Sex, Drugs And Problems - IV escrita por Julya Com Z


Capítulo 9
Capítulo 74 - Melhor sensação


Notas iniciais do capítulo

Eis que surge um novo capítulo e uma nova personagem. Eu acredito (e espero) que essa seja a última personagem a entrar na fanfic, mas como minha mente é instável, não confio muito nisso. (eu menti, na quinta temporada tem mais uns dois personagens novos) Boa leitura!

P.S.: Peço desculpas antecipadas às garotas do Team Pedro.



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O Pedro tava um grude comigo. Um daqueles grudes quase chiclete. Onde eu ia ele ia junto. O que eu fazia ele queria fazer junto e… Aquilo tava começando a me irritar. Daquele jeito, ele me lembrava o Caio. E eu odiava o Caio. O Pedro era todo Perfeito e aquele era o problema. É, aquilo não tava dando certo…

O fim de maio chegou e com ele o frio maldito que aumenta conforme o tempo passa. Maldito outono. Era um frio filho duma trabalhadora noturna, que não dá nem pra chorar, porque ao invés de saírem lágrimas saíam pedrinhas de gelo. Frio é uma merda.

Eu tava no Tobacco com a Olívia quando vi entrar dois dos meus pesadelos: Mariana e Marcela.

Nem preciso falar da Mariana, né? Mas acho que ainda não citei a Marcela. Bom, aqui vai um breve resumo sobre ela:

Marcela Gimenez Rinaldi. Sim, Rinaldi. Acontece que a Marcela é prima em primeiro grau da Mariana. Há algum tempo ela estudava no Alpha, na minha sala, mas graças aos poderes de Grayskull ela foi pro Vieira. Ela era do tipo bonita-que-sabe-que-é-bonita-e-consegue-o-que-quer-só-por-ser-bonita.

Eu sempre odiei a Marcela pelo simples fato de ela e a Marina serem da mesma família. Mas parece que ela nunca percebeu isso e queria ser minha amiga a todo custo. E pra piorar, ela e o Pedro eram amigos de infância, então tinha vezes que ele ficava me contando de quando viu ela sei lá onde e fizeram sei lá o quê e ela caiu sei lá de onde. Mas teve uma vez que eu explodi e falei pra ele que a odiava que pedi pra ele não tocar mais no nome dela, então ele sossegou.

Olívia: Ah, não. Miss Marcela adentra o recinto.

Eu: Finge que não viu. Por favor.

Foi só falar aquilo que a Marcela veio até nossa mesa.

Marcela: Oi meninas! Quanto tempo!

Eu: Eaê. - sem olhar pra ela.

A Olívia ergueu o canudo do copo de suco que tava tomando. A Marcela sentiu a “indireta-tapa-na-cara” e foi pra uma mesa com a Mariana e suas amiguinhas. Vadias.

Ficamos lá mais um pouco até a mãe da Olívia ligar mandando ela ir pra casa. A mãe da Olívia tinha um certo problema com bebida. Ela bebia e ficava muito agressiva, batia na Olívia e já bateu até em mim. Claro que eu revidei.

Ao invés de ir pra casa eu fui pro hospital ver o Binho (o Pedro só foi lá três vezes, mesmo tendo mais de dois meses que o Binho tava em coma) e depois fui almoçar com o Beck, como a gente tinha combinado.

Beck: E o namoro?

Eu: Ah… Sei lá. Tá indo.

Beck: iiih, já tá assim?

Eu: Ah, Beck. Ele é muito…

Beck: Grudento? Chato? Ciumento?

Eu: Acho que tudo isso.

Beck: A verdade é que ele não é o cara pra você. E você sabe tão bem quanto eu quem é o cara pra você.

Claro que eu sabia.

Meu celular começou a tocar.

Eu: Assunto ligando. - ele sorriu e eu atendi - Oi Pê.

Pedro: Preciso falar com você. O mais rápido possível.

Eu: O que aconteceu? - pedi a conta num gesto

Pedro: Falo pessoalmente. Tô no The Fifties te esperando.

Ele desligou. Aí vem bomba.

*

Estacionei a Land Rover na frente do The Fifties e entrei no lugar. Era uma lanchonete legal no estilo retrô. Eu ia muito lá com a Camila e a Olívia quando estávamos no primeiro ano.

Vi o Pedro numa das mesas tomando um suco.

Eu: O que foi que aconteceu? - dei um selinho nele e sentei na frente dele.

Pedro: Você sabe que meus pais não aceitam nosso namoro, né?

