Ponto De Paz. escrita por keemi_w


Capítulo 8
Todos sabem de algo que eu não sei.


Notas iniciais do capítulo

Desmotiva postar capitulo e nao ter review :/ mas vou continuar postando porque o nyah diz que tenho 12 leitores uhuules. fantasminhas, apareçam! hahah



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- O que acontece se a gente misturar a poção Polissuco com a do morto-vivo? – perguntou Karen com um sorriso malicioso.

Era uma sexta, véspera do baile de Halloween, todas as meninas estavam loucas arrumando seus vestidos, maquiagem, perfumes, frufrus e blá blá blá. Enquanto isso, três outras garotas estavam no banheiro da murta que geme fazendo descobertas.

Não nos julgue, apenas estávamos entediadas.

- Mistura logo – falou Rose animada.

Karen então despejou as duas poções em um recipiente. Esperamos uns 15 segundos e começamos a ver os efeitos.

Eca!

Tinha formado uma gosma marrom e estava borbulhando, pequenas faíscas – sim, estava saindo fogo sem pegar fogo! – saíam de lá.

- Blargh – resmungou Rose. – Péssima ideia.

Jogamos tudo fora no vaso sanitário.

O porquê de estarmos fazendo isso?

Então... Não tem por que. Acho que tínhamos um estoque grande de poções que fizemos escondidas e nunca usamos e estávamos lá para jogar a grande maioria fora porque não nos seria útil.

- Acho que nós podemos ir, gente – falei. – Precisamos do “sono da beleza”.

Elas riram.

- Com certeza – completou Karen -, com direito a pepinos tudo mais!

- E os cremes milagrosos, não se esquecendo – elas riram.

- Somos diferentes delas, meninas – falei. – Mas agora é sério, precisamos ir porque eu marquei de jogar xadrez hoje com o Jay.

Karen e Rose logo se entreolharam cúmplices de alguma piada interna.

Hello! Eu perdi algo?

- Que olhada foi essa, Rose Weasley e Karen Parker? – perguntei estreitando os olhos.

- Nada, querida amiga – Rose deu de ombros.

- Você não me engana, Rose. Você deu aquele mesmo sorriso que dava para mim quando a Karen gostava do Luke ano passado.

- PAROU DE LEMBRAR DE DESGRAÇA – Karen gritou nervosa. – PASSADO É PASSADO, VAMOS VIVER O PRESENTE E TAL, LEMBRAM?

Rose riu.

- Bom, acho que temos alguém aqui apaixonado...

- Rose! – exclamei. – Você sabe muito bem dos meus relacionamentos e relações afetivas. Sabe que ninguém está bem vindo agora, depois dessa traição na cara dura.

- É... – ela concordou pensativa. – Talvez.

Então antes que eu pudesse pronunciar: “banana” ou “ahn?”, ela pegou o braço da Karen e saiu puxando-a para sair do banheiro da Murta-Que-Geme.

Então eu saí correndo atrás delas. Como sempre. E nessa corrida eu pude parar para refletir sobre o que Rose dissera. Bom, se ela sabia dos sentimentos de alguém e dissera isso marotamente para mim... Quer dizer que alguém gosta de minha linda pessoa. Mas se formos considerar que ela disse isso após eu falar sobre James... Isso quer dizer que...

Não, é impossível.

Afinal, nós éramos grandes amigos, e por mais que eu sentisse algo diferente quando ele tocava em meus cabelos, me abraçava e conversava comigo, eu sabia que não passaria de amizade. Nunca.

E outra, quais são as chances do meu melhor amigo gostar realmente de mim? Nulas! Ela deve estar falando de outra pessoa e eu aqui quebrando minha cabeça para achar mil e uma desculpas para falar que meu relacionamento afetivo com James não daria certo se fossemos namorados.

Opa!

Eu estou arranjando desculpas?

Não, essa é realidade, Marina. É a realidade!

Quando finalmente consegui quase alcança-las, elas estavam entrando no salão comunal, entrei correndo atrás delas e caí no chão. Quando percebi, James e eu tínhamos dado um “encontrão” fazendo nós dois cairmos.

E... Espera! James está cheio de lama.

