Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 34
I need to let you go


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capítulo em um dia, não tive tempo para revisar, então ignorem qualquer erro que vocês possam achar, ok? :)
Ficou um pouco mais curto que o normal, mas espero que vocês entendam isso.



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"I need to let you go. Your eyes, they shine so bright, I want to save that light. I can't escape this now."Demons - Imagine Dragons

~ 4 semanas depois

– Para você. – Rebekah entregou uma caixinha de veludo para Sammy.

Samantha abriu encontrando ali um anel lindíssimo.

– Por quê? – limitou-se a perguntar.

– Presente pelas 17 semanas! – Rebekah falou animada.

Samantha rolou os olhos.

– Você não vai ficar trancada nesse quarto para sempre não é? – Rebekah se irritou. – Desde que você voltou daquela vila com Niklaus você está assim.

– No dia em que você precisar arrancar o coração de alguém que você um dia já amou - apenas para não deixar que um Original o faça – talvez você possa entender o que estou sentindo agora, ok? – Samantha sorriu irônica ao final.

– Eu sei que não foi uma coisa fácil de fazer. – Rebekah suspirou. – Mas já se passou um mês. Você precisa superar tudo isso.

– Queria que fosse tão fácil assim. – Sammy suspirou sentando na beirada da cama. – Mas cada vez que eu fecho os olhos vejo a mesma imagem em minha mente. O coração dele em minhas mãos.

– Não seria pior se Niklaus o tivesse feito?

– Certamente.

– Então prometa uma coisa para mim. – Rebekah pediu.

– O quê?

– Que você vai tentar não pensar nisso.

Samantha ficou em silêncio.

– Vamos Samantha. – Rebekah sentou ao lado dela. – Prometa.

– Está bem. Eu prometo. – disse a contragosto.

Rebekah observou a expressão de Samantha mudar rapidamente. Parecia surpresa.

– O que foi?

Sammy tocou a própria barriga.

– Ele nunca se mexeu tanto assim. – disse admirada.

Sammy pegou a mão de Rebekah encostando a sua barriga.

Rebekah sorriu ao perceber que a criança chutava vezes consecutivas o local.

Samantha podia ver claramente quando sua pele era distendida.

– Por que será que só agora ele está se mexendo tanto? Será que há algo errado?

– Não acho que tenha algo errado, ele só tem um tempo diferente dos humanos. Isso na verdade significa que ele está bem. – Rebekah disse.

Samantha sorriu para ela, no entanto seu sorriso se esvaiu no segundo em que ela olhou para a porta. Klaus estava ali.

Klaus olhava em duvida dela para sua barriga.

– Qual o problema? – Rebekah perguntou á ele.

– Eu estava lá embaixo e então... – Klaus sorriu minimamente. – Foi como ser atraído até aqui.

– Como um chamado do bebê. – Rebekah disse. – Isso é possível?

– Eu realmente não sei. – Klaus entrou no quarto. – Será que eu posso...?

Ele fez menção de tocar a barriga de Sammy, ela virou o rosto odiando aquela ideia.

– Sammy ele tem direito á isso também. – Rebekah disse para tranquiliza-la. – Por favor, pela criança.

Samantha suspirou levantando a blusa em seguida.

Klaus colocou a mão sobre ela e no mesmo segundo qualquer movimento ali parou. Mas não era de uma maneira ruim, era como se sua presença tivesse acalmado a criança.

Rebekah se retirou do quarto, aparentemente depois de um mês aqueles dois precisariam de um momento á sós. Ou quase isso.

Klaus fechou os olhos e ficou em silêncio apenas apreciando o ritmo acelerado ao qual o pequenino coração batia.

– Eu sei que você cuidara bem dele. – Sammy disse.

Klaus abriu os olhos olhando para ela.

– Você não está com aquela ideia na cabeça ainda, está?

Samantha não sabia definir o que aquele olhar dele significava, mas dentro de si ela sabia que o que diria a seguir provavelmente seria o melhor.

– É exatamente o que eu vou fazer.

#Flashback On

Samantha entrou em casa decidida a ir para seu quarto.

– Espera. – Klaus puxou-a pelo braço.

Klaus percebeu que algo realmente não estava certo quando ela se quer fez menção de soltar.

Não havia reações. Não havia palavras. Não havia nada.

Aquela não era Samantha Robertson.

– Diga alguma coisa. – Klaus praticamente suplicou.

– Eu não aguento mais. – Sammy olhou para ele. – Eu não consigo mais.

– Ás coisas vão melhorar agora.

– Não elas não vão. – Samantha suspirou. – Será que você não percebe que há coisas que nunca darão certo?

– Não fala assim.

– Tudo isso foi legal por um tempo, mas não é mais assim. – Samantha soltou-se dele. – Isso tem que acabar antes que um destrua ao outro.

– Não. Você tem que brigar comigo! Tem que reagir! Tem que ser você! – Klaus colocou o rosto dela entre as mãos. – É assim que nós funcionamos.

– É desgastante. – Sammy disse.

– É da forma que tem que ser.

