O Outro Conto De Samara Morgan - 2° Temporada escrita por LoveFanfics


Capítulo 3
Capítulo 2 - Agora eu sou a assassina?


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii genteee!! Desculpem a demora, é que como as aulas começaram, não tenho muito tempo para escrever, mas saibam que não vou deixar vocês na mão! Divirtam-se!



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– Fale a verdade, Nathalie!
– Essa é a verdade!
Eu estava na delegacia criando confusão, para variar, mas não é fácil convencer um policial de que suas duas amigas foram mortas por uma garotinha assassina que sai de dentro da televisão. Meus pais também não acreditavam, ninguém acreditava, achavam que havia sido eu... ideia estúpida. Do jeito que as coisas estão indo, eu vou acabar na cadeia ou até mesmo, no manicômio.
– Não faz sentido o que você acabou de dizer! Isso é surreal!
– Mas é a verdade... Olha, nunca tinham ouvido falar nessa lenda, a lenda de... esqueci o nome dela...
– Samara.
– Isso! A lenda de que a alma dela está presa na fita e por um ódio profundo, ela mata pessoas.
– Ah, por favor...
– Me escute! O que falo é sério! Vocês tem que acreditar em mim!
Minha mãe se aproximou e pediu para conversar à sós com o policial e ele atendeu. Vi os dois em um canto sussurrando, acho que minha mãe estava tentando convencê-lo de me deixar ir para casa, mas ele sempre negava. Ela abriu a bolsa e tirou de lá quinhentos reais, entregou ao policial que sorriu, como sempre, minha mãe ganha na trapaça.
– Muito bem, Nathalie... - ele disse se sentando novamente. - Você pode ir, mas não arranje mais problemas, se não posso te levar para uma de minhas celas.
– Está bem.
Não estava com a mínima vontade de discutir, e para quê? Ele não ia ouvir mesmo... Eu e meus pais saímos da delegacia e entramos no carro de volta para casa. Meus pais não queriam falar comigo, afinal, achavam que eu era uma assassina. Por que ela não me matou? Por que Samara matou apenas Katniss e Mellody? Ela me pouparia muito sofrimento. Já não basta os meus pais que odeiam a filha que tem, ainda tenho que perder as minhas únicas amigas e ser conhecida como psicopata.
Encostei minha cabeça na janela, já era fim de tarde e quase todo o colégio estava ali para presenciar a cena. Todos me olhavam com desgosto, com caras de espanto, como se ainda não tivessem digerido muito bem a informação, eu também não. Os pais de Kat e Mel estavam lá também, chorando e gritando coisas como: “Sabia que você era má influência!” “Por que minha filha tinha que andar com você?” “Seu lugar é na cadeia!” “Assassina!”
Tive vontade de chorar, mas não podia bancar a fraca, não em público. Já estávamos perto de casa, minha casa ficava bem afastada do centro, praticamente no meio do nada, por isso ninguém acredita em mim, não havia testemunhas.
– Por que fez isso conosco? - vai começar...
– Mãe, eu te juro que não matei ninguém, foi a garota da fita!
– Chega dessa história, Nathalie! - meu pai gritou.
– É verdade...
– Não, não é! Você está usando essa história ridícula para poder esconder o fato de que você surtou e matou as duas.
– Eu jamais mataria alguém, muito menos as minhas amigas!
– Suas únicas amigas... - minha mãe pronunciou essa frase como se quisesse enfiar um punhal no meu coração e, metaforicamente, conseguiu. - Por que você não podia nascer normal? Por que não podia ser uma garota normal como todas as outras? Ter amigos, ir à festas, tirar boas notas... Você não consegue ser útil para nada, é como se fosse dinheiro antigo: algo que era para ser muito valioso, mas que hoje em dia, não vale nada.
– Para! - falei com lágrimas nos olhos.
– Não pararei de repetir isso até você tomar jeito, até ser normal!
Finalmente, chegamos em casa. Saí do carro e entrei em casa correndo, subi as escadas e me tranquei dentro de meu quarto. Apenas deitei na cama e deixei as lágrimas descerem em grande quantidade pelo meu rosto. O pior de tudo, era que ela tinha razão. Eu não era normal, não tinha nada que uma garota normal devia ter e isso é injusto. As únicas coisas que realmente me valiam à pena, eu havia perdido para aquela maldita garota. Sabe quantos anos eu tenho?! Dezessete! Estou o último ano do colégio e não consegui fazer amizade com ninguém que não fosse elas, nenhum garoto nunca se interessou por mim, nunca beijei e sou virgem. Tem milhares de motivos para as pessoas me sacanearem, eu sou um ser humano fracassado.
Corri até o banheiro e peguei o meu “amigo”: um pedaço de azulejo que havia desgrudado da minha parede há uns meses atrás. Sei que se Mel e Kat estivessem aqui, elas iriam estar brigando comigo pelo que estou prestes a fazer, mas elas não estão, não é? Me sentei no chão e passei de leve a ponta do azulejo no meu braço, já foi o suficiente para abrir-se um corte. O líquido de tom avermelhado ficava cada vez mais denso à medida que eu aprofundava o corte, uma gota escorreu pelo meu braço e caiu na minha perna, nunca havia me sentido tão aliviada. Ah sim, eu esqueci de falar um dos meus piores problemas: eu sou masoquista. Exatamente o que você acabou de ouvir, masoquista, pessoa que tem prazer em se mutilar. Meus pais sabem e isso só faz eles caírem em uma depressão maior e quererem me levar ao manicômio.
Quando ia iniciar outro corte, dessa vez no pulso, ouvi um barulho na minha janela, como se tivessem tacado uma pedra pequena só para chamar a minha atenção. Larguei o azulejo e corri para a janela escondendo meu corte, quando a abri, vi que lá embaixo tinha um garoto, ele estava de moletom e seu capuz não me deixava ver o seu rosto. Já eram seis e meia, já estava escuro e isso só piorava a minha situação.
– Quem é você? - perguntei, mas ele nem se deu o trabalho de levantar a cabeça, continuou imóvel.

– Me encontre na Biblioteca Nacional daqui há uma hora, sozinha... - ele disse e saiu andando, mas eu o impedi.
– Espera! - pedi e ele parou. - Posso ao menos saber o seu nome? - ele virou apenas a cabeça para mim, me deixando ver um pouco de seu rosto e me fitando com seus lindos olhos castanhos.
Josh...


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Notas finais do capítulo

Josh is back, bitches! Comentem! :D