Ponto De Paz. escrita por keemi_w


Capítulo 3
Aventuras na "night".




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- FOI PERFEITO – gritei. – Foi muito mágico e teve direito até a borboletas no estomago! Ah!

Karen revirou os olhos.

- O nível de paixão é diretamente proporcional ao nível de sofrer, então tome cuidado, Marina – falou.

- Verdade, Mari, olhe meu estado com o Scorp para ver como são as coisas – Rose disse como se fosse a garota mais experiente do mundo.

Depois de eu desabafar – lê-se: eu falar, falar, falar e elas escutarem sem dar nenhum tipo de palpite útil – consegui me acalmar e descer para comer algo.

Como o jantar já tinha acabado, eu teria que negociar com os elfos... Eu já estava amiga de uma elfo chamada Maggie. Ela é fofa demais!

- Ei, Mag – sussurrei para nenhum dos outros elfos escutarem.

Ela logo veio ao meu encontro me dando um abraço do qual eu retribui.

- Comida? – perguntou.

- Com certeza, Maggiezinha!

Ela riu e me deu uma bandeja cheia de coisas da qual eu comi rapidamente porque estava com muita fome mesmo.

- Obrigada! De verdade – falei e ela assentiu com a cabeça, feliz.

Estava passando pelos corredores quando enxerguei uma luz se aproximando de mim, rapidamente corri na direção contrária, pois era um dos monitores da qual já estavam de saco cheio de me verem perambulando pelos corredores a noite e me dando advertências e castigos.

Eu sou um anjo, qual é?

Continuei a correr e puft, foi do nada mesmo que me perdi. Legal, Marina. Muito legal. Seu senso de direção é ótimo mesmo, está no colégio há sete anos e não consegue saber nem para onde está indo.

Ah, eu nem vou ter aula amanhã – graças a Merlin sábado chegou rapidamente -, vou aproveitar para conhecer Hogwarts melhor, aproveitar que é meu último ano, né?

Porém a inteligência aqui não lembrou que tinha uma varinha para guia-la pelos corredores e trombou em algo. Pera, em alguém!

- Pedófilo, tira as mãos de mim! – exclamei tendo em vista que estava com a mão na minha barriga. – Tira, tira, tira!

- Marina?

Ah, tá. É só o James me assediando.

ME ASSEDIANDO?

- EU PENSEI QUE NÓS FOSSEMOS AMIGOS, JAMES! – gritei sem querer e ele botou a mão na minha boca.

- Shh, sua louca! – falou baixinho e me ajudou a levantar. – Desculpa, eu não sabia que ia encontrar uma jovem de cabelos castanhos perambulando pelo mesmo corredor que eu em Hogwarts, tendo em vista que essa escola é tão grande que eu nunca passarei por todos seus corredores na minha vida inteira!

- Grosso.

- Besta.

- O que tá fazendo? – perguntei com naturalidade.

- Eu estava indo comer. Sabe como é, pegar uma comidinha extra pro gatão aqui ficar mais lindo e sensual do que já é – falou dando de ombros.

Essa era a peste que eu era obrigada a conviver por ser meu melhor amigo. ESSE É O PREÇO QUE VOCÊ PAGA SENDO UMA BOA AMIGA, ISSO SIM! Ter que aguentar seu amigo egocêntrico se gabando para você. Oh, yeah!

- Ah, eu também estava fazendo isso. Minha barriguinha clamava por comida – falei e só então lembrei da minha varinha, peguei-a. – Lumus. Aliás, Jay, foi bom nós termos nos encontrado porque eu preciso te colocar dentro das novidades da Mari gatinha aqui.

- Lá vem bomba. – E se sentou no chão. – Fala, garota.

Nossa amizade é baseada no amor, perceberam?

Sentei-me também.

- Então, JayJay...

E contei sobre o acontecido com Richard, também falei sobre minhas sensações ao beijá-lo e como fiquei nervosa com Rose e Karen por “me ignorarem”, elas não me ignoraram, mas eu estou na tpm e se eu digo que me ignoraram é porque me ignoraram.

- Que nojo, Marina. Ficar com aquele... troço! – cuspiu as palavras.

- Não foi você que ficou com ele, então cala a boca!  

- Ele beija bem? – perguntou curioso.

- Quer provar o beijo dele, Jay? Poxa, cara, eu ia te apresentar uma amiga legal, mas já que a sua praia não é essa...

James revirou os olhos.

Só então eu percebi a nossa situação constrangedora, sentados no chão de um corredor escuro, apenas iluminado com uma varinha e conversando sobre beijo. QUE LINDO.

- Você sabe o que eu curto, né? – perguntou fazendo cara de safado.

