A Filha De Hades escrita por Morpheus


Capítulo 13
Tá... Eu sou o"bem precioso" de uma deusa? What?


Notas iniciais do capítulo

Bem... eu sempre loto as notas iniciais, mas hoje não.
Não deixou um review no capitulo anterior? Nunca é tarde.
Espero que gostem. Enjoy ;3



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Continuação Arya

A senhora me encarou, e mostrou seus olhos negros e dentes pontiagudos, abrindo um sorriso maquiavélico. Me faltou ar.

Não sei o que me deu, pela primeira vez eu fiquei apavorada.

- PARA O CARRO! – gritei desesperada – FREIA! FREIA AGORA!

O carro cantou pneu, mas depois parou. 

- Arya? – Nathan tirou o cinto e colocou a mão no meu rosto – Arya? Arya, pelo amor de Deus fala comigo.

- O que está acontecendo? – perguntou Travis

- E-eu estou... – minha voz falhava, meus pulmões imploravam por ar. – Eu.... preciso... só...

- Quer descer um pouco?

- Não... eu... – finalmente controlei minha respiração.

Olhei para onde a velha estava mas não á vi.

- Arya? – Nathan olhou para o mesmo lugar que eu. – O que você viu?

- Nada. É... é só o calor. O sol esta muito quente. Deve ter sido uma alucinação. Desculpe por ter assustado vocês.

- Não... ta... tudo bem. – Nathan respondeu e Travis concordou.

Natha colocou o cinto de novo, e ligou o carro. Me afundei no banco, e esfreguei a mão no rosto.

- Não se preocupe. – ele falou forçando um sorriso – Estou aqui.

- E eu também. – disse Travis

Sorri fraco e assenti. Olhei uma ultima vez para o local onde a velha estava. E finalmente, seguimos estrada.

Alguns minutos depois vimos o posto. E o carro que o Percy dirigia estacionado lá. Nathan parou o carro. Rodei os olhos pelo local, para ver se tinha algo suspeito. Não vi nada de mais. Tinha duas lojinhas de conveniência, um restaurante pequeno, alguns homens enchendo lavando um caminhão, um homem que provavelmente trabalhava no posto enchendo o tanque de um carro onde estava uma família.

Desci do carro e a procura de um banheiro.

- ARYA! ONDE VOCE VAI? – ouvi Nathan gritando. Mas o ignorei.

Finalmente encontrei o banheiro. Abri a porta com toda força. O banheiro era bem parecido com o da escola. O que me fez lembrar do Jey. Mas... tudo bem.

Apoiei minhas mãos na pia, como eu sempre faço, me olhei no espelho por um tempo. Depois, peguei um pouco de água e passei no rosto. Peguei a “Barra” da minha camiseta levantei e enxuguei o rosto.

Olhei para os sanitários, e todas as postas estavam fechadas. Mas, pelo o que parecia, não havia ninguém dentro deles.

Continuei olhando para o espelho, e ouvi um barulho. Vi no reflexo dois pés aparecerem por baixo da porta de um dos sanitários. A pessoa abriu a porta lentamente e me encarou.

- Mas o que..? O que você está fazendo aqui? – perguntei estressada. – Sua... velha maldita!
- Por acaso você sabe quem eu sou?

- Não. E não quero saber, obrigada.

Tentei sair do banheiro, mas a maçaneta não girava.

- Me deixa sair daqui. – pedi

-Não antes de me ouvir.

- EU NÃO QUERO TE OUVIR. – gritei – Já fui taxada de louca por sua causa. Ninguém acreditava em mim. Ninguém acreditava que eu te via. Como você pode? Eu tinha seis anos. SE-IS . Uma criança!!!

- Mas depois...

- Depois de tantos psicólogos que eu passei até meus dez anos. Quando eu finalmente entendi que não adiantava eu dizer que te via. E passei a ignora-la. – fiz uma pausa – Mas, lembra daquela noite, que eu tinha onze anos, e estava voltando pra casa depois de fazer um trabalho com uma colega? Você me seguiu. Eu vi. Mas te ignorei, pois eu comecei a achar que eu realmente era maluca!

- Mas não era.

- Eu sei... – serrei os punhos.

Ela me observou de cima a baixo.

- Era só isso? Então adeus! – falei

- Não. Não era.

