Presságio [Klaus/OC] escrita por TheNobodies


Capítulo 12
I'm not angry all the time.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/332644/chapter/12

"I'm not angry all the time. You push me down at least you try" - Wake Up - #3DG



Samantha entrou na casa atraindo o olhar dos Híbridos. Foi até a sala e sentou-se.

Eram tantas as coisas que passavam por sua cabeça, ela estava confusa de uma forma que nunca esteve antes, não sentia nada e aquilo era estranho.

Klaus sentou de frente para ela já esperando pelas perguntas que viriam.

– Você sabe muito sobre mim né? – Samantha perguntou em voz baixa encarando-o.

Klaus não queria dizer que sim, provavelmente a faria se sentir ainda pior.

– Eu sei... - ele começou. – Que você prende o cabelo em um rabo-de-cavalo quando vai aprontar alguma coisa.

Samantha riu. Analisando os fatos – isso era realmente verdade – ela sequer notara. Como quando ela chegou a cidade ou quando explodiu o quarto.

– Você foi um ótimo ator. – Samantha disse. – Fingindo que não sabia quem eu era, que não sabia o porquê de eu ter vindo. – Samantha riu desacreditada. – Eu realmente acreditei.

Klaus permaneceu em silêncio. Ele parecia pensar em algo.

– Eu espero que você seja sincero comigo dessa vez. – Klaus olhou para ela. – E isso significa me contar o que você esta planejando.

– E você vai prometer o mesmo? – inquiriu.

Samantha suspirou. E aquilo foi uma concordância muda de quem ambos continuariam na mesma. Ou quase na mesma.

– A Lua cheia é daqui quatro dias. – ele disse.

– Você já tem a bruxa para o ritual?

Klaus concordou com a cabeça.

– Alguém que eu conheça? – Samantha estava ansiosa e nervosa.

– Creio que não.

– E quando eu vou conhecer?

– No dia de Lua cheia. – disse com obviedade

– Ah não. – Samantha levantou encarando-o seriamente. – Você acha mesmo que eu vou participar de um ritual sem saber quem o fará? Mesmo?

– Não complica as coisas. – Klaus levantou também. – O que mudaria saber ou não?

– Muita coisa. – Samantha semicerrou os olhos. – Sabe se lá o que você esta planejando com ela.

– Planejando? – Klaus perguntou ultrajado. – O que eu poderia estar planejando para um ritual assim?

– Eu não sei. – Samantha disse. – Mas você é bastante esperto.

– Obrigado pelo elogio. – Klaus disse irônico.

Samantha bufou.

– Me diga sinceramente. – ela parou a dois centímetros dele olhando em seus olhos. – Você planeja me matar depois que ele nascer?

– Claro que não. – Klaus falou rapidamente. – Ele vai precisar ser amamentado por um tempo.

Samantha escancarou a boca.

– É brincadeira. – Klaus riu da cara dela. – Eu nunca pensei nisso, nem por um momento. Mas agora que você deu a ideia...

Samantha bateu no ombro dele ainda de cara fechada.

– Eu estou brincando, amor. – Klaus a puxou pela mão. – Eu juro.

Diante daquele olhar Samantha não pode fazer mais do que assentir.

Samantha se afastou sentindo-se incomodada.

– Você não acredita não é? – Klaus pareceu... Chateado? Era isso?

Samantha sentiu-se mal por isso e virou para olha-lo, ele havia sentado no sofá novamente.

– Niklaus você mesmo disse que eu aprendi a ser forte sozinha. – ela sentou a seu lado. – Aprendi a não confiar também.

– Eu sou o monstro nessa historia. – Klaus murmurou sem olha-la.

– Eu não sou melhor que você. – Sammy puxou o rosto dele.

– Eu passei centenas de anos matando pessoas inocentes a troco de nada. – ele disse sério. – Continuo fazendo isso.

Samantha rolou os olhos.

– Eu também faço isso. Claro que há menos tempo.

– Você é tão nova parece até errado. – Klaus analisou seu rosto.

– 22 anos. – Sammy disse. – Assim que o ritual for realizado eu vou parar nessa idade.

– Talvez devêssemos adiar por mais dois anos ou três. – Klaus comentou.

– Não. – Samantha negou rapidamente. – Eu não quero ser tão velha.

Klaus riu minimamente.

Ficaram em silêncio por alguns segundos apenas olhando-se de perto.