- Sei! Um grande tapa na cara.

E bati no rosto dele deixando uma marca vermelha.

- Por que você fez isso, Mari? – perguntou fazendo biquinho.

- Porque é legal o barulho que faz. PAFT.

Nós rimos.

- Vamos para o dormitório, gata?

- Só se for agora, gato! Para você e com você sempre. MIAU! – entrei na brincadeira fazendo-o rir.

Nós começamos a andar para o dormitório, rindo e conversando sem nos tocarmos que estávamos fazendo um certo barulho em demasia.

Esperem, esse barulho não é somente nosso.

Nós seguimos a direção de onde esse suposto barulho vinha e chegamos em uma sala totalmente escura se não fosse a luz das nossas varinhas.

Eu não estava preparada psicologicamente para ver essa cena.

Scorpius e Rose dando altos beijos.

- ROSE! – gritou James nervoso e ela se separou de Scorpius, ambos com os lábios inchados e com o cabelo desgrenhado. – Não acredito no que estava vendo! Vou mandar uma coruja agora para Ronald e Hermione para relatar o ocorrido!

Eita, James. Também vou contar dos pegas que você deu na Yara da Lufa-Lufa no mês anterior... Ainda bem que mantive isso apenas em pensamento.

- Ah, James – Rose falou aflita. – Você está exagerando. Nós só estávamos namorando, qual o problema?

- Namorar a luz do dia e não escondido ninguém quer, né? – perguntou furioso. – Você tem que tomar juízo nessa sua cabecinha de minhoca. E você – apontou para Scorpius -, você tem que aprender a como tratar uma dama, e não quase a engolindo! Se eu não aparecesse aqui não sei o que seria de vocês dois, daqui a pouco Rose apareceria grávida!

James e Rose saíram da sala discutindo nervosos e eu chamei Malfoy para mais perto.

- Seguinte, Scorpius, eu não sei porque essa rixa de família persiste, mas... Desse jeito vocês não conseguirão ser aceitos para a família um do outro – falei passando a mão pelos ombros dele e o guiando para fora da sala, como se eu fosse uma grande e velha amiga dele e não estivesse dirigindo a palavra a ele pela primeira vez na minha vida. – Você tem que aprender a conquistar a garota e TAMBÉM os pais dela! Você sabe como Ronald é. Mas em relação a James eu consigo persuadi-lo ao contrário, mas tome cuidado da próxima vez.

Scorpius bufou furioso e explodiu num desabafo:

- Eu não sei mais o que fazer para conquistar Ronald. Ele quer lançar uma adaga em meio peito sempre que Rose me chama para almoçar lá. Rose e eu namoramos há um ano, Marina, acho que nós deveríamos ter o direito de fazer certas coisas.

- Não – falei o surpreendendo. – Olhe, Scorpius, eu posso parecer meio careta, mas vou te mandar a real da parada. – Estou parecendo um garoto sem noção quando fico falando essas gírias. – É o seguinte, se vocês fizerem... isso agora, pode apostar que vai perder toda a graça do namoro. Porque quando você consegue tudo o que quer, as coisas não vão ter mais aquela... “magia”.

Scorpius parou um pouco para pensar e assentiu. Mas eu sabia que ele fizera aquilo apenas para ir logo para seu dormitório.

- Okay.

- NÃO TÁ OKAY, NÃO! – gritei nervosa. – Você vai me escutar e vai levar esses conselhos para a tua longa vida!

- E se eu não quiser?

- Então eu mesma conto para Ronald o que vocês estavam prestes a fazer!

- Então não é conselho, é chantagem.

- Chame como preferir. Mas sério, Scorpius... Imagine só, se vocês podem fazer isso agora, por que iam querer continuar se relacionando? Para suprir as necessidades um do outro? Você tem que se ligar... Porque eu não quero ver Rose sofrendo! E para que antecipar se vocês têm a vida inteira para isso?

Scorpius ficou vermelho. Ah, agora eu tinha pegado esse menino no ponto fraco!

Quando terminei minha conversinha com Scorpius fui para o Salão Comunal e Rose e James discutiam no meio da madrugada. Legal.

- Calem a boca – falei chegando na parada. – Já falei com o Scorpius e eles não farão nada de errado antes do casamento e apenas com 47 anos. RELAXA, JAMES! E nem Rose vai instiga-lo para fazer algo fora desse dia do casório, não é?

Ela negou veemente.

James relaxou e eu sussurrei para ela que tinha se salvado por pouco e era para ir dormir. Ela subiu e James se jogou no sofá.

- Relaxa, filhote – eu falei bagunçando seu cabelo.  


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