– É da forma que achamos que tem que ser. – Samantha corrigiu. – E eu não quero mais.

– Eu posso mudar---

– Não. – Samantha colocou a mãos em seus lábios impossibilitando-o de falar. – Você não pode mudar, eu não posso. Não vou insistir mais nesse erro.

– Sammy...

– Eu não quero mais insistir nisso. – Samantha disse pausadamente.

– Você está desistindo de nós? – Klaus a soltou. – É o que você está dizendo?

– Tenho receio de dizer que nunca houve um “nós”.

Samantha limpou as lágrimas que só agora ela percebia ter derramado.

– Eu continuarei aqui porque foi o que combinamos, até a gestação. – Samantha falou. – Mas se eu sobreviver após o nascimento eu vou embora.

– Você não pode levar a criança para longe de mim!

– Eu não vou. – Sammy concordou. – Ele ou ela... – Sammy sorriu brevemente a esse pensamento. – Ficara com você.

–Tudo bem, então você abandonara o seu filho? – Klaus riu desacreditado. – Você está ouvindo o que está dizendo Samantha? É insano!

– Eu sei que você vai ser um bom pai para ele. – Sammy sorriu melancólica. – Espero que seja.

– Então o que foi aquilo de “não ter intenção de deixar a criança após o nascimento”? Foi tudo mentira? – Klaus parou a sua frente.

– Eu já não sei mais. – Samantha se afastou dele.

– Sammy você não pode. – Klaus disse atrás dela.

– Sinto muito, mas a minha decisão já está tomada.

#Flashback Off

– Isso não pode ser sério. – Klaus murmurou. – Você não vai fazer isso.

Samantha suspirou, aquele era o tipo de conversa que ela não queria ter.

– Olha para mim. – ele pediu.

Samantha mesmo que relutante olhou.

Havia tanta mágoa...

– Você não pode ser Samantha Robertson sem Niklaus Mikaelson. – ele disse. – Você se lembra disso?

Samantha deixou escapar uma lágrima.

– Talvez eu não possa mais ser a mesma Samantha de meses atrás. – Sammy disse no mesmo tom.

– Eu não consigo te reconhecer assim! – Klaus acusou levantando de repente.

– Apenas deixe com o tempo...

– Tempo? – Klaus olhou para ela de sobrancelha arqueada. – Não me fale sobre tempo. Já vivi por séculos.

– E continuara com ou sem mim. – Samantha levantou também.

Klaus parecia transtornado, ele parou a sua frente prendendo a mão em seus cabelos, colando sua testa a dela.

– Sempre que estou sozinho com você... Você me faz sentir como se eu estivesse inteiro novamente.*¹ - sussurrou como se estivesse contando um segredo. – Não faça com que todo o vazio volte novamente. Estou fugindo dele há séculos.

– Por mais que eu me esforce... Nunca é o suficiente. – Sammy sussurrou da mesma maneira que ele. - Por mais que eu faça acontecer... Nunca é o suficiente.

– Então me deixe fazer só mais uma tentativa. – Klaus beijou brevemente seus lábios. - Tentar só mais uma vez preencher o vazio... Uma vez mais.

Samantha o beijou.

Foi como um choque passando por seu corpo. Era indescritível.

Samantha entendia perfeitamente o que ele queria dizer com “sentir-se inteiro”.

As mãos de Klaus desceram por sua cintura e então levantaram a blusa dela.

– É algo único. – ele disse. – Entre nós três.

Samantha sentiu o coração apertar. Ela só não sabia se era de maneira boa ou ruim.

– Não pense em nada. – Klaus pediu.

Samantha olhou para ele sem entender.

– Apenas sinta...

Samantha nunca havia visto Klaus ser tão carinhoso e atencioso como naquele momento.

Cada toque, cada beijo.

Ele estava demonstrando que se importava.

Mas por que ainda parecia tarde demais?!

Aquela poderia estar na lista de coisas feitas pela última vez...

Samantha não pensaria, assim como ele havia pedido anteriormente.

– Apenas sentir... – ela repetiu.

*

Samantha aproveitou que Klaus havia dormido para vestir suas roupas e sair dali.

Encontrou Rebekah nas escadas.

– Eu te fiz prometer não pensar mais em Philipe – na verdade não deveria ter falado o nome dele agora, não é?! – Enfim, eu vou te ajudar a não pensar nisso. Nós vamos sair agora! – Rebekah disse tudo rapidamente já a puxando pela mão.

– Aonde vamos? – Samantha perguntou completamente confusa.

– Segredo!

*

– O que estamos fazendo aqui? – Samantha perguntou ao perceber que o caminho seguido por Rebekah as levaria até Trina.

– Eu tenho uma surpresa para você. – Rebekah respondeu.

Samantha arqueou a sobrancelha.

– Calma. – Rebekah riu. - Logo você saberá.

E então seguiram em silêncio até Trina.

– Veio saber o sexo da criança. – Trina disse ao abrir a porta. – Achei que Samantha não concordaria.

Samantha olhou para Rebekah e então para Trina.

– Eu sabia que você não ia concordar se eu dissesse. – Rebekah respirou fundo. – Mas já que estamos aqui...

