Os Vingadores: Blackout escrita por Tenebris


Capítulo 7
Convite


Notas iniciais do capítulo

E aí gente? Tudo bem? Mais um capítulo pra vocês :) Consegui dar uma boa adiantada na história, então hoje postarei dois capítulos pra vocês :D
Um aviso pra vocês: Logo, logo, o nosso deus da trapaça vai dar o ar da graça hahahah



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Anne, que brincava com os fios de inúmeros aparelhos médicos ao seu redor, largou-os imediatamente. Nick entrou na sala acompanhado de sua principal agente, Maria Hill. Nick era um homem negro surpreendentemente alto. Usava sempre roupas pretas de couro, repartidas com muitos bolsos. Sua marca principal era o tapa-olho no olho esquerdo, que além de ocultar o globo ocular, parecia esconder uma vida cheia de lutas e mistérios.

Já Maria Hill era uma agente com fama de agressiva, porém muito competente. Prendia os cabelos pretos em um coque alto e tinha os braços cruzados bem rentes ao corpo. 

- Não! Não precisam sair! – Pediu Fury, ao que todos os Vingadores apressavam-se para deixar o local. – O que tenho a falar, quero que todos ouçam.

- Até mesmo ela? – Perguntou Gambit, olhando com clara aversão para Anne.

- Principalmente ela, rapaz. – Retorquiu Nick, avançando e puxando uma cadeira.

Apesar de haver outra cadeira disponível, Hill não se manifestou e manteve-se impassível. Tony levou uma mão ao queixo em um gesto reflexivo, e falou para Nick:

- Você nos reuniu aqui por um motivo. O que tinha para nos dizer?

- Stark, eu estou a par dos acontecimentos recentes. O Agente Coulson já me contou. Eu estava me dirigindo à sala de reunião para encontrar vocês, mas, quando cheguei lá, a sala estava vazia. Coulson me disse que vocês tiveram uma emergência...

Nick parou e observou Anne atentamente. De alguma forma, mesmo com o tapa-olho, Anne sentiu que o olho de Nick estava vidrado em cada movimento dela, por mínimo que fosse.

- E vocês acabaram acidentalmente descobrindo uma garota com poderes recentes e incríveis... Manipular a energia... Nunca vi nada similar. – Comentou Nick. Anne sentiu-se ruborizar.

- Mas, senhores, estou aqui com o objetivo de informar uma coisa terrível. – Nick falou, levantando-se da cadeira. – Recebemos uma mensagem de Asgard. Odin em pessoa nos comunicou que os Jotuns estão se reerguendo. Pretendem roubar o Tesseract e tirar Loki da cadeia.

O silêncio pairou no ar.

A incredulidade era evidente no rosto de cada Vingador, até mesmo em Gambit. Apenas Anne sentiu-se levemente deslocada. O que sabia sobre Tesseract e Asgard vinha de histórias ou de noticiários. Mas, ainda que um pouco perdida, conseguiu entender que a notícia que Nick trazia não era nada boa.

- Loki? Fugir da prisão? – Indagou Thor. Sua voz grave alteou-se de modo que as janelas vibraram.

- Foi o que seu pai falou. Ele recebeu uma mensagem interdimensional de um dos Jotuns... Então, resolveu nos contar. Espera que possamos ajudá-lo. – Comentou Nick.

- Os Jotuns se reerguendo... Isso não é nada bom. Vão acabar soltando Loki e contando com a ajuda dele para recuperar o cubo, se bem o conheço... – Disse Thor.

- E o que pretende fazer? – Perguntou Barton a ninguém especificamente.

- Impossível saber. Os Jotuns estão se reerguendo e sabemos o plano deles, mas, não sabemos quando irão atacar. A Terra e Asgard estão agora sob uma ameaça de nível máximo. Sabemos que haverá ataque, mas não sabemos quando e nem temos como prever. Devemos esperar e mandar equipes, caso algo aconteça.

- Temos um plano de ataque? – Perguntou Steve, resignado.

- Ainda não... Mas, podemos ter. – Nick caminhou até Anne. Surpresa, ela incomodou-se novamente com o fato de todos os olhares estarem nela. O que Nick poderia querer com ela? Ele avançou com sua habitual postura séria e falou:

- Anne Stein. Os Vingadores e o Universo precisam da sua ajuda.

- Minha ajuda? – Anne perguntou, mais confusa do que nunca. Como poderia entrar de repente numa equipe como essa e partir para uma guerra intergaláctica? Ela era somente uma engenheira elétrica que queria uma vida comum. Os pensamentos dela pareciam não se encaixar.

- Sim. Tudo nessa guerra se resume a energia. Gigantes de Gelo que estão se reerguendo para roubar um cubo capaz de gerar mais energia que o Reator ARC. Um deus da trapaça que precisa de qualquer fonte energética para reaver seu poder... Tudo isso, senhorita Stein, é energia.

Anne assentiu, acompanhando o raciocínio de Nick.

- A senhorita manipula energia.  É tudo que precisamos. Nunca pensei que o que eu precisasse pudesse cair do céu. Mas caiu. Eu precisava de alguém com seus poderes, e hoje mesmo, você aparece aqui. Não acredito em coincidências, senhorita. – Disse Nick seriamente.

Então ele queria que Anne se juntasse aos Vingadores e os ajudasse em uma missão somente pelo fato de ela ter o poder de que eles necessitavam? A cabeça de Anne revirou com essas idéias. Não parecia possível. Ter poderes e logo ser chamada para os Vingadores. Ela só usara seu poder uma vez e não tinha conhecimentos de luta. Morreria em segundos numa batalha. Ou pior, sua morte poderia desencadear mais outras...

