Os Vingadores: Blackout escrita por Tenebris


Capítulo 27
Baque


Notas iniciais do capítulo

Oi gente :)
Disse que iria postar na sexta, me desculpem, é que realmente não deu tempo. Terceiro ano, vestibular, etc, e a escola me sufocando hahhaha. Enfim, tenho uma péssima notícia pra vocês (ou não, rs). TERMINEI DE ESCREVER ESSA FIC.
No total, foram 29 capítulos. Isso significa que faltam apenas dois. Ou seja, um que postarei na quarta que vem (dia 23, acho) e outro que postarei no domingão que vem, dia 26. E AÍ ACABOU :/ Mas, não quero falar de despedidas agora. Deixa isso pro último capítulo, não é? Enfim, na minha humilde opinião, esse capítulo foi o mais divertido e impactante de escrever depois daquele capítulo em que a Anne descobriu a traição do Loki. Achei realmente legal, e espero que vocês também gostem. Deixei mais uma daquelas "surpresinhas" pra última linha auhauhauaha, e é algo pra deixar vocês pensando um pouco no que pode acontecer.

Boa leitura, meus queridos e queridas :)



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Era um dia de trabalho como todos os outros.

Anne estava ansiosa para trabalhar no Tesseract. Tinham descoberto coisas importantes sobre ele. Porém, sentiu que não seria um dia comum quando Thor a parou repentinamente na porta da Sala de Projetos, com Fury ao seu lado.

– Precisamos convocar os Vingadores. Reunião código vermelho. – Nick avisou.



– Serei simples e direto. Estamos, como vocês sabem, trabalhando no Tesseract. Descobrimos que o cubo é capaz de fornecer assinaturas energéticas similares às suas próprias, espalhadas por aí. – Comentou Fury, parecendo urgente. Ele tinha as mãos cerradas firmemente em cima da mesa oval da sala.

Todos os Vingadores estavam reunidos ao redor dessa mesa na Sala de Reuniões, parecendo levemente aflitos e surpresos com o chamado.

– Existem outros como o Tesseract? – Indagou Steve Rogers com seu jeito tímido em relação à ciência e à tecnologia.

Nick respondeu de pronto:

– Provavelmente, sim. Mas o problema não é a quantidade. É a localização. Encontramos muita energia em um reino desabitado. É um reino vizinho de Asgard. E isso não é possível.

- O que isso quer dizer? – Perguntou Clint.

– Simples. O cubo deveria estar inativo. Ele só libera energia se alguém o está usando. Concluímos que o local desabitado pode não estar tão abandonado assim... – Disse Fury, fazendo mistério.

– Então, esse reino pode ter gente usando outro Tesseract? – Completou Natasha.

– Sim. – Confirmou Fury.

– Precisamos ir até lá o mais rápido possível. – Disse Thor com avidez. De todos, ele parecia o mais preocupado.

– Evidentemente. – Reforçou Nick. – É um reino que é considerado desabitado há pelo menos dois mil anos. Lá, a tal assinatura energética é bem parecida com a sua, Anne.

Anne quase caiu da cadeira. Estava prestando atenção na conversa, mas não esperava ser mencionada diretamente. Isso mexeu com ela, e ela logo compreendeu por que. Se estavam encontrando energia parecida com a dela, isso significaria que havia mais pessoas com o poder como o dela? Parentes longínquos, de repente...

– Parecida com a minha? – Ela indagou, surpresa.

– Sim. Receio que sim. – Disse Fury seriamente.

– E que reino é esse? – Anne perguntou, prevendo a resposta. Na verdade, todos pareciam ter a mesma ideia a respeito disso.

Reino de Licht. – Fury falou sem hesitar.

Tony rompeu o silêncio duradouro da sala. Ele se levantou e fez um gesto dramático, falando em seu tom debochado característico:

– Agora entendo o que isso tudo quer dizer. Na minha linguagem, significa problema.



Anne pegou o primeiro ônibus em direção a seu prédio, depois do almoço. Ela estava um tanto quanto abalada por causa da nova missão. Era tudo muito novo, e agora não só envolvia a segurança da Terra, como envolvia um pouco da natureza dela também... Anne estava diretamente ligada a essa missão. Isso a assustou. Pessoas com poderes similares aos dela... Odin dizendo que o poder dela lembrava os poderes dos extintos habitantes de Licht... A queda do reino, da Rainha Evelyn... Anne mordeu o lábio enquanto observava a paisagem cinzenta através do vidro do ônibus.

Estava cada vez mais difícil.

Tantas questões pendentes na vida dela... Tantos problemas sem soluções. Loki. O lado Jotun dela. As missões como Vingadora. Pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu que não agüentaria. Era muita responsabilidade. Anne sentiu que iria desabar, porque pensou que não daria conta de conciliar tudo isso. Cada rosto na multidão representava a vida de alguém. Vidas que dependiam do sucesso dos Vingadores nas missões. Anne seria digna de tudo isso, quando mal conseguia controlar a si mesma? Quando ela mal controlava seus problemas?