– Eu não quero saber. – Samantha foi direta.

– Mas eu quero! – Rebekah semicerrou os olhos. – Estou morrendo de curiosidade!

Samantha acabou rindo da reação dela.

– Já esperamos 4 meses, podemos esperar mais 2.

– Realmente a criança nasce aos 6 meses? – Rebekah perguntou a Trina.

– Pelos exames e nossas contas... Possivelmente.

Samantha olhou para Rebekah que implorava com os olhos.

– Por favor! Por favor!

– Tudo bem. – Sammy deu se por vencida.

– Deite aqui. – Trina pediu. – E levante a blusa.

Samantha fez o que ela pediu.

– Algum palpite? – Trina perguntou divertida.

Samantha sorriu, mas nada disse.

*

– Para onde Elijah foi? – Samantha perguntou.

Ela e Rebekah voltavam para casa.

– Eu não sei. – Rebekah olhou brevemente para ela. – Em um dia ele estava aqui... No outro não mais. Exatamente como vem sendo na última década, de qualquer forma.

Samantha assentiu.

– Achei que não quisesse falar sobre, vem evitando esse assunto por um mês. – Rebekah disse.

– E não quero. – Samantha disse. – Só achei estranho ele ter sumido, mas fico feliz que tenha partido.

– Por ele ter compactuado com Niklaus para te distrair? – Rebekah perguntou.

Samantha olhou para ela.

– É, eu sei de tudo. Inclusive do que ele usou para te distrair.

– Então ele te contou...

– Na verdade foi Niklaus. – Rebekah explicou. – Parece que ele e Elijah discutiram e Elijah fez questão de dizer tudo.

– Isso é ridículo.

– Klaus não gostou nada disso. – Rebekah completou. – Principalmente quando descobriu que não foram só “insinuações”, parece que você realmente provocou aquelas reações no meu outro irmão.

Samantha pensou no que havia acontecido àquela tarde. E pensou em Niklaus incomodado por Elijah ter tentado algo com ela. Parecia demais para se pensar.

– Vamos logo para casa. – murmurou já perdida em pensamentos.

*

– Temos uma novidade. – Rebekah disse ao ver Niklaus na casa.

Samantha olhou para ela.

Rebekah havia esquecido que Sammy havia pedido para ela não contar.

– O que seria? – Klaus perguntou á ela apesar de seu olhar estar direcionado a Samantha.

– Não é nada. – Rebekah disse evasiva. – Preciso ir.

Samantha fez menção de sair da sala também, mas Niklaus pediu para que ela ficasse.

– Espero ter feito você mudar de opinião. – Ele disse.

– O que aconteceu mais cedo... – Sammy começou. - Não muda nada.

– Você ainda pensa em ir embora. – Klaus suspirou.

– Eu preciso de um tempo para mim. – Samantha disse. – Respeite isso.

– Tudo bem. – Klaus fez gestão de rendição.

– Você não vai respeitar isso, vai? – Samantha olhou nos olhos dele.

– Claro que não. – Klaus respondeu. – Em que mundo injusto eu demoraria tanto para te encontrar apenas para deixa-la livre em seguida?!

– Você fala como se eu fosse um objeto. – Sammy fez careta. – Do tipo que um colecionador procura e em seguida coloca na estante.

– Então eu estaria colecionando algo realmente bom. – Klaus sorriu para ela.

Samantha rolou os olhos.

– Aceite isso como um elogio. – ele disse.

– Tudo bem. – Sammy deu as costas a ele.

Klaus puxou seu braço, virando-a de frente para ele.

– Acha mesmo que seria fácil voltar para cá e não ter toda essa sua petulância para bagunçar com o meu dia? – questionou em um sussurro.

– Você tem sérios problemas se acha que brigas são... Reconfortantes.

Apesar das palavras o tom de Samantha era leve.

– Eu não sentiria falta de brigar com você... – Klaus colocou o rosto dela entre as mãos. – Mas da forma como você fala. Você é tão... Intensa, amor.

Samantha acompanhou o olhar dele descer para seus lábios.

Aquele era o momento de se afastar, antes que as coisas saíssem de controle.

Niklaus olhou-a se afastar. Parecia estar em um conflito interno entre deixa-la ir e respeitar sua vontade ou puxa-la de volta e fazer o que mais tinha vontade. Tê-la pra si. De novo.

– A propósito, a novidade era que... – Samantha olhou da barriga para ele. – É um menino.

E então ela se foi.

O sorriso involuntário que se apossou dos lábios dele o fazia ter uma certeza:

Ele faria Samantha mudar de ideia.

Não importava o quanto demorasse ou o que ele tivesse que fazer.

– Ela será para sempre nossa, filho. – murmurou.


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Notas finais do capítulo

*¹ Frase da música "Love Song" The Cure
*² e *³ Frases da música "Never Enough" The Cure

Sabe quando você se emociona lendo um capítulo? Me emocionei escrevendo esse. Gostei do resultado final, espero que vocês também.

Não esqueçam de comentar, certo?

See you Later ;*