– A gente briga o tempo todo. – Sammy quebrou o silêncio.

– Porque você é cabeça-dura. – Klaus disse.

– E você não, né? – ela ironizou.

Perceberam que aquele era o começo de uma discussão e acabaram por rir.

Samantha imaginou qual seria a reação de Klaus a descobrir que ela chamara Rebekah á cidade. Ficaria feliz por ver a irmã? Ou irritado como era de se esperar?

– No que você tá pensando? – Klaus perguntou ao ver o olhar dela longe.

– Já não basta essa ligação de criação idiota? Agora você quer saber dos meus pensamentos também? – Sammy disse se levantando apressada.

Era como se um choque de realidade tivesse a acertado. Ele transformara seus pais. Ele matara-os logo depois. Ele.

Klaus apenas observou a reação inesperada dela.

– Tudo bem se não quiser falar, eu não vou te obrigar á nada.

– 22 anos já foram o suficiente não é? – Sammy arqueou a sobrancelha.

– Achei que não quisesse falar do passado! – Klaus falou mais alto.

– E não quero. – Sammy bufou. – Eu estou falando de mim. É a minha vida. – Sammy falou mais baixo.

– Eu realmente não tenho tempo para ficar revivendo o passado. – Klaus disse como se encerrasse a conversa ali.

– Isso mesmo. Vamos ignorar qualquer coisa que não seja aquilo que me convém. – Samantha ironizou como se ele pudesse dizer aquelas palavras.

Klaus sorriu cínico.

– Você disse uma coisa verdadeira: Você não é melhor que eu. – sua voz se tornou séria. – O que você fez com Caroline, por exemplo... – Klaus balançou a cabeça negativamente. - Foi muito covarde.

Samantha cerrou a mandíbula. Mais uma vez aquela garota. Será que nem depois de morta – pela segunda e definitiva vez – ela daria sossego?

Vendo-o falar assim Sammy entendeu com todas as letras que Niklaus só se importava com ele mesmo.

– A sua sensibilidade me encanta.

– E a sua ironia me fascina, amor.

Sorriram falsamente um ao outro.

– Antes que isso se torne algo maior – Sammy disse. – Vamos fazer assim: você me leva até essa bruxa assim que possível.

– Recusando uma calorosa discussão Sammy? – Klaus provocou. – O que há com você?

Samantha rolou os olhos e deu as costas á ele.

– Eu volto quando você contata-la.

– E pra onde você vai?

– Não importa.

– Deixe-me adivinha... – Klaus articulou. – Para o lugar onde você passou as ultimas horas.

Samantha parou onde estava.

– Que você não sabe onde é. – não era uma pergunta, mas ela esperava que ele não soubesse a resposta.

– Na casa do Matt. – ele respondeu.

Samantha virou com sua melhor expressão de confusão.

– Matt? Quem é Matt?

Niklaus riu com descaso.

Samantha imaginou se ele saberia sobre Rebekah. Mas não parecia.

– Tudo bem. – Sammy deu se por vencida. – Eu passei por lá.

Em um passo Klaus parou a sua frente.

– Por que ele?

– Nenhum motivo.

O breve dialogo lembrou a Sammy de quando ele perguntara a ela sobre Ric.

“- Por que escolheu o Ric?”

“- Nenhum motivo. – respondeu sincera.”

Samantha acabou rindo da coincidência.

– O que foi agora?

– Nada Niklaus. – Samantha beijou lhe no rosto. O mesmo lado que ela estapeara mais cedo.

– Como Judas. – Klaus disse quando ela se afastou.

Samantha sorriu de lado.

– Não exatamente. – Sammy manteve o rosto próximo ao dele. – Não se traí quando não se tem nenhuma ligação.

– Tem razão. – Klaus disse no mesmo tom e se afastou.

Por essa Samantha não esperava. Até riu com descrença.

– Não me leve a mal se essa provocação barata só funciona com rapazes como o Matt.

Samantha não sabia se ficava brava com aquelas palavras ou se achava graça dele incluir Matt mais uma vez na conversa.

Ah, se ele soubesse que quem se divertia com o Matt é sua querida irmã...

– Engraçado que eu não estava tentando te provocar. – Sammy deu de ombros e andou até ele. – Não veja maldade em tudo.

Klaus sorriu da mesma forma que ela. Misterioso e sarcástico.

