Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 18
So what is wrong with another sin?




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"So what is wrong with another sin?" Rock you like a hurricane - Scorpions

~2 Semanas Depois ~

Samantha entrou no antigo quarto e abriu o guarda-roupa enorme a sua frente, escolheu o vestido que decidiu por ser o mais ousado.

Por duas semanas ela havia se preocupado com os bilhetes, havia evitado Rebekah, havia discutido com Niklaus. E hoje era sexta... Ela precisava festejar.

Ninguém sabia o que de fato aconteceria quando o bebê nascesse e Sammy não queria pensar na possibilidade de deixar os prazeres carnais para trás antes de uma despedida.

Desceu as escadas não encontrando Niklaus ali, o que era bom sinal.

Foi até a cidade onde se lembrou de ouvir sobre uma festa na casa de um dos muitos jovens que ali viviam. Caminhou até lá vagarosamente aproveitando o vento que batia em seus cabelos e a paz que sentia em seu interior.

Logo do começo da rua pode ver a movimentação de pessoas lá, cem... Duzentos... Quem poderia dizer? Eram muitos jovens e ela podia ouvir seus corações batendo tão freneticamente quanto a música alta que invadia seus tímpanos. Tudo aquilo era um convite á Sammy.

Havia alguns caídos no jardim, Sammy podia se aproveitar disso. Mas ela não queria isso, Samantha não queria o mais fácil. Ela gostava de seduzir, de envolver e então conseguir o que queria. E era isso que faria.

Passou por um a um, não podendo reconhecer ninguém que estivesse sóbrio. Chegou a porta adorando o fato de não precisar ser convidada e entrou. Em meio a tantos bêbados e enlouquecidos jovens, Sammy se misturou.

*

Um massacre.

Poderia ter sido um massacre, Sammy poderia ter matado um a um espalhando seus corpos por toda aquela cidade. Mas, ao contrário disso apenas se sentou na bancada da cozinha consumindo o máximo de bebida alcoólica que podia.

E observando.

Talvez o loiro que se exibia ao passar com uma garota diferente a cada meia-hora. Ou o nerd que parecia inquieto no canto. Ou o valentão que insistia em atormenta-lo. Ou Philipe...

Sammy voltou o olhar vendo apenas mais um garoto loiro entre todos aqueles. Já deveria ter bebido demais e por isso estava vendo pessoas que não estavam ali.

Jogou para o lado uma garrafa vazia que mantinha em mãos, Sammy não queria mais pensar. Queria agir.

Pulou da bancada fingindo uma tontura que não estava ali. Sentiu braços envolverem sua cintura. Riu internamente. Virou para reconhecer sua diversão forjando a melhor expressão de inocência possível.

– Não deveria beber demais se não consegue se aguentar nas próprias pernas. – ele disse sério rindo divertido depois.

– Eu beberia ainda mais se soubesse que você estaria aqui para me segurar. – disse olhando em seus olhos castanhos.

O rapaz sorriu confiante.

– Eu sou Chace.

– Sammy. – respondeu.

– Por que não vamos dançar, Sammy? – E sempre esperar resposta saiu puxando-a pela mão em direção à sala.

*

Samantha fez o que deveria para deixa-lo louco por ela - o que não era tarefa difícil levando em consideração que cada pessoa naquela festa parava para olhar Samantha - Ela dançou, se insinuou, dançou da forma mais provocativa que sabia.

Uma música mais envolvente começou a tocar e Samantha sem pensar duas vezes subiu sob a mesa deixando a batida tomar conta de seu corpo. Ela se movia conforme a melodia, de olhos fechados.

Naquele momento Sammy não estava concentrada nos gritos de aprovação das pessoas que estavam reunidas em volta da mesa, nem em enlouquecer ainda mais todas aquelas mentes embriagadas e sexuais. Apenas se deixou levar...

*

Quando a música acabou Sammy apenas deixou o corpo cair para trás sendo erguida por vários braços que buscavam mesmo que fosse o menor contato com seu corpo.

Sammy não se importava. Ela estava em chamas.

– Deixa comigo! – Chace pegou Samantha no colo afastando a mãos dos outros rapazes.

Samantha sentiu que ele subia as escadas. E como o coração dele estava acelerado...

Ainda de olhos fechados apenas circundou o pescoço dele com os braços. E esperou.

Mais um lance de escada. Passos apressados e incertos. Palavras desconexas.

Com um pouco de dificuldade abriu a porta do quarto, empurrando-a com o pé em seguida.

Deitou-a cautelosamente na cama, foi quando Sammy abriu os olhos.

– Hey, você está acordada. – ele disse após o susto afastando a mão de seu rosto.