No entanto, apesar de fraquejar, Anne não desistiu. Obrigou as lágrimas a secarem nos seus olhos. Talvez ser Vingadora fosse isso mesmo. Talvez ser humana fosse isso mesmo. Anne tinha problemas, sim, e tinha responsabilidades. Mas com tudo isso, ela tinha a chance de se tornar alguém melhor e de tornar o mundo um lugar melhor. Isso era um privilégio para poucos, e Anne não cairia sem lutar.

Ela iria para Asgard. Descobriria mais sobre Licht. Resolveria seus problemas com Loki. E tentaria resolver, ou pelo menos, entender, o que estava acontecendo com ela e com sua parte Jotun.

Tudo parecia um borrão cinza e indistinto quando o ônibus corria, levando Anne para sua casa. Ela não deixou de sorrir quando passaram defronte um outdoor que continha a foto dos Vingadores, com pessoas tirando fotos e apontando para cada um dos rostos dos heróis.



– Mas já? Você só ficou dois meses aqui! – Protestou Andrew, jogando uma almofada no rosto de Anne.

O jantar tinha terminado. Anne escolheu o momento em que todos viam televisão para contar sobre sua nova missão, sem mencionar a questão pessoal relacionada a isso. Anne não podia mencionar o quanto Licht significava para ela e o quanto isso a incomodava, nem o quanto ela queria respostas. Apenas disse que eram leituras energéticas parecidas com a dela, e, portanto, perigosas. Frisou que era algo que precisava ser investigado logo, porque poderia ser fatal.

Alexander assentiu conforme Anne ia lhe contando os motivos que originaram a missão.

– Parece importante. – Comentou ele, parecendo levemente ressentido. – Bem, essa é sua profissão, não é mesmo? Deve ir.

– Vamos ver quantas vezes por ano você salva o mundo! – Disse Andrew, feliz.

Anne sorriu, contente pelo apoio dos irmãos.

– Bom, vamos ter que nos acostumar com isso. Afinal, quantas pessoas têm uma irmã super heroína? – Sorriu Alexander. – Mas nunca vou me acostumar com isso.

– Vê se traz uma lembrancinha de Odin pra mim! Quem sabe um martelo? – Provocou Andrew, e Anne deu risada.

Ela partiria no dia seguinte, e só conseguiu arrumar as malas um bom tempo depois. Assistiu a um filme com os irmãos para aproveitar o tempo que teria com eles, antes de embarcar em outra missão em direção a um reino desconhecido.



O dia seguinte chegara.

Os irmãos levaram Anne até a porta da SHIELD. Ela e os outros Vingadores partiriam em uma hora, por meio do anel-portal de Thor. A missão estava mexendo com os nervos de todos na SHIELD, porque o local parecia mais tenso do que de costume. Fury parecia muito mais preocupado do que na outra missão.

– Sei que disse que temos de nos acostumar com isso. – Comentou Alexander, enquanto todos estavam na porta da SHIELD. – Mas acho que nunca iremos. É impossível se acostumar com essas despedidas.

Eles se abraçaram durante alguns minutos.

– Comporte-se, faça seu trabalho direito, e obedeça ao Tio Fury. Amamos você, Anne. Sentiremos saudade, mas seu quarto é um excelente lugar para se dar festas. – Brincou Andrew, rindo-se.

– Espere só o Fury ouvir você chamá-lo de Tio... Ele leva você para Asgard e te joga da ponte Espaço-Tempo. E... Que história é essa de festa? Andrew! – Disse Anne, mas um riso traiu a seriedade que ela queria demonstrar.

– Está na hora, Anne. Não vai querer se atrasar. – Disse Andrew, escondendo-se atrás de Alexander.

– Boa sorte, Anne. Esperamos ver você em breve. Nós te amamos. – Disse Alexander, puxando Anne e Andrew para um abraço triplo.

– Sabe, nunca vou me acostumar com essas despedidas mesmo. – Comentou Anne, ao que Alexander concordou.

Quando ela acenou para os irmãos e se virou para entrar na SHIELD, ouviu Andrew gritar, alarmado:

– Não se esqueça de pedir o meu martelo!

Ela sorriu, sentindo que era o último sorriso que daria antes de a realidade da missão se abater sobre ela.



– O plano é o seguinte... – Anunciou Fury, enquanto alguns agentes teletransportavam as malas e os equipamentos, usando o anel de Thor. – Embarcaremos em dez minutos. Vamos montar uma base no pavilhão do Palácio de Odin. Ficaremos lá por algumas horas, faremos algumas análises, e espero que em 24 horas estejamos nas ruínas de Licht para iniciar a investigação.