– Ou talvez seja só seu inconsciente clamando por algo que você oculta. – sussurrou.

– Ou seria você clamando por algo e ocultando de forma que faça parecer que sou eu? - Samantha sorriu abertamente.

– Boa pergunta.

Samantha não percebera que estava tão próxima a parede até seu corpo bater contra ela após dois passos para trás com Klaus colado a si.

Niklaus segurou seu cabelo forçando-a a manter a cabeça de lado e passou a língua lentamente pelo lóbulo de sua orelha.

Samantha mordeu o lábio inferior.

Klaus pressionou mais seu corpo ao dela ouvindo-a arfar. Humanos...

Depois soltou seu cabelo deixando-a olhar para ele.

Samantha não sabia mais o que estava fazendo. Não queria pensar. Não agora.

Puxou-o pela nuca juntando seus lábios.

Samantha passou os braços pelo pescoço dele dando-os mais proximidade. Klaus apoiou as mãos na parede ao lado do corpo de Sammy. Alguma parte do cérebro de Samantha dizia que ele deveria estar com as mãos em seu corpo e não na parede.

Era um beijo rápido, necessário.

Inconscientemente buscavam por liderança até naquele momento.

Inconscientemente seus corpos se moviam em sincronia.

Niklaus se afastou alguns centímetros tendo os dentes de Samantha arrastados sobre seu lábio inferior.

Desceu as mãos pelos braços dela retirando-os de seu pescoço. Samantha abriu a boca para protestar, mas logo a fechou ao sentir suas mãos descendo por seu corpo.

Klaus puxou a blusa dela fazendo o tecido se partir em vários pedaços. Acariciou os seios de Sammy ainda envoltos do sutiã que usava. Samantha suspirou sentindo o toque sutil e firme.

– Você gosta disso? – perguntou em um sussurro perto de seu ouvido.

– Acho que você pode fazer melhor que isso Niklaus. – respondeu num tom de provocação.

Niklaus abriu o botão da calça justa dela e em seguida desceu o zíper lentamente e parou.

Samantha fechou os olhos e arfou se encostando mais a parede; respirava com dificuldade.

Niklaus voltou a colar seu corpo ao dela. Sammy manteve os olhos fechados.

Klaus tomou a iniciativa do segundo beijo explorando cada parte da boca dela como se fosse a primeira vez.

Ao parar arrastou os lábios pelo rosto dela até chegar a orelha e lentamente disse:

– A arte da provocação. – depositou um beijo no canto de sua boca. – É assim que se faz.

Samantha ouviu as palavras antes de realmente entende-las. Sentiu o calor do corpo de Niklaus desaparecer antes de perceber que ele realmente se fora. Xingou-se mentalmente antes de abrir os olhos e contestar o inevitável: O sorriso estampado no rosto de Niklaus que estava sentado no sofá como se ele houvesse provado que era melhor naquele jogo.

Samantha arrumou a roupa, jogou os cabelos pra trás e acalmou a respiração antes de encara-lo.

– Golpe baixo. – ela disse. – Muito baixo até para você Niklaus.

Klaus se limitou a manter o sorriso prepotente.

– Sinta-se feliz por ter um adversário à altura para esse jogo, amor.

– Então você sabe que há revanche.

– Estou esperando ansioso por isso.

Foi a vez de Sammy sorrir.

– Sabe o que eu mais gosto nesse seu joguinho? – Klaus parou a frente de Sammy.

Uma pessoa normal diria “Que não há perdedores” Mas Sammy e Klaus não eram nada normais. O orgulho sempre falando mais alto.

– É extremamente proveitoso.

– Você não imagina o quanto. – Samantha manteve uma expressão enigmática.

– Você usa muito essa expressão. – Klaus disse.

– Eu não consigo evitar. - Samantha sorriu de lado.

– Agora se me der licença. – Klaus fez uma breve reverência a Sammy.

Ela o deu espaço então ele saiu da sala.

Samantha prendeu os cabelos em um rabo-de-cavalo.

Que os jogos comecem. – Sammy murmurou para si mesma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Todo mundo querendo me matar por parar assim? HAHAHA
O que fato, vocês querem que aconteça entre Sammy e Klaus não vai demorar pra acontecer, okay? ;)

Mas, convenhamos que se fosse tão fácil assim não seria digno de Samantha e Niklaus, certo?!

See you later ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Presságio [Klaus/OC]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.