Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 43
Certain kind of sadness


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores ;)



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"You can get addicted to a certain kind of sadness. Like resignation to the end, always the end..." Somebody That I Used To Know - Gotye feat. Kimbra

“Carter R. Pábulos” no cartão.

Carter Robertson Pábulos.

Os olhos completamente negros como os seus.

Os cabelos também.

Samantha arfou.

Ele está na sua cidade” “Perigoso” “Igual a você” “Bebê” “Cuidado”

Leila estava certa, afinal. Seu Presságio...

Sentia que poderia disparar milhares de perguntas á ele, no entanto nada saia de seus lábios se não sua respiração entrecortada.

– Eu sou um tanto como você... – Carter se afastou minimamente. - Inquieto e quebrado.

– Somos da mesma família? – Sammy perguntou atordoada.

– Você não poderia se lembrar de mim. – ele sorriu melancólico. – Eu tinha cinco anos quando você nasceu. Mudei de País logo após...

– Após...? – Sammy insistiu. – Meu nascimento?

– Conversa para outro momento. – Carter decretou.

– Não! – Samantha o fulminou com o olhar. - Nós somos parentes... Por Deus! Explique-me!

– Você realmente não sabe nada sobre a sua família não é mesmo?

Samantha negou.

– Meus pais morreram assim que nasci. É tudo o que eu sei.

Carter suspirou.

– Está amanhecendo. – apontou o lado de fora. – Você pode ficar aqui, a casa é grande e mais tarde conversaremos.

– Eu não me importo com a porcaria do sol no céu! – disse irritada. – Quero ter essa conversa agora!

– Você pode não se importa, mas eu sim. Tenho compromissos logo mais.

Carter abriu a porta.

– Eu vou embora. – Samantha passou por ele. – Não ficarei aqui.

– Você vai voltar? – Carter segurou em seu braço.

– Você esteve na minha cidade há dois meses. No bar.

Não era uma pergunta, mas ele concordou com a cabeça mesmo assim.

– Você não estava em plena consciência de seus atos... – ele riu como se lembrando da cena. - Mas já havia observado-a por um longo dia, não deixaria a oportunidade de falar com você passar.

– Não sabia que eu viria aqui então?

– E como saberia? – ele arqueou a sobrancelha.

Samantha riu desacredita soltando-se dele.

– Não minta, sei que você sabia.

– Por que você sente isso?! – Carter cruzou os braços.

– Exatamente por isso. – Samantha respondeu.

– Não está completamente errada. Não sabia, mas esperava.

– O Presságio de Leila. – Sammy disse. – Plantou isso na mente dela?

– Basicamente.

– Uau. – Samantha avaliou. – Terá que me ensinar isso logo mais.

– Eu sei quem você é melhor que você mesma. Quem conhece o passado de alguém pode definir seu futuro. – Carter disse sério. – Te ensinarei o que quiser saber, em breve...

– Não acho que realmente conheça.

– Então me diga, me surpreenda. Mas saiba que eu posso ver através de você.

– Achei que não tivesse tempo para isso agora. – Sammy provocou.

– E não tenho. Você voltara? – Repetiu a pergunta.

– Você entende quem eu sou? Você quer saber? Você pode realmente ver através de mim?– Sammy pensou.

E como ela esperava que acontecesse...

Ele assentiu.

– Então voltarei. – disse por fim.



*



Samantha andava vagarosamente pela rua tentando pensar coerentemente.

Respirou fundo, buscando o ar como se estivesse submersa por tempo demais.

Carter era mesmo seu parente ou aquela era uma mentira?

Como explicar então seus olhos completamente negros como os dela, a dimensão do Poder e a leitura da mente?

Sabia que ele poderia fazer aquilo já que ela mesma estava ouvindo ruídos desde que o encontrara. Só não havia entendido de imediato que eram os pensamentos dele.

Ou quando pensou na casa como antiga e ele rirá.

Afundou as mãos nos cabelos e prendeu-os em um rabo-de-cavalo em seguida.

Ligou para Leila que atendeu no terceiro toque.

– Ainda estou na estrada. – ela disse. – Já arrumou problemas ou está com saudades?

– Talvez a primeira opção. – Sammy respondeu pensativa. – O encontrei.

– Isso é sério, Samantha? – Leila perguntou cautelosa. – Agora?

– Na verdade ele me encontrou no bar, entregou um endereço e estou saindo agora de sua casa. – Samantha resumiu.

– E o que exatamente você fez lá?

