meio impedindo minha ação.

- Angie, precisamos conversar.

- Aqui não é a hora, nem o lugar. Agora com licença que eu preciso continuar minha aula.

- Então tá bom – ele falou entrando na sala e sentando-se em um puff. – Eu espero.

Por um momento fiquei sem reação, encarando-o.

- Napo, Broduey nós temos que encontrar o Gregório para ensaiar.

- Não, – eu falei fechando a porta. – A aula não acabou.

Eu não daria para German o que ele queria. Ele ia esperar e essa seria uma longa aula. Tirei os olhos de German e olhei para os alunos. Eles não sabiam o que fazer, mas eu era a professora ali.

- Certo, nós ainda temos 20 minutos de aula. Vamos mudar um pouco o ritmo. Para a próxima aula, eu... eu queria...

- Com licença. - Mais alguém estava interrompendo a aula. – Podemos, assistir...

As palavras de Violetta se perderam quando ela avistou German sentado na sala. Como a porta estava aberta e eu estava sem reação, os alunos saíram da sala. Desde que Violetta abrira a porta eu mantinha meu olhar no chão. Quando todos saíram, inclusive Violetta, peguei minha bolsa e fui em direção à porta.

- Angie, espera. – German segurou meu braço. – Nós precisamos conversar.

- Não. A manipuladora, mentirosa e o que mais? Ah, é. A manipuladora, mentirosa e egoísta precisa trabalhar.

Saí da sala, me segurando para ficar calma. Entrei na sala dos professores que estava vazia, deixei a bolsa em cima da mesa e sentei na cadeira.

Quem German pensava que era para invadir meu trabalho assim?

Pov. Pablo

Angie sempre foi forte. Eu devia saber que ela não pararia a vida dela por causa disso. Ela não me disse o que havia discutido com German, mas depois de tantas idas e vindas, ela não ficaria assim por nada. Quando German apareceu no Studio, fiquei sem reação. Eu só quero o bem da Angie. Mas e se não fizer bem a ela essa conversa?

- German, o que você está fazendo aqui?

Eu o olhava atentamente. Ele não iria fazer um escândalo, não aqui no Studio. Ele não parecia estar com raiva, porém não estava calmo.

- Pablo, eu preciso falar com a Angie.

- German aqui não é o lugar.

- Eu não posso deixar a Angie assim. Você me disse...

Nesse momento Angie começou a cantar. não sei se German já tinha escutado Angie cantando, mas sua voz era irreconhecível. Ele olhou em direção a sala de canto e foi para lá. Pensei em impedir, mas não consegui tomar uma atitude.

Fiquei vendo German abrir a portar e entrar na sala. Um tempo depois Violetta abriu a porta e em questão de segundos, todos os alunos deixaram a sala. Violetta e Leon foram os últimos.

 Não deu um minuto e a porta se abriu novamente e Angie saiu de lá quase chorando. Dessa vez eu tive uma ação e a segui até a sala dos professores.

Ela não notou quando entrei na sala e fechei a porta de leve.

Angie estava sentada olhando para o nada, com uma cara triste.Quando ela começou a chorar me aproximei, virei sua cadeira para mim e me ajoelhei em sua frente.

- Angie. – eu limpei a lágrima que escorria pelo seu rosto. – Você precisa admitir. Não pode fugir disso o tempo todo, não para sempre.

- Mas eu tentei Pablo... Eu tentei – ela estava tentando se controlar. – Ele me chamou de...

- Shhh, calma Angie. – eu a abracei. Ela encostou a cabeça no meu ombro e voltou a chorar.

De repente a porta se abriu e eu e Angie olhamos quem entrava na sala. Percebi que Angie passou a mão pelo rosto rapidamente limpando as lagrimas que escorriam.

Respirei fundo. Por mais que doesse, eu tomaria uma iniciativa.

- Eu não sei o que aconteceu entre vocês e pouco importa. – comecei lançando um olhar severo a German. – O que importa é que vocês não podem continuar assim. Você, – falei olhando para Angie, - não pode continuar assim. Todos sabemos e te ver assim não machuca apenas a mim. Machuca a Violetta, o Antônio, os alunos. O Studio. O Studio não tem a mesma energia, se você fica assim. Admitam, admitam que se amam e parem de fazer essas burrices. Sou seu amigo, Angie. Eu digo o que vocês não querem dizer, o que vocês não querem aceitar. – fui andando em direção a porta, entretanto, antes de sair parei ao lado de German (que não tirava os olhos da Angie) e disse. – Faça a coisa certa dessa vez.

E sai. Agora eu não podia fazer mais nada. Nada além de dar aula de canto, no lugar de Angie.

Pov. Angie

Não sei quanto tempo fazia que Pablo havia saído da sala, mas German continuava me olhando. Eu não chorava mais, porém algumas vezes, sentia uma lágrima escorrendo.

- Angie, me desculpa... – ele começou a dizer, mas o interrompi.

- Claro, por que é o que eu sempre faço. Você some com a minha sobrinha por 12 anos e eu te desculpo; você me expulsa da sua casa, eu volto e te desculpo; eu falo que te amo, você se faz te indiferente, e eu... eu te desculpo; eu tento acertar as coisas e você me chama de manipuladora, mentirosa e egoísta e você quer...

German foi chegando mais perto e quanto mais ele se aproximava, mais eu andava para trás, até que bati na parede. Em um segundo, eu estava sentindo seu perfume, e no outro ele me beijou.

Eu não queria mais negar isso. A dias eu sonhava com esse beijo, mas agora ele parecia tão superficial.

- Precisamos conversar...

- Mas não aqui, German.

- Não posso esperar, Angie.

- Aqui é meu local de trabalho, vamos conversar...

- Na praça, agora Angie, por favor...

Eu não peguei minha bolsa nem nada. Passei mais uma vez as mãos no rosto e abri a porta da sala dos professores, indicando que era para ele sair.

Ele parou e me olhou como se dissesse: “eu vou, mas você vai junto”. Sai da sala e ele me acompanhava do meu lado.

Não tinha ninguém nos corredores. Escutava a banda dos meninos ensaiando Cuando Me Voy e escutava Francesca e Nathy cantando Juntos Somos Mas.

É incrível como os maiores rivais, podem se tornar amigos através da musica. A música muda as pessoas. Acho que era disso que German precisava. Música.

Caminhamos até a praça em silencio. Chegando lá eu sentei no banco e olhei para as árvores.

- Angie, olha pra mim – ele falou carinhosamente.

- Para que German? – falei ainda olhando para o outro lado. – Para você olhar na minha cara e me chamar de egoísta?

- Não Angie, quero que você olhe para mim, para eu dizer que te amo.

Eu fiquei sem reação. Ele colocou a mão no meu rosto e olhei para ele. Meu coração começou a bater mais forte, eu não sabia o que esperar. Não quando se tratava de German. Começou a ventar forte e eu estava com frio. German não estava com casaco, mas ele se aproximou e me abraçou. No mesmo instante eu me esquentei, como se alguma coisa dentro de mim, gritasse para sair.

- Angie me desculpa, eu sei que eu errei e errei muito, mas eu estou aprendendo com os meus erros. Eu percebi que não posso viver sem você. Desde o momento que você entrou naquela casa, desde o momento que te vi no meu escritório, senti algo que jurava que nunca mais iria sentir. Noite retrasada eu fui um idiota...

- Idiota? – eu interferi saindo do seu abraço. – Você sempre faz as coisas parecerem simples...

- Angie, quantas vezes eu vou precisar pedir desculpas? A gente não consegue, já tentamos inibir esse sentimento, mas não conseguimos.

Eu olhava nos olhos dele e ele nos meus.

- E a minha culpa? E o sentimento de traição? Como eu fico?

German levou sua mão ao meu rosto e acariciou minha face. Ele foi chegando mais perto e eu não demonstrei nenhuma reação. Fechei os olhos e senti seu perfume, que tanto gostava. Quando senti sua boca na minha, não pude evitar, retribui o beijo. Meu coração batia forte, sentia sua mão no meu cabelo.

Quando começou a chover, olhamos para cima e quando ele voltou a olhar para mim, encostei minha testa a dele.

- Eu te entendo, e eu vou estar aqui para sempre – ele se levantou e estendeu a mão. – Vamos, você não pode ficar na chuva.

Não aceitei sua mão, porém quando me levantei coloquei meus braços em sua nuca e o beijei. Ali na praça, onde tínhamos comido maçãs carameladas, depois de tantas brigas, embaixo da chuva, selamos nosso amor com um beijo profundo e apaixonado.


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Notas finais do capítulo

PERGUNTINHA PARA VOCÊS LEITORES:
Gente, eu queria fazer uma pergunta. O que vocês preferem, capítulos curtos mais frequentes, ou capítulos maiores? Por exemplo, eu poderia ter cortado esse capítulo em dois (eu até sabia onde) e ter postado um hoje e outro amanhã. Mas agora eu postei ele inteiro, e o próximo acho que só terça... O que preferem?
Ai, gente que coisa mais fofa né? Eu sou meio apaixonada por beijos, embaixo da chuva e essas coisas...
Bom, comentem, elogiem, falem mal, deem ideias, acompanhem, favoritem... Enfim... Fiquem a vontade...
Se quiser falar comigo sabem, onde me encontrar.
Desculpe por qualquer erro, e desde já obrigada!
Beijos, Dudabi!