Ela começou a se transformar. A roupa de idosa, deu lugar a um vestido preto de veludo até os pés, os cabelos grisalhos e emaranhados ficaram pretos e sedosos, seus olhos ficaram de um escuro completo. Tenho de admitir. Ela era bem bonita.

Minha cabeça estava mais confusa do que quando me encontrei pela primeira vez com Percy.

- QUEM É VOCE? – perguntei aos berros.

- Nyx... – ela sorriu – Imagino que já tenha ouvido falar de mim.

- Sim... deusa. Eu não consigo acreditar que todo esse tempo...

- Sim, era eu.

- O que você queria... ou melhor, quer comigo?

- Bem, na época em que sua mãe ficou grávida de você. Eu devia alguns favores ao seu pai...

- O que ele fez para você dever a ele?

- Isso não vem ao caso. Enfim, paguei a ele te concedendo um dom.

- Que tipo de dom?

- Não é o momento certo para...

- NUNCA É O MOMENTO CERTO PRA NADA POR AQUI! NUNCA!

- Não grite comigo garota! Eu apenas estava te vigiando. Vendo como meu bem mais precioso seguia...

- É isso que eu sou? Um “bem precioso”? Mas que merda é essa?
- ... só vim te dizer isso agora. – ela continuou – Porque, quero que saiba, que você é importante para mim. E não importa quantos terei que sacrificar nessa missão para que você sobreviva.

- Você não pode matar meus amigos... eu... eu morreria por eles.

- Sei disso querida... sei disso. Mas eu tentarei te ajudar o máximo possível.

- Eu não quero sua ajuda. NÃO QUERO.

Ela olhou profundamente em meus olhos.

- Você se parece muito com seu pai...

- E daí?

- Nada. Apenas... saiba que você saberá de tudo.

- Agora?

- Não. Primeiro o mais importante. Ache as pedras, salve seu irmão e etc.. – ela sacudiu a mão com desdém – Depois resolvemos isso.

- Então porque veio me dizer isso agora, sendo que não...

- Porque quero que esteja preparada para quando... – ela se conteve – Enfim minha querida... espero que... – fiquei tonta por um breve momento, minhas mãos começaram a suar frio. A deusa me olhou com... pena? – Acho que devo ir agora.

Antes que eu pudesse protestar, ela sumiu.

Fiquei meio tonta, e senti uma dor dilacerante na perna direita. Cai no chão, me encostei em um canto da parede. Me esforçando para não berrar de dor. Lágrimas escorriam sem permissão pelo meu rosto.

- Arya? Ah, finalmente. Todos estavam preocupados com você, Nathan disse que você tinha vindo... – Connor falou entrando no banheiro, e falando tudo isso num fôlego só, até que percebeu que eu estava chorando. – Amor? O que aconteceu? – ele correu e ajoelhou-se ao meu lado me abraçando.

- Acho que... é o elo. Minha perna está doendo muito!
- Calma... vai passar...

O abracei forte.

- O que você está fazendo no banheiro das mulheres? – sorri fraco – Sempre faz isso?

- Arya... você... – ele suspirou – Não, eu não faço isso sempre.

- Sempre?

- Nunca.

- Assim ta melhor...

Ele sorriu e eu afundei meu rosto na curva do pescoço dele.

- Esta se sentindo melhor? – perguntou

- Sim... - Minha perna tinha parado de doer um pouco. – Acho que já consigo andar.

- Sendo assim. Devemos ir. Antes que o Percy tenha um colapso.

- Nossa. Isso tudo por minha causa!?

- Claro Arya...

Ele levantou e estendeu a mão pra mim. A peguei. E juntos fomos para o restaurante.

X

- Foi só uma alucinação gente. Por causa do calor. – menti pegando uma batata frita e colocando na boca – Eu já estou bem.

- Arya, tem certeza que foi só uma alucinação o que você viu na estrada?

- Tenho Percy. Relaxa.

Terminei meu lanche em silencio. Diferente de todos que conversavam sem parar. Connor passou o braço e volta da minha cintura e deitou a cabeça no meu ombro.

- Ei, amor...

- Sim?

- Eu e Travis vamos ali.

- Ali onde?

- Na lojinha de conveniência. – sorri

Eu já sabia o que iam fazer. São filhos de Hermes. Não tem como negar.

- Tudo bem. Traga algo pra mim, está bem?

- Claro senhorita.

Assim ele e Travis saíram do restaurante.