Depois que a Maggie descobriu, ela foi logo contar pro Olavo, que ficou causando e disse - ou melhor, jurou - que ia fazer todo o possível pra acabar com o nosso namoro. Mas foi um blefe. Não foi?

Eu: Sei. O que eles armaram agora?

Eu vi que ele tava nervoso, mas esperei ele falar.

Pedro: Meus pais arranjaram um… intercâmbio pra mim.

Eu: O quê?! Pra onde?! Por quanto tempo?! - eu já tava histérica.

Pedro: Essa é a pior parte. Eu vou passar dois anos na Alemanha.

Aquela era a gota que faltava.

Eu: Não. Não pode ser verdade, Pedro. Diz que é mentira, por favor.

Pedro: É verdade, Naty.

Eu: E quando você vai? - eu tava sentindo uma dor no fundo do peito.

Pedro: Amanhã.

Fiquei sem ter o que falar. Eu tinha poucas horas pra ficar com ele. E depois só voltaria a vê-lo em dois anos.

Então eu comecei a ficar com raiva.

Eu: E por que você não falou antes?

Pedro: Eu soube há menos de uma hora.

Juro que se a Maggie aparecesse eu a estrangularia até os olhos saltarem das órbitas.

Eu: E a gente? Como fica? - pergunta clássica.

Pedro: A gente pode namorar à distância, Naty. Não é tão ruim.

Eu: Não. Eu não vou namorar à distância. Isso é ridículo. Só aumenta a dor.

Ele ia argumentar, mas uma puta interrompeu.

Marcela: Pedro, me atrasei, desculpa. Oi Naty.

Eu: O que ela tá fazendo aqui? - apontei pra Marcela.

Pedro: Eu chamei pra…

Eu: Pedro, você sabe que eu odeio essa vagabunda e…

Marcela: VAGABUNDA NÃO!

Eu: Vagabunda sim e cala sua boca, porque eu não me dirigi a você. - Ela sentou - E Pedro, faça uma boa viagem pra porra da Alemanha e espero que lá você arrume uma namorada. Porque aqui você não tem mais. - tirei o anel e deixei-o na mesa antes de sair da lanchonete.

Entrei no meu carro e saí a milhão. Eram três e quarenta da tarde e eu fiquei ouvindo Megadeth no máximo e ignorando todas as ligações do Pedro no meu celular. Eu tinha que falar com alguém que não fosse falar merda. Ou melhor, eu tinha falar com alguém que não fosse me responder.

E sabia exatamente de quem eu precisava.

Eram exatamente cinco horas quando parei na frente do hospital e deixei o manobrista pegar o carro. Fiz a ficha e depois o caminho de sempre até o quarto 327. Respirei fundo e abri a porta.

A Malu virou pra me olhar.

Malu: Você já não veio hoje?

Eu: Sim, mas quis vir de novo.

Malu: Você tá com uma cara péssima. Quer me contar o que aconteceu?

Eu: Malu a gente fez uma trégua, não um voto de amizade.

Malu: Eu sei, só quis ser amigável. Mas tudo bem, eu vou deixar vocês dois sozinhos pra você desabafar. - Ela passou a mão no meu ombro - Tchau, Naty. - e saiu do quarto.

Fiquei encarando a porta por uns segundos, esperando ela se distanciar mais do quarto. Fui até o Binho e peguei a mão dele.

O cabelo dele já tinha começado a crescer, mas não devia ter nem um centímetro de comprimento. A temperatura da pele já não era mais fria como antes, o rosto estava mais corado e a respiração estável e constante, sem falhar.

Eu: Ei, irmãozinho. Eu sei que já vim aqui hoje, mas eu tive que voltar. Acho que você ia gostar de saber que eu terminei com o Pedro. Ele vai pra Alemanha. - fiquei mexendo nos dedos dele. O silêncio rotineiro se instalou no quarto - Mais uma coisa: hoje eu falei com o Beck sobre umas coisas. Ele vem muito aqui, todo dia. Ele é teu amigo e você sabe disso. - aquele silêncio chato de novo - Ele jogou na minha cara uma coisa que eu já sabia, mas não conseguia enxergar. É você, Binho. É você o cara certo. É você quem eu amo de verdade. - Lembrei de uma das últimas coisas que ele me disse antes de tudo acontecer, naquela praia maldita. - Eu te amo, porra!

Então ele apertou minha mão.

CALMA AÍ, ELE O QUÊ?

Eu: Binho, você tá me ouvindo?! - eufórica.

Ele apertou minha mão de novo.

Eu: Binho, você tá… Você tá consciente!

E aquela foi uma das melhores sensações da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Não?

Quinta tem mais!



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