Testemunho 1:

Dinnah era uma garota inesquecível, talvez pelo fato de ser diferente e misteriosa em relação às outras pessoas, tinha cabelos pretos e compridos, uma pele pálida e lindos olhos negros e profundos. Sim seus olhos, inconfundíveis, sombrios me davam arrepios ao encontrá-los. Seu sorriso, forçado, triste e raro, através dele era possível notar que ela sofria por dentro. Às vezes me pegava pensando o porquê da pobre Dinnah ser assim tão fria e sombria. Conhece-la muito pouco, sempre tentei chegar perto e conversar com ela, mas isso ficara apenas em meus desejos, pois Dinnah mudou para outro país, depois disso, nunca mais ouvi falar dela, para mim, Dinnah sempre foi e será um mistério nessa vida.

Testemunho 2:

Toda madrugada durante horas uma moça bela, de cabelos longos e negros, pele pálida e sempre triste, ia para um pequeno cemitério da cidade e ficava olhando para um pequeno espaço vazio no cemitério, um lugar que eu iria cavar para o próximo cadáver que fosse aparecer, mesmo eu sendo um simples coveiro sempre quis saber o motivo de aquela linda moça ir lá, sempre de luto, sempre triste. Nunca tive coragem de ir lá perguntar pelo menos seu nome.

Isso acontecia todas as noites durante a madrugada, sempre a mesma moça no mesmo lugar.

Em uma sexta-feira de outono durante o dia, não contive a curiosidade e fui cavar naquele lugar, para minha surpresa, não havia nada lá. Então, por que aquela moça ia lá? Será que era louca? Fiquei no mistério. Esperei a madrugada pela moça para finalmente conversar com ela. Mas nessa madrugada, ela não veio. Havia dado 10 minutos após a hora de sempre e nada, entretanto eu ouvi no rádio que estava ligado, uma moça tinha sido assassinada. No dia seguinte, veio o corpo dessa moça e quando olhei no caixão, era ela.E na cova, estava escrito o testamento:

“Aqui jaz Dinnah, uma jovem vidente que conseguio prever sua própria morte”. E foi lá, naquele lugar que ela sempre ia olhar toda madrugada, na mesma hora da sua morte que o corpo foi enterrado.