O olho bom de Fury percorreu todos os rostos das pessoas na Sala de Reunião. Os Vingadores estavam ao redor da grande mesa central, cada qual sentado no seu lugar de costume.

– Todos de acordo? – Perguntou Fury, fixando um olhar preocupante em Anne.

Ela não saberia dizer exatamente o que, mas Fury deveria estar escondendo algo dela. De qualquer forma, ficar pensando nisso apenas atrapalharia, de modo que Anne livrou sua mente desse pensamento infeliz.

– De acordo. – Confirmou Steve, levantando-se.

– Ótimo. Não sei quanto tempo ficaremos por lá, até todas as coisas se estabilizarem. Por isso, Banner vai distribuir pra vocês alguns equipamentos novos que ele desenvolveu em parceria com a SHIELD. Divirtam-se. – Avisou Fury, virando-se e conversando baixo com Maria Hill.

Banner foi distribuindo alguns itens aos Vingadores. Todos receberam uma espécie de celular touch, que, segundo Banner, tinha acesso a internet e fazia ligações. Inclusive, ligações de Asgard para a Terra, Midgard, por meio de raios gama. Banner fora tão eficiente que os celulares novos tinham a mesma memória dos celulares antigos, de modo que os contatos não foram perdidos.

Além disso, todos os Vingadores receberam uma pistola de laser bastante silenciosa e potente. Tais equipamentos foram recebidos com aprovação e entusiasmo por todos os Vingadores.

Além disso, Banner lhes mostrou o Placeract. Era uma espécie de relógio de pulso cromado, quadrado e anormalmente grande. Sua função era captar ondas emitidas por altas assinaturas energéticas. Em suma, o equipamento era capaz de dar a exata localização de grandes concentrações de poder e energia. Esse item ficaria seguro com o próprio Fury, até precisar ser usado.

Assim, todos se prepararam para embarcar. Apesar de já ter feito aquilo duas vezes, Anne nunca se acostumaria. Todos os Vingadores estavam prontos, trajando suas habituais roupas de missão especial. Eles se reuniram ao redor de Thor: Fury, uns três agentes especiais, Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Gavião Arqueiro, Viúva Negra, Blackout e Gambit.

Thor olhou significativamente para todos no recinto, e aguardou o sinal de Fury. Desse modo, assim que Nick assentiu fervorosamente, Thor fechou os olhos.

Não demorou muito e uma luz escarlate inundou o ambiente, depois o cercou por completo. Um turbilhão de cores absorveu-os e os fez girar, revirando cada herói ali presente. Anne não abriu os olhos, apenas deixou-se conduzir por aquele redemoinho que a levaria direto para Asgard. Dessa vez, pareceu durar um pouco mais de tempo, mas rapidamente ela sentiu que caía em um chão de grama fresca.

Amanhecia em Asgard.

A atmosfera dourada daquele lugar foi tranqüilizante. Anne estava quase que totalmente acostumada com esse local, como se fosse sua segunda casa. Observou o nascer do sol, já que o astro parecia infinitamente maior ali do que o era na superfície terrestre. Pouco a pouco, os Vingadores iam caindo na grama e se levantando no jardim do Palácio de Odin.

Anne cerrou os olhos, tal era a intensidade da luz da manhã. Foi aí que ela lembrou-se de Loki. No seu íntimo, Anne queria encontrá-lo logo, a sós, e conversar com ele como tinha ocorrido tantas vezes antes. Mas ela sabia que não deveria perguntar nada agora, porque o momento era mais do que inoportuno. Isso dizia respeito a ela e a Loki somente. Mesmo assim, Anne revirou os olhos, percorrendo cada janela e cada porta que sua vista pôde alcançar, em busca de algum sinal do deus da trapaça.

– Estava com saudades disso. – Comentou Thor, já parecendo revigorado ao olhar para o sol.

– Eu também... – Disse Anne, dando voltas para observar o jardim e realizar sua busca.

– Saudades do que exatamente? – Disse Thor, entendendo o que Anne tanto buscava com os olhos furtivos.

Ela ficou muda por um momento, sem reação. Mas Thor deu tapinhas nas costas dela e a tranqüilizou:

– Ele está bem, Anne... E nós devemos isso a você.

Foi então que o silêncio foi rompido bruscamente. O celular de Anne tocou. Ela levou a mão instintivamente ao aparelho, que estava sob uma pilha de caixas de metal trazidas da SHIELD.

No visor colorido, lia-se: Mãe.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Hauhauahaah, achei um final de capítulo bem curioso, mas vamos ver...

Outra coisinha!

Ainda não decidi qual fic continuar, após o término dessa... Acho que estou meio sem criatividade para outra do Loki, embora já tenha o "roteiro" mais ou menos definido. Vocês não curtem Homem Aranha? Se puderem, deem uma lidinha rápida na sinopse dessa minha fic: http://fanfiction.com.br/historia/351005/Furia/
Pretendo continuá-la em duas semanas. Beijos, ♥