You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 41
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap só porque eu tava louca pra postar, e o próximo só vai vir na semana que vem. Motivo: ainda não escrevi porém já está completo na minha cabeça.
Esse não vai contar da festa, eu meio que pulei pra faezr um pequeno suspense para vocês (fiquem curiosos para saber o que aconteceu, isso é uma ordem).
Eu quero muitos e muitos comentários, quero saber o que vocês acharam!



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Aquela pílula desceu pela garganta como se estivesse comendo pedra. Meu deus, como eu odeio ressaca. Já é ruim demais essa sensação de cansaço, dor de cabeça e corpo rígido quando eu tomo uma dose a mais do que deveria, mas a noite passada eu definitivamente exagerei.

Acordei hoje de manhã no sofá da sala, e um bilhete de Carly dizendo que foi o melhor aniversário de todos. Só se for pra você, amiga, porque pra mim isso foi é horrível. Tomei um banho, escovei os dentes, sequei o cabelo com a toalha e passei um creme para deixá-lo mais cacheado e me sentir bonita, mas nada adiantou. Eu ainda estava enjoada.

Achei melhor tomar um ar pra ver se melhorava, mas isso foi definitivamente uma má ideia. Eu mal andei duas quadras e voltei para casa, as pernas clamando por um sofá. E, cá estou eu, deitada e olhando pro nada.

Que ótimo. Segunda-feira eu tenho que voltar para o trabalho. Nada de filmes com o Freddie, nada de dormir depois das duas da manhã com o Freddie, nada de ficar de bobeira à tarde e fazer bolo de chocolate, também com o Freddie. O único momento em que nós poderíamos nos encontrar seria à noite, e eu nem poderia ficar acordada muito tempo porque no outro dia teria que voltar e trabalhar. Ótimo.

E tudo só ficou interessante quando ouvi meu celular tocando. Claro, era Freddie ligando para ver se eu já tinha acordado.

–Oi, anjo – ri. E ele riu também do outro lado da linha.

Ué, estava com tantas saudades assim?” a voz lenta e monótona de Harry invadiu meus ouvidos, e me fez suspirar.

–Ah, oi...

Então, eu estava aqui de bobeira e resolvi te ligar porque... Sei lá, porque eu queria conversar. Posso te buscar daqui a uns três minutos?

–Quer dizer, agora?! – não, não, agora eu iria ficar com o Freddie! Com o meu Freddie! De jeito nenhum iria me encontrar com o Harry. Ele disse que sim do outro lado da linha. – Eu não sei se vai dar...

Qual é, não vai levar muito tempo. A gente almoça em algum lugar.

–Harry, você tem certeza?

Não quero ouvir um ‘não’ como resposta. Me encontra em frente à portaria do seu prédio em alguns segundos” e desligou. Droga.

Não tive outra alternativa a não ser trocar de roupa e descer. Fiz questão de me deixar o mais simples possível: moletom cinza, calça jeans, tênis velho e o cabelo preso num rabo-de-cavalo. Tudo muito normal, e essa seria o último encontro com ele por muito tempo. Pelo menos, até eu contar a Freddie o que aconteceu no passado entre nós dois.

A cabeça já tinha melhorado um pouco quando entrei no Audi parado na calçada. Harry estava com sua roupa tradicional: camiseta branca com calça jeans. Ele sorriu e me abraçou forte por algum tempo enquanto dava partida no carro.

–Não sabe a saudade que eu tinha do seu cheiro. – disse baixo. Eu só concordei, balançando a cabeça. – Não é fácil ficar mais de uma semana longe de você.

Ok, ele está me testando, só pode ser. Nós dois fomos em silêncio até o restaurante perto de casa, enquanto eu pensava na melhor forma possível de pedir para que Harry se afastasse de mim. Ele fez questão de puxar a cadeira, pegar o cardápio e pedir o prato mais caro para mim. Harry nunca regulava a carteira. O garçom trouxe tudo rapidamente, e eu tentava deixar a boca sempre cheia para não ter que dizer nada.

–Achei algumas coisas duvidosas sobre minha mãe – ele disse. Eu arregalei os olhos, enquanto sentia as pernas tremerem. – Parece que ela se chama Anne e tem trinta e cinco anos.

–Anne? – foi tudo o que eu tive coragem de dizer. Tinha trinta e cinco anos.

–Sim. O último rastro que ela deixou foi em Los Angeles. Eu viajo no mês que vem com o Formiga, meu amigo irlandês, para ver se encontramos mais coisas sobre ela lá. – ele deu uma pausa. – Eu acho que vou encontrá-la, Sam. Eu sei disso.

–Todos torcemos por isso. Mas, por favor, Harry – engoli em seco. Ele me olhava, atentamente. – Se você achá-la, não se deprima. Ela foi quem não quis ficar com você. A culpa não é sua.

–Eu sei, Sam.

