Ponto De Paz. escrita por keemi_w


Capítulo 21
Ela é demais.


Notas iniciais do capítulo

Eu falei que não ia demorar para postar de novo!
hahaha aqui estamos com mais um capítulo! Não sou boa com cenas de aventura MUITO BEM trabalhadas, mas dei o melhor de mim e espero que gostem do capítulo porque eu adorei escrevê-lo!
Um beijão, leitores fiéis.



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– Com licença, Sr. Potter – um acanhado Peter entrou em minha sala.

Dei risada, ele provavelmente estaria brincando comigo com esse ar tão temeroso.

– Pode falar, sr. McNeev – respondi em um ar cordial também tentando não dar risada diante daquela figura.

– Ahn... O Sr. Jackson disse que tem uns assuntos para resolver com o senhor após o horário, se importa de ficar aqui até mais tarde? – o garoto perguntou sem me olhar nos olhos, o que achei muito estranho.

– Claro, Peter – respondi. – Pode voltar a ser o velho Peter, já saquei sua tentativa de soar educado, mas eu te conheço, você é um brutamonte com a educação de uma pedra. Mesmo assim eu gosto de você e todas as nossas brincadeirinhas ficam entre nós, okay?

Peter assentiu ainda olhando para baixo e saiu correndo da sala.

Ih, menino estranho, nunca se comportou dessa maneira. Principalmente comigo. Dei de ombros e continuei fazendo meus relatórios que o sr. Jackson havia me pedido. Acabei me distraindo com tantos papéis para organizar e nem notei que já havia se passado duas horas desde que Peter entrara em minha sala.

Meu turno acabara há meia hora, era o turno mais tardio de todo o Ministério. Decidi ir tomar uma água e percebi que havia pouca gente dentro do Ministério, apenas um grupo de garotas do Departamento De Criaturas Mágicas, mas que estavam de saída. Achei estranho o sr. Jackson ainda não ter ido me procurar, normalmente ele era muito pontual.

Decidi ir também ao banheiro e lavar meu rosto porque já estava com sono. Fiquei com a Mari até tarde conversando (Antes que vocês pensem que ficamos de amasso o tempo todo... Okay, nós ficamos, mas só durante algum tempo, depois conversamos).

Ainda estava achando o comportamento de Peter muito estranho, mas relevei e voltei para minha sala onde fiquei mais meia hora tentando entender por que quiabos o sr. Jackson quer falar comigo justo naquele dia e naquele horário. Poderia ser amanhã de manhã, mas ele queria complicar!

Que raça de chefe que não vale nada...

Estava distraído olhando para minha pilha de relatórios feita sem nenhum erro alfabético (sim, organizei em ordem alfabética todas as pilhas) e pensando como já estava sentindo falta do beijo de Marina quando a porta da minha sala se abriu quase que monstruosamente. Na verdade, fui muito eufêmico, porque foi aberta com tanta força que foi destroçada violentamente.

Coloquei-me de pé empunhando a varinha quando vi os mesmos seis rapazes (um deles me era familiares) e uma menina. Uma menina que conhecia muito bem.

Minha primeira reação foi atirar feitiços por todos os lados tentando libertar Marina de um loiro forte que a pressionava e fazia lágrimas saltarem de seus olhos. O que eles queriam com ela eu não sei! Comigo aposto que queriam algo relacionado ao Ministério, mas e com ela?

– Se afaste ou ela morre – um deles disse com bem calma, quase entediado e se apoiando na parede. – Nem tente alguma gracinha, Potter.

Parei de lançar feitiços e consegui me concentrar em algo além de Marina estar nas mãos de seis caras que pareciam perigosos e com feições e traços fortes, como se estivessem dispostos a lutar e tivessem treinado muito para aquele momento.

– O que vocês querem? – perguntei com falso ar de interesse.

Um deles, o mais alto e forte, veio em minha direção. Ele era moreno, tinha barba por fazer e várias tatuagens no corpo.

– Chave da seção restrita da biblioteca. Agora!

– Parabéns! – ironizei. – Vocês são realmente inteligentes. Capturam minha namorada e tentam me ameaçar para conseguir a chave da seção restrita sendo que nem sei diferenciar a chave da minha casa com a chave do meu escritório! E eu não tomo conta da biblioteca, apenas dos negócios do Ministério, mas acho que no plano vocês não levaram muito em conta o meu cargo aqui, não é?

