Uma Esperança escrita por Mileide
Notas iniciais do capítulo
Olá olá, mais um capitulo fresquinho!!
Boa leitura, vejo vcs la em baixo õ/
- E então Jun-sama, o que faremos agora? – perguntou Tatsunaga que ajudava a cuidar dos ferimentos do rapaz.
- Aquela garota acabou com você. – dissera o esquisito esverdeado, sabia ninjutsus médicos curando os órgãos afetados pelo ataque da Hyuuga. – Você não precisava ter pegado leve.
Jun olhava um ponto qualquer na paisagem destruída pela batalha a sua frente, seus cabelos castanhos voavam com a intensidade do vento, seus olhos claros demonstravam o quanto estava atordoado. Havia perdido para uma garota.
Primeiramente, sua intensão não era lutar. Queria conversar e saber por que estava sozinha e avisar que era perigoso viajar por aqueles arredores, havia muitos caçadores de recompensa e por ser Hyuuga e uma moça muito atraente estaria em perigo. Mas de repente ele se viu sendo atacado, tentava se defender a todo custo já que não queria lutar. Foi forçado a chuta-la quando percebeu uma brecha naquele taijutsu tão incrível. Mesmo sendo arremessada ela levantou rápido e se pôs em posição de luta, não teve jeito, teve que continuar.
E perdeu. Para uma garota. Garota...
- Quando eu vê-la de novo... Não terei pena só por ser menina!
[...]
Na academia ninja todos os alunos estavam sentados prestando atenção na aula de circunferência ninja, Iruka ensinava olhando sempre para uma garotinha que desde o começo da aula não tirava os olhos do caderno em sua frente.
- Então é isso pessoal, treinem arremesso de kunai com o exemplo que acabei de dar, certo?
- Hai! – disseram todos.
Depois que os alunos saíram à mesma garotinha continuava olhando o caderno com o rosto abatido.
- Gostaria de saber o que tanto prende sua atenção nesse caderno. – falou Iruka do lado da mocinha, percebeu que o caderno estava sem nenhum rabisco ou anotações da aula. Ficou preocupado, ela era um dos destaques da turma. – Aconteceu alguma coisa Hanabi?
- Iruka-sensei... – ela pareceu se ligar ao mundo que vivia, olhou para os lados e viu que ninguém mais estava ali. – Já acabou a aula?
- Faz uns cinco minutos.
- Gomen, irei me retirar imediatamente.
O professor a viu se levantar e arrumar sua mochila, ele conhecia Hanabi, sempre decidida, astuta e orgulhosa. Era uma verdadeira Hyuuga, nunca se deixando abater. Mas naquele dia, ou melhor, naquela semana ele a viu quieta, defensiva e deprimida. Parecia até uma boneca de porcelana que racharia a qualquer toque.
- Esse assunto cairá na prova escrita, então se esforce. – tentou incentiva-la, andou até sua mesa também arrumando suas coisas.
- Circunferência... – ela leu a palavra no quadro, não sabia nada daquele assunto. Sorriu ao lembrar-se de uma salvação para passar no semestre. – Não tem problema Iruka-sensei, a onee-san com certeza me ajudará e...
Iruka estranhou ela parar de falar tão repentinamente, a olhou e se surpreendeu ao vê-la abraçada na mochila chorando em silencio.
- Hanabi, o que houve? – ele correu até ela, era estranho presenciar aquela cena tão impossível, na opinião do sensei. – Diga! – insistiu preocupado.
- A onee-san me deixou... – ela fungou colocando a cabeça em cima da mochila.
- Hinata?
- Ela simplesmente me deixou, não perguntou se eu concordava com a saída dela... Ela é egoísta! Eu nunca a perdoarei! – chorou mais alto, assustando o professor que não sabia lidar com aquele tipo de situação.
- Hinata saiu da vila?
- Sim, semana passada.
Então era aquilo, ela se sentia abandonada. Hinata era o orgulho de Hanabi, ela sempre falava como a irmã era inteligente e esforçada, se gabava com os coleguinhas dizendo que a irmã era a moça mais bonita da vila da Folha, inúmeras vezes a ouvia dizer que queria ter o jeito de Hinata, habilidade e graciosidade.
Devia ser doloroso ver um ídolo, um porto seguro ir embora de um dia para o outro.
- Tenho certeza que Hinata teve um motivo importante para sair dessa maneira da vila. E conhecendo ela como nós conhecemos, ela voltará mais forte e inteligente. Você devia se esforçar para estar ao nível dela, não acha Hanabi? – aos poucos ela levantou o olhar para encara-lo, ficou comovido com os olhinhos e as bochechas banhadas em lágrimas. – Impressione sua irmã, mostre seu potencial. Né?!
- Arigato Iruka-sensei. – Hanabi limpou o rosto com o dorso das mãos. Sorriu sem mostrar os dentes, colocou a bolsa nas costas e andou até a porta. – Não darei chances que ela me ultrapasse, até porque sou o orgulho do meu pai. Ja ne.
E rapidamente a Hanabi que ele conhecia tinha voltado.
[...]
Por que mesmo havia saído da vila? Ah sim, para esquecer seus problemas pessoais e se focar no treinamento, que há dias não dava resultado. Suspirou cansada, devia achar um jeito para evoluir e não decepcionar seu pai. Mas as coisas estavam difíceis e o dinheiro acabando.
Pegou a bolsa pendurada em um galho de arvore e caminhou de volta ao sitio, viver sozinha era muito desconfortável e a deixava perturbada.
