Sedução escrita por Haki


Capítulo 3
Bomba lançada




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/33358/chapter/3

“– O... o que está acontecendo aqui?!!” – pensava, já perturbada, a confusa Kagome.

- Senhora Higurashi, não acha mais apropriado que sua filha esteja presente na nossa reunião...? – dizia Sesshoumaru, com seu habitual tom de voz inexpressivo.

- Sim, tens razão. Afinal, ela será de certa forma o assunto... – riu um pouco, sem graça – Kagome, minha filha, por favor, nos acompanhe até a sala de visitas.

- S-sim, minha mãe... – respondeu, seguindo-os - “Isso não está cheirando bem... aquele safado está armando alguma! Oh Deus, e minha mãe de complô com ele...”.

...”

Acho que fui adotada...”

Eis então que um terrível pensamento lhe veio à mente. A presença dele ali... sua ‘mãe’ tratando-o tão bem... sua presença sendo obrigatória... estava tudo claro agora!

- Meu deus, você vai me vender, mãe?!?!?!

Eis então que um mórbido silêncio pesou entre os três.

Durante um longo tempo.

Até que simplesmente (alguns chamam isso de cara-de-pau ou puro descaramento mesmo), a senhora Higurashi deu um risinho forçado e ignorou a filha, continuando seu caminho para a sala junto com Sesshoumaru.

- É hoje que eu serei executada... – suspirou de modo desanimador.

Por fim, quando estavam devidamente acomodados na sala, uma serviçal trouxera o chá. Uma breve pausa foi feita. Sesshoumaru apenas bebia lentamente o seu chá, enquanto a matriarca pensava em um jeito de começar, vendo o nítido desespero da filha.

- O lorde das terras do oeste me mandou uma mensagem tratando previamente do assunto. Depois de muito pensar, tomei a decisão. Kagome, ficou decidido que você...

- Por quanto?

- “Por quanto’’ o quê, Kagome?

- Por quanto eu fui vendida?! – respirou profundamente, antes de continuar – Tudo bem, eu entendo a situação. Você está precisando de dinheiro e resolveu me vender, como naquelas históricas heróicas onde a mocinha é vendida, mas mostra seu val...

Antes mesmo de Kagome continuar, o taiyoukai interferiu, surpreendendo até a mãe desta.

- Foi de graça.

E, novamente, um pesado silêncio se arrastava no recinto. O interessante é que o culpado era sempre o mesmo.

A princesa sorrateiramente agarrou a xícara de chá, fazendo dela sua arma. Até que, entre um segundo e outro, ela brutalmente avançou na direção de Sesshoumaru, com a esperança de jogar-lhe o líquido em seu lindo e gélido rosto.

Pena que nem todos os sonhos são possíveis, né?

Em um movimento rápido, Sesshoumaru segurou os pulsos de Kagome no ar, fazendo com que a solitária xícara se espatifasse no chão. Mesmo imobilizada, a garota não desistiu, sibilando ferozes rosnados ao lorde.

- Huhuhu! Queridos, não façam isso em frente desta velha senhora! Eu nem anunciei o casamento ainda!

Kagome arqueia uma sobrancelha.

- Casamento?

- Oh, pensei já ter te explicado isso, minha filha. É quando duas criaturas se unem para viverem um longo tempo juntos. Geralmente é por amor, mas nada impeça que seja por interesse, dinheiro ou por...

- Mãe. Eu sei o que é um casamento.

- Então, qual o problema?

- Quem vai se casar?

Sem-graça, a senhora parou. Hesitou por um momento, e encarou Sesshoumaru. Depois encarou Kagome. E em seguida, saiu correndo pela porta dizendo que ia buscar alguém para limpar aquela bagunça.

Isso foi... estranho. Tudo bem que minha mãe não é a pessoa mais normal do mundo, mas... foi estranho.”

Eis então que uma idéia lhe ocorreu. Não uma simples idéia, mas algo meticuloso demais. Pasma com seu raciocínio, Kagome encarou Sesshoumaru. Em seguida, encarou a porta pela qual sua mãe fugiu. E então, voltou a encarar o youkai cachorro.

...Isso não seria pior que ser vendida?”

Com seu habitual tom de voz, Sesshoumaru se aproximou, dizendo quase em um sussurro:

- Estou pronto para ouvir sua rendição.

- ... Nunca. – respondeu Kagome em um sorriso.

Um sorriso confiante, preocupado, e com muita hesitação. Ou seja, um sorriso torto. Um sorriso muito torto.

Será que eu tenho direito a um último desejo? Afinal, até condenados tem esse direito.”

E, novamente, ela o encarou.

Já que, neste momento... creio que não há ninguém mais condenada que eu...”

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nota:

Ao final do capítulo passado, eu cometi um pequeno erro... não era a senhora das terras do oeste, mas sim, a das terras do LESTE que é citada. No caso, seria a mãe da Kagome o.o'
Espero que isso não comprometa o capítulo ;-; Sorry!

O próximo capítulo deve demorar um pouco mais que os anteriores, desculpe. É que eu estou 'enroscada' numa parte ainda ^^' digamos que ele ainda está em fase de construção o.o'''''


No próximo capítulo:

Não dizem que há pessoas que cavam a própria cova?

Pois bem, a de Kagome está tão funda que nem se pode ver o fim.

Decisão tomada não se volta atrás.

Agora só resta uma saída:

Enfrentar o terrível besta-cachorro!

*Die XD*