Os Vingadores: Blackout escrita por Tenebris


Capítulo 16
Semelhança




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- Tão fácil assim, meu querido irmão? – Perguntou Loki.

Ele estava andando em círculos pela cela, a expressão inegavelmente vitoriosa, mas agora havia algo de sinistro nele. Os olhos verdes cintilavam de malícia.

- Loki. Você escolhe ser livre e servir ao exército de Asgard? – Perguntou Thor solenemente.

Mas dava para perceber que tudo o que Thor queria era parar de agir feito um príncipe e agir como um irmão. Um irmão quer sentia falta e, quem sabe, até remorso. Thor queria parar de agir oficialmente e abraçar o irmão. Isso tudo, apesar de nítido, não surtiu efeito. Thor permaneceu estático, falando com Loki e tentando conter a emoção.

- Poupe-me de seus discursos sórdidos, irmão. Eles não combinam com você.  – Disse Loki rudemente. – Eu escolho a liberdade, Vossa Majestade.

Loki curvou-se pateticamente. Era notável a mudança de atitude do Loki do sonho, para esse Loki da realidade. Anne acreditou mais do que nunca que aquele Loki do casaco não poderia existir. A alma dele estava corrompida demais para tal.

- Não tente nada, irmão. Sabe que existem contratos mágicos. Os deuses sabem o que você está fazendo. Se não cumprir sua parte no trato, será fulminado. – Avisou Thor. Pela primeira vez naquele momento, chamara Loki de irmão.

Loki deu de ombros. Ora, todo esse tempo preso fizera acumular nele tal raiva que tudo o que ele respondia era dessa maneira agressiva.

- Posso seguir para meu antigo quarto no Palácio ou vai me colocar no estábulo com seu cavalo? – Perguntou o deus da trapaça, irônico.

Thor não falou nada. Apenas assentiu, dando-lhe passagem. Depois, dirigiu-se especificamente a Anne:

- Anne, já é quase hora do almoço. Pode encontrar os outros Vingadores lá no Palácio. Eu encontro vocês depois.

- Claro. – Disse ela. – Não fique assim, Thor. As coisas podem melhorar.

Anne deu tapinhas nas costas enormes do deus do trovão. Era óbvio que isso tinha a ver com a rejeição de Loki. Anne preferiu não opinar nesses assuntos familiares, então apenas confortou Thor e saiu, procurando Loki em seu campo de visão.

Ele seguia o que parecia ser um oficial de justiça local.

Assim, Anne seguiu-os até a entrada da Prisão. Com tudo oficializado, Loki deixou o lugar sem sequer olhar para trás e lançou-se para fora. Anne despediu-se rapidamente de Sebastian e dos outros guardas. Seguiu o deus apressadamente, que tinha alguma vantagem de distância.

Ao lançar-se prisão afora, a claridade do sol fizera-a parar. De início, fechou os olhos. Não estava acostumada a ver a luz do sol tão repentinamente. Quando se acostumou, saboreou a vista: A atmosfera dourada resplandecente daquele lugar magnífico. Anne quis esperar Thor, mas deu preferência em certificar-se de que Loki estava caminhando na direção correta até o Palácio.

Como lembrava mais ou menos do mecanismo do local, virou à esquerda e viu a estrada reta que daria na rota do castelo. E mais a frente, viu uma figura solitária e decidida caminhando sem precedentes.

Anne alcançou Loki depois de três minutos de corrida. Estava cansada e arquejando, e foi com pesar que se lembrou de que ainda restavam minutos de caminhada sob o sol escaldante.

- Espere aí! – Gritou ela, emparelhando com o deus. Caminhavam agora lado a lado, no mesmo ritmo levemente apressado.

- Não vai desistir de mim, Senhorita Stein? – Indagou Loki com uma notável indiferença.

- Estou sendo paga pela SHIELD para vigiar você, então, não. – Respondeu ela acidamente.

- Tenho deuses me vigiando. Sua presença aqui é insignificante. – Disse Loki, olhando para ela.

- Seus deuses não estão nos ajudando muito nessa Batalha, não é mesmo? – Falou ela. Loki endureceu a expressão.

- Não devia falar assim. Caso não se lembre, eu sou um deus. – Argumentou Loki.

E assim ocorreu a discussão. Nenhum dos dois se deu por vencido, e quando chegaram à frente do Palácio de Odin, Anne mal conseguia respirar.

Ela estava cansada. Sentiu que fraquejava. Uma combinação de tontura e dor de cabeça se apossou dela. Anne ia desmaiar, e sabia que cairia no chão. Tudo foi se tornando indistinto em sua visão...

Mas, antes que caísse, Loki a segurou. Deixou-a sentada nas escadas principais, em uma sombra.