– Não o que você está pensando. – Rolou os olhos. – Mas ele me disse uma ou duas coisas que estão me deixando fora dos eixos.

– Sobre Henrik?

– Sobre mim.

Leila respirou fundo.

– Diga.

– Ele tem o mesmo sobrenome que eu e diz saber muitas coisa sobre mim. Sobre meu passado.

Leila soltou uma exclamação surpresa.

– Acha que pode confiar nele? Quer dizer... Acha que o que ele diz pode ser verdade?

– Há poucas coisas ultimamente que eu posso ter certeza, claramente essa não é uma delas, mas devo arriscar.

– Eu posso voltar aí nesse exato momento.

– Não. - Sammy negou. - Preciso resolver isso sozinha.

– Tem certeza?

– Sim, e caso as coisas saiam muito do controle eu darei um jeito de te contatar.

– Samantha não me sinto bem com isso. - Leila falou mais séria. - Você mesma disse que se não fosse eu, você não estaria nessa cidade.

– Quanto a isso... Não foi graças á você e sim, á ele.

– Do que está falando? - Leila perguntou confusa.

– Ele plantou esse Presságio na sua mente, o que você sabe não foi algo que surgiu do nada pelo seus Poderes de bruxa, ele fez isso com você.

– E como exatamente ele poderia fazer isso? - Leila parecia desacreditada.

– É mais uma das coisas que pretendo saber mais tarde.

– Vai encontrá-lo de novo em breve. - Leila disse pensativa. - Eu deveria mesmo voltar.

– Não! - Sammy fui incisiva. - Você vai precisar confiar em mim.

– Em um espaço curto de tempo você anda pedindo a confiança de muitas pessoas. - Leila murmurou.

– E quero a sua agora.

– Tudo bem.

Se despediram então Sammy desligou.



#Flashback on



– Pronto, está feito. – Samantha disse entrando no carro.

O motorista então seguiu seu caminho para longe dali.

– Como você está? - Leila perguntou ao lado dela.

– Eu acabei de deixar uma carta para Niklaus dizendo que fui embora. Deixei meu filho dormindo. Como você acha que eu estou? - Samantha olhou para ela.

Leila suspirou.

– Eu sint---

– Não diga. - Sammy interrompeu. - Apenas explique o que disse ao telefone.

– Eu já te disse ao telefone que não sei ao certo. - Leila falou incomodada. - Eu estava dormindo e era como um sonho... Havia esse cara e ele parecia com você. Mas eu podia ver que ele era mau. Uma ameaça.

– E que estava vindo para a cidade. - Sammy completou.

Leila assentiu.

– Mas era passageiro e logo ele voltaria a sua cidade de origem. E que ele tinha respostas a algumas de suas perguntas. Acha que pode ser sobre Henrik?

Samantha ficou pensativa.

– Vamos torcer por isso. - disse.

– Vamos torcer para que eu esteja certa. - Leila sussurrou.

– Tudo bem. Saindo da cidade agora eu posso resolver dois problemas de uma única vez.

– Então vai passar na Trina primeiro?

Sammy assentiu.

– Depois disso sabemos para onde ir? - ela perguntou.

– Tem 4 cidades. - Leila pegou um mapa na bolsa. - É um começo.

Samantha olhou os pontos marcados, um distante do outro.

– Teremos trabalho. - concluiu. - Vamos a cada cidade e... Esperamos?

– Esperamos que eu esteja certa. - Leila concordou.



#Flashback Off



Se Carter havia plantado aquela informação na cabeça de Leila porquê deixar que era perigoso? Estava apenas intimidando? Proposital ou acidental?

Sammy sentiu os olhos arderem.

O que estava acontecendo com ela, afinal? Tinha mesmo problema com fogo/calor?

Aquele era mais um motivo para voltar a falar com Carter.

Depois de compelir duas ou três pessoas, ela finalmente tinha um quarto bem escuro onde seus olhos não ardiam mais.

Sentou na beirada da cama e pegou o celular.

Havia trocado de número. Mas imaginou se tivesse permanecido com o mesmo haveriam algumas ligações.

A foto de Henrik estava ali como papel de parede, apenas para lembra-la a cada dia o motivo de ela ter se afastado.

Era por ele.

– Dessa vez vai dar certo. - murmurou.

Deitou na cama e ali no escuro enquanto observava a foto, Samantha adormeceu...



*



#Niklaus PDV



– 2 meses Niklaus. - Rebekah disse chamando minha atenção. - Até quando vamos continuar com isso?

