Cartas Do Passado escrita por Jane Timothy Freeman


Capítulo 32
O sacrifício de Elizabeth (parte 5)


Notas iniciais do capítulo

Ai, ai, ai! A verdade começa a surgir! D:



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Lizzie e os tios sairiam para passear e, quem sabe, visitar Pemberley novamente.

Estavam quase deixando o apartamento quando o telefone tocou.

– Alô?

– Lizzie, querida, é Jane – a voz nervosa da irmã a assustou. Pediu que os tios fossem sem ela.

– O que houve? – Perguntou Elizabeth, a preocupação apropriando-se de seu coração.

A irmã suspirou do outro lado da linha.

– É Lydia.

O terror tomou conta de Elizabeth.

– O que aconteceu com ela?

– Ah, Lizzie, ela fugiu! – Jane começara a chorar do outro lado da linha. – O Sr. Forster nos entregou um bilhete que Lydia deixou.

– Ah, céus...

– O que me deixa mais chocada é com quem ela fez essa maluquice!

Antes mesmo de perguntar, Elizabeth sabia de quem se tratava.

– Lydia fugiu com Wickham, Lizzie! Com Wickham! – As lágrimas rolavam pelos olhos de Elizabeth ao ouvir aquelas palavras. – Kitty sabia de tudo e não nos contou. Mamãe está arrasada e temerosa, mas papai controla bem seus sentimentos. Partiram anteontem à meia-noite. A esta hora, quem sabe onde estarão? Nunca mais a veremos!

Repentino silêncio do outro lado da linha.

– Acabo de receber outra informação – retornou Jane após alguns instantes. – Ainda não sabemos o paradeiro de Lydia, mas há um forte indício de que ela tenha ido para Hollywood. Como não pensamos nisso antes? O sonho de atriz...

– Ah, Jane! Não sabemos mais nada?

– O Sr. Forster está ajudando a procurá-la. Telefonou a todos os conhecidos e avisou a polícia para que nos informasse se a acharem. Este país é tão grande, Lizzie! Hollywood deve estar cheia de pessoas como nossa irmãzinha. Como a encontraremos? É como procurar uma agulha no palheiro.

– Estou voltando pra casa.

– Não, Lizzie! Não quero ser egoísta a ponto de fazê-la retornar por minha causa.

Os dentes de Elizabeth rangeram.

– Isto é culpa minha. Se houvesse falado a verdade, nada disso teria acontecido!

Jane suspirou do outro lado da linha.

– Sabe que não é verdade. Infelizmente, Lydia não escuta ninguém a não ser ela mesma.

– Até logo, Jane.

E desligou. Elizabeth começou a organizar seus pertences justamente quando Darcy aparecia no apartamento.

– Vim trazer-lhe um presente e... – Ao perceber o estado de agitação de Lizzie, parou. – O que aconteceu?

– Não tenho tempo para nada, Darcy. Preciso encontrar meu tio imediatamente.

– O que está havendo, Lizzie? Não a impedirei de ir, mas deixe-me ajudá-la!

Os joelhos de Elizabeth mal a sustentavam. Deixou-se cair em uma cadeira, sendo prontamente amparada pelo rapaz.

– Posso fazer algo por você? Conte-me o que aconteceu!

E foi neste momento que todo o destino de Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy mudou.

Tinha duas escolhas: contar a ele o que se passara entre Lydia e George Wickham e importuná-lo mais uma vez com aquele rapaz odioso; ou esconder o fato e resolvê-lo de seu próprio jeito.

Elizabeth escolheu a segunda opção.

– Minha mãe caiu doente, só isso. Preciso estar perto dela, entende?

Darcy assentiu com a cabeça. Sem poder evitar, passou os braços ao redor de Elizabeth, que deitou a cabeça em seu ombro.

Lizzie segurou as lágrimas, mas seu coração estava despedaçado por dentro. Algo lhe dizia que sua vida mudaria para sempre.

“Ah”, pensou, “se soubesse o quanto estou apaixonada por você, Fitzwilliam.”

Mas nunca o confessou.

Os tios logo chegaram e todos fizeram as malas. Despediram-se do rapaz e em pouco tempo voltavam a Londres para pegar o avião.

Darcy guardou o presente que lhe trouxera e, cabisbaixo, voltou a Pemberley.

Dentro do álbum de fotografias, um bilhete:

“Para a mulher mais incrível que já conheci.

Com amor,

Fitzwilliam Darcy.”


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