- Tão estúpido... – Murmurou ele. – Agora permaneça firme. Não quero uma guarda costas tão frágil...

E se afastou, sumindo. Anne não o viu mais. Provavelmente tinha ido para o Palácio falar com alguém.

Foi então que Natasha chegou.

- Anne, você está bem? – Ela perguntou, ajudando Anne a se levantar.

- Sim... Eu só estou cansada. Tive uma noite difícil. – Comentou a garota, seguindo para dentro do Palácio com Natasha.

Pelo visto, A Viúva estava familiarizada com o local, porque soube guiar-se por lá perfeitamente bem.

Aliás, o Palácio era um lugar ainda mais esplêndido por dentro do que por fora.

Tudo parecia revestido de mármore, marfim e ouro. Pela entrada principal, havia um grande espaço vazio e, em seguida, ao fundo, três mesas muito cumpridas. Ainda mais em seu interior, encostados na parede, havia três tronos elevados a uns três metros do chão. Eram revestidos de ouro e de veludo vermelho. À direita e à esquerda, escadarias e mais escadarias que levavam aos outros andares.

- E o Thor? Ele já libertou o irmão? – Indagou Natasha, levando Anne para uma das escadarias da esquerda.

Anne observava tudo. O lugar, as peças de arte, as pessoas... Observava tudo com atenção e admiração. Algumas pessoas sorriram para ela, provavelmente identificando-a pelo uniforme como uma das terráqueas que estavam ajudando Odin e todo o Reino.

- Sim. Loki veio para cá. Eu estou a par de toda a situação... – Comentou Anne.

- Não sei se foi uma boa ideia, mas como nós questionaríamos as decisões de Odin? Fury não tem tanta influência... – Disse Natasha, andando apressadamente com Anne em seu encalço.

- Fury? Onde ele está? – Perguntou Anne, lembrando-se dele.

- Está numa reunião com oficiais do exército Asgardiano. É o protocolo, você sabe... Os outros estão em seus aposentos. Logo descerão para o almoço. E você... É melhor se arrumar!

Natasha levou Anne para um corredor específico.

Ela declarou ser um corredor somente com quartos de hóspedes, no qual cada Vingador tinha o seu aposento.

- Odin nos ofereceu esse corredor inteiramente para abrigar os Vingadores. Obviamente, somente Thor não está aqui. Ele preferiu ficar no seu quarto original. – Natasha apontou para sete portas brancas. – Nick, Tony, Steve, Barton, Banner, Gambit e o meu.

Sete quartos naquele corredor.

Anne tentou sorrir, mas não enganaria Natasha. A Viúva saberia o que a incomodava. Anne não tinha quarto naquele corredor.

- Vou falar com alguém, não se preocupe. O que mais há aqui é quartos vagos. Enquanto isso, pode tomar um banho no meu.

Anne assentiu e despediu-se de Natasha, que foi procurar alguma autoridade competente. Ela entrou no quarto da colega, observando como tudo era caprichosamente arrumado e como os móveis eram lindamente entalhados. Porém, não tinha muito tempo.

Ela tomou um banho rápido na banheira de granito, lavou os cabelos com uma essência que achou em uma mesa, secou-se em uma toalha gigante e foi procurar uma roupa. Infelizmente, seu uniforme estava um pouco sujo. Anne limpou-o com água e sabão, agradecendo pelo material poder facilmente ser limpo. Ainda assim, não poderia vesti-lo e não sabia onde encontrar Nick para pedir outro.

Remexeu no guarda roupa e encontrou um vestido branco simples. Poderia ser de Natasha ou não, ela não soube dizer. Porém, o tempo urgia. Ela precisava descer para o almoço. Natasha contou a Anne que uma das poucas coisas que Odin exigia de fato era que todos comparecessem para o almoço, que geralmente era uma festividade digna de Reis.

Anne, então, colocou aquele lindo vestido, um sapato simples que encontrou e que justamente lhe servia. Secou os cabelos precariamente com a toalha, deixando-os cair sobre as costas.

Desceu correndo para o almoço, esperando não estar atrasada. Não podia decepcionar Odin no primeiro dia em seu Palácio.

- Cheguei na hora? – Indagou Anne, sentando-se em uma das mesas no Salão Principal. Naquela ponta da mesa, estavam os Vingadores, todos a recebendo com cumprimentos alegres.

Odin, sua Rainha e Thor estavam ocupando o trono. Anne não achou Loki no meio de tantas mesas ocupadas e arrebatadas de gente. Uns músicos tocavam uma melodia alegre em um canto e as pessoas ainda conversavam, aguardando a chegada das refeições.

