69 Tons De Edward. escrita por Agridoce


Capítulo 42
Capítulo 41


Notas iniciais do capítulo

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A dor era atordoante.

De longe a pior que senti em toda a minha vida.

Meu corpo tentava rejeitar a dor, e eu era sugada repetidas vezes para a escuridão que apagava segundos, ou, talvez, séculos de agonia, tornando ainda mais difícil acompanhar a realidade.

Tentei separá-las.

A não realidade era calma e tinha um abraço confortante como de minha mãe.

A realidade era vermelha e me trazia a sensação de estar sendo serrada ao meio, nocauteada por algum campeão de UFC, um dia ensolarado mergulhando em uma piscina de ácido.

A realidade era sentir meu corpo rejeitar o veneno que despejava dos lábios de Edward, sentir meu corpo saltar e nem mesmo conseguir mexer um músculo.

A realidade era saber que existia algo infinitamente mais importante do que a dor que eu estava sentindo. 

Renesmee.

A voz em minha cabeça apareceu por acaso mas não era o som de minha filha.

Era o vácuo.

Ou talvez alucinações.

Meu corpo formigava, e por um mero segundo, nada senti.

Quando a dor voltou, voltou com força e desejei estar morta para não ser torturada dessa maneira.

Eu sentia minha alma flutuar mas a cada grito de Edward chamando por meu nome, eu voltava e a dor voltava junto.

Uma rápida lembrança passou por algum momento lúcido.

Eu estava com Edward em nossa cabana, rindo e escutando alguma história de sua vida longa.

Uma picada seguida por outras mordidas fizeram meu corpo tombar.

E rapidamente eu já estava no chão.

Um rio de sangue era minha perna.

Um sangue escuro e não parecido com de um humano.

Renesmee gritava em minha mente por socorro e tudo que eu fiz foi implorar para Edward salvar nossa filha do pequeno espaço que era meu corpo.

Eu me sentia fraca mas nada no mundo importava mais do que salvar meu bebê.

Por um momento, escutei a realidade me chamando mas não conseguia abrir minha mente para a dor invadir novamente.

Eu estava com medo.

Medo de gritar e denunciar para Edward a dor que ele me causava no momento.

Eu já conseguia observar o teto mas não desviei o olhar momento algum.

Seria pior ver os lábios tão doces e apetitosos de Edward causando essa tortura.

Não sei porque toda a dor, Esme em uma de suas conversas comigo, disse que a transformação dela não foi dolorida.

Porque ela tinha o sangue de sua mãe Arcanja.

E a menos de algumas horas atrás, eu nem sabia que um Anjo das Trevas poderia ser venenoso.

Eu tinha apenas o sangue humano e Arcanjo em minhas veias.

Agora... Tenho o mesmo de Edward Cullen.

A parte de cima da cabana foi para longe de minha visão com um vento capaz de arrepiar meu corpo ainda formigante e focalizei meu olhar no céu escuro.

A lua redonda e amarelada me chamava.

E eu a aceitei.

Uma vibração diferente faiscou dentro de mim e senti a brisa fresca de algum oceano a quilômetros de distância salpicar em meus sentidos.

Tudo estava diferente.

Eu me sentia mais forte.

Mais poderosa.

Mais viva.

Observei com carinho cada pequeno detalhe do céu em cima de meu corpo ainda imóvel.

O cheiro de Edward, mais açucarado do que nunca, invadiu minhas narinas.

Meu olhar foi atraído para o homem ao meu lado.

E a sensação era de estar sobe a superfície do sol.

Senti cabos de aço em volta de mim e de Edward.

Algo me prendia a este homem.

Ele é seu.

A voz em minha cabeça repetia isso inúmeras vezes enquanto eu apenas o observava.

- Meu !

Em um ato mais instintivo do que racional, eu saltei da cama em uma velocidade jamais usada por mim antes.

O olhar negro de Edward refletiu em meu corpo e observei uma outra mulher.

Uma mulher diferente mas no mesmo corpo.

Uma nova Isabella Swan.

Eu usava algum vestido azul até o meado de minhas pernas e me senti bela.

A altura de Edward.

Meu olhar foi o que mais chamou a atenção de meus olhos curiosos.

Eles estavam perdidos mas ainda assim focados no homem a minha frente.

Um pequeno ponto vermelho era o que dava a cor ao meu olhar.

E pela primeira vez, senti meu espirito a salvo de toda a escuridão que sempre foi a minha vida.

- Bem vinda, Isabella.


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