-Não acredito que ela vai me fazer vestir isso. - pensei, em voz alta. - Carly, você não toma jeito.

-Veste logo e desce, estamos atrasadas! - ouvi, lá de baixo. Deve ter escutado.

Quando me olhei no espelho, parecia uma bonequinha. O vestido até que era bonitinho, mas só ele. Estava me acostumando a ser menina com as normas do trabalho, mas nem tanto assim. Ok, eu estava bonita.

-Sam?

-Estou descendo! - gritei, antes de colocar os sapatos

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Assim que desci as últimas escadasm encontrei uma Carly aflita, e já roendo as unhas postiças. Quando me viu, deu um grito, e me empurrou para o elevador.

-Até que enfim, loira!

-Tá achando que se arrumar é rápido? É nada, amiga. Demora e muito!

-Aham, sei. Vamos, o táxi está bem ali há meia hora.

O jovem moço do táxi estava mal-humorado, isso dava pra se perceber. Moreno, alto, com um boné velho, e dirigia um Santa Fe todo estiloso. Carly me jogou lá dentro, ditando o endereço. Só não bati nela (e nele)porque estava vestida comouma dama, e achei injusto para mim bater num homem mais velho com um cigarro na mão.

Seattle, cada vez mais bonita e bela, tinha as luzes refletindo nos caminhões. Claro, sexta à noite, todos estavam nas ruas. Casais, solteiros, velhinhos e eu. Que não me encaixo em nada.

Foi até rápido para chegarmos no salão de festas, o mais concorrido da cidade. Na porta, mais de três seguranças, e entrando cada vez mais e mais gente. Estava me sentindo ridícula e com vontade de vomitar. Quando desci do carro, aquela ânsia subiu pela garganta.

-Vamos, Sam! Esta noite promete!

Vi os seguranças, que só faltaram esticar o tapete vermelho para Calrs passar. Ideia do David, provavelmente. Form todos cordiais, cultos e educados, e até me deram um chocolate, que fui mascando-o até chegar no salão principal, onde tinha a foto dos dois enorme.

-Tem certeza que isso é uma festa de namoro e não de noivado? - gritei em seu ouvido, que mais pareceu um sussurro.

A música estava alta, e passava Sexy Bitch, do David Guetta. Era uma música agitada, muito legal. Sempre a ouvia quando estava sozinha em casa. Carly já tinha uma bebida na mão, e outra dando-me.

-Vamos, Sam! Divirta-se!

Eu a olhei, meio sem graça, e peguei a bebida. Na primeira golada, meu estômago pediu socorro. Na segunda, senti o vômito já na boca. Mas, na terceira, não dá para explicar. Uma sensação de prazer dominou inteiramente meu corpo. Parecia que tudo que estava ali era um parque de diversões. Era muito legal.

Fui explorando o local em busca de mais diversão, e tuo que achei foi gente e mais gente. Tinha uma piscina, e piso de balada, juntamente com os garçons. E foi um que me chamou a atenção, com seu tanquinho à mostra. Eu sentia meu corpo dançar e rebolar, mas não o mandava fazer isso. 

Estava quase perdendo a noção da realidade.

Música mais alta, algumas pessoas se atirando na piscina, garotas com suas coisas de fora. Foi o que me lembro. Tinha uma dançando que até veio para cima de mim, mas eu a empurrei, e ela caiu na piscina. Tinha muita gente.

Agora, a música que tocava era Low, do T-Pain e Flo Rida.