- Por pouco. Que roupa é essa, Anne? – Indagou Natasha, olhando-a surpresa.

- Não é sua? – Replicou Anne, confusa.

- Não! – Disse Natasha.

Anne raciocinou: O vestido era de alguma Asgardiana e fora esquecido naquele quarto.

- Meu uniforme estava sujo. Não podia usá-lo... – Ia justificando a garota.

- Senhorita Stein, quanta elegância! – Elogiou Tony. – Nem parece que um bando de Gigantes está prestes a nos atacar!

Gambit sorriu com malícia e olhou Anne, cumprimentando-a com o olhar significativo.

Nick riu em um canto. Anne retribuiu o sorriso, sem graça.

- Eu deixo um uniforme extra em seu quarto mais tarde. – Comunicou ele, formalmente.

- Não tenho quarto. – Informou Anne asperamente, retribuindo a seriedade de Fury.

- Não te contaram? – Perguntou Fury, verdadeiramente surpreso.

- Contar o que? – Sussurrou Anne, porque uma corneta soou.

- Fique quieta, Anne! – Pediu Natasha, indicando que Odin queria se pronunciar.

Anne não prestou muita atenção no discurso. Falava algo sobre união, perseverança e dedicação. Ela ficou apenas olhando a família de Thor e sorrindo. Via no rapaz a áurea de um futuro rei. Então, Anne fixou seu olhar em Odin. Ele parecia sábio e generoso como um rei devia ser. Mais de uma vez, Anne achou que o Rei também olhara para ela, esquecendo, inclusive, a fala de seu discurso.

Mas devia ter se enganado. Havia centenas de pessoas no local. Como o Rei poderia ter olhado para ela?  

 Entretanto, ela não se prendeu a cerimônia muito mais do que isso. Ainda não entendera o que Nick dissera, e isso ficou circundando sua mente invariavelmente.  Que mais haviam escondido dela?

Então o almoço foi liberado.

As comidas apareceram como mágica na gigante mesa, e Anne serviu-se. A comida era deliciosa e ela aproveitou para ganhar bastante energia, comendo tudo o que conseguia naquela refeição maravilhosa.

Além disso, o clima entre os Vingadores estava maravilhoso. Todos conversavam animadamente, fazendo Anne se lembrar dos jantares alegres ao lado dos irmãos. Tudo transcorria bem.

Foi então que, após o fim da refeição, Thor veio na direção de Anne, cumprimentando-a estupefato.

- Anne... Meu pai quer falar com você.

Todos os olhares voltaram-se para Anne. Ela sentiu que ruborizava. Odin queria falar com ela... Por fim, levantou-se e acompanhou Thor, procurando não pensar no que a esperaria... Isso só a deixaria mais nervosa. Anne também percebeu que os olhares e os comentários sobre ela ficavam mais evidentes conforme ela passava pelas mesas, indo na direção dos tronos...

Deviam estar confundindo-a com alguma Asgardiana, uma vez que ela trajava roupas similares a das outras mulheres presentes. Mesmo assim, ficou incomodada.

Thor levou Anne até uma área que ficava atrás dos tronos, no qual estava Odin, sua esposa e Loki. O rei estava de costas e, quando se virou, observou Anne durante algum tempo. Arquejou:

- Céus! Ela é igualzinha, não acha?

A mulher de Odin concordou, igualmente surpresa.

Anne, sem saber direito o que fazer, curvou-se e fez os cumprimentos Reais.

- É um prazer, Senhorita Stein! – Exclamou o rei.

- Desculpe-me, mas com quem o senhor falou que sou parecida? – Indagou Anne, sorrindo.

- Com uma Rainha que há muito se foi... Seu reino não existe mais. Foi destituído da Árvore da Vida pelos Jotuns... Uma pena... Desculpe-me a intromissão, senhorita, mas é que eu sinto um poder vindo de você... – Contou Odin, maravilhado. – Um poder que só pessoas desse reino possuem...

Anne olhou para Thor em busca de apoio. O deus parecia tão confuso quanto ela. Já Loki, mesmo alheio a discussão, a olhava com vívido interesse. Depois, o deus da trapaça se retirou, sumindo entre as pessoas mais distantes.

- Bem... Tenho o poder de manipular a energia. – Disse Anne, tentando parecer segura de si. Agradeceu mentalmente o fato de Loki ter partido.

- Mas é isso mesmo que eles fazem! – Disse Odin, ainda mais encantado. – Todos que pertenciam à família Real daquele reino tinham o poder de controlar energia. Porém, em um ataque severo dos Jotuns, todos os habitantes foram dizimados. Nunca mais se ouviu falar nesse tipo de poder, nem no Reino de Licht... Eu era amigo pessoal da Rainha Evelyn... Com esse vestido, vocês se tornaram excepcionalmente parecidas.