Sammy sorriu de lado.

– Fingiu estar desacordada apenas para ganhar uma carona até aqui? – fingiu estar bravo.

– Sinto muito. – Sammy disse. – Talvez eu devesse te recompensar.

– E como quer me recompensar? – passou os olhos institivamente por todo o corpo dela.

Sammy apenas sentou na cama tirando o vestido. Os olhos de Chace não se decidiam. Ele queria olhar para tudo ao mesmo tempo. Sammy puxou-o pelo cabelo tomando os lábios dele com os seus.

As mãos de Chace inquietas apertavam o corpo de Sammy por cada parte que passavam. Chace se inclinou acabando por ficar parcialmente deitado por cima dela. Sua boca foi de encontro ao seu pescoço.

Sammy aproveitou disso para deixar suas presas se alongarem. Veias. Tão próximas de sua boca. Ela precisava daquilo.

De repente, Chace se afastou levantando rapidamente, Sammy rapidamente recolheu as presas.

– Qual o problema? – perguntou levantando também.

– Eu não posso. – ele disse passando a mão pelos cabelos. – Não podemos.

– Podemos o que quisermos essa noite. – Sammy disse parando a sua frente.

Passou o nariz pela extensão de seu rosto, ele estava tenso, nervoso. Chace fechou os olhos apreciando a caricia.

As mãos de Samantha adentraram sua camiseta arranhando levemente seu abdômen.

– Não. – Chace se afastou novamente.

Sammy bufou.

– Qual o seu problema? – perguntou irritada. – Você é gay?

– Não! – respondeu visivelmente ofendido.

Samantha riu brevemente sentando na beirada da cama.

– Você está bêbada. – ele disse. – Eu não quero fazer nada com você assim. – explicou. – Apesar de não conhecer você parece uma boa pessoa e não quero desrespeitar você assim. – parou a sua frente. – Adoraria fazer isso quando estivesse completamente ciente de seus atos.

Samantha abriu a boca e voltou a fecha-la incapaz de dizer alguma coisa.

Nunca alguém havia se preocupada dessa forma.

Chace pegou o vestido do chão estendendo para ela. Sammy o vestiu.

Chace abriu a porta do quarto dando passagem para ela.

– Eu posso te levar em casa. – sugeriu.

– Ah, claro. – Sammy arrumou os cabelos. – Apenas mais um coisa...

Puxou-o para dentro, trancou a porta e olhou em seus olhos.

– Entenda, você é um cara legal também. – disse. – Mas, eu sou do time dos vilões.

Samantha cravou os dentes em sua jugular sugando o sangue dele rápido e dolorosamente.

– Não confie em estranhos. Não seja legal com quem você não conhece. – disse fazendo uma pausa. – E nunca... Nunca frustre os planos de uma mulher.

*

Samantha saiu do quarto apenas garantindo que Chace estava compelido a esquecer do que tinha acontecido e limpar o próprio rosto manchado de sangue.

Desceu os degraus rapidamente, aquela festa tinha acabado ali para ela.

Passou despercebida por todos aqueles que praticamente dormiam em pé, chegando ao jardim.

Olhou o céu, estava claro, logo amanheceria. Perguntou-se mentalmente qual seria a reação de Klaus quando ela chegasse talvez ele não importasse talvez sim. Talvez Sammy não estivesse disposta a uma nova discussão.

Andou vagarosamente pela rua deserta, apenas com seus pensamentos inquietos.

Chace era um bom rapaz. E ela não pode poupa-lo. Ela não quis poupa-lo de ser mais uma refeição. Ela poderia ter usado qualquer um naquela festa, mas ela escolherá justamente o único que se importava.

Estava sendo tão cruel quanto Klaus. Lembrou se do que Rebekah dissera uma vez:

“Vocês têm mais em comum do que percebe.”

E se dar conta disso não a deixava nada satisfeita.

Sentiu toda a paz que estava em si, dissipar-se no ar e a raiva tomar o seu lugar.

*

Chegou à casa de Niklaus sem a menor vontade de entrar, a menor vontade de vê-lo ou a menor vontade de fazer qualquer coisa, ela estava entorpecida. Ao mesmo tempo em que vários pensamentos a inundavam uma imensidão de vazio a acompanhava.

– Precisamos conversar. – ouviu Klaus dizer do começo do jardim.

Ignorou e continuou a andar. Parou quase nos limites da propriedade quando simplesmente não conseguiu mais obrigar seus pés a se afastarem dali.

– Quais os seus planos? Ignorar-me até arrumar uma desculpa boa o suficiente do porque reagiu tão mal ao bilhete? – Klaus foi até ela. – Duas semanas, amor. Foi tempo suficiente.

