Ponto De Paz. escrita por keemi_w


Capítulo 12
Bônus - Alguém que cuida de mim.


Notas iniciais do capítulo

Genteee, fiz um bônus pra vocês ♥ espero que realmente gostem. E embora o número de reviews tenha caído o número de leitores aumentou. Estou feliz, mas não deixem de comentar, por favor, é importante pra mim ♥ beijos.



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- Eu não acredito, Marina! – James exclamou e eu acordei assustada.

Quando fui perceber eu tinha dormido em cima da mesa da sala comunal, com vários livros na mesa e uma pena na mão.

- O que foi? – perguntei sobressaltada.

- Você vai se matar desse jeito! – ele falou nervoso. – Você está pálida, com olheiras, com o sono atrasado, parece um graveto de tão magra! Você deve estar ficando maluca, só pode! Hoje é domingo! Você passou a droga do sábado inteiro estudando e não se dá conta das consequências negativas! – Ele chegou mais perto de mim e fechou todos os livros com força e jogou a pena que eu usava longe. – Já chega, entendeu? – Ele pegou minha mão e me ajudou a levantar do chão. – Hoje você vai se distrair e espairecer. Antes, vai lá tomar um banho que eu vou te esperar aqui. Banho rápido, ouviu?

Fiquei meio assustada.

- Eu estou tão fedida assim?

- Chega de brincadeirinhas e vai tomar banho, te espero em quinze minutos antes de te arrancar daquele quarto a força, mesmo que esteja de toalha de banho! Não me interessa, vai logo.

- Orra! – exclamei. – Quem você pensa que é para me dar essas ordens?

- Sou a pessoa que te quer bem. Então me ouve pelo menos uma vez na tua vida e vai tomar banho que hoje você vai se distrair. Anda.

Estranhei o comportamento de James, mas não discuti. Ele só queria meu bem, realmente. Então tomei banho na velocidade da luz, coloquei uma saia qualquer, uma blusa e uma sandália. Meu cabelo ainda estava molhado, mas não dava tempo de seca-lo já que James ia me arrancar a força deste quarto.

Desci, e lá estava ele me esperando.

- Prontinho! – exclamei e ele se levantou do sofá.

- Vamos – decretou e me puxou pela mão.

James me levou até fora do castelo, em um lugar bem afastado do terreno. Mas muito afastado mesmo.

- Hoje, Mari, você vai se divertir! – ele exclamou feliz. – Accio Vassoura.

Espera, vassoura?

- James, você não está pensando em...

A vassoura apareceu flutuando.

- Sim, vamos dar uma voltinha.

- Não posso, você sabe que eu morro de medo de altura, James! – exclamei nervosa. – Sem contar que eu estou de saia.

- Eu não vou olhar, okay? E bom, você pode perder esse medo. Vamos, Mari, vai ser legal. – James me pediu com uma voz tão doce que eu não tinha como responder. – Sem contar que vai ajudar a espairecer, você vai conhecer um lugar super legal!

- Qual?

- O céu! – ele brincou. – Calma, Mari, pode voltar a sua cor natural, não precisa ficar pálida. É o seguinte, vou te mostrar umas paisagens legais... Que eu descobri assim que você ficou fissurada pelos estudos e me esqueceu, me jogou às traças.

Dei risada.

- Okay, só para eu não me sentir culpada.

Ele subiu na vassoura e eu subi também me sentando atrás dele.

- Agora segura em mim – ele ordenou.

Eu estava um pouco apreensiva para abraçar James tão intimamente, mas não há outro jeito.

Abracei-o por trás e ele alçou voo.

- Não olhe para baixo... – falou.

- Agora fale algo mais óbvio.

Mas a realidade é que eu estava de olhos fechados. Porém, a sensação de meus pés não encostarem no chão me dava uma baita de uma insegurança.

- Para de tremer, menina – riu-se.

- Não dá para controlar! – exclamei. – Sério, James, quero ir para o chão.

- Chora não, Mari. Já já você vai ver algo que recompensará tudo.

Okay, eu estava tão ocupada nos estudos que não percebi como James estava mais musculoso. Sem contar que me ocupava mais em não pensar nele como mais que um amigo. Mas tudo isso estava caindo por terra porque eu estava abraçando-o e podia sentir aquela sensação de paz que só ele me fornecia.

- Pode abrir os olhos, Mari – despertou-me de meus devaneios.

