Canon Malfoy escrita por Bella P


Capítulo 3
Marcando Território




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MARCANDO TERRITÓRIO


A dor desceu pela sua espinha de maneira bruta, causando arrepios em seu corpo e antes que ela pudesse abrir a boca para protestar lábios cobriam os seus com violência, os atacando de maneira faminta e sem perdão. Suas mãos se fecharam em um punho, agarrando-se ao tecido da camisa do loiro sobre si e dividida entre empurrá-lo ou trazê-lo para mais perto, ela permitiu que ele continuasse a subjugá-la. As mãos de Draco deslizavam pelos seus quadris, pernas e aos poucos puxavam para cima o tecido da sua saia, permitindo acesso as suas coxas que ela reparara fazia algum tempo que atraía extremamente a atenção do marido.

Ar começou a faltar em seus pulmões e quando pensou que iria sufocar, Malfoy afastou-se de si, agora direcionando o seu ataque para suas bochechas, deslizando os lábios úmidos pelo seu pescoço e começando a chupar e morder a pele sensível, a deixando vermelha e ocasionando o que seria mais tarde uma bela mancha roxa. Suspirou, abrindo as mãos que apertavam a camisa e as deslizando sobre o peito largo dele, as levando até os ombros e depois cruzando os ante-braços na nuca do rapaz.

Sentiu ser mais imprensada na parede contra a qual foi jogada. Através da porta podia ouvir os sons de passos e pessoas conversando e seu coração acelerou ao pensar na loucura que estava fazendo. Havia aparecido no Ministério para resolver alguns problemas pessoais em relação as dívidas ainda pendente dos Greengrass, a alguns bens que foram tomados pelo banco e acesso a cofres bloqueados, quando encontrara com Draco no meio dos corredores. E, para a sua surpresa, imagina com quem ele conversava?

Com a sua irmã.

Daphne tinha prometido encontrá-la para ajudá-la a resolver tais problemas da família. Ambas as irmãs depois de casadas lutavam para poder restabelecer o que um dia foi a fortuna dos Greengrass, usando como capital de apoio o dinheiro cedido pelos maridos por causa do contrato de casamento. O problema era que tudo o que Daphne queria era recuperar bens perdidos, mas não se preocupava em saber como mantê-los. Astoria não estava disposta a depender eternamente da boa vontade de Draco para não perder novamente o que seu pai apostara em jogatinas. Queria recuperar os negócios dos Greengrass, trazer de volta para as mãos dos herdeiros legítimos as empresas que por gerações ficou sob o nome deles. Mas Daphne não estava disposta a trabalhar, como sempre, apenas queria aproveitar os frutos dos esforços dos outros. E isso a irritava.

Quando percebeu que a irmã estava atrasada para o encontro com os advogados e credores que tinha marcado, saiu a cata dela pelos corredores do Ministério. E para quê? Para encontrá-la aos sorrisos com Draco Malfoy.

Fazia tempos que notara que em cada reunião de família Daphne lançava olhares longos e cobiçosos para o loiro, mesmo com o marido ao lado dela que parecia completamente alheio ao descaramento da esposa, ou simplesmente não se importava. Sabia que apesar de casada, Daphne não dispensava uma aventura aqui e acolá com algum bruxo mais novo, ou até mesmo um trouxa, que não fosse tão enfadonho quanto o seu marido adulto e mentalmente mais maduro que ela. Entretanto, se a sua irmã queria adicionar mais um amante para a sua longa lista, que procurasse em outra freguesia, pois toda a linguagem corporal dela mostrava que ela estava tentando seduzir o Malfoy.

Extremamente irritada, Astoria apressara o passo, indo de encontro a dupla que conversava e postou-se ao lado deles com uma expressão fechada. Daphne foi a primeira a notar a sua presença perto deles e lançou um sorriso falsamente inocente para ela, se desculpando por ter esquecido do compromisso e com um beijo que mirou mais para os lábios do que para a bochecha de Draco, despedira-se do loiro, girando sobre os saltos e descendo o corredor do Ministério com um rebolar característico nos quadris que tinha como intenção atrair os olhares masculinos.