- Está me chamando para ajudar os Vingadores numa luta contra Gigantes do Gelo? – Perguntou Anne, incrédula. Pôde observar no monitor que seus batimentos cardíacos iam caindo.

- Exatamente. – Confirmou Nick. – Com alguém como você na equipe, haverá mais chances de criarmos planos e derrotarmos essas criaturas. Simplesmente não posso deixar que alguém com poderes assim saia andando daqui.

- Olha, eu não sei lutar. Ganhei esses poderes hoje, não sei usá-los, estou confusa e quase morri. Como acha que vou aceitar imediatamente essa oferta? – Sobressaltou-se Anne, nervosa.

- Porque seu planeta precisa de você. Mas não esperava que concordasse de pronto. Fique aqui na Base da SHIELD por um tempo. Aperfeiçoe suas técnicas de combate, aprenda a domar e a usar seus poderes de acordo com sua vontade, e seja uma agente. Quando estiver pronta, vai saber se deve aceitar ou não. Por ora, só posso desejar que nenhum de nós sofra ataques. Nossas chances não seriam tão boas. – Disse ele amargamente.

Nick afastou-se e chamou Maria Hill com um aceno de cabeça.

- Enfim, era isso o que eu queria falar a vocês, e a ela. Tenham uma boa noite, senhores. – Despediu-se Nick.

Anne ficou lá, parada, movendo sequer os olhos... Tinha sido convidada a ajudar os Vingadores no que parecia ser seu mais novo desafio. Obviamente, queria ajudar, mas o medo de falhar também se fazia presente. Ela não estava preparada. Mas, se ficasse, poderia treinar e aprender mais sobre lutas e sobre seus poderes. Nisso, ela via grandes vantagens. Por ora, não sabia se aceitaria ou não ajudá-los. Com tantos argumentos pairando em sua mente, ela não conseguia tomar partido.

- Galera, essa é a hora em que a gente vai embora e deixa a estrela refletir um pouco sobre seu futuro. – Disse Tony, encaminhando todos à porta. – Fique bem, querida. Mais uma crise e você vai deixar os Estados Unidos às escuras.

Anne sorriu, contrariada. Stark piscou para ela e todos os Vingadores foram se retirando com despedidas baixas e discretas. Gambit, ao contrário, saiu reclamando sem despedidas.

Já Anne continuava a refletir, dessa vez pensando em como seus irmãos reagiriam. Sem dúvida, a opinião deles a ajudaria a se decidir. Assim, passados alguns minutos, Gambit voltou. Anne surpreendeu-se e arquejou assustada.

- Calma, minhas cartas estão bem guardadas. – Disse ele categoricamente, mostrando as cartas no bolso de seu casaco. – É que me mandaram ver se você está se alimentando bem...

Ambos olharam para as bolachas de água e sal no canto de uma mesa, ao lado de um suco de uva de caixinha. A comida estava intocada, porque, na verdade, Anne esquecera-se de tudo depois da conversa com Fury.

- Eu não tive tempo... Estava pensando... Ah, me desculpa por ter derrubado você lá fora. Eu meio que não controlo isso, por enquanto. – Desculpou-se Anne.

- Tudo bem, acho que mereci. Espera... Seus pulsos... – Disse Gambit, caminhando ao redor da cama e segurando os pulsos de Anne. – Fui eu quem fez isso... Quando puxei você do chão.

Anne mal havia reparado nos roxos que estavam eu seu pulso. Não estava brava com Gambit, afinal, tudo não passara de um grande mal entendido. Além disso, a conversa com Fury lhe dera mais assunto para se preocupar. Não sobrava espaço para raiva ou rancor de brigas sem fundamento.

- Nem reparei... – Comentou ela.

- Isso é culpa minha. Permita-me... – Disse Gambit, pegando algumas ataduras e uma pomada que estavam em cima de uma mesa.

Eles ficaram assim em silêncio durante um tempo, com Gambit tratando dela, até que Anne perguntou:

- Seu nome é?

- Remy LeBeau... Mas prefiro Gambit.

- Você não é daqui, não é? – Ela insistiu em puxar assunto. Gambit parecia indiferente.

- Nasci na França, mas cresci em Nova Orleans. O sotaque é apenas um charme...  – Gracejou ele, sorrindo. – Agora, coma.

Anne não queria, mas era difícil não comer com alguém teimando com ela o tempo todo. Ingeriu algumas bolachas e tomou o suco rapidamente. Tudo isso sob o olhar de Gambit, que mesmo oculto sob o chapéu, Anne sabia que se direcionavam para ela.

Então, Anne começou a observá-lo. Era bem bonito e tinha razão: O sotaque era um charme. Mas, tinha algo nele que lhe despertava ainda mais interesse. Esse mistério. Sempre parecia que ele fazia uso de meias palavras, como se quisesse dizer mais do que aparentemente falava. Tornava tudo tão... Misterioso.

- E esse chapéu? Acho que deveria tirá-lo... Não consigo ver seus olhos. – Comentou ela, esticando os braços para tocar Gambit, mas este a desviou gentilmente.

- Por isso mesmo. Não quero que veja meus olhos. Agora, tenha um bom sono. – E saiu, deixando Anne atordoada.

Que mais mistérios aquele homem escondia?


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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