– Até acha-la. - Respondi o que vinha respondendo por todo esse tempo.

– Já te passou pela cabeça que ela foi embora porque não quer ser encontrada? - ironizou.

Eu não podia contar a ela todas as coisas que eu sabia então apenas deixaria que ela continuasse reclamando como fez a viagem inteira.

– Não é por mim. - ela disse. - Não me incomodo de rodar o mundo atrás dela, mas pense em Henrik. Todas essas longas viagens para uma criança tão pequena.

– Eu sei. - voltei o meu olhar para a criança adormecida na cama. - E isso logo acabara.

– Espero que sim. - murmurou. - Se ao mesmo pudessemos usar um feitiço de localização...

– Samantha tem os Poderes completos agora, esse tipo de feitiço não funciona mais nela.

O sol já estava se pondo o que significava continuar a viagem. Até a cidade vizinha. E no máximo até a seguinte.

– Mas algo me diz que estamos perto.



#Niklaus PDV off



*



Quando Samantha acordou percebeu que o sol já estava se pondo. Havia dormido demais.

Tomou um longo banho e se arrumou.

Tinha que voltar até a casa de Carter e algo no fundo de sua mente dizia que ela teria boas respostas nessa conversa.



*



– Você voltou. - ele disse assim que abriu a porta.

– É o que parece, não é? - murmurou entrando.

– Vejo que alguém não esta de bom humor. - comentou. - Vamos. Já sabe o caminho.

Subiram então para a mesma sala da noite passada.

Dessa vez Samantha parecia ainda mais atenta a cada movimento que ele fazia.

Carter por sua vez parecia se divertir com isso.

Sorriu de lado sentando ao lado dela no sofá encostado a parede.

– Achei que viesse mais cedo. - ele comentou. - Esqueci do seu problema com o sol.

Samantha respirou fundo antes de virar para ele.

– Digamos que eu passei os últimos 22 anos pensando no que acontecerá com os meus pais e digamos também que futuramente descobri que haviam sido assassinados pelo mesmo vampiro que os havia colocado em fusão a vampiros. - Falou tudo rapidamente e com a ironia pairando sobre cada silaba. - De repente esse tornou-se um assunto encerrado, digamos então que surge um rapaz bonitinho que tem o mesmo sobrenome que eu e sabe do meu passado, fazendo todas essas feridas cicatrizadas reabrirem... Você acha que eu teria muita paciência com conversas que não fossem diretas no que eu quero saber?

– Você decide se quer deixar as cicatrizes aí ou reabri-las e deixá-las sangrar e então não tê-las mais. - Carter respondeu simplesmente.

– Estando aqui é óbvio que essa escolha já foi feita.

Ele assentiu.

– Preciso saber de tudo que você sabe. – Foi enfática.

– Tudo é tão... Amplo.

– Não tenho tempo para brincadeira! – Sammy se irritou.

– Por hoje eu posso ser seu gênio da lâmpada... - Carter pegou sua mão, beijando-a rapidamente. - Aproveite e faça seus desejos, posso realizar três deles.

– Não acredito nisso. - Samantha rindo balançando a cabeça em negativa. - Ou melhor, não acredito que ainda confiei em você.

– Mas eu ainda nem disse nada. - Carter murmurou.

– Exatamente. - Samantha levantou. - Você está apenas enrolado e não dizendo nada e eu não tenha tempo a perder.

– Está preocupada com o que pode acontecer com seu filho se demorar mais. - Carter disse sem se abalar. - Maternidade muda as pessoas.

– Você não sabe o que diz.

– Não sei? - Carter levantou também. - Você está pensando muito nele desde que entrou aqui e seus pensamentos estão me enlouquecendo!

Seu olhar pareceu realmente perturbado.

– Tantas coisas passando na sua cabeça simultaneamente não deixam com que eu me concentre! - Carter reclamou. - Se estou enrolando – como você diz – é apenas enquanto tento por tudo isso em ordem.

Samantha não sabia se admirava o fato dele ouvir o que ela pensava ou se se preocupava com isso.

– Está invadindo minha mente para usar minhas informações contra mim? - arqueou a sobrancelha.

– Não estou. - ele disse sério. - Estou apenas ouvindo o que você parece gritar.

Foi até a mesa das bebidas.

– Álcool ajuda a abaixar o volume delas. - Disse. - Mas disso você já sabe, não é?

