You Belong With Me escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 30
Qual é o problema, Mark?


Notas iniciais do capítulo

Oizim... Percebi que não ia mais ter nenhum comentário e resolvi postar... LEIAM AS NOTAS FINAIS SE VCS SÃO TEAM SEDDIE!



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–Qual é o problema, Mark? – sussurrei, ainda passando a mão em seu rosto.

Ele logo cedeu, pegando ar para começar a falar.

–Eu... Eu estou com um contratempo, é só isso.

–Dificuldades na empresa? – ele negou, olhando para baixo. – Seja o que for, me fale. Eu prometo te ajudar de um jeito ou de outro.

Ele me deu um último olhar, pensando se deveria ou não me contar o que estava pegando. Goran colocou uma mecha de cabelo meu atrás da orelha.

–É complicado. É muito complicado. – falou, baixo. Eu assenti, esperando-o continuar. – Eu estou... prestes a fazer uma coisa que sei que vou me arrepender.

–Me conte. Eu te ajudo. – supliquei.

–Eu... vou cometer um crime. No fim de semana que vem. – arregalei os olhos, ainda esperando-o terminar. – Eu vou cometer um assalto ao banco central, levando todo o dinheiro lá de dentro.

Abri a boca, pasma. Isso não me impediu de ainda esperar, ajoelhada, perto da cadeira de Goran. O homem me olhou, passando seu medo a mim.

–Por que? Por que fará isso?

–Eu tenho que fazer. É uma longa história, que começou há mais de vinte anos atrás. – suspirou.

–Tenho todo o tempo do mundo.

Goran coçou os olhos.

–Tudo começou há muito tempo atrás. Eu era um adolescente, rebelde, não ligava pra nada. Mas aí meu pai se estressou comigo, me botando pra fora. Aí, tive que começar meu próprio destino. Eu fui entregador de pizza, office boy, tudo o que possa imaginar. Mas aí encontrei um cara, dizendo que me queria na empresa dele. Nós tentávamos fazer essa tal empresa crescer, mas não deu certo. A única saída foi pedir ajuda a um grande amigo, na época. Smith.

Ao ouvir aquele nome, olhei para baixo. Tinha nojo de tudo que vinha daquele homem nojento. A essa hora, deveria estar tentando tirar o pauzinho da mesa. Continuei a ouvir, atentamente. E as imagens passavam pela minha cabeça, fazendo um filme.

“Smith sempre foi um grande amigo meu. Quando eu soube que trabalhava numa empresa chamada Orange Studios, ele me ajudou, passando uma parte das ações da tal empresa mim. E eu as vendi, conseguindo dinheiro suficiente pra contratar alguns homens para trabalhar para mim. Mas Smith sabia que o presidente da tal Orange, Sir Marcony, estava de olho em tudo e acabou descobrindo a farsa. Marcony fez de tudo para conseguir as ações de volta, alegando precisar delas, mas sem nenhuma razão certa. Até que eu, um dia, me vi completamente encurralado, já que o tal lorde iria à minha casa no dia seguinte, quando fiz a maior burrada de todas.”

Goran deu uma pausa. Quer dizer que ele tinha realmente problemas com esse tal Marcony? Ele me olhou, depois continuou a contar.

“Marcony, além da empresa, chefiava um esquema de tráfico. Era o mais poderoso da Califórnia, o grande chefe. Eu acabei descobrindo isso, e o único jeito de conseguir me safar de tudo era denunciando seu trabalho. Com a ajuda de Smith, consegui fazer com que vários caminhões com cocaína fossem interceptados, e aquilo renderia milhões se tivesse dado certo. Foi assinar meu próprio atestado de óbito. Segundo Smith, Marcony ameaçou pegar cada um da minha empresa, me denunciar e fechá-la para sempre, mas não teve sucesso. Eu já havia aplicado as ações dele em toda a minha empresa, fazendo-a crescer e me tornando famoso em toda a América. Marcony não ficou nada feliz com isso.”

"Os anos se passaram, e eu tinha conseguido fazer com que ela crescesse, orgulhoso disso. Os negócios estavam indo às mil maravilhas, mas Marcony nunca havia me perdoado. Nunca fora de perdoar, e ninguém jamais havia visto seu rosto, a não ser os mais próximos dele. Quando, em uma noite, ele me ameaçou. Ligou com um celular descartável para mim, falando que eu deveria devolver tudo que eu devia a ele.”

Goran suspirou, ainda tremendo.

“Claro, eu recusei, dizendo que eu nunca faria isso. E Marcony riu do outro lado da linha. Depois de alguns minutos, pediu que eu fosse à cozinha. Foi a pior cena da minha vida. Lá estava minha mulher: morta com a mamadeira do nosso filho na mão. Isso foi um sinal.”