Ainda apreensiva, abri os olhos lentamente.

Aquilo era lindo!

Era um vale. Com as luzes do céu combinando perfeitamente com o gramado e refletindo no lago. Um tom alaranjado que parece mais fim de tarde, embora ainda não passasse das onze.

- É perfeito, Jay – disse esquecendo-me até que estava em uma vassoura em pelo menos uns duzentos metros do chão.

- Lindo, né? Precisava te mostrar – ele falou.

- Por que você não trouxe a Renata então?

- Porque a senhorita precisava se distrair.

Dei risada.

Voltamos tranquilamente para Hogwarts, mas como James quis dar uma volta melhor para aproveitarmos, chegamos na hora do almoço.

Quando sentamos no salão principal, James logo fez uma cara de: “Tenho uma brilhante ideia”.

- Não coma nada, Mari, eu já volto! – ele exclamou feliz.

- Espera, não era você que queria me entupir de comida? – perguntei rindo.

- Exatamente. Eu já volto.

Vixe...

Rose e Alvo se entreolharam sorrindo.

- O que foi?

- Naaaaaada! – prolongaram o máximo que podiam essa palavra.

- Falem logo, desembuchem!

- Nem se eu estivesse sob tortura – respondeu Alvo.

- Pensei que fosse minha amiga, Rose!

- Por isso mesmo! – falou misteriosa.

James rapidamente voltou com uma bandeja cheia de coisas deliciosas – as minhas comidas favoritas – e um sorriso de orelha a orelha.

- Você é doido, só pode – falei envergonhada.

- Vou considerar isso um agradecimento. Bom, na verdade... Agradeça a Mag. Ela estava preocupada com você – riu-se.

- Okay, mas você vai comer tudo isso junto comigo!

- Não, eu quero parecer normal diante Hogwarts inteira.

Comecei então a comer meu macarrão ao molho branco, depois passei para meu suco de melancia, comi muita batata frita e depois abri o brigadeiro que eu havia ensinado Mag a fazer. Uma delicia só.

- Acho que vou aceitar um pedaço esse brigadeiro – falou James rindo.

Entreguei o pote a ele.

- Oi, amor – Renata disse e deu um selinho em James sentando entre ele e eu.

- Oi – respondeu de boca cheia com brigadeiro. – Pronto, Mari, acabei com metade do seu brigadeiro.

Dei risada.

Continuei comendo o resto do brigadeiro até que Renata se sentiu excluída e saiu de perto dando um outro selinho em James.

Acabei de comer e James agora quis me levar até o salão comunal para eu relaxar.

- Obrigada, Jay, estou tendo um dia de princesa – agradeci.

- De nada, MariMari – respondeu apertando minhas bochechas igual minha tia avó faz.

Dei risada e me sentei em uma poltrona perto da janela para ver a neve derretendo, uma sensação muito gostosa e relaxante.

Ficamos em silêncio durante uns 10 minutos até que eu o quebrei.

- Sério, James, por que você é tão legal comigo enquanto eu sou tão chata com você? – perguntei.

- Você não é chata no sentindo de insuportável. Você é chata no sentido de me irritar e eu não conseguir ficar bravo contigo.

Sorri.

- Mesmo assim, minha amizade é meio monótona, fala sério – disse.

- Sua amizade é a melhor, Marininha! – ele disse bagunçando meu cabelo. – Senti sua falta com essa sua overdose de estudos. Nem conversamos mais.

- Sim, me conte como você está com a Renata.

- Eu ando me enjoando de sua presença cada dia mais. Vou terminar essa semana.

- Por quê?

- Ela é só um rostinho bonito.

- Assim como Richard?

- Menos otária que o Richard, mas é tipo assim – ele respondeu rindo. – Sem contar que está fazendo de tudo para eu ter ciúmes dela, anda abraçando todos os garotos que vê na minha frente. Parece que sou corno até.

Dei risada.

- Bom, Jay, faça o que achar melhor para você.

- Ela não me faz bem, Mari – ele assumiu. – Sinceramente, passar um dia te entupindo de doces foi mais legal que um dia beijando a Renata.

Sorri internamente.

Não criar expectativas, era isso que eu não podia fazer!

Mas com James fazendo e falando essas coisas é meio complicado.


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Notas finais do capítulo

É curtinho, mas feito de coração para mostrar como foi a vida da Marina pré NIEMs :D beijao