- Desde quando lama está na moda, James? – perguntei assustada enquanto me levantava.

- Longa história, Marimari – falou revirando os olhos.

- Conta aí, manolo do pedaço – respondi.

Ele riu e também se levantou.

- Eu estava passeando nos jardins com a Renata e então uma gosma verde caiu em cima dela. – Arqueei as sobrancelhas. – Foi muito do nada, então eu olhei para cima e vi o encanamento daquele banheiro da Murta-Que-Geme que a Minerva estava tentando consertar e como não conseguiu deixou provisoriamente lá. Mas também não pensou nas consequências daquilo. – Oops! – A Renata ficou muito brava e fedida, teve um ataque de pelanca.

Ok, Marina. Não ria agora. Não ria.

- Então..? – incentivei-o.

- Eu comecei a rir da cara dela. Ela ficou nervosa, me deu um tapa muito forte no ombro e saiu correndo de perto de mim. Vai entender.

Foi aí que eu desatei o riso.

Caramba! Rose, Karen e eu fomos fazer loucuras com as poções no banheiro da Murta-Que-Geme, acidentalmente elas caem no cabelo da Renata que fica brava com James. Hilário! Okay, e a parte da lama?

Bom, foi o que eu perguntei para James...

- E a lama?

- Ah é... Quase esqueci, Renata tinha andado quase 10 metros já quando decidiu voltar e jogar um pouco de lama em mim. Justo hoje tinha que chover? Eu estava todo sensual...

- Quem mandou arrumar uma namorada psicótica? – perguntei rindo.

- Namorada? Prefiro morrer sozinho que ficar com aquela louca! Amanhã no baile vou ficar exclusivamente com vocês e, por favor, me protejam da Renata!

- Eita, Jay, calma! – falei colocando a mão em seus ombros, mas me arrependi porque minhas mãos ficaram enlameadas. – Você supera essa, cara!

E ele deu risada. Depois me deu um tapa no ombro. Mas tudo bem.

Quando olhei ao de redor da sala, vi Karen e Rose olhando para mim, depois trocando olhares cúmplices e dando risadinhas. Argh! Eu não acredito!

- James, você sabe por que a Karen e a Rose estão tão estranhas quando estamos perto? – perguntei sutilmente, só que não foi tão sutil assim.

James paralisou por dois segundos, mas logo se recuperou.

- Não faço ideia. Ahn... Vou tomar banho, a gente se fala amanhã. Tchau, Marina.

E bagunçou meus cabelos antes de sair correndo para a escada.

Eu, hein! Esse povo é estranho.

Por isso decidi me sentar ao lado de Alvo e ajuda-lo em poções, a única matéria que eu realmente sei mais do que esse gênio.

- Você está bem, Marina? – perguntou Alvo. – Por que está estudando em vez de estar com a Karen e a Rose?

- Ahn, elas estão armando um complô contra mim! – falei fazendo biquinho. – Dá para acreditar? Elas vivem dando risadinhas e trocando olhares e eu não estou sabendo de nada!

Alvo deu risada e voltou a se concentrar em poções.

- Por que você riu?

- Porque você está excluída! – e zombou da minha cara.

Cara, se até Alvo está debochando de mim então a coisa é complicada.

- E você sabe de algo que eu não sei? – perguntei estreitando os olhos para ele.

- Sim, feitiços.

- Estou falando sério, sabe do que a Karen e a Rose estão conversando? Sabe por que James ficou pálido de repente e saiu correndo?

Alvo tossiu engasgado.

- Ahn, estou precisando pegar... Meu tinteiro lá em cima.

- Seu tinteiro está aqui, Alvo!

- Não, eu quero... – ele pausou – Meu tinteiro que mamãe me deu. É.

- Mas você pode quebrar o galho com este.

- Eu realmente preciso ir, Marina.

E todo afobado saiu correndo fugindo de mim também.

Qual é? Eu estava fedida ou o quê?

Poxa, eu tinha tomado banho e coisa e tal, afinal, uma vez por semana é necessário.

Brincadeira.

Realmente estou encucada com os acontecimentos... Preciso me atentar mais nos detalhes que esses idiotas fazem passar despercebido... Grr! 


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