Estava me encolhendo mais e mais e tapei meu ouvido. Até que não sinto nada. Ninguém havia me tocado, mas ainda não queria ver nada. Estava de olhos fechados. Já fazia um minuto que não sentia nada, até que sinto uma mão em meu ombro. Tento não chorar, até que sinto outra e abro o olho. Era Harry na minha frente. O abraço forte e ele faz o mesmo.

- Está tudo bem com você Savannah?

- Harry... Obrigada – disse chorando.

- Não foi nada. Eles tocaram em você?

- Não – disse me separando dele. – Harry... Porque você veio aqui?

- Porque...

- Porque...?

- Porque eu te amo! – isso era o que eu queria ter escutado, mas infelizmente, não foi... Então ele disse:

- Porque você precisava de alguém com você, e como eu não sou um monstro eu vim te ajudar.

- Ah... Mas você não está bravo comigo?

- Então... A gente precisa conversar.

- Sim, mas vamos sair daqui o mais rápido possível.

- Claro – disse ele me puxando para seu carro. Harry como sempre, cavalheiro, abriu a porta do cara para eu entrar e em seguida, ele entrou e deu partida em sua Ferrari (meninos!).

No caminho, Harry não disse nenhuma palavra. Até que chegamos a um lugar pelo qual não era sua casa. Ele saiu do carro e abriu a porta para mim. Assim que saí, Harry travou o carro.

- O-Onde que nós estamos? – perguntei.

- Na casa da minha vó.

- Por quê?

- Vamos entrar – disse ele me puxando pela cintura e abrindo a porta. A casa era grande e bonita. – Vamos conversar? – perguntou Harry.

- Sim... – disse me sentando em um sofá e Harry em outro, ficando de frente pra mim. – Não tem ninguém aqui? – perguntei olhando para os lados.

- Não.

- Ah ta... – disse voltando minha atenção a ele.

- Savannah... Eu ainda não entendo o porque de você me trair, a Julliett falou que foi o Antony que te beijou...

- E foi... – o interrompi.

- Mas porque você não interrompeu? Poderia ter o empurrado!

- Harry, ele é o dobro de mim – disse aumentando o volume da minha voz.

- Chutasse ele! – disse ele aumentando o volume da voz também.

- Eu não tinha como! Me entenda Harry! Ele é forte.

- Mas mesmo assim.

- ELE É FORTE E DA DOIS DE MIM, NÃO TINHA COMO EU ME AFASTAR DELE – gritei me levantando do sofá.

- CHAMASSE ALGUÉM.

- HARRY! ELE ESTAVA ME BEIJANDO, COMO EU IA CHAMAR ALGUÉM SE EU NÃO CONSEGUIA AFASTAR ELE DE MIM? PENSA! VOCÊ TEM CABEÇA, E QUE EU SAIBA, ELA FOI FEITA PRA PENSAR! – continuei gritando.

Harry ficou quieto. Apenas se aproximou de mim.

- Olha... Me desculpa, você tem razão.

- Eu sei! Por que você não para com o seu orgulho?

- Savannah, eu não agüentei ver a pessoa que eu amo se agarrando com outro ali, na minha frente e eu sem poder fazer nada – disse ele olhando para o chão. Mentira! Ele podia ter sei lá, armado barraco com Antony e... Brincadeira.

- Harry, você estava muito nervoso naquele dia... E foi boa nossa conversa, mas eu não sei onde você quer chegar.

- Sav... Eu só quero que você me desculpe por eu não ter te escutado.

- Mas... Nós vamos continuar sendo só amigos?

- Eu acho que sim.

- Mas Harry, você que dizia estar apaixonado por mim e agora quer que nós sejamos só amigos?

- Savannah eu acho melhor assim.

- Como melhor assim? – pensei bem e cheguei a uma conclusão de que eu não podia me rebaixar a seu nível.

- Me entenda.

- Como? Harry eu sou apa... – shiu Savannah!

- Você é?

- NADA Harry!

- Agora que começou termina!

- Não!

Ele se aproximou mais de mim, praticamente colando nossos corpos. Eu já sentia sua respiração pesada.

- Por que não?

Eu não o respondi e ficamos em silencio ali. Não estava mais agüentando. Ele olhava minha boca e eu a dele. Quando percebi estávamos nos beijando. Parece que tudo ocorreu tão devagar e tão rápido ao mesmo tempo. Só sei que estava com saudades. O beijo foi esquentando mais, então, alguém toca a campainha. Separamos-nos rápido.

- Calma aí – disse Harry indo atender a porta.

- AMOOR! – disse uma menina pulando nele. Peraí, eu conheço essa voz. Ah não... Ela me viu. – O que você está fazendo aqui capenga?

- Olha o jeito que você fala comigo Marry mumu! Eu acho que você deveria ir pra Índia, você ia se dar muito bem lá!

- Jura? Você acha que eu seria famosa?

- Opa! Demais!

- Por que você acha isso fofinha? – olha, até mudou o jeito de falar comigo!

- Porque lá, vaca é sagrada! – disse com um sorriso sínico no rosto. Logo depois da minha fala, Harry começou a rir muito, rir não, gargalhar enquanto a Marry mumu ficava com cara de cú.

- Docinho, do que você está rindo? – disse ela com aquela voz entupida de dar nojo.

- F-foi engraçado – disse ele ainda rindo.

- Você é patético! Igual a essa nojenta! – eu a fuzilei e ela fez uma cara de nojo. – Mas a diferença é que eu te amo meu docinho! – disse ela fazendo um bico querendo um beijo.

- O que você quer Marry? – disse ele parando de rir.

- Oué, você não viu? Eu quero um beijo seu! Vamos docinho, me beije! – disse ela fazendo outro biquinho. E eu ali só assistindo a cena. Que lindo! Maravilhoso! Mais, mais, mais! (¬¬’)

- E eu disse que vou te beijar?

- Toma! – essa frase eu disse. Então os dois olharam pra mim. Harry só piscou em resposta rindo.

- Toma o que menina? Ele é meu ta?

- Só nos seus sonhos queridinha! – disse sorrindo sínica.

- Ele é meu sim! Não é verdade neném? – disse ela fazendo biquinho. Puta que pariu, ela ama bicos?

- Em nenhum dia eu disse que era seu.

- CHUPA! – gritei. Então, ela se virou e veio em minha direção irritada. Ai meu deus, que medo! – sentiram o sarcasmo? Ok.

- Sua vadia! – ela gritou nervosa e toda metida.

- O seu cú que é uma vadia, porque vários já tomaram conta dele e de você. Garota se liga, tu é muito trouxa, para de ficar fazendo fantasia, encara a realidade besta!

- Cala a sua boca idiota! Você é muito estúpida menina, eu te odeio garota – ela me beliscou.

- VOCÊ É RETARDADA GAROTA? SUA FILHA DA PUTA – dei um tapa na cara dela. – NÃO RELA MAIS EM MIM! NÃO QUERO PEGAR AIDS!

- ENTÃO ACHO MELHOR VOCÊ NÃO FAZER SEXO COM O HARRY, PORQUE ESSES DIAS ELE ESTAVA COM A VANESSA E ONTEM COMIGO! ENTÃO, CALA A SUA BOQUINHA!

- O que? – disse olhando para Harry.