E nós dois nos calamos. Eu mexia na macarronada, sem vida alguma. Pelo menos, com essa viagem, Freddie e eu poderíamos ficar juntos sem a chance de Harry me ligar ou aparecer na minha casa assim, de repente. Sim, isso seria uma boa ideia. Será nessa brecha que eu vou contar a Freddie toda a verdade, sobre Harry e a maior besteira da minha vida. Claro, ele estará a mais de mil e oitocentos quilômetros de distância. Sem chance de Freddie, sei lá, resolver matá-lo a facadas.

–Me conta sobre a sua vida – Harry disse, me olhando.

–Bem... Eu... – não sabia ao certo como ele ficaria com a notícia. No entanto, era melhor mesmo contar a verdade antes que ele possa descobrir pela boca de outra pessoa. Harry me olhava, ansioso para descobrir o que eu ia falar. Fechei os olhos com força, e cuspi as palavras rapidamente. – Tô namorando.

Fui abrindo os olhos devagar, e Harry continuava lá, parado. Mas não sorria.

–Quê?

–Eu tô namorando. – repeti.

–Eu escutei! Quer dizer... – mexeu nos cabelos, suspirando. – Tá namorando com aquele guri de meio metro? O nerd?

–Freddie. – rosnei, e ele ergue as sobrancelhas. – Sim, estou com ele agora.

–E você me diz assim, com essa naturalidade? – sua voz começava a se alterar. Eu limpei a boca com o papel, ainda calma.

–Queria que eu te dissesse como?

–Eu sei lá, Sam! Eu... Da última vez que a gente se falou, eu te disse que estava apaixonado por você. E você só me fala desse jeito, sem nem me importar com meus sentimentos. – dessa vez, Harry parecia estar triste.

–Primeiro: você não está apaixonado. – ergui o dedo indicador. Depois, o médio. – Segundo: como você queria que eu te dissesse? E terceiro: você se importou com meus sentimentos quando tirou minha virgindade por diversão?

Ele demorou um pouco para finalmente lembrar do que estava falando, depois deu uma gargalhada alta e sarcástica para quem quisesse ouvir. Só o encarei, fulminando de raiva. Quem ele achava que era?!

–Eu tirei sua virgindade porque você quis. Ah, então você me culpa por isso?!

–Não só te culpo como te odeio por causa disso. Sabia que esse simples fato me faz perder a cabeça e sentir vontade de te matar? Não se esqueça que você mentiu para mim, falando que queria me fazer perder a vergonha dos outros, quando na verdade só queria me comer.

–Pelo amor de deus, né? – ergueu as sobrancelhas. Alguns casais do restaurante nos olhavam, mas não dei a mínima, já que aquela discussão ia demorar para acabar. – Eu estava sendo sincero naquela noite. Era só encostar na sua mão que você praticamente corria e se escondia pra baixo da mesa! – tudo bem, aquilo me fez corar de vergonha. – E eu propus aquela amizade colorida numa boa! Ah, deixa eu te lembrar: você aceitou. Quando um não quer, dois não transam. Não te forcei a nada. Então, tecnicamente, a culpa é sua também. Me diz, se não queria perder a virgindade, por que aceitou?

–Eu não sei! Eu juro que não sei! Eu achei que nunca mais ia voltar com o Freddie, achei que estava tudo acabado entre a gente... E você apareceu. Eu te dei minha pureza porque achei que você era o homem da minha vida.

Harry ficou quieto por um momento. Estava armazenando a informação. Não acredito, acabei de falar demais. Eu logo tratei de desfazer o engano.

–Mas eu descobri que estava errada. Eu o amo, Harry.

Sem nem ouvir o que eu tinha dito, ele segurou minha mão direita, se curvando para frente.

–Então me deixe ser o homem da sua vida, Sam. Me deixe amar você. Eu sei que você me ama como eu te amo.

–Está enganado. Eu amo o Freddie.

Aquilo soou egoísta da minha parte, como se não ligasse para seus sentimentos, como ele tinha dito antes. Harry largou de minha mão imediatamente, depois massageou a testa. Parecia arrasado, e prestes a explodir a qualquer momento. Eu mexia as mãos que estavam em cima da mesa discretamente, esperando-o voltar ao normal. Não muito tempo depois, Harry me olhou de novo.

–Não queria que você ficas...

–Já fiquei. – rosnou de volta. Me calei. – Eu quero arrancar a cabeça daquele gay escroto.

–Não, Harry, você não vai fazer isso. – eu logo tratei de dizer rapidamente, contudo Harry manteu um olhar fixo para baixo, enquanto pensava em mil maneiras de matar o Freddie. – Por favor, Harry. Por favor, eu espero que você entenda. Eu quero que você entenda. Eu, eu... Você é muito especial pra mim!

–Mudei de ideia. Vou embora semana que vem.

Meu coração parou, enquanto a boca tremia.

–C-Como assim “vai embora”? – a voz saiu ainda mais trêmula do que eu achei que sairia.

–Eu vou pra Los Angeles participar da investigação com Formiga já nessa próxima semana. Não tenho mais motivos pra ficar aqui.

–Não foi esse o sentido da minha pergunta e você sabe muito bem disso – estava passando de assustada para mais nervosa a cada segundo. – Como assim “vai embora”, Harry?

Ele hesitou antes de responder.