- Bem... Não sei o que dizer, Vossa Majestade... – Disse Anne, sem graça.

- Não diga nada. – Disse Odin. – Perdoe-me se lhe causei constrangimento, mas é que realmente acredito que você seja descendente da Rainha... A senhorita é uma Vingadora?

- Sim. E também tomo conta de seu outro filho, Loki. – Disse Anne.

- Ah, claro... – Odin pareceu perturbar-se. A Rainha tinha a aparência chorosa. Anne percebeu ter cometido um erro ao tocar no nome de Loki para a família.

- Bem, sinto que você tem potencial, menina... – Disse Odin, desviando o rosto do de sua mulher. – Algo que me diz que, sim, você possui o poder da luz dentro de você.

Mas as coisas iam muito além disso. Na verdade, Odin tivera sonhos e um pressentimento. Sonhara com uma garota banhada em luz havia cerca de duas noites. O sonho vinha se repetindo desde então. Reconheceu em Anne a figura da menina de seu sonho. Com toda sua sabedoria de Rei, ele sabia que ela devia ser uma descendente da Rainha de Licht.

Além disso, sabia que a presença da menina era vital para que Asgard ganhasse essa Batalha contra os Jotuns. Odin pressentia isso... Precisava da menina para triunfar. O poder que ela tinha era inimaginável. Nem mesmo Anne podia ter ideia do quão grandioso seu poder era... E Odin percebera também outra coisa.

Só não sabia se era uma coisa boa ou ruim. Contudo, Anne tinha seu destino entrelaçado a todos daquela família... Principalmente no destino de Loki.

Anne despediu-se do Rei e Thor a guiou de volta até a mesa onde ela estivera anteriormente.

- Perdoe-o, Anne. Eu pedi para que ele não falasse nada... – Desculpou-se Thor, juntando-se aos Vingadores.

- Não foi nada, Thor... – Disse Anne.

Então, com a permissão de Anne, Thor contou aos Vingadores o que tinha acontecido. Ou, pelo menos, o que ele sabia que tinha acontecido. Todos se mostraram surpresos e ficaram conversando por cerca de meia hora a mais. Anne remoia suas descobertas recentes quieta em seu canto.

Obviamente, estava abalada com tudo que Odin lhe dissera. Ganhara a mutação, mas nunca parou para pensar na origem desta. Sabia que essa descendência era remotamente possível. Difícil, mas possível. De início, não acreditou muito na história do Rei. Ora, Asgard se tratava de outra dimensão. Pelo que ela sabia, seus parentes sempre foram da Terra. Entretanto, que benefício ela teria se ficasse entristecida com isso? Era apenas uma semelhança. E outra, ainda que ela fosse de fato descendente da tal Rainha, que isso mudaria na vida dela?

Nada.

Já se acostumara a sua situação. Saber da provável origem de sua mutação não mudava nada. Eram apenas fatos... Anne decidiu não pensar muito nisso, uma vez que em nada lhe ajudaria.

Assim, ela também decidiu que isso não atrapalharia a vida dela. Já estava com a mutação. A origem desta não lhe importava muito. Anne sempre fora ligada mais ao presente do que ao passado. Sem saber por que, lembrou-se dos irmãos...

- Anne! – Chamou Natasha abruptamente.

Anne olhou para ela. Natasha estivera conversando com Fury durante alguns momentos. Depois, chamou Anne para conversar.

- Sim, Natasha... – Disse Anne, seguindo com a outra para as escadarias.

- Fury disse que seu uniforme está no seu quarto. Ele pediu para se trocar. Vamos treinar com alguns Oficiais do Exército. – Comunicou Viúva Negra, tomando uma direção diferente da de outrora.

- Já falei que não tenho quarto! – Disse Anne, impaciente.

Ela foi percebendo que elas estavam seguindo por corredores mais luxuosos e largos. Devia ser a parte dos aposentos principais, já que havia guardas postados a cada dois metros, brandindo lanças e com o semblante sério.

Por fim, pararam na última porta daquele corredor.

Natasha suspirou e cruzou os braços, falando para Anne:

- Anne. Você vai dividir seu quarto com Loki. Ele ainda precisa de vigia noturna.

Anne olhou incrédula para a porta, procurando palavras cabíveis para seu protesto, que morreu na garganta. Ela simplesmente não podia acreditar.

- Sei que você sabe se defender. E aqui há muitos guardas. Você sempre sabe o que fazer... Aliás, seu uniforme está em cima da cama.

Natasha saiu andando a passos rápidos, como se não tivesse acabado de jogar na cara de Anne a pior notícia daquele dia.


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