Cartas Do Passado escrita por Jane Timothy Freeman
Notas iniciais do capítulo
Ai, ai, ai! A verdade começa a surgir! D:
Lizzie e os tios sairiam para passear e, quem sabe, visitar Pemberley novamente.
Estavam quase deixando o apartamento quando o telefone tocou.
– Alô?
– Lizzie, querida, é Jane – a voz nervosa da irmã a assustou. Pediu que os tios fossem sem ela.
– O que houve? – Perguntou Elizabeth, a preocupação apropriando-se de seu coração.
A irmã suspirou do outro lado da linha.
– É Lydia.
O terror tomou conta de Elizabeth.
– O que aconteceu com ela?
– Ah, Lizzie, ela fugiu! – Jane começara a chorar do outro lado da linha. – O Sr. Forster nos entregou um bilhete que Lydia deixou.
– Ah, céus...
– O que me deixa mais chocada é com quem ela fez essa maluquice!
Antes mesmo de perguntar, Elizabeth sabia de quem se tratava.
– Lydia fugiu com Wickham, Lizzie! Com Wickham! – As lágrimas rolavam pelos olhos de Elizabeth ao ouvir aquelas palavras. – Kitty sabia de tudo e não nos contou. Mamãe está arrasada e temerosa, mas papai controla bem seus sentimentos. Partiram anteontem à meia-noite. A esta hora, quem sabe onde estarão? Nunca mais a veremos!
Repentino silêncio do outro lado da linha.
– Acabo de receber outra informação – retornou Jane após alguns instantes. – Ainda não sabemos o paradeiro de Lydia, mas há um forte indício de que ela tenha ido para Hollywood. Como não pensamos nisso antes? O sonho de atriz...
– Ah, Jane! Não sabemos mais nada?
– O Sr. Forster está ajudando a procurá-la. Telefonou a todos os conhecidos e avisou a polícia para que nos informasse se a acharem. Este país é tão grande, Lizzie! Hollywood deve estar cheia de pessoas como nossa irmãzinha. Como a encontraremos? É como procurar uma agulha no palheiro.
– Estou voltando pra casa.
– Não, Lizzie! Não quero ser egoísta a ponto de fazê-la retornar por minha causa.
Os dentes de Elizabeth rangeram.
– Isto é culpa minha. Se houvesse falado a verdade, nada disso teria acontecido!
Jane suspirou do outro lado da linha.
– Sabe que não é verdade. Infelizmente, Lydia não escuta ninguém a não ser ela mesma.
– Até logo, Jane.
E desligou. Elizabeth começou a organizar seus pertences justamente quando Darcy aparecia no apartamento.
– Vim trazer-lhe um presente e... – Ao perceber o estado de agitação de Lizzie, parou. – O que aconteceu?
– Não tenho tempo para nada, Darcy. Preciso encontrar meu tio imediatamente.
– O que está havendo, Lizzie? Não a impedirei de ir, mas deixe-me ajudá-la!
Os joelhos de Elizabeth mal a sustentavam. Deixou-se cair em uma cadeira, sendo prontamente amparada pelo rapaz.
– Posso fazer algo por você? Conte-me o que aconteceu!
E foi neste momento que todo o destino de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy mudou.
Tinha duas escolhas: contar a ele o que se passara entre Lydia e George Wickham e importuná-lo mais uma vez com aquele rapaz odioso; ou esconder o fato e resolvê-lo de seu próprio jeito.
Elizabeth escolheu a segunda opção.
– Minha mãe caiu doente, só isso. Preciso estar perto dela, entende?
Darcy assentiu com a cabeça. Sem poder evitar, passou os braços ao redor de Elizabeth, que deitou a cabeça em seu ombro.
Lizzie segurou as lágrimas, mas seu coração estava despedaçado por dentro. Algo lhe dizia que sua vida mudaria para sempre.
“Ah”, pensou, “se soubesse o quanto estou apaixonada por você, Fitzwilliam.”
Mas nunca o confessou.
Os tios logo chegaram e todos fizeram as malas. Despediram-se do rapaz e em pouco tempo voltavam a Londres para pegar o avião.
Darcy guardou o presente que lhe trouxera e, cabisbaixo, voltou a Pemberley.
Dentro do álbum de fotografias, um bilhete:
“Para a mulher mais incrível que já conheci.
Com amor,
Fitzwilliam Darcy.”
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