O fortão em minha frente rosnou igual um cachorro do inferno e eu até ficaria assustado se eu não tivesse realmente interessado no plano muito bem feito dos desordeiros. Ah, como eu queria esmagar cada um com minhas próprias mãos.

Se bem que eu sabia muito bem onde as chaves da biblioteca ficavam, mas preferi não comentar.

– Não. É que você é o único idiota que daria sua vida e qualquer outra coisa por alguém que ama – ele cuspiu em minha cara e eu senti nojo dele. – Ande, a chave! Se não tiver, se vire. Nós temos a menina e você nada. Nós estamos em seis e você em dois, com um imobilizado. Não está em vantagem nem em momento de exigir nada. Vamos.

Olhei para Marina e seu olhar preocupado dizia para mim: “Não entregue, vamos lutar”, mas eu dizia na minha mente que deveria entregar a droga da chave para não encostarem nela.

Então, rapidamente uma ideia nasceu em minha mente.

– Tudo bem, vamos lá! – fingi falso entusiasmo.

Meu coração batia descontroladamente, era um plano arriscado, mas que tinha tudo para funcionar. E eu não queria pensar no que aconteceria caso não funcionasse.

Dirigi-me para os átrios do Ministério com o moreno segurando meu pulso para eu não fugir, quando passei por um dos corredores pude jurar que vi o verdadeiro Peter sorrindo e dando uma piscadinha marota para mim.

Era isso! Peter havia sido imobilizado e tinham feito uma poção polissuco para se passarem por ele, felizmente o peste acordara e iria me ajudar.

Por sorte o moreno e seus comparsas não perceberam isso e eu continuei andando até os átrios do Ministério, não fazendo ideia de como distrai-los até Peter agir. Sim, agora eu tinha um plano B.

De repente estagnei e olhei de novo para o cara loiro um pouco mais atrás de mim. Não era possível!

– Você é o colega de trabalho da Marina! – exclamei alto e perplexo. – E você a está sequestrando? O que há de errado com você, cara?

O loiro sorriu tristemente.

– Eu não queria, mas dei uma chance para Marina. Se ela tivesse aceitado um beijo nada disso estaria acontecendo, eu a teria poupado, mas não deu certo, Potter, nossa relação é estritamente profissional, não é, Mari? – ela estremeceu em seus braços. - Agora ande e nos obedeça.

Cerrei meus punhos com raiva daquele babaca. O que Victor ganharia em troca daqueles comparsas? E, afinal, seria muito mais útil quererem ir para a sala das profecias, não para a biblioteca...

Olhei para os lados e vi que Peter já estava azarando os comparsas atrás de Victor e o moreno alto que me prendia, fazendo os quatro ficarem atordoados e confusos. Peter e eu trabalhamos juntos várias vezes já, ele era o secretário que me trazia mensagens, mas no primeiro ataque deles também foi vítima e me ajudou a combate-los. Ele era um rapaz simpático, muito engraçado, tinha o cabelo um pouco comprido e escorrido e feições muito arteiras.

Continuei seguindo em frente tentando distrair o Victor e o moreno até que eles perceberam a movimentação. O moreno olhou para trás seguido de Victor, eu aproveitei a oportunidade para acertar um soco forte no queixo dele que caiu impressionado com a situação. Victor vendo a cena pegou Marina no colo e saiu correndo. Olhei para Peter que tinha uma expressão de satisfação no rosto por ter azarado os quatro comparsas sem a mínima dificuldade e assentiu para mim como se dissesse para eu ir atrás da Mari que ele cuidaria do outro.

Lembrei-me que a moeda de comunicação estava em meu bolso. Hermione tinha implantado essa tecnologia para que ao acionarmos o alarme da moeda, todos seriam notificados e também seria mostrada a localização do perigo. Então eu fiz isso, girei a moeda três vezes no sentido anti-horário e corri atrás de Victor.

Vi que ele apertara o botão para subir para o elevador de funcionários, entrou desajeitado com Marina socando suas costas e gritando pedindo para soltá-la. Infelizmente cheguei quando a porta fechou, mas pude ouvir minha namorada incrível gritando:

– QUAL É? VOCÊ NÃO ACEITA UM FORA, NÃO É, BABACA?


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Notas finais do capítulo

É isso! Por que Victor não é mais bonzinho? O que aconteceu com Mari e Victor no elevador? Como eles vão escapar da batalha? Tudo e isso e muito mais no Globo Repórter! Mentiraaa, semana que vem na PDP mesmo.
(ai, piada ruim!)
hahahahah beijos e comentem POR FAVOR, porque me ajuda mto! :]