– Eu não quero falar com você agora. – Sammy disse por sobre os ombros.

– Sinto muito, mas essa não é uma opção. – Klaus sorriu ladino.

Samantha bufou quando ele parou a sua frente.

– Você não tem dormido direito. – ele disse analisando as olheiras dela. – E ao que me lembro não se alimentou.

– A sua criança está bem, Trina já disse isso, não? – falou raivosa. – E acabei de me alimentar, se é que isso te interessa.

Klaus analisou a expressão dela por alguns segundos dando de ombros em seguida.

– Eu vou te deixar sozinha, parece precisar de um tempo.

Samantha riu desacreditada das palavras se levantando.

– Niklaus Mikaelson esta sendo compreensivo comigo? – riu irônica.

Klaus rolou os olhos.

– Quando eu quero te deixar em paz, você quer uma discussão?

Sammy negou com a cabeça.

– Ótimo, porque se é o que você quer podemos fazer isso agora. – insistiu.

– Eu já disse que não. – Sammy disse mais baixo. – Apenas queria saber o por que...

– De verdade. – ele puxou seu rosto com uma das mãos. – Você parece estar no limite.

Samantha suspirou não gostando de transparecer isso. Não gostava de transparecer fraqueza.

– Tudo bem. – Klaus disse. – Vez ou outra todos nós ficamos assim.

Samantha desviou o olhar.

– Se é pelos bilhetes, entenda que eu não quero te pressionar, apenas saber de fato o que esta havendo.

– Você disse que ia me deixar em paz, não disse? – retirou a mão dele de seu rosto. – Porque não o faz de uma vez?

Klaus concordou e se afastou.

Samantha voltou a se sentar olhando para o nada mesmo que seus ouvidos estivessem ligados nos passos vagarosos que Niklaus dava ao se afastar.

– Sabe por que as pessoas mentem? – ouviu Klaus perguntar ao longe.

Samantha esperou que ele continuasse.

– Porque há sempre alguém disposto a acreditar, pessoas que não podem lidar com a verdade.

Ouve um breve silencio.

– Pessoas que não podem lidar com a verdade melhor do que aquele que contou a mentira. – completou.

– Qual o seu ponto? – Sammy perguntou.

– Que eu não faço parte dessas pessoas. Que eu posso lidar com a verdade tanto quanto você.

– Eu não estou mentindo.

– Mentir... Esconder... São coisas que andam lado a lado.

Samantha suspirou encostando a cabeça nos joelhos.

– Pressão psicológica? – perguntou. – É esse seu novo truque?

– Esclarecer as coisas, eu diria. – respondeu segundos depois. – Me disseram que as pessoas gostam de sinceridade.

– Claro que gostam. – Sammy riu por motivo algum.

– Talvez eu não deva te deixar sozinha. – ele disse sentando a seu lado.

– Eu não quero a sua companhia.

– Você já esta acostumada com as pessoas te deixando sempre. – Klaus sorriu de lado.

– De fato, me acostumei tão bem quanto você. – murmurou.

– Mas não dessa vez.

Samantha abriu a boca para protestar quando Klaus colocou um dedo sobre seus lábios.

– Vejo que resolveu prosseguir com isso... – ouviram ao longe.

Klaus apenas levantou o olhar como se já soubesse que aquela pessoa estava ali. Samantha olhou atônita para o ser que surgia em meio ao breu que se mantinha naquela parte do jardim

– Eu posso ouvir o coração á metros daqui. – completou.

Niklaus levantou tomando a frente de Samantha quando o outro se aproximou o suficiente.

– Como vai, irmão?

– Muito bem, Niklaus. – respondeu.

Samantha pigarreou chamando a atenção de ambos, querendo uma explicação.

– Vejo que não estava exagerando ao dizer como a moça é bela. – disse sorrindo ligeiramente ao irmão.

– Deixe-me participar dessa “reunião de família” – Sammy disse irônica. – Quando, claro, eu souber quem é você.

– E também não exagerou ao falar de seu gênio forte. – riu brevemente. – Mas, permita-me apresentar-me. – parou a sua frente, segurando-lhe a mão onde depositou um leve beijo. – Eu sou Elijah, é um prazer.


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Notas finais do capítulo

Mais do que nunca eu preciso da compreensão de vocês, quem escreve sabe o quanto é chato ter esses 'bloqueios' que simplesmente não deixam sua inspiração voltar.
Então me digam o que acharam, é importante. Cada opinião me motiva cada vez mais!

Para "Gabux" que estava perguntando se Elijah apareceria na história hahah aqui está ele! E claro, para todas nós Team Elijah!

See you Later ;*