Mal sabia que estava sendo seguida, só percebeu quando já estava no portão da casa do terreno Hyuuga. Kuso! Que mania horrível de deixar a guarda baixa!
- O que você quer? – perguntou olhando para o alto de uma arvore, já tinha três kunais em mãos.
- Você é bem distraída. Não me surpreende de só ter sentido minha presença agora, estou a quase duas semanas vendo seu treinamento. – falou o senhor que desceu habilmente da arvore. Era humilhante ouvir aquelas palavras. – Não quero lutar. Quero treina-la.
Hinata o olhou surpresa, será que ele leu seus pensamentos?
- Por quê? – cerrou os olhos e endireitou a posição, não soltando as kunais.
- Quero que você lute com meu filho. Ele não aceita ser treinado por mim, acha que eu não o levarei a lugar nenhum. Por esse motivo busco desesperadamente alguém que necessite ser treinado. E pelo que vejo você precisa. – ela ergueu uma sobrancelha com tamanha revelação. – E muito. – completou.
- E-eu...
- Você controla bem sua circulação de chakra, sabe aumentar ou diminuir a quantidade, esse é seu único ponto positivo. Sua percepção e golpes são lastimáveis, podemos trabalhar nesses quesitos. Te ensinarei alguns jutsos de distancia já que seus ataques são taijutsu, sua defesa é regular, mas pode ser melhor. Sem contar que...
- Tudo bem! – ela o calou raivosa. Era estressante ouvir por outra pessoa seus defeitos como ninja. – Eu sou Hinata.
- Uma Hyuuga certo? – ela não respondeu, a viu apertar mais as kunais nas mãos. – Seus olhos te entregam. Sou Takiwa Shinji, seu mestre.
Era uma oportunidade, teria que confiar no senhor de cabelos grisalhos e olhos incrivelmente verdes. Sorriu, ela tinha uma esperança.
[...]
...
[...]
Havia se passado quase dezesseis meses e Hinata não dava noticias, Hiashi sempre mandava uma vez por mês uma equipe de ninjas Hyuugas verificar o sitio, e sempre traziam a mesma noticia: O casarão estava vazio.
Soltou o ar das narinas com raiva, Hinata sempre lhe trazia problema, se sentiu extremamente feliz quando ela lhe mandou uma carta na primeira semana dizendo que estava bem e instalada, e continuou dessa forma até quatro meses atrás. E desde então nada de cartas.
Mentia para Hanabi quando esta perguntava da irmã, falava que estava tudo bem. Ela elogiava Hinata e voltava para os treinos que haviam sido intensificados.
Os anciões o culpavam por tamanha irresponsabilidade, Hinata era da Souke, uma nobre, primogênita e sucessora. Andar sozinha fora da vila sem companheiros estava fora de questão. O ato de deixa-la ir sem os comunicar o trouxe uma tremenda dor de cabeça.
- Hinata... – Apesar de tudo, estava preocupado. Não com títulos ou repartição de família, estava preocupado como pai. – Fique viva, por favor.
[...]
- EU NÃO ACEITO ESSA MISSÃO! – gritou a plenos pulmões batendo na mesa da Hokage. – Vovó Tsunade, olhe para minha cara e ver se tenho paciência pra caçar gatos!
A Godaime estava com uma veia saltada da testa, aquele dia não tinha sido dos melhores. O sake que escondia de baixo da mesa havia acabado, tinha enormes papeladas para analisar e um rapaz compulsivo a sua frente.
- Pagaram para você procurar o gato, Naruto. Apenas saia e faça a missão. – ela disse tentando se controlar, mas a verdade é que estava louca para socar a cara daquele infeliz.
- NÃO! NÃO! NÃO! – ele continuava a gritar, fazendo a veia ter mais duas companheiras na testa da Hokage. – Eu jurava que a senhora tinha uma missão descente para mim, não vou sair daqui até poder bater em alguém!
- QUEM VAI APANHAR AQUI É VOCÊ SE NÃO SAIR! – ela não aguentou, aquele gênio daquele moleque a deixava fora de si.
- Tsunade-sama! – Shizune entrou na sala correndo com Tonton no colo. – Hiashi-sama solicitou um time de busca, ele oficialmente decretou o sumiço de Hyuuga Hinata.
Tanto Tsunade como Naruto olharam espantados para Shizune.
- Isso é serio Shizune-nee-chan? – perguntou o rapaz a encarando com os olhos apreensivos.
- Hai. – Ela colocou o papel com o selo dourado do clã Hyuuga na mesa da Godaime que rapidamente leu o comunicado. – E então Tsunade-sama, o que vai fazer?
Naruto estava abalado, a culpa persistia em incomoda-lo. Seu olhar estava vago, relembrando da imagem da garota, das palavras de incentivo, do comportamento tímido, das vezes em que estiveram juntos. Se ela estivesse morta, ele nunca se perdoaria.
- Chame Inuzuka Kiba, Alburame Shino e Haruno Sakura. AGORA! – rapidamente Shizune saiu às pressas.
- Vovó Tsunade...
- Você queria bater em alguém certo? – Tsunade pousou os cotovelos na mesa entrelaçando os dedos das mãos. – Fique mais um pouco, seus companheiros estão chegando.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então minna, como ja havia avisado, postarei com mais frequencia. Espero que estejam gostado da fic. Sugestões e criticas serão bem vindas!
Kissu no kokoro, ja neeee o/