Samantha pensou no dia que ficou tão bêbada a ponto de atacar a mulher que dera abrigo para ela e Leila. Ela queria apenas acabar com o sussurros em sua mente.

– Desculpe por isso. - ele falou. - Estava muito pensativo esse dia. - deu de ombros.

Sammy ficou em silêncio.

– Primos. - Carter disse. - Somos primos.

Samantha assentiu lentamente pensando nisso.

– Claro que não somos irmãos, isso seria tão óbvio. - Riu amargurada.

– Irmãos... Primos... Tudo é família. - Carter deu de ombros novamente.

Samantha voltou a sentar.

– E então? - Carter perguntou. - Imaginei uma reação diferente, algo mais... Feliz.

– Cheguei a uma conclusão. – Samantha respondeu.

– Diga-me. – Pediu sentando a sua frente.

– Você está mentindo. – Disse simplesmente.

– Por que estaria? – Ele arqueou sobrancelha.

– Eu não sei. – Samantha desviou o olhar. - Apenas sei que eu não tenho família, não tenho parentes. Não há buraco do qual você possa ter saído.

Carter sorriu de lado.

– Além do mais nesse mundo incoerente qualquer um pode ter Poder. Pode adquirir olhos negros... Estupidamente parecer comigo – disse mais baixo – E fingir uma história.

– Então me diga quantas pessoas você conhece que podem ficar com olhos completamente negros. – Disse sem se abalar.

Samantha fingiu pensar e então desistiu.

– Como imaginei.

– Isso não importa de verdade. – Samantha rolou os olhos. – Eu não sei do meu passado e todos sabem disso. Você pode inventar qualquer coisa...

– Não. – ele interrompeu. – Você não é ingênua de acreditar em qualquer história.

Carter levantou.

– E não se pode duvidar das provas.

Samantha olhou para ele que mexia em algo em uma gaveta.

– Christine e Michael Robertson. – disse.

Samantha rapidamente levantou parando ao lado dele.

Era uma foto. E na foto havia um casal e uma criança.

Indiscutivelmente aquele era Carter.

O casal era o mesmo que ela virá na gruta em sua quase morte.

Arfou. Aquela prova realmente não podia ser contestada.

– Nunca me contaram se quer seus nomes. – murmurou.

Carter tocou sua bochecha, ela estava chorando.

– Sei o quanto foi difícil, mas não somente difícil para você.

– O que quer dizer com isso?

– Nada. – ele entregou a foto na mão dela. – Apenas saiba que eles te amaram no minuto que souberam de você.

– Isso é bom. - Sammy sorriu para ele.

– Agora você sabe que não estou mentindo. - Carter suspirou. - Podemos pular para o próximo tópico?

– Eu tenho tantas perguntas! - Sammy ainda olhava admirada para a foto. - Tantas...

– Que eu responderei depois.

Samantha pensou em reclamar, mas desistiu. Deveria aproveitar para ouvir o que ele estivesse disposto a contar.

– Então me fale sobre seu parentesco comigo. - Sammy pediu.

– Sua mãe Christine tinha uma irmã chamada Charlotte. - ele disse. - Minha mãe. Eu tinha 5 anos quando você nasceu. Mas para falar disso precisamos falar sobre Poder.

– De onde ele vem? - Samantha questionou. - Eu não sei.

– Druidas. - Carter respondeu.

Samantha lembrava se de já ter ouvido sobre eles.

– Achei que eles serviam apenas como aconselhadores, não que tivessem algum tipo de Poder.

– No mundo em que vivemos? - Carter riu. - É muita ingênua de pensar assim. Eles tem seus truques e claro, todos tem Poder o que acontece é que algumas pessoas tem mais que outras.

– A manifestação é diferente. - Sammy concordou.

– Passou de sua mãe e veio diretamente para você.

– É de onde veio meu Poder. – Sammy repetiu. – Mas e o seu?

– Aconteceu o mesmo a minha mãe e ainda mais quando o feitiço de ligação foi feito.

– O que eles interligaram?

– Sua vida á minha.

Samantha não escondeu a surpresa.

– Quando seus pais entraram em transição foi minha mãe quem fez algum tipo de feitiço pra sua mãe manter a gestação.

– Não uma bruxa como me foi contado.

– E sendo você A escolhida e a gravidez de muito risco, seus pais queriam muito que você sobrevivesse a qualquer custo. O custo foi ligar a sua vida a minha. É como aguentar o impacto duas vezes, porém duas vezes mais forte também.

Sammy acompanhou o raciocínio em silêncio.