- Então... Arya? Como foi estar em um porshe? – perguntou Lee

- Foi maravilhoso Lee. – respondi  indiferente

- Travis dormiu a viagem toda. – comentou Nathan

Pedi mais um x-burguer e comi. Enquanto esperávamos os Stoll.

- Mais um Arya?Vai explodir assim!
- Haha. – ri sem humor

Pagamos a conta. Peguei um Milk Shake pra viagem. (Sim, eu como muito mesmo, e daí?) E saímos do restaurante. O pessoal que estava com o Percy entrou no carro. Travis chegou com a mochila abarrotada.

Entramos no carro. Connor acenou pra mim e sorriu. Retribuí.

Afundei no banco, e comecei a cantar baixinho.

- Sabe quantas horas são? – perguntou Travis

- Sei lá... – respondi

- São seis e meia.

Travis agradeceu e afundou no banco de trás assim como eu.

- O que o Connor é seu? – perguntou Nathan quebrando o silencio. De uma forma bem desconcertante. Eu não gosto de falar sobre namoro, namorados, e derivados da palavra.

- Bem... ele é meu namorado.

Nathan apenas balançou a cabeça e não disse mais nada.  

Fechei os olhos apenas para sentir o vento. Mas acabei dormindo. Não tive nenhum sonho. Ainda bem, depois de tudo o que aconteceu hoje. Não seria uma boa ter pesadelos.

- Arya! – sentir-me ser sacudida. – Arya! Atya acorda. O milke shake vai derramar na sua roupa. – me remexi mas continuei de olhos fechados, quase dormindo de novo – ARYA! – Nathan gritou

- Oi? A-acordei. Calma. – falei em um pulo.

Peguei o copo, e comecei a beber, ainda com os olhos fechados por causa da claridade.

- Já estamos chegando? – tomei um gole.

Ele assentiu e apontou para frente. Com um esforço, abri os olhos. Que arderam e contato com a luz do sol. Forcei um pouco as vistas, e vi a placa: “SEJAM BEM-VINDOS A FLÓRIDA”. Sorri involuntariamente. Aquela cidade me preenchia de alegria, talvez porque eu nunca tinha estado nela antes, e não tinha lembranças ruins para me perseguirem.

- O que foi? – perguntou Nathan sorrindo também. – Vontade de ir a praia? – sorri

- Praia? Não. Não gosto muito se sol... calor... vou a praia, a noite.

- Então porque o sorriso? Boas lembranças?

- Pelo contrário. Nunca vim aqui.

Nathan ultrapassou Percy, e agora, eles nos seguiam.

Depois de uns dez minutos, paramos em frente uma casa. Quer dizer, pra ser mas exata, uma mansão; um grande casarão.

No jardim cheio de estátuas e com uma fonte, haviam homens carregando vasos de plantas, mulheres com pranchetas escrevendo algo rapidamente, algumas vans brancas estacionadas. Em uma delas se lia: GENEVIVE: DECORAÇÕES & BUFFET.

- Vejo que chegamos em um momento bem inoportuno. – comentei fazendo uma careta.

- Ah, não se preocupe, minha tia vai adorar nos receber mesmo assim. É que ela, é uma pessoa bem importante na Flórida. E amanhã, será o aniversário dela. Muita gente vai vir.

Continuei olhando para o jardim. Percy estacionou o carro ao lado do nosso. Saltei do carro. Todos vieram ao nosso encontro.

- Natha? O que está acontecendo aqui? – perguntou Annabeth.

Nathan explicou tudo.

- EBA! – exclamou Travis – Festa!

- Travis... – murmurou Percy – Nós não vamos fi...

- Ah vocês quem pensam. – Nathan o cortou – Minha tia vai fazer questão de vocês ficarem.

- Nós não temos tempo! Temos que salvar... – dei um beliscão em Diuly para que ela se calasse. – Salvar os animais.

Salvar os animais? Mas que bosta de desculpa é essa?

- Salvar os...?

- Pois é né gente... vamos entrar ou...? – interrompi.

- Ah, claro! Vamos.

Antes de batermos na porta. Uma mulher, que aparentava ter uns quarenta anos, veio correndo, quase caindo. Abriu a porta e abraçou Nathan.

- Oi Tia Marie.

- Querido... como você cresceu.... – ela passou a mão nos cabelos dele – ainda bem que veio para o meu aniversario.

- E eu ia deixar de vir?

- Caham. – pigarreei .

- Ham... tia. Eu trouxe uns amigos para dormir aqui por uns dias... – ele disse apontando para todos nós.

-  Tudo bem querido. Eu amo visitas. Ainda mais de adolescentes. São tão animados!!!

É, a tia dele é meio doidinha. Mas eu gostei dela.

- Oi jovens... meu nome é Marie Leplouff... – ela se apresentou sorrindo.

- Francesa? – perguntou Lee.

- Oui, monsieur. Ma mère était française. – [ Sim senhor. Minha mãe era francesa]. 

- Ravi de vous rencontrer dame Leplouff. Mon nom est Arya Spenc. – [Prazer em conhece-la senhora Leplouff. Meu nome é Arya Spenc.] falei estendendo minha mão a ela.

- Arya? Onde você aprendeu a falar francês? – perguntou Percy.

- Minha tia era professora de francês e espanhol. Aprendi um pouco com ela.

- Francês, espanhol e grego. São as línguas que Arya fala a mais. – comentou Connor e eu assenti, mesmo achando o comentário desnecessário. 

- Vamos entrando... – ela disse abrindo mais a porta e ficando no canto esperando passarmos.

A casa era realmente incrível, e grande. Muito grande.  A decoração estava sendo mudada para a festa.

- Será uma festa temática... – disse Marie orgulhosamente apontando para todo o Hall – um baile de mascaras.

- Ah, ficara lindo. Tenho certeza disso. Mas não sei se poderemos ficar... – começou Annabeth

- Ficarão sim. – ela disse convicta. – JOE! – ela gritou. E um homem de terno apareceu descendo as escadas

- Sim, madame...?

- Mostre aos meus convidados de honra seus aposentos.

- Sim senhora. Sigam-me, por favor. – o homem pediu. 

Me joguei na cama macia, e fiquei olhando para o teto por um tempo, pensando em como estaria o Nico nesse momento. Suspirei, e decidi tomar um banho. Já eram nove da noite, e o jantar seria servido daqui alguns minutos.

Liguei o chuveiro, regulei na água morna, fechei o boxe, e me sentei no chão, deixando a água cair sobre mim, relaxando.

Um silencio dominava. Pela primeira vez em muito tempo, eu não estava ouvindo rock durante o banho.

Olhei pela janelinha do banheiro, e a lua estava tão bonita e...

“BUM, BUM, BUM”

Escuto três batidas fortes na porta.

- Quem é? – perguntei

- Sou eu. Diuly. Preciso tomar banho Arya...

Eu e Diuly ficamos no mesmo quarto. Quanto aos outros eu não sei.

- Já estou saindo... – murmurei.

Desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e sai do banheiro.

- Pode ir agora madame. – falei.

Ela revirou os olhos e entrou no banheiro.

Peguei minha mochila para escolher uma roupa. Como estava um tempo meio frio, peguei uma blusa de manga fina(as mangas e as costas eram pretas, e no meio era dourada com uma águia preta)eu não sinto frio facilmente mas era melhor fingir que sentia, peguei meu short desfiado, minha meia calça preta rasgada, e um all star como sempre.

- DIULY. ESTOU DESCENDO. – gritei avisando-a.

Assim que abri a porta, vi Connor.

- Nossa, quase entrei! – reclamou ele – Demorou ein. Achei que tinha morrido. 

- Não pedi pra me esperar... – falei normalmente.

- Que isso amor? Desculpa.

- To só brincando... – ri – Eu sei que demorei.

Ele riu, e disse para irmos ao quarto da Annie, porque ele e Travis deixaram, uma surpresinha para ela.

- Connor... o que você fez?

- Vamos lá ver ou não?

- Vamos logo!

Chegamos na porta do quarto da Annabeth, e ouvimos gritos. Connor encostou a orelha na porta tentando ouvir melhor.

Annie abriu a porta com tudo, fazendo Connor cair de bunda no chão.

- PEEERCY! – ela gritava – ALGUÉM! SOCORROOO!!!

Ela estava desesperada que nem tinha me visto ali. Ela batia o pé no chão e sacudia a cabeça freneticamente.

- Hey... Annie? Fica.. – eu não conseguia parar de rir da cara dela. – Annie, eu-eu to a-aqui. Me fala o que aconteceu.

Pelos deuses, vocês deviam ver a cara dela. 


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Notas finais do capítulo

Entããão? O que acharam?
Deixem um review, seu dedo não vai cair amore. :D
Sugestões e até MP'S são bem-vindas.



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