–Eu vou embora e não sei quanto tempo vou ficar lá.

–Har...

–Sam, não adianta falar nada! Você já tem a vida feita aqui! – gritou. – Tem um namorado perfeito, tem casa, comida e roupa lavada. Tem um trabalho e ganha bem. Será uma questão de meses pra vocês se casarem. E, depois de um tempo, vai engravidar. – Quê?! Casamento?! GRAVIDEZ?! Ele estava ficando louco?! – Eu não estou a fim de ficar assistindo a tudo.

–Claro que não, idiota! Nada disso vai acontecer!

Seu rosto colou perto do meu e eu dei um pulo para trás. Harry falava extremamente baixo agora.

–Eu sei que não vai. Mas eu juro que se ver vocês dois juntos vou dar uma surra tão grande nesse cara que vou deixá-lo paraplégico. – ele não estava brincando. Seu olhar era de ódio. – Eu vou pra Los Angeles e, quando sentir que estou preparado para conviver com a dor de ver a garota que eu amo nos braços do maior otário desse mundo, eu volto. Não adianta dizer nada para tentar me impedir.

Assenti. Claro que era melhor para nós três ficarmos separados, mas não queria Harry longe de mim. Muito menos a mil quilômetros de distância. De alguma forma, aquilo me atingiu.

E eu seria extremamente egoísta se pedisse a ele para ficar só para eu me sentir melhor, sendo que isso o faria sofrer.

Harry deu uma olhada em volta, percebendo que nós éramos o centro das atenções. Então, com poucos gestos, já tinha chamado o garçom e pago a conta do restaurante. Não deixei que ele me desse uma carona até em casa, parei antes de chegarmos no carro.

O sol batia forte em meus olhos, fazendo-os arder e me deixando com uma sensação horrível. O moletom estava me cozinhando. Eram quase duas da tarde, e em meu celular havia chamadas perdidas de Freddie. Eu precisava voltar pra casa antes de ele desconfiar de alguma coisa.

–Eu só quero te pedir – ele começou – para que não esqueça de mim.

–Não fale assim, você não vai ficar lá por muito tempo.

–Não sei , não sei mesmo, Sammy. – um sorriso se instalou em meus lábios assim que ouvi o apelido, que Harry nunca mais havia dito. Ele sorriu também. – Não é fácil aguentar. Parece que eu estou caindo aos pedaços toda vez que penso em vocês dois... juntos.

Sim, eu sei, Harry. Levaram meses até que eu saísse do estado deplorável. Ele me olhava de um jeito intenso, como se tivesse medo de dizer adeus. No fundo, eu sabia que não iria vê-lo de novo tão cedo assim. Aquilo era, com certeza uma despedida.

Meus braços automaticamente se enroscaram em volta de seu pescoço enquanto eu ficava na ponta dos pés, quase me matando para ficarmos na mesma altura. Harry agarrou minha cintura com a mesma força que eu o esguelava. O cheiro de seus cabelos entraram no meu nariz, enquanto eu afirmava com o pensamento que nunca esqueceria aquele aroma, aquele toque, aquela pessoa.

Harry me afastou, leve e sutilmente, fazendo-me olhar em seus olhos. E, não, também nunca esqueceria aqueles olhos me olhando como se eu fosse a joia mais preciosa desse planeta. Suas mãos seguraram as minhas bochechas, e por segundos percebi que Harry tinha seu olhar fraco, como se estivesse resistindo à alguma coisa.

Mas aquilo não podia acontecer. Eu estava namorando, eu estava com o Freddie.

–Harry, não é uma boa ideia... – sussurrei. Ele continuou em silêncio, procurando o que dizer.

–Por favor, Sam. Por favor. Por mim. – sua voz soou como uma súplica, enquanto acariciava minha pele sem parar. Mas não, de jeito nenhum. Freddie poderia estar ali, nos observando do outro lado da rua. – Sam, eu te amo. E se eu for embora sem isso, a única lembrança que vou ter será de você dizendo aquelas palavras lá dentro. Por favor, eu te imploro. Me deixe reviver esse beijo todas as noites que eu não estiver com você. Me deixe lembrar de você assim, em meus braços, fingindo que ainda é minha. Por favor.

Aos poucos, ele foi quebrando a distância entre nós. E foi só quando estávamos de narizes colados que desisti, suspirando. E sua boca tocou a minha. Eu sabia que isso era errado. Eu tinha certeza que Freddie ia descobrir, de um jeito ou de outro. Mas a mente não ordenou os membros. Tudo que eu fiz foi puxar seu rosto para mais perto de mim.


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Notas finais do capítulo


Qual é, eu não sou tão clichê a ponto de colocar Freddie do outro lado da rua. Tenha certeza que ele vai descobrir desse beijo de um jeito super mega original, eu juro.

E AÍ O QUE ACHARAM???? Sim, agora acabou Sarry de vez, também juro. Mas até para os Seddie shippers, esse momento foi muito fofo >


POR FAVOR COMENTEM NESSE E NO CAPÍTULO PASSADO. Beijo, amo vocês. dsgjsgndjhjd o próximo vai estar demais



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