Que horror! Ele tinha matado a esposa dele?! Por isso que Harry nunca conheceu sua mãe! Por causa de dinheiro, esse filho da mãe arruinou a vida do Harry. Cresceu sem mãe. Uma mulher perdeu a vida, sendo que não tinha nada a ver com história nenhuma. A boca caiu. Era muita coisa para eu absorver. Só escutei o final da história, atenta à tudo.

"Foi o pior dia da minha vida. Eu, na hora, xinguei tudo e todos. Jogava as coisas para cima, gritando o nome de Marcony e me perguntando por que ele não tinha matado a mim e sim a minha esposa. Marcony é esperto, ele atinge justamente onde sabe que deixará uma ferida. Na hora, passou a ideia em minha cabeça de dar todo dinheiro que tinha a ele, para ver se me deixava em paz. Mas não poderia. Eu era orgulhoso e burro demais, e qualquer dinheiro que tirasse da empresa na hora iria fazer diferença. Poderia até levar-me à falência. A cada dia que passava, Marcony exigia mais e mais. Eu não sabia mais o que fazer, e já tinha visto do que Marcony era capaz. O que fiz foi mudar de Los Angeles, me exilando em Seattle, e pedir mais tempo a Marcony.

Smith, que antes trabalhava na Orange, veio para a minha empresa, mas ainda espionando Marcony, pois ele também poderia ser prejudicado se ele descobrisse a traição. Era muito querido de Marcony, quase como o braço direito. Me ajudava muito, ainda ajuda. E ele descobriu que o cara teria planos futuros contra mim se não devolvesse o dinheiro até o prazo final, e eu não tinha como devolver. Estava preocupado. Assim que Smith contou que Marcony iria me caçar até o inferno, ele conseguiu convencê-lo até um prazo final, que acaba no fim da semana que vem. É a nossa última alternativa.”

–É por isso que vai fazer um assalto? Para dar a ele todo o dinheiro? – eu comecei a ligar os pontos. Ele concordou, balançando a cabeça.

Sir Marcony não está de brincadeira. Ele matou minha mulher, Srta. Puckett. – murmurou, abaixando a cabeça. Eu não hesitei em fazer-lhe um carinho na nuca, enquanto o olhava com convicção.

–Eu sinto muito, muito mesmo. E juro que vou te ajudar em tudo que puder.

Eu sabia, eu sabia que ele estava numa enrascada! Esse tal de Marcony tinha até nome de mafioso!

–Só me dizer que eu te ajudo. – levantei-me, ficando de frente para Goran. Um sorriso fraco esboçou em seu rosto.

–Dizem que você já foi presa quatro vezes.

–Cinco, se contar direito. – ri. – Desculpe, eu mudei muito antes de vir trabalhar aqui, ok? Eu juro que mudei. Mas, se quiser, posso entrar nesse assalto com você.

–Eu adoraria, Samantha. Mas... – Goran apertou meu ombro, ainda desolado. – Se você entrar, não haverá mais jeito de sair. Não é brincadeira. É um roubo no banco mais importante de Seattle. Você pode ser morta lá dentro.

–Eu quero arriscar. O senhor tem sido muito bom para mim. O senhor é uma pessoa boa, Mark. Eu quero ajudar. Eu quero participar disso.

Goran me olhou mais uma vez, depois sorriu feito bobo.

–Já que insiste, vou te deixar entrar nessa. Pode ir para casa, só apareça aqui na sexta feira para tratarmos sobre isso. Você será a capitã da equipe. O roubo será no domingo que vem. Vá, vá, você deve ter mais coisas para fazer.

Dá para acreditar? Puckett está no mundo do crime de novo! Não senti nem um pouco de medo de um roubo. Seria fácil como abrir cadeado com grampo! Rodopiei, caminhando em direção à porta. Mas Goran me chamou alto, o que me fez virar repentinamente.

–Você tem que me prometer que essa conversa nunca existiu. Sei que é amiga do meu filho, mas nunca poderá contar nada a ele. Nada do que conversamos hoje. – seu olhar era sério, e Mark me apontava o dedo. Eu assenti.

–Minha boca é um túmulo. O senhor pode confiar em mim.

Joguei os cabelos para trás do ombro, abrindo a porta do escritório. Eu ia participar do esquema, e agora não tinha mais volta.


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Notas finais do capítulo

Eu, ultimamente, tô sendo movida a reviews. Tenho quase sessenta leitores, e vocês sumiram! Um "gostei, continua" faz diferença na vida dessa autora, sabia? O próximo (término de Freddie + bônus no final) sai com dez reviews. Tenham dó de mim :'(...Marcony mafioso e Goran cheio de sujeira embaixo do tapete KKKKKK Fala sério, eu acho até que o nome dele é nome de cafajeste!



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