– E você tinha apenas 5 anos quando aconteceu. - Sammy disse logo após.

– E foi por isso que assim que você nasceu eu fui tirado da cidade.

– Meus pais foram mortos por Niklaus e eu cresci com Trina. Por que não me levaram com vocês?

– Tudo parecia bem quando partimos e não soubemos da morte do seus pais até 5 anos depois do ocorrido.

– Sua mãe te contou tudo isso?

Ele assentiu.

– Também contou que Trina estava cuidando muito bem de você. E claro, que Niklaus não admitiria perder a menina de ouro de vista.

– Espera! - Samantha interrompeu. - Niklaus sabia sobre você e Charlotte?

– Não.

Samantha suspirou. A idéia de Niklaus saber sobre essa parte da família e nunca ter dito nada a incomodava.

– Então continue.

– Trina nunca contou à ele, mamãe garantiu.

– Aparentemente ela cumpriu suas palavras já que nem a mim contou.

– E anos mais tarde eu saí de casa e esqueci completamente dessa bobagem de ligação.

– Até...?

– Vez ou outra sentia uns incômodos e tinha sonhos estranhos, mas ignorei. Até coisas mais sérias acontecerem com você.

Agora ele se referia a quase morte.

– E o que te fez me procurar só agora?

Ele pareceu incomodado pela pergunta, terminou a bebida antes de responder.

– Não sei.

– Não sabe?

– Achei que era o momento. Só isso.

Samantha sabia que ele escondia algo. Era evidente.

Preferiu então mudar o rumo da conversa.

– Ela ainda está viva? - A ansiedade na voz de Samantha era quase palpável. - Sua mãe?

– Claro que está.

– Eu quero conhecê-la. - Disse rapidamente.

– Quanto a isso... - Carter pareceu pensativo. - Não. Não vai acontecer.

– Por que não?

– Eu a deixei longe de toda essa besteira sobrenatural, não vou arriscar sua segurança levando você até ela. - Respondeu simplesmente.

– Arriscar a segurança dela? - Sammy repetiu. - Inacreditável.

– Talvez quando eu puder confiar em você.

– Tem razão, você acabou de me conhecer.

– Está sendo compreensiva? - Carter riu.

– Tudo bem, na verdade não faz sentido. - Sammy rolou os olhos. - O que você acha que eu faria se a encontrasse além de algumas perguntas sobre a minha família?

– Você não faria nada suponho. - Carter deu de ombros. - Mas ele poderia fazer. A ela, a mim.

– Niklaus?! - Samantha perguntou confusa. - Caso não tenha percebido ou lido nos meus pensamentos, Niklaus não está comigo.

– Não agora. - ele concordou. - Mas ele está vindo...

– Está?

Carter sorriu de lado para ela.

– Você tem tanto a aprender comigo...



*



Niklaus segurava Henrik no colo logo após trocar sua fralda.

– Está ficando bom nisso. - Rebekah comentou.

– Tudo é questão de prática. - ele disse.

– Henrik está crescendo tão rápido. - Rebekah avaliou. - Nem parece um recém-nascido de quase 3 meses.

Klaus concordou.

– Acha que ela está esperando por você em algum lugar?

– Ela está.

– E o que acontece quando a encontrar? - Rebekah perguntou. - Ela vai precisar de uma boa desculpa ou a presença dela vai te fazer esquecer os últimos meses?

– Eu não sei. - Klaus virou o rosto para ela. - Vou me concentrar em uma coisa de cada vez.

– Como queira.

Henrik segurou no colar de Samantha que agora estava com Niklaus.

– Sabe que está perto da sua mãe agora, Henrik? - perguntou.

O sorriso do pequeno parecia ser uma grande resposta.


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Notas finais do capítulo

Disse no capítulo passado que vocês já saberiam nesse porque Sammy se foi para longe de seu pequeno... Porém, foi necessário adiar para o próximo. Sorry.

Uma coisa importante: nesse cap tentei explicar sobre a família de Samantha, já que era o que ela queria desde o principio.
Então se vocês tem alguma dúvida que ainda não foi respondida, aproveita pra mandar nos comentários desse cap. Aí eu já encaixo no próximo, beleza?

Klaus aparecendo rapidinho pra quem já tava com saudades dele hahah

E é isso. Não esqueçam de dizer o que acharam e deixar sua dúvidas para serem respondidas no próximo cap.
Pode mandar por mensagem ou até lá no @_SparklyAngel ;)

See you Later ;*