O sangue de Astoria borbulhou quando viu os orbes cinzentos de Draco descerem para o traseiro de sua irmã enquanto a via se afastar cada vez mais e sem controle soltou um rosnado entre dentes, ergueu a mão num gesto impulsivo e dera um belo beliscão no braço do loiro, o que o fez encolher-se de dor e mirá-la raivoso diante de tamanho abuso. No entanto, quando as íris claras de Malfoy recaíram sobre a esposa e viram que ela estava com uma cara como se fosse azarar alguém a qualquer momento, seu rosto contorceu-se no tradicional sorriso de escárnio.

- Qual é a graça? - a mulher esbravejou, com o seu grito atraindo a atenção de alguns transeuntes. Draco por sua vez apenas alargara o sorriso, o que enfureceu ainda mais a esposa e o fez se sentir mais vitorioso. Quando Astoria ergueu mais uma vez a mão, com certeza na intenção de bater nele ou beliscá-lo novamente, Malfoy fora mais rápido, segurando no pulso dela com força e sem dizer nada a arrastou ao longo do corredor, com Greengrass resmungando e ordenando que a soltasse atrás de si, até que o loiro encontrou uma sala vazia e arremessou a mulher dentro da mesma.

O que trazia a este momento em que Malfoy imprensava a esposa contra a parede e marcava o pescoço dela com um sentimento de posse possuindo o seu ser. Algo dentro de si tinha remexido quando vira a ex-lufa com os olhos verdes brilhando de ciúmes e o rosto redondo vermelho de raiva. Fazia algum tempo que admitira para si mesmo que fizera de provocar a esposa um esporte porque gostava de ver as reações que ela obtinha e a sua preferida era quando Astoria fumegava de raiva. De uma maneira peculiar ela ficava extremamente bela irritada.

Suas mãos apertaram com força as coxas grossas, algo que havia se tornado seu fetiche fazia algum tempo. Na época que teve os seus casos durante a adolescência, sempre ficara com colegas que estavam bem próximas de serem candidatas a modelos. Corpos esguios, pernas finas, rosto bonito, etc. Porém nunca pensou que a sua preferência fosse por mulheres a quais pudesse apertar sem ter medo de quebrá-las. Não até ter se casado com Astoria.

A jovem crescera um pouco nesses últimos dois anos de casamento e mudara consideravelmente desde que começara a conviver com Narcissa e Draco. A personalidade difícil que ela tinha era praticamente escondida sob uma timidez característica de uma ex-lufa, não lembrando em quase nada a garota que protestara no encontro entre as famílias para organizar o casamento. No entanto, a convivência com os dois Malfoy's começou a mudá-la aos poucos, a fazendo ficar mais desafiadora, mais... sonserina.

Antes a adolescente desleixada e de baixa alta estima por causa do seu corpo fora dos padrões da moda tornara-se mais vaidosa e quando ele viu pela primeira vez a esposa arrumar-se para uma simples reunião de chá a qual a sua mãe costumava arrastar a nora, ele desconfiou. Astoria não se arrumava nem mesmo para o marido, o que a fizera se embonecar para um encontro de mulheres? Só este pensamento o fez passar a tarde inteira inquieto e por pouco ele praticamente no avançou sobre a mãe quando ambas retornaram, querendo saber onde realmente elas foram. Mas controlou-se a tempo.

A partir daí a bruxa acostumara-se a se arrumar para qualquer coisa, nem que fosse para dar um passeio nos jardins. E foi aí que a sua desgraça começou. Astoria fazia questão de passar despercebida e quando resolveu se mostrar para o mundo, o mundo decidiu notá-la. Cansou de contar as vezes que a levara para jantar fora e viu algumas cabeças virarem na direção da mulher para a olharem melhor. Cabeças masculinas por sinal. Não compreendia o que eles tanto viam em alguém to comum como Greengrass, mas ainda sim não o agradava. Por várias vezes teve que conter o seu ciúme para não atacar alguém e agora ver que os papéis estavam invertidos o divertia por demais.

Em um puxão ele ergueu a mulher do chão, a fazendo subir em seu colo e sentindo as pernas dela envolverem a sua cintura em busca de apoio. Seus dedos deslizaram mais sobre a pele alva e macia, a apertando, a marcando como sua enquanto seus lábios voltavam a atacar os lábios vermelhos da ex-lufa. Um gemido surgiu do fundo da garganta de Astoria, fazendo o coração do loiro pulsar intensamente dentro de seu peito.

- Draco... - ela soltou em um sussurro quando ele abandonou a boca dela e resolvera descer os seus beijos pelo pescoço, colo, até encontrar uma brecha oferecida pelo decote da camisa. Rapidamente apoiou o peso dela em uma das mãos enquanto subia a outra pela cintura, até o colarinho da blusa, abrindo os primeiros botões, cedendo mais espaço para os seus ataques e deixando a mostra parte do sutiã de rendas que ela usava.

Os dedos de Astoria fecharam-se firmemente nas mechas loiras, as despenteando enquanto sentia os lábios de Draco descerem mais pelo seu colo, expor mais de sua pele ao ar frio da sala enquanto ele imprensava-se mais contra o seu corpo, deixando a mostra o quanto aquela situação o estava agradando. Um calor gostoso começou a acumular-se no baixo ventre da jovem e outro suspiro saiu de seus lábios, com o seu corpo já amolecendo e entregue as carícias, foi quando batidas bruscas na porta da sala onde estavam fez o seu coração dar um pulo que em nada estava relacionado ao prazer que sentia no momento.

- Tem alguém aí? - a voz abafada atravessou a grossa madeira da porta e Draco afastou-se um pouco, descolando os lábios da pele quente da esposa e mirando com desagrado a porta, tentando ver se conseguia amaldiçoar com o pensamento o infeliz que os tinha interrompido. - Repito, tem alguém aí? Ouvimos barulho. Alguém está ferido? - novamente a voz desconhecida falou e com um grunhido de insatisfação, Malfoy afastou-se mais ainda de Astoria, a depositando sobre os próprios pés no chão e mais do que depressa a bruxa começou a arrumar-se como pôde enquanto o loiro encaminhava-se para a porta e abria a mesma bruscamente.

Três funcionários do Ministério estavam no corredor movimentado e um deles já tinha a varinha erguida pronta para arrombar a porta quando eles se depararam com a mirada assassina de Malfoy, o que os fez recuarem surpresos diante de aparição tão inesperada. Tentaram olhar por cima dos ombros largos do ex-sonserino para dentro da sala, querendo identificar a outra pessoa que parecia estar lá dentro, com certeza pensando que o rapaz deveria estar ferindo algum inocente simplesmente por diversão, mas nada conseguiram. Draco rolou os olhos, pois sabia que tinha a tendência de incutir as piores idéias sobre a sua pessoa na cabeça dos outros sem fazer o menor esforço.

Com um sorriso de escárnio ele deu um passo para o lado, permitindo que os três curiosos tivessem uma visão bem clara de quem era a sua companhia e viu com um prazer mórbido eles ficarem subitamente vermelhos e começarem a gaguejar desculpas desconexas quando reconheceram, dentro da sala e terminando de ajeitar as suas roupas e cabelos, Astoria Malfoy. Obviamente que qualquer coisa que eles estivessem pensando em relação a Draco naquele momento sumiu da mente deles, sendo substituída por cenários nada puros e hipóteses do que o casal fazia trancado dentro de uma sala vazia.

- Se vocês me derem licença senhores. - falou o loiro em um tom calmo, saindo da sala e passando pelos três bruxos. - Tenho coisas a resolver. - e lançou um olhar por cima do ombro para uma Astoria vermelha que saía da sala e postava-se ao seu lado, não encarando nos olhos os três funcionários. Displicente ele envolveu os ombros da mulher com o seu braço, começando a guiá-la ao longo do corredor, mas, antes de virar uma esquina, ele ainda mirou por uma última vez os três funcionários, lançando a eles uma piscadela marota e desaparecendo com a esposa.

 


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