O Fantasma escrita por L N Oliveira, Mandy Sants


Capítulo 6
Todos merecem uma segunda chance.


Notas iniciais do capítulo

E ai galera?? Fiquei um tempinho sem postar mais aqui está outro capitulo para vocês, espero que gostem e comentem. Nos vemos lá em baixo.



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    Ele me encarou de repente sem expressão. Algo que eu falei o teria magoado? Ou o deixado com raiva? A minha preocupação começou a aumentar conforme os segundos se passavam. Durante minha vida inteira nunca vi os segundos demorarem tanto para passar se transformando em uma longa e angustiante eternidade, finalmente ele expressou alguma reação, mas não foi o que eu esperava. No meio da escuridão um sorriso irônico se revelou entre seus lábios o que me deixou confusa e ao mesmo tempo apreensiva.

      – Mas o que uma humana poderia fazer contra vampiros? – questionou ele com um tom de acidez na voz. Por incrível que pareça comecei a rir, uma reação bem estranha do normal.

      – Acredite em mim posso ser bem mais útil do que você pensa. – resmunguei com acido na voz contra atacando-o. Ele pareceu surpreso com o que eu acabei de falar, de repente hesitante ele me encarou.

      Seus olhos azuis pareciam pegar fogo, brasas em meio à imensidão de água, angustiante. Podia perceber a pequena discussão interna que ele estava tendo, algo que eu não conseguia definir, mas sabia que era serio de mais. Peguei-me de repente presa em seus olhos azuis, tão profundos quanto o oceano poderia ser de repente agora calmo. Perguntei-me se ele podia enxergar o que havia de mais profundo em mim, se tinha algo mesmo lá.

       – Não posso destruir sua vida. – ele sussurrou baixinho seu rosto se inclinando na direção do meu. – Seria pedir de mais.

       Estávamos muito próximos agora, ele tinha sua testa encostada na minha de forma que pudesse enxergar meus olhos mais de perto, podia sentir sua respiração ainda que distante batesse contra minha pele. Franzi meus lábios, mostrando o quanto desaprovava a ideia.

       – Isso não seria sua escolha. – eu disse, encarando seus olhos com coragem. – Seria minha.

       Por uns breves segundos pude ver um sorriso torto começar a aparecer em seus lábios, mas desapareceram rapidamente. Sua expressão tornando a ficar seria porem dessa vez suas sobrancelhas estavam unidas, e os lábios franzidos em uma linha rígida e fina.

       – Estaria disposta mesmo de desistir da sua vida para ajudar um vampiro condenado? – perguntou ele, suas palavras me fazendo tremer por alguns instantes.

       – Sim. – eu disse rapidamente. A palavra saindo como reflexo rápido de mais. Ele abaixou o olhar e um sorriso misterioso se estampou em seus lábios. – Sim eu te ajudaria. – eu sussurrei com confiança, coisa que jamais tive. Algo nele me fascinava, me fazia sentir forte. Senti um breve sorriso percorrer por minha expressão.

       – Por que faria isso? – questionou ele agora voltando a me encarar. Seus olhos me prendendo em uma armadilha. Como poderia mentir para aqueles olhos? Como poderia? O silencio que se seguiu foi um incomodo para mim. Eu não sabia o que dizer.

        – Todo mundo merece uma segunda chance não é? – eu disse. Senti minha pele corar conforme ele me analisava. Sua expressão se tornou novamente suave, mas em meio a tudo isso ainda podia ver em seus olhos o confronto interno que parecia massacrá-lo.

       Estávamos perto de mais, mas por ironia ele se inclinou ainda mais. Ficamos a centímetros, podia sentir seu cheiro de terra molhada com uma mistura de menta doce e embriagante. Podia sentir o calor de sua pele sobre a minha e sua respiração em minha pele. Por diversos momentos me perguntei se tudo o que estava acontecendo era real. Como era possível me apaixonar em tão pouco tempo? Simplesmente sentir uma grande atração por alguém que eu tão mal conhecia, e ao mesmo tempo parecia conhecer a muitos séculos? Como era possível o poder que aquele sentimento tinha sobre mim?

      Depois de tudo o que aconteceu hoje como era possível eu não sentir medo da fera bem a minha frente? Como era possível não ter pesadelos com o que acabara de acontecer? As perguntas eram muitas, mas eram poucas as respostas que eu tinha no momento, apenas uma eu poderia entender. Eu estava ligada a ele, podia sentir isso.

       Ele hesitou antes de se aproximar de mim, podia sentir o calor de seus lábios próximos aos meus, foi quando ouvi um rangido na porta. Encarei o vazio que outra ora se encontrava Damon. Ele desapareceu como o vento que entrava agora pela janela aberta do meu quarto. Encarei o rosto de Stefan parado no vão da porta me observando com uma sobrancelha erguida.

      – Algum problema Bella? – questionou ele hesitante.

      – Não nenhum. – resmunguei com uma voz monótona me levantando do chão e me jogando em minha cama. Soltei um suspiro alto e exasperado.

     – Qual quer coisa avisa. – resmungou ele atordoado.

      – Pode deixar. – eu disse rapidamente, me sentindo exausta.

      Senti meu coração se agitar conforme me lembrava daquela tarde atribulada. Tantas coisas aconteceram. Em um momento eu acreditava que as historias contadas pela minha mãe eram falsas, que vampiros nunca existiram, e agora? Tudo mudou de repente as pessoas que me cercam se tornaram alvos do medo, como se eu tivesse vivido uma grande mentira, e agora finalmente descoberto a verdade, visse que o mundo era mais sombrio do que eu imaginava ser.

        Em meio a pensamentos acabei adormecendo sob a luz do luar. A brisa com o cheiro de terra molhada me envolvendo confortavelmente como um cobertor invisível.

        Acordei com os gritos de Stefan. Eu estava atrasada. Ótimo! Pensei comigo mesma. Sem tempo para tomar café da manhã corri me aprontar para mais um dia tedioso na escola de Mystic Falls. Vesti uma blusa xadrez da cor azul e lilás, junto com minha velha calça jeans surrada que tanto adorava e meus sapatos gastos pelo tempo. Sem nenhum animo desci as escadas temendo encontrar Renée em uma crise de nervos era obvio que Stefan havia lhe contado sobre meu acidente “misterioso”.

       Como eu a temia estava lá em pé de braços cruzados apenas me observando, mas não disse nada apenas estendeu a mão me entregando à chave de seu carro. Eu a encarei perplexa. Os ETs a abduziram? Pensei com um pouco de humor.

       – Usa o meu carro. – ela disse com a expressão seria. – E mais cuidado da próxima vez Bella. – assenti com a cabeça em um “sim” solene e sai para fora naquela manha fria.

       O caminho para escola não foi tão difícil quanto eu imaginei, apesar de me dar angustia com relação ao que acontecera ontem. A imagem da “Elena” no volante tentando me matar seria difícil de esquecer. Estacionei o mais longe do carro dela temendo a encontrá-la, mas sabia que isso seria inevitável.

        Enquanto descia do carro, uma pessoa estava parada ao lado da porta a minha espera. Pensei que deveria ser Elena ou Alice, mas senti meus olhos se arregalarem ao ver seus cabelos de cobre cintilando como um aviso de perigo. O mesmo garoto que me ameaçou.

       – Olá Bella. Como você está? – perguntou ele se aproximando de mim.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam??
Aprovado??
O que vocês acham que vai acontecer depois?
Comentem o que estão achando. Criticas e ideias são bem vindas também.
Beijos ate a próxima.