Angel escrita por Dayane Alves de Oliveira


Capítulo 17
Capítulo 17




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/335135/chapter/17

Angélica continuou fazendo o trabalho e Raphael desenhando. Á muito tempo não se viam, e nem se quer tinham mais vontade de conversar um com o outro. A divertida infância que passaram juntos agora parecia apenas um sonho distante.
Novamente ao parar para descansar, finalmente ela olhou para o relógio e viu que já passava das dez da noite.
–Eu tenho que ir! -Explodiu ela.
–Mas e seu trabalho??
–Você pode imprimir e me dar amanhã? Minha vó já deve estar em casa!
–Ta bom, eu faço isso.
–Muito obrigado por hoje, de verdade.
–De nada, quando precisar eu estou aqui em frente. -Disse ele piscando pra ela.
Ela sorriu e foi embora, atravessou a rua correndo ao ver que realmente a vó já tinha chegado.
–Angélica? Onde você estava? -Perguntou a vó- E porque está tudo escuro aqui?
–Faltou energia e eu fui caminhar um pouco.
–Hum... Mas tem energia nas outras casas... estranho. - Disse o avô.
–Eu não sei nada sobre isso. -Disse Angélica tentando se mostrar o mais inocente possível.
–Hum... Vamos dormir, amanhã vemos qual é o problema. -Disse a vó.
–Ótima idéia! Boa noite pra vocês! -Respondeu Angélica indo para o quarto.
Ela foi tranquilamente para não levantar suspeita, e invadida por uma repentina felicidade, dormiu muito bem nessa noite.
No dia seguinte, logo pela manhã, a vó á fez se levantar muito cedo para varrer o quintal.
Reclamando muito, ela foi com muito má vontade. Enquanto varria, sentiu alguém se aproximando, se virou e viu Raphael.
–Bom dia. -Disse ele, sempre com um lindo sorriso.
–Oi... -Falou ela surpresa.
–Então, eu imprimi seu trabalho. -Disse entregando á ela as folhas.
–Obrigado...
–E... você deixou suas roupas lá também. -Disse lhe estendendo uma sacola de papel que deviam ter as roupas.
–Posso te pedir um favor?- Disse ela sem pegar a sacola.
–Claro.
–Você pode ficar?
Ele ficou confuso e disse:
–Tá... mas acho que não servem em mim essas roupas.
Ela deu risada com ele e respondeu:
–Á tarde eu vou na sua casa e pego.
–Tá bom então...
–Certo... tchau.
–Tchau.
Ele foi saindo mais confuso ainda e ela gritou:
–Meu trabalho!- correu até ele e lhe entregou as folhas. -Muito obrigado.
–De nada.
Angélica voltou correndo pra dentro de casa.
–Angélica! -Gritou a vó. -Ela gritou junto:
–Ahhhhhhhh! Que foi vó? Você me assustou!
–Por que se assustou? Estava fazendo algo errado?
–Por que eu estaria fazendo algo errado? Eu sempre tenho que estar aprontando por acaso?
–Não! É que... - A vó reconsiderou e disse- Ouvi vozes lá fora, com quem estava conversando?
–Ninguém.
–Ninguém?
–Quer dizer... Um vendedor, eu disse que não queríamos nada.
–Ah...
–É só isso?
–Sim. Quer dizer, não; eu vou até a cidade, quero que faça o almoço pro seu avô.
–Tá.
–Tá... tchau.
A vó saiu e ela foi para a cozinha fazer o almoço do avô.
–O fios estavam ruídos... Disse ele entrando na cozinha logo depois.
–Sério?- Respondeu ela tentando se mostrar surpresa.
–É... acho que uns ratos roeram os fios que já estavam antigos mesmo...
–Hum...
Ele prosseguiu falando do concerto, quanto ia custar e etc, durante o almoço. Angélica fingia atenção até terminarem.
O avô foi tirar uma soneca, e aproveitando que Natália e a tia também não estavam em casa, Angélica tomou banho, se arrumou, e como disse, bateu á casa á frente.
Raphael atendeu:
–Oi. -Disse sério.
–Vim buscar meu trabalho. E minhas roupas.
Ele á encarou um instante e entrou para buscar o que ela pediu.
–Aqui. - e lhe entregou ao voltar.
–Obrigado.
–Tchau. -Disse ele fechando a porta.
–Espera... você tá bem?
–Te importa?
–Claro.
–Você não perguntou hoje de manhã.
Ela se deu conta do porque da frieza dele e disse:
–Me desculpa, é que...
–Sua vó não sabe que somos amigos nem quer que isso aconteça?
–Mais ou menos...
–Tudo bem, eu imaginei. Talvez seja mesmo melhor nem ficarmos perto de novo. Boa tarde.
Ela segurou a porta:
–Se for melhor pra você por mim tudo bem. Mas pra mim não!
–Você tem que obedecer ela.
–Eu não obedeço nem minha mãe. Ela não tem direito de fazer isso.
–Hum...
–Me desculpa.
Ele olhou pra ela ,sorriu e